segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Borgward não decola na Europa e marca alemã pode estar ameaçada

Borgward não decola na Europa e marca alemã pode estar ameaçada

Muito do que é a BMW hoje se deve ao fim de uma marca alemã muito promissora, a Borgward. Falida em 1965, seu espólio foi assumido pela fabricante da Baviera e, de lá para cá, a única lembrança dessa empresa era a BorgWarner, com mesma origem.

Contudo, recentemente, o filho do fundador da Borgward decidiu reviver a marca alemã e se uniu aos chineses da Foton para reergue-la. Assim, a bandeira retornara ao mercado mundial, começando naturalmente pela China, onde foi promovida.

Borgward não decola na Europa e marca alemã pode estar ameaçada

Depois, os primeiros lotes foram enviados para a Alemanha e até um centro de pesquisa e desenvolvimento fora criado lá. A proposta era bem interessante e, de certo ponto, bem germânica. Os modelos Borgward BX5, BX6 e BX7 são SUVs e possuem um design bem mais austero e elegante.

Por dentro, a semelhança com os carros da BMW não é de todo uma inspiração, afinal, seu fim impulsionou a atual marca de luxo. Com operações em expansão, inclusive até com um show room em Buenos Aires, a Borgward parece estar indo bem. Bom, não na Europa.

Borgward não decola na Europa e marca alemã pode estar ameaçada

O problema nem estaria no continente europeu, segundo o site alemão Automobilwoche. Eles contam que a Foton vendeu sua participação (67%) na Borgward para a locadora de carros Ucar, também chinesa. Acontece que os carros da marca são baseados em projetos da montadora local.

Para piorar a coisa, a Ucar se envolveu em um escândalo de contabilidade. Diante das incertezas, o consumidor fugiu da marca, que vendeu apenas 5 mil carros no primeiro semestre e isso lá na China. Em Luxemburgo, o único revendedor ativo da Borgward diz que já vendeu 100 carros e estão “satisfeitos”.

Borgward não decola na Europa e marca alemã pode estar ameaçada

Em Stuttgart, acredita-se que a sede não exista mais. Não existem revendedores ativos no país. O BX5 custa € 36.200 e o BX7 sai por R$ 44.200. A empresa tinha planos de vender 800 mil carros no mundo em 2020, assim como de ter uma fábrica em Bremen, mas infelizmente parece que novamente a alemã renascida pode voltar a virar história automotiva. Seria legal se alguma empresa nacional entrasse na jogada?

[Fonte: Automobilwoche via Autocar]

 

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