Saberia Elon Musk algo que os fabricantes de automóveis não viram em mais de um século de produção? Isso é o que parece ao sugerir que as fábricas podem ter sua eficiência ampliada entre um mínimo de 1.000% e num máximo de 10.000%, em entrevista ao site Automotive News.
O CEO da Tesla disse que a ênfase é na melhoria dos processos produtivos para aumentar a produtividade, que será o ponto de virada para os que desejam alcançar a liderança. Para isso, Musk parece estar disposto mesmo a manter a marca no topo a qualquer custo.
Ele enxerga também que não só a eletrificação, mas a condução autônoma serão fundamentais para que os fabricantes avancem num mercado futuro. Ele disse: “Supondo que a concorrência tenha acesso à tecnologia autônoma, precisaremos ser melhores na fabricação do que eles”.
Musk explicou como acredita que as fábricas poderão fazer muito mais que agora, porém, no mesmo espaço físico: “Você pode pensar em uma fábrica como uma CPU, ou como um microchip, ou algo assim. Você aproxima os circuitos, acelera o processador e pode calcular alguns limites teóricos da tecnologia do silício. Eu acho que o mesmo vale para as fábricas”.
Indo mais fundo, Musk exemplifica: “Se observarmos a eficiência volumétrica e a velocidade das fábricas, a eficiência volumétrica é extremamente baixa, diria a porcentagem abaixo de um dígito. Talvez dois por cento em termos de eficiência volumétrica. A velocidade é muito mais lenta do que uma pessoa andando. Nas fábricas mais rápidas, um veículo pode ser removido a cada 25 segundos. Se o seu comprimento é de 5 metros, isso nos dá uma velocidade de apenas 0,2 metros por segundo. Isso é um quinto da velocidade de uma pessoa andando.”
Os números de aumento de eficiência sugeridos por Musk são extremamente elevados mesmo em seu menor nível, no caso de 1.000%. Imagine então em 10.000%? A Gigafactory Berlim produziria 50.000.000 de carros por ano e não 500.000 ou algo como 140.000 por dia! Todo mês, 4,16 milhões sairiam apenas dessa fábrica. Ou seja, uma FCA mensal…
Obviamente, mesmo que o Model 3 custasse o preço de um iPhone, não haveria como entregar 50 milhões de carros por ano de apenas uma fábrica sem danos logísticos e tudo mais. Virtualmente seria impossível sem considerar a indústria que realmente existe. O que poderia acontecer com uma Giga Berlim seria dobrar, triplicar ou até quadruplicar sua produção.
Enfim, não existiria uma demanda global por 50 milhões de Teslas, exceto se eles vendessem smartphones…
[Fonte: Auto News via FCE]
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