domingo, 30 de junho de 2019

Crime Lesa Pátria: Desmanche Neoliberal do BNDES

Francisco Góes (Valor, 19/06/19) entrevistou o ex-presidente da instituição de fomento, Paulo Rabello de Castro, a respeito da nomeação do engenheiro Gustavo Montezano. Amigo de baladas de um dos filhos do capitão-miliciano, foi apontado para ser o novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Ele terá de enfrentar uma “escolha de Sofia” – uma decisão difícil, tomada sob pressão -, no entendimento do e “A escolha se dará entre ser um gestor público, honrando o nome do pai dele [Roberto Montezano] ou ser mais um pau mandado“, disse Rabello, que presidiu o BNDES no governo de Michel Temer.

Devolução de recursos potenciais para financiamento deve ganhar rapidez com novo presidente Montezano. O pau-mandado foi indicado pelo governo para presidir o BNDES com duas prioridades bem definidas.

  1. Uma delas é a devolução de “empréstimos perpétuos” ao Tesouro Nacional: isto não é “pedalada fiscal”?!
  2. A outra prioridade do governo preocupado só com perseguição político-ideológica, com a mesma retórica desde a campanha eleitoral, cobra a fake-news divulgada por ele: abertura da “caixa-preta” do BNDES, em especial em relação aos contratos de apoio à exportação de serviços para Cuba e Venezuela.

Rabello disse: neste aspecto da “caixa-preta”, Montezano ficará entre a “cruz e a caldeirinha” – em grande dificuldade -, uma vez que terá que escolher entre a verdade e a “fake news“, fatos manipulados para atender a um interesse específico. “[Montezano] precisará ser sensato como o pai, que foi meu aluno [na EPGE/FGV], ter a mesma compostura, senão daqui a pouco está queimado”, disse Rabello.

Na visão do economista, não existe caixa-preta a ser aberta no BNDES, apesar do discurso do governo de extrema-direita para reverbera nas mídias sociais de seus seguidores imbecis na internet. Para ele, a caixa-preta tornou-se uma repetição insistente do governo Bolsonaro.

Na sua gestão no banco, de onde saiu em março de 2018 em um projeto de pré-candidatura à Presidência da República, procurou fazer uma análise detalhada para entender como o BNDES funciona e opera. Ele queria saber se o banco era falho em alguns aspectos ou se faltavam controles. O resultado dessa análise foi a publicação do Livro Verde, relatório sobre as atividades do banco. O livro foi publicado em 2017, quando o BNDES completou 65 anos, e se constitui em uma defesa do trabalho “íntegro” da instituição, nas palavras do próprio Rabello, na introdução do trabalho.

O documento dedicou uma parte a “boxes” nos quais se tratou de operações específicas feitas pelo banco, algumas das quais se tornaram alvo de polêmica. Um dos boxes, por exemplo, se intitula: “O que o banco foi fazer em Cuba”. Nesse trecho, o texto diz que o relacionamento da instituição com o país caribenho começou em 1999, ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso, via financiamentos para a exportação de ônibus da Mercedes-Benz e carroceria Busscar. O box também menciona o apoio ao porto cubano de Mariel dizendo que apenas nesse projeto atuaram como fornecedoras cerca de 450 empresas brasileiras.

Para Rabello, o Livro Verde mostrou não existir “caixa-preta” a ser aberta. “A caixa-preta foi aberta e permanece aberta.” Ele também diz ter descoberto, na sua passagem pelo banco, um ponto de crítica à instituição. “O BNDES praticamente não corre risco. E não é nem a União que corre, mas os intermediários, que finalizam a operação, ou os asseguradores de uma operação. O banco é rigoroso em não pôr em risco os recursos do país. Tem inadimplência, sim, mas o BNDES é um dos [bancos] mais rentáveis e menos contingenciáveis a riscos”, afirmou.

Em relação à devolução de recursos ao Tesouro, Rabello disse que a urgência nesse tema se deve à chamada regra de ouro, dispositivos legais que vedam o uso de recursos provenientes de dívida para pagamentos de despesas correntes. No tema da devolução, Rabello acredita que, mais uma vez, Montezano vai enfrentar dificuldades pois há contratos com a União que precisam ser respeitados e cumpridos, e que são fiscalizados pelo Tribunal de Contas da União (TCU). “A devolução tem questões técnicas e legais envolvidas, Montezano não poderá responder a esse tema de forma tosca.”

Na opinião dele, o governo cai em contradição quando coloca sobre o banco demandas como a transparência e a devolução de recursos simultaneamente: “Estão querendo muito de uma organização que é [supostamente] um poço de malfeitos“, ironizou Rabello.

Ele também mostrou-se crítico em relação à pressa em vender ações da carteira da BNDESPar, braço de participações societárias do BNDES. “Se eu tivesse vendido ações de JBS [quando presidia o banco], hoje estaria sendo crucificado.” Para ele, é preciso analisar quais são as ações que o banco tem em carteira e que estão maduras para a venda. Citou como exemplo a posição importante que o banco tem na Petrobras e que, na sua visão, precisará ser vendida de forma mais relevante em algum momento. Nos últimos trimestres, o banco vem vendendo em bolsa ações que detém de Petrobras, mas as vendas são escalonadas para não causar impactos no papel. Sobre o futuro de curto prazo do BNDES, Rabello mostrou- se pessimista: “O BNDES será empurrado a marchar para trás“.

Crime Lesa Pátria: Desmanche Neoliberal do BNDES publicado primeiro em https://fernandonogueiracosta.wordpress.com



Economia do Brasil: desindustrialização e governo inerte

Enquanto a economia brasileira cai pelas tabelas, o governo neoliberal de extrema-direita fica inerte em termos de ações para o desenvolvimento. Aliás, só colabora com a decadência nacional ao colocar com base no favoritismo — ser amigo de um dos filhos do clã do capitão miliciano — um jovem com a missão de presidir a destruição do BNDES! Mais um crime lesa-pátria!

Arícia Martins (Valor, 14/06/19) informa: mesmo mantendo sua nona posição entre as dez maiores potências industriais mundiais, o Brasil perdeu ainda mais participação no mercado global de manufaturas e caminhou em sentido contrário à tendência de crescimento da indústria observada na média de todas as economias. As informações estão no relatório de 2019 da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido).

A fatia brasileira no valor adicionado da indústria mundial, que já chegou a 2,81% em 2005, recuou ligeiramente entre 2017 e 2018, de 1,9% para 1,8%, segundo dados compilados pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). A virtual estagnação foi suficiente para que o país se mantivesse como nono maior parque industrial do mundo, atrás da França, com 2,2%.

Caso a trajetória de perda de relevância do parque fabril brasileiro persista, o setor nacional tem “riscos consideráveis” de ser ultrapassado pelo da Indonésia, atualmente a décima maior potência industrial do mundo, avalia Rafael Cagnin, economista do IEDI e autor do levantamento feito a partir de números da Unido.

Levando em conta a elevada concentração na lista de maiores indústrias – no topo do ranking, China e EUA respondem por 24,9% e 15% do setor no mundo, respectivamente -, fazer parte desse rol de economias, ainda que nas

posições de menor destaque, é uma conquista positiva, pondera Cagnin. A redução contínua do tamanho do parque industrial brasileiro, no entanto, é um fator preocupante, diz. “Tendemos a ficar para trás na corrida internacional da indústria.”

De acordo com o órgão da ONU, o valor adicionado da indústria mundial cresceu 3,6% no ano passado, ligeira desaceleração sobre 2017, quando houve alta de 3,8%. O resultado um pouco mais fraco é explicado principalmente pelo aumento de incertezas relacionado à guerra comercial entre as duas maiores potências industriais, observa o Iedi. Ainda assim, ressalta o instituto, a indústria chinesa avançou 6,2% no ano passado, enquanto a americana subiu 3,1%.

Na média, o valor de transformação mundial aumentou 2,3% nas economias desenvolvidas em 2018, após expansão de 2,6% no ano anterior. Também houve perda de fôlego na passagem anual nas economias emergentes e em desenvolvimento, de 4,1% para 3,8%. Comparado aos dois grupos, o desempenho do Brasil é sofrível: depois de retroceder 1,2% em 2017, o valor adicionado da indústria brasileira encolheu mais 0,4% ano passado.

A evolução mais fraca do parque industrial brasileiro não se restringe ao curto prazo. De 2010 a 2018, enquanto a indústria no mundo cresceu 3,2% ao ano, o setor manufatureiro nacional registrou retração média de 2,1%. “Reverter isso exige colocar a indústria brasileira de volta nos trilhos do crescimento, algo que não está acontecendo desde o fim do ano passado”, nota o Iedi.

Para a entidade, mais grave do que a trajetória negativa no agregado é a pouca relevância de setores de maior intensidade tecnológica por aqui. Segmentos estratégicos, como computadores, eletrônicos e produtos óticos, seguem pouco representativos no valor adicionado.

“O Brasil se destaca como grande produtor de vários industrializados, mas nem sequer aparece no time de maiores produtores de eletrônicos e ópticos”, comenta Cagnin. A indústria brasileira se especializou em ramos distantes da fronteira tecnológica, ressalta. O maior exemplo é a indústria alimentícia, cuja participação no valor adicionado nacional subiu de 18,3% em 2005 para 22,6% em 2017 (resultado mais recente disponível). Com essa evolução, o Brasil ocupa hoje o posto de quinto maior produtor mundial nesse ramo.

No mesmo intervalo, o ganho de participação do segmento de computadores, eletrônicos e produtos ópticos foi bem mais tímido, de 1,97 ponto percentual, para 2,56%. Assim, mais uma vez, a indústria brasileira caminhou na contramão da tendência mundial, uma vez que as indústrias de alta e média-alta tecnologia lideram a expansão mundial do valor adicionado da transformação.

Nos países desenvolvidos, esse ramo assumiu o posto de segunda maior indústria, respondendo por 10,1% do valor adicionado há dois anos, atrás apenas da indústria alimentícia (10,7%). No grupo de economias emergentes, esses itens já são o quarto maior setor – 7,7% do total da indústria, ante 5,5% em 2005.

“Os ramos de alta e média-alta tecnologia, além de empregarem mão de obra mais qualificada e pagarem salário maiores, constituem o polo mais dinâmico da indústria em pesquisa e desenvolvimento e inovação”, destaca o Iedi. Para a entidade, falta um programa nacional articulado de apoio à chamada indústria 4.0, independentemente da resolução do problema fiscal. O mundo não está em ‘stand by’ à espera da reforma da Previdência.

Um plano para a indústria incorporar novas tecnologias e participe de sua produção deveria ser central na política econômica, e não paralelo. O governo anunciou em abril de 2019 a criação da Câmara Brasileira da Indústria 4.0, mas ainda faltam uma articulação maior entre autoridades e setor privado e um foco maior ao tema.

Cláudia Safatle (Valor, 14/06/19) avalia o debate na economia está centrado na eventual estratégia do governo para estimular o investimento e, com ele, o crescimento.

“Há um diagnóstico claro, feito pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos, e compartilhado por alguns outros economistas, que trata da grande complementaridade entre os investimentos público e privado. Campos compara a economia a um avião com uma turbina que é o mundo público, e a outra, o mundo privado. Ao desligar a primeira e, com credibilidade, ligar a segunda, haveria a transferência de energia capaz de manter o avião na mesma velocidade.

Ao derrubar o investimento público federal de R$ 100,6 bilhões em 2014 para quase a metade, R$ 53,9 bilhões, em 2018, os idiotas neoliberais imaginaram o setor privado ocupar esse espaço e garantir o crescimento, o que ainda não ocorreu.

Estão ambas as turbinas desligadas. E, segundo Campos, só a credibilidade (do governo) e a confiança (de consumidores e empresas) vão reverter o quadro. [É a tal da “Economia da Confiança“, uma idiotia tipicamente novo-clássica.]

Há quem avalie que a reforma da Previdência, com a economia em torno de R$ 900 bilhões em dez anos, será capaz de injetar confiança nos mercados, animar os investidores privados a desengavetar seus planos. E há os que consideram a reforma necessária, mas não suficiente para estimular a expansão dos investimentos e, consequentemente, retomar o crescimento. Para estes, há muito mais a consertar, inclusive para se ter uma trajetória fiscal sustentável, antes que isso ocorra. É preciso sanar, também, o ambiente de insegurança jurídica que atrapalha, e muito, os planos de investimentos.

Surge, em meio a ansiedade para se fazer algo que evite o país cair de novo em recessão, proposta para redução adicional da taxa Selic (de 6,5% ao ano), cada dia com mais seguidores, como combustível para ligar a turbina do mundo privado; e de uso de um pedaço das reservas cambiais para fazer política fiscal anticíclica, dentre outras.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou, que vai liberar mais uma parte das contas inativas e ativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do PIS/Pasep para que esse dinheiro, algo em torno de R$ 22 bilhões, aqueça o consumo. Essa é uma medida de fôlego curto para a expansão da demanda, mas, diante da situação, não se recusa nada. Ademais, o FGTS é uma poupança forçada e muito mal remunerada do trabalhador.

O Tesouro Nacional vai ter, no fim do ano, uma receita líquida extraordinária de cerca de R$ 50 bilhões, como resultado da repactuação da cessão onerosa de petróleo. Como se trata de uma receita primária e não se pode aumentar o gasto pela lei do teto, esse recurso seria usado para abater o déficit primário. Sendo uma receita extraordinária, ela reduziria o rombo deste ano, mas não afetaria o déficit do próximo.

Talvez fosse melhor usar parte desses recursos para investimentos, mas sempre há o limite do teto, a não ser que se tenha um arranjo legal para não ferir a lei do teto do gasto. Afinal, o país ainda tem umas 7 mil obras começadas e não concluídas.

Para culminar tanta idiotia, no parecer da reforma da Previdência, o relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), extingue a transferência de 40% dos recursos do PIS/Pasep ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), prevista no artigo no 239 da Constituição. Ele destina esses recursos, até então usados para financiar investimentos, ao pagamento dos gastos correntes da Previdência Social.

Essa é uma medida equivalente à família vender a última prataria da casa para pagar o almoço.

Até agora o ministro da Economia, Paulo Guedes, não disse o que quer do BNDES. Sobre o banco, ele fala apenas que espera para este ano a devolução de cerca de R$ 126 bilhões dos recursos emprestados pelo Tesouro Nacional no governo do PT. Na proposta original da reforma da Previdência o próprio governo sugeriu a redução de 40% para 20% da receita do PIS/Pasep que vai para o banco.

O relator, porém, resolveu acabar de uma só vez com esse “funding“. Fica, portanto, cada dia mais difícil para o BNDES fazer devolução antecipada de recursos.

A instituição de fomento tinha como principal “funding” a receita de 40% do PIS/Pasep, destinada ao Fundo de Amparo do Trabalhador (FAT). O fundo, que repassava em média R$ 16 bilhões ao ano para o banco, hoje é deficitário e pede a devolução de cerca de R$ 20 bilhões nos próximos meses. Mas essa parecia ser uma situação temporária, fruto da queda das receitas com impostos e contribuições pela inércia da economia.

A iniciativa de retirar, de uma penada, o único dinheiro público que o BNDES recebe reforça a preocupação da diretoria da instituição em preservar pelo menos o capital correspondente a 25% da carteira de empréstimos. Esse é o padrão de capitalização das instituições multilaterais, como o Banco Mundial.

Foi do então deputado José Serra (PSDB-SP) — tucano tal como o relator — a autoria do artigo da Constituição que destacou 40% da receita do PIS/Pasep para o BNDES.

Falta uma definição do governo sobre o que ele quer do BNDES, de que tamanho ele deve ser e que função vai desempenhar. Não basta o ministro da Economia dizer que quer um banco “magrinho”.

O novo presidente da instituição de fomento era o número dois da secretaria especial de Desestatização e Desinvestimento, comandada por Salim Mattar. Este foi um dos nomes cotados para assumir o banco. E também é parceiro dos filhos de Bolsonaro, “arrombando a festa”!

Montezano tem só 38 anos. Sua indicação precisa ser aprovada pelo Conselho de Administração do banco, instância na qual o governo, com 100% do capital da instituição, tem total controle.

“Graduado em engenharia pelo Instituto Militar de Engenharia (IME) e mestre em Finanças pelo Ibmec, Montezano tem 17 anos de carreira no mercado financeiro. Foi sócio do Banco Pactual, tendo atuado como diretor-executivo da área de commodities em Londres e, anteriormente, como responsável pela área de crédito, resseguros e ‘project finance’“.

Com a demissão do então titular ocorrendo de forma desorganizada, a nomeação de Montezano para o banco tem como alvos uma maior celeridade na devolução de recursos do BNDES ao Tesouro Nacional e também da venda de ativos do banco na carteira do BNDESPar (o braço de investimentos em participações da instituição). Além disso, segundo o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, ele terá a missão de abrir a suposta “caixa-preta” de empréstimos do banco para investimentos de empresas brasileiras em Cuba e Venezuela.

Em processo ilusório de autoengando, industriais esperam a nova gestão do BNDES reforçar seu papel de instituição de fomento ao setor produtivo e à infraestrutura. Evidentemente, essa agenda ficou em segundo plano diante das exigências de devolução de recursos ao Tesouro e de diminuição da carteira de seu braço de participações. O setor produtivo também vê com preocupação as propostas que reduzem o funding da instituição.

Pedro Wongtschowski, presidente do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), considera que o papel central do BNDES é financiar a inovação, exportação, infraestrutura, pequenas e médias empresas. O banco de fomento também deveria ter um papel maior na formulação e preparação de editais de concessões, parcerias público-privadas e formatação de privatizações. O Ministério da Economia precisa do BNDES para fazer isso de maneira rápida e benfeita. Esse conhecimento está subaproveitado no banco.

Sob a gestão de Joaquim Levy o BNDES tornou-se mais lento na avaliação de projetos e desembolso de recursos.

A despeito de a demanda por recursos estar deprimida no setor industrial, há com preocupação a proposta que dá fim aos repasses do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) ao BNDES, incluída no relatório da reforma da Previdência na Comissão Especial da Câmara. Esses recursos representam 35% do funding do BNDES e se abra mão disso!

João Carlos Marchesan, presidente do conselho de administração da Abimaq (associação dos fabricantes de bens de capital), preferia ver no comando do BNDES alguém preocupado com políticas de fomento ao setor produtivo. “É preciso alguém com uma visão de empresário, que olhe para o desenvolvimento. Não alguém que tenha visão de banqueiro“, disse o executivo.

Por visão de banqueiro, ele define alguém mais preocupado com as finanças da instituição em lugar das políticas de fomento ao setor produtivo.

Há preocupação o esvaziamento do BNDES, cujos desembolsos tiveram forte queda nos dois últimos anos, e com as propostas que tiram recursos do banco. O BNDES não pode perder de vista o propósito para o qual foi criado, que é o de ser um banco de fomento. A instituição não pode tocar as privatizações, como quer o governo, e ao mesmo tempo financiar projetos do setor produtivo.

Os bancos privados não são capazes de financiar a indústria. Ainda que a TLP tenha aproximado das taxas do BNDES a aquelas praticadas no mercado, suas linhas de financiamento ainda são competitivas, e seus prazos, mais longos.

Os industriais reacionários não veem com preocupação a demissão de Joaquim Levy. O BNDES perdeu importância. O capitão-presidente quis trocar por motivação ideológica e simplesmente trocou por um jovem playboy, banqueiro de negócios fake, mas amigo de baladas do filho.

Economia do Brasil: desindustrialização e governo inerte publicado primeiro em https://fernandonogueiracosta.wordpress.com



Trava elétrica não funciona em uma porta, por que?

Trava elétrica não funciona em uma porta, por que?

O sistema de trava elétrica é uma segurança básica de todo automóvel moderno, sendo um dispositivo de acionamento remoto nos dias atuais, mas que foi bem popular nos anos 80 com o uso da chave.

Hoje, como poucos precisam fazer uso delas, o controle remoto se tornou padrão. A trava elétrica fecha e abre todas as portas do carro.

Em alguns modelos, ela abre também o porta-malas, seja destravando ou abrindo-o automaticamente, além de acionar vidros elétricos.

Com o controle na chave, a trava elétrica deveria ser um sistema para durar, porém, não acontece assim. Existem registros de não funcionamento da trava elétrica apenas na porta do motorista.

Geralmente, nesses casos, o dispositivo não reconhece uma das portas e ela notadamente é a do condutor.

Trava elétrica não funciona em uma porta, por que?

Trava elétrica não funciona em uma porta, por que?

A trava elétrica está associada ao conjunto elétrico do veículo. Então, qualquer falha deste dispositivo, tem na rede do estabelecimento, a saída para contornar o problema.

Ela permite remotamente fechar e abrir as portas do carro, porém, a do motorista acaba ficando de fora.

Isso é tanto para travar quanto para destravar a porta do condutor, ficando as demais normais. Ou seja, se a do motorista ficou aberta, as outras travaram e vice-versa.

Mas, por que isso ocorre?

Atuador eletro-mecânico

Trava elétrica não funciona em uma porta, por que?

Existem alguns motivos disto acontecer, mas um dos principais culpados disso é o atuador eletro-mecânico que fica em cada porta.

Ele tem chances de ser danificado mais que os demais por causa do uso mais intenso do condutor na referida porta.

Então, nesse caso, a falta de lubrificação no mecanismo de fechamento da porta, que é integrado ao atuador elétrico do sistema de travas, faz com que haja mais esforço e isso pode simplesmente gerar problemas com a porta do motorista, geralmente a mais usada.

Assim, ela pode não travar ou, se fizer isso, nunca regressar durante o travamento.

O dispositivo que aciona o pino de travamento de porta é um item que pode ser comprado por preços a partir de R$ 17 na internet ou pouco mais caro nas autopeças. No entanto, o motivo da trava elétrica não funcionar em uma porta também é associado com o sistema elétrico.

Controlador de corpo

Trava elétrica não funciona em uma porta, por que?

O controlador de corpo é, na trava elétrica, o comando central que recebe os sinais ou impulsos elétricos para abrir ou fechar as janelas e travas do seu carro.

Ele é o módulo que comanda todas as portas, estando elas conectadas aos demais sistema de segurança ativa do veículo.

Dentro dele, existe um comando específico para a porta do condutor, visto que é essa porta que possui um tambor de chave para caso de não haver energia no controle remoto, independente de ser presencial ou não.

Esse módulo pode queimar com o tempo de uso ou devido a problemas elétricos.

Assim, se a trava elétrica não bloquear a porta do condutor ou mesmo fechar todas, menos ela, o importante é não tentar arrumar se não possuir conhecimento para isso.

Busque uma oficina especializada em elétrica de autos, pois, o técnico irá verificar se o atuador eletro-mecânico da fechadura está queimado ou lento demais, impedindo seu travamento.

O mesmo em relação ao controlador de corpo, que pode apresentar defeito em sua placa de circuito, por causa de umidade ou chuva, por exemplo.

Nesse, basta substituir o módulo de controle da trava elétrica, liberando assim com toque específico para a porta do condutor.

No mercado, o controlador de corpo custa a partir de R$ 36 na versão de duas portas ou R$ 45 para quem tem carro com quatro portas.

A instalação deve ser feita por um técnico profissional, evitando assim que se provoque um curto-circuito no sistema elétrico do carro, geralmente enorme prejuízo. Um kit com ambos (4 portas) custa em torno de R$ 87.

© Noticias Automotivas. A notícia Trava elétrica não funciona em uma porta, por que? é um conteúdo original do site Notícias Automotivas.

Trava elétrica não funciona em uma porta, por que? publicado primeiro em https://www.noticiasautomotivas.com.br



Economia da Índia: Potência Mundial

 

Por um lado

Jorge Pasin é economista do departamento de pesquisa econômica da Área de Planejamento Estratégico do BNDES e mestre em Economia, com ênfase Estudos Internacionais Comparados pela UFFRJ. Publicou o artigo abaixo (Valor, 14/06/19), o qual reproduzo pela importância de seu tema.

“Com a postura revisionista sobre os acordos comerciais adotada pelo governo Trump e a consequente onda de protecionismo, o comércio internacional vem desacelerando desde 2017. Essa tendência, agravada pela recente intensificação da contenda comercial entre EUA e China, traz impactos negativos sobre a atividade produtiva no mundo. Hoje, um dos fatores capazes de contrabalancear esses efeitos é a forte expansão econômica da Índia.

Desde o início da década passada a economia da Índia cresce a taxas elevadas, com expansão anual média do PIB acima de 7%. A inflação apresenta trajetória de queda desde 2012, beirando hoje a casa dos 2% ao ano (dados do FMI). Os números do lado fiscal estão em patamar sustentável e a relação dívida/PIB, que beirava os 85% em 2003, está abaixo dos 70%. Do ponto de vista macro, portanto, a Índia está com a casa arrumada.

Do ponto de vista setorial, o país reúne três conjuntos de destaques. O primeiro, mais tradicional e com lastros históricos e culturais, envolve a agricultura, os setores têxtil e de mineração, e a fabricação de joias. A esse conjunto se juntaram, ao longo da segunda metade do século XX, a indústria química e farmacêutica, o parque de refinarias, as manufaturas modernas e maquinarias, e a siderurgia e a fabricação de cimento. O terceiro conjunto de setores, mais recente e moderno, se relaciona ao boom de investimentos em tecnologia da informação no país: softwares, serviços de comunicação e internet (acessibilidade à rede, aplicativos de celular e e-commerce).

A Índia já é o maior mercado mundial (em número de usuários ativos) do Facebook e do Whatsapp e o terceiro maior do Twitter. No país da Bollywood, o Instagram e o YouTube também estão na moda. A expansão da internet na Índia requererá maciços investimentos em infraestrutura de telecomunicações. O número de usuários indianos da rede saltou de pouco mais de 200 milhões no início de 2014, para quase 600 milhões ao final de 2018, devendo superar os 800 milhões até 2025, com a crescente inclusão da população rural (dados da Telecom Regulatory Authority of India).

No tocante ao comércio exterior, com a expansão da corrente de comércio à taxa média de 14% ao ano de 2003 a 2018, a participação da Índia no intercâmbio mundial de bens saltou de 0,8% para 2,5%. Seu índice de abertura econômica (exportações mais importações de bens em relação ao PIB) passou de pouco menos de 22% para cerca de 34% no período (a título de comparação, o Brasil tem um índice de abertura econômica da ordem de 20%). Em função do crescimento acelerado, a balança comercial indiana vem se deparando com déficits crescentes. Em 2018, com US$ 322 bilhões em exportações e US$ 618 bilhões em importações, o saldo ficou negativo em US$ 296 bilhões (dados do Comtrade/ONU).

O grande desafio da Índia é aproveitar a demografia favorável para crescer expandindo a capacidade produtiva e o mercado interno, enquanto mitiga a carência de infraestrutura sem descuidar do déficit energético

Naturalmente, os maiores beneficiários da ascensão da Índia são seus vizinhos asiáticos e os fornecedores de equipamentos de telecomunicações (China e EUA), com grandes oportunidades também para venda de smartphones. O setor automobilístico e o de partes e peças associadas são outra aposta para os próximos anos. Os fornecedores de commodities também ganharão com o crescimento do mercado indiano.

Com as projeções de crescimento mantendo-se na casa dos 7%, a demanda de energia do país terá a maior alta no mundo. A importação de petróleo bruto pela Índia, hoje da ordem dos 4,4 milhões de barris equivalentes diários (dados da Opep), crescerá à taxa de 5% ao ano pelos próximos dez anos. A demanda por gás deve crescer na casa dos 7% ao ano (dados da International Energy Agency).

China, Japão e Índia são os três maiores PIBs da Ásia e ocupam hoje, respectivamente, a segunda, a terceira e a quinta posições na lista das maiores economias mundiais (estando EUA e Alemanha no primeiro e quarto postos). Combinando as previsões do FMI, do Banco Mundial e da OCDE, em dez anos, a Índia ultrapassará a Alemanha e o Japão, tornando-se a segunda maior economia da Ásia e a terceira mundial.

De fato, ao longo da próxima década China e Índia continuarão sendo os grandes motores do crescimento regional, que vem deslocando o centro de gravidade da economia do planeta em direção ao continente asiático. Os dois países, que hoje são responsáveis por 19% do PIB do planeta, responderão em 2028 por quase 25% da produção global contribuindo, além disso, com cerca de 40% da expansão da atividade econômica mundial.

Ademais, com uma população jovem e em crescimento, a Índia ultrapassará a China como país mais populoso do mundo até 2025. As projeções da ONU indicam também que o percentual da população indiana entre 15 e 64 anos subirá de 64% em 2018 para 67% em 2028.

A Índia tem hoje a tarefa de contornar a desaceleração do ritmo de crescimento experimentada no primeiro trimestre de 2019, quando a economia expandiu-se à taxa anualizada de 5,8%. As eleições legislativas, encerradas em maio passado com a reeleição do atual Primeiro Ministro e a manutenção de maioria no Parlamento pelo partido da situação, reduziram incertezas e trouxeram expectativas de continuidade de avanços na regulação e, com isso, impulso extra aos investimentos no país.

O recente corte na taxa básica de juros de 6% para 5,75% também contribuirá para esse objetivo. Para os próximos anos, o grande desafio da Índia envolve aproveitar a demografia favorável para crescer expandindo a capacidade produtiva e o mercado consumidor interno, enquanto mitiga a carência de infraestrutura sem descuidar do déficit energético. Cumprido esse roteiro, a Índia se firmará como polo dinâmico da economia global, atuando como novo vetor do crescimento mundial.

Por outro lado…

Economistas e investidores mostram ter cada vez menos, ou nenhuma, confiança nos dados econômicos oficiais da Índia.

Há muito tempo se questiona se as estatísticas do governo indiano contam toda a história, mas as dúvidas chegaram a novas dimensões após duas polêmicas recentes sobre revisões e atrasos de números importantes. O próprio governo admite que há deficiências na coleta de seus dados.

Um estudo realizado por uma divisão do Ministério de Estatística nos 12 meses encerrados em junho de 2017 concluiu que até 36% das empresas na base de dados usada para calcular o Produto Interno Bruto (PIB) da Índia não puderam ser encontradas ou estavam classificadas equivocadamente.

Mas o Ministério afirma que não houve impacto nas estimativas do PIB, já que, no cômputo agregado, foram realizados ajustes nos dados apresentados pelas empresas.

Em dezembro de 2018, o governo adiou o anúncio dos dados sobre emprego, mas um relatório oficial vazou para um jornal indiano, mostrando que o desemprego havia atingido o maior patamar em 45 anos.

Agora, economistas e investidores manifestam sua desconfiança preferindo usar fontes alternativas de dados e, em alguns casos, até criando indicadores próprios para mensurar a economia indiana.

Dez economistas e analistas de bancos, centros de estudos e fundos estrangeiros entrevistados pela Reuters disseram que passaram a usar fontes alternativas de dados ou, ao menos, outros tipos de dados oficiais.

Entre os indicadores que eles têm preferido estão os de vendas de carros, de volume de carga transportada por trens e aviões, de atividade dos gerentes de compra e alguns índices criados pelas próprias instituições para acompanhar a economia.

Muitos economistas disseram ter ficado desconcertados quando o governo revisou para cima o crescimento do PIB no ano fiscal de 2016/2017, de 6,7% para 8,2%, mesmo depois de um programa de troca de cédulas de alto valor que foram desmonetizadas ter prejudicado as empresas e o emprego naquele exercício.

“Nossa resposta tem sido gastar tempo criando um Índice de Atividade Indiana, que engloba um conjunto de séries históricas de dados que no passado tiveram alta correlação com o crescimento real do PIB e extrair a sinalização comum mostrada por elas”, disse Jeremy Lawson, economista-chefe da Aberdeen Standard Investments, que administra mais de US$ 700 bilhões em ativos.

Os números preliminares desse índice – entre cujos componentes estão dados de vendas de carros, cargas aérea e atividade dos gerentes de compras – indicam que o governo exagerou a expansão do PIB, disse.

“Nosso índice sugere que houve crescimento estável, em vez da rápida aceleração sugerida pelas cifras do PIB”, disse, referindo-se aos três anos de dados desde 2014.

Mesmo pessoas próximas ao governo têm dito que a falta de precisão dos dados oficiais aumenta muito o risco de que as autoridades deixem de perceber grandes mudanças na atividade e de reagir com rapidez para evitar crises.

O problema também atrapalha investidores, que podem ser induzidos a achar que a economia está mais forte do que a realidade.

O braço econômico da organização Rashtriya Swayemsewak Sangh (RSS), de onde nasceu o partido nacionalista hinduísta Bharatiya Janata (BJP), atualmente no poder, criticou o governo federal e o banco central indiano por não terem antecipado a crise agrícola que assola o interior. Os baixos preços dos produtos agrícolas derrubou a renda dos agricultores.

“O fato é que os assessores do governo e o comitê de política monetária do banco central não diagnosticaram a crise agrícola e as condições deflacionárias da economia rural e ignoraram a necessidade de impulsionar o crescimento”, afirmou Ashwani Mahajan, codiretor do Swadeshi Jagran Manch, nome do braço econômico da RSS. Mahajan ressaltou que o governo indiano agora vem adotando medidas para resolver o problema.

A demora em enfrentar a crise custou ao premiê da Índia, Narendra Modi, pelo menos parte do apoio que teria no interior nas eleições gerais em andamento, embora a maioria dos estrategistas políticos ainda acredite que ele provavelmente irá se manter no poder.

A oposição e outros críticos têm acusado o governo Modi de abafar os dados do emprego e de “massagear” os números do crescimento da economia para tentar mostrar que seu governo vem se saindo melhor do que o anterior.

Um porta-voz do Gabinete de Modi disse que não havia autoridades disponíveis para comentar o assunto, pois estavam ocupadas com a eleição. Um porta-voz do Ministério das Finanças remeteu a comentários prévios feitos pelo ministro Arun Jaitley.

Em março, num blog, Jaitley criticou os economistas que duvidam da credibilidade dos dados e os acusou de promover uma campanha de falsidades contra o governo do país.

Alguns investidores já sofreram perdas por terem acreditado na história de alto crescimento da Índia. Produtores de energia do setor privado investiram bilhões de dólares com base na expectativa por uma demanda elétrica que acabou não se materializando na economia rural.

Com a expansão da economia em mais de 8% ao ano, eles previam uma alta na demanda de pequenas empresas e dos consumidores.

Muitos produtores de energia agora enfrentam recuperações judiciais e processos na Justiça, uma vez que muitas das novas usinas que construíram funcionam a 60% da capacidade.

No setor imobiliário, é possível que sejam necessários de três a quatro anos para limpar o estoque de 500 mil residências sem vender na região de Nova Déli, que foram construídas na suposição de aumentos nos salários nas áreas urbanas, segundo incorporadoras.

Sem dúvida, a alta proporção da economia indiana no setor informal, como é o caso de muitas empresas domésticas, torna a tarefa de avaliar a atividade econômica um pesadelo.

Gita Gopinath, economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), disse a um canal indiano de TV em abril que a instituição abordou a questão da “transparência” com autoridades indianas da área de coleta de dados e ressaltou, em particular, a medição do deflator do PIB – a taxa ajustada de inflação usada para estimar o PIB real.

Em comunicado, o Ministério de Estatística disse que está trabalhando para resolver o problema.

Economia da Índia: Potência Mundial publicado primeiro em https://fernandonogueiracosta.wordpress.com



Mercosul-UE: tarifa zero para carros pode demorar até 15 anos

Mercosul-UE: tarifa zero para carros pode demorar até 15 anos

Como já comentando anteriormente sobre o acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia, o setor automotivo não terá preocupações imediatas com o tratado entre os dois blocos econômicos, conforme apurou o jornal Folha de São Paulo, junto a representantes do governo, que pediram anonimato.

Com o texto não divulgado na íntegra em Bruxelas, Bélgica, onde o acordo foi assinado por representantes brasileiros, o jornal conseguiu detalhes sobre como será tratado o comércio bilateral, envolvendo veículos e peças. Pelo que foi revelado, o mercado brasileiro terá um período de 15 anos para eliminar totalmente as tarifas de importação de carros da Europa.

Antes disso, porém, haverá um prazo de carência de sete anos, onde nada mudará em termos tributários, mas dará tempo para o setor automotivo nacional se modernizar para atender o velho continente e evitar uma concorrência predatória por aqui. Após esse período, as tarifas cairão gradativamente até zerar.

No entanto, nem tudo ficará igual. Foi acordado que uma cota de 50 mil carros poderá ser importada e exportada sem imposto de importação. Representantes das montadoras, em anonimato, revelaram que essa cota deve ser preenchida pelas marcas de luxo, pois, carros mais caros terão amortização maior nos preços, compensando sua comercialização sob estes termos.

Mercosul-UE: tarifa zero para carros pode demorar até 15 anos

Em 2018, as marcas premium como Audi, BMW, Mercedes-Benz e Land Rover comercializaram em torno de 35 mil carros, menos que a cota limite de isenção total de tarifa. Então, podemos esperar por uma elevação nas vendas destas como resultado da queda de preços com o fim da cobrança de 35% de taxa.

Atualmente, 80% da capacidade instalada dessas marcas, está ociosa. No entanto, como a maioria das peças e componentes são importados, elas não se beneficiarão imediatamente neste acordo, pois, ficou acertado que as autopeças terão redução gradativa de imposto de importação em 10, 12 e 15 anos. Com isso, não haverá um impacto imediato no mercado nacional com o tratado de livre comércio.

[Fonte: Folha]

© Noticias Automotivas. A notícia Mercosul-UE: tarifa zero para carros pode demorar até 15 anos é um conteúdo original do site Notícias Automotivas.

Mercosul-UE: tarifa zero para carros pode demorar até 15 anos publicado primeiro em https://www.noticiasautomotivas.com.br



Guerreiro: Lada Niva passa no WLTP e continua a ser vendido na Europa

Guerreiro: Lada Niva passa no WLTP e continua a ser vendido na Europa

Um dos utilitários 4×4 mais emblemáticos de todos os tempos, o longevo Lada Niva continua firme e forte após mais de 40 anos de serviço ativo. O jipinho russo, que foi vendido no Brasil nos anos 90 e quase retornou alguns anos depois, teve mais uma prova dura para enfrentar na União Europeia.

Por conta da pressão ambiental sobre os carros, o Lada Niva não escapou de realizar a homologação de emissão pelo ciclo WLTP, que reproduz as condições reais de condução no trânsito urbano e rodoviário, atingindo assim resultados que os consumidores realmente conseguirão no cotidiano.

Guerreiro: Lada Niva passa no WLTP e continua a ser vendido na Europa

O Niva precisava passar pelo WLTP para ser certificado na norma Euro6d-TEMP, que é a última exigência ambiental antes do próximo ciclo, que deverá ser o Euro 7 com 95 g/km de CO2. No caso do vetusto 4×4 de origem soviética, a emissão ficou em 226 g/km atualmente, mas dentro dos limites estabelecidos pela UE.

Assim, após breve interrupção nas vendas, como em outros carros, o Lada Niva retorna ao mercado europeu, mas ainda sem data para reinicializar as entregas. A Lada não mexeu em quase nada para atualizar seu eterno utilitário. Apenas o sistema de controle de emissão foi modernizado, a fim de cortar muito de dióxido de carbono, hidrocarbonetos e particulados produzidos pelo velhíssimo motor.

Guerreiro: Lada Niva passa no WLTP e continua a ser vendido na Europa

Este, por sinal, continua sendo o quase lendário 1.7 de quatro cilindros com injeção eletrônica e seus 83 cavalos de sempre. Além dele, o Lada Niva tem como companheira fiel a caixa manual de cinco marchas com sistema de redução e transferência, permitindo que todas as marchas possam ser reduzidas.

Sem qualquer mudança estrutural ou de segurança, o Lada Niva segue sem ter bolsas infláveis para motorista e passageiro, embora tenha recebido freios com ABS. Como a legislação europeia não exige airbags, o jipe russo se mantém por lá, diferente do Brasil, onde não pode ser vendido. Os preços começarão em 11.900 euros. A oferta será de apenas 1.000 unidades por ano na Europa.

© Noticias Automotivas. A notícia Guerreiro: Lada Niva passa no WLTP e continua a ser vendido na Europa é um conteúdo original do site Notícias Automotivas.

Guerreiro: Lada Niva passa no WLTP e continua a ser vendido na Europa publicado primeiro em https://www.noticiasautomotivas.com.br



FCA ressuscita Chrysler Voyager após três anos de seu fim

FCA ressuscita Chrysler Voyager após três anos de seu fim

Ela foi uma das primeiras minivans do mercado mundial, tendo feito sua estreia em 1983 com a marca Plymouth, junto com a Dodge Caravan, sua irmã gêmea. Sem interrupção, a Voyager seguiu seu curso até que a marca que a sustentava, foi cortada pela Chrysler. Assim, ela passou a ter a estrela de cinco pontas e depois o badge com asas da marca americana até 2016.

A retirada da Chrysler Voyager encerrou a geração anterior do modelo, porém, agora ela vai retornar ao mercado americano, mas na pele da Chrysler Pacifica. O objetivo da Fiat Chrysler é oferecer um produto mais em conta e racional, além de atender também os clientes comerciais, que possuem grandes frotas de locação.

FCA ressuscita Chrysler Voyager após três anos de seu fim

A proposta da Chrysler Voyager 2020 inclui as versões L, LX e LXi, que deverão substituir as versões L e LX da Pacifica. Além disso, a minivan oferece visual e acabamento mais simples, bem como conteúdo menor. No exterior, menos cromados e ausência de faróis de neblina. Os faróis principais são halógenos e as rodas de liga leve possuem um tamanho menor.

Por dentro, a Chrysler Voyager 2020 exibe o mesmo visual da Pacifica, mas com materiais mais simples, tendo cluster analógico com display de 3,5 polegadas, ar condicionado duplo, multimídia Uconnect com tela de 7 polegadas, sistemas Apple Car Play e Google Android Auto, sistema de cancelamento de ruído e entretenimento traseiro com DVD em tela retrátil.

FCA ressuscita Chrysler Voyager após três anos de seu fim

Com sete lugares, a Chrysler Voyager 2020 pode ter bancos em couro sintético, para-sóis especiais na segunda fileira, bancos centrais giratórios, rack de teto adaptado para transporte de bagagens, sistema de abertura de garagem, monitoramento de estacionamento, frenagem automática de emergência, alerta de faixa e colisão, aviso de ponto cego, entre outros.

FCA ressuscita Chrysler Voyager após três anos de seu fim

A Chrysler Voyager 2020 tem motor V6 3.6 Pentastar de 287 cavalos e 36 kgfm. O propulsor a gasolina trabalha com uma caixa automática de nove marchas da ZF. Os preços devem começar nos US$ 27 mil, segundo estimativas.

© Noticias Automotivas. A notícia FCA ressuscita Chrysler Voyager após três anos de seu fim é um conteúdo original do site Notícias Automotivas.

FCA ressuscita Chrysler Voyager após três anos de seu fim publicado primeiro em https://www.noticiasautomotivas.com.br



sábado, 29 de junho de 2019

Quais os motivos para se fazer Ciência?

Um dos objetivos do livro de Ronaldo Pilati, “Ciência e pseudociência: por que acreditamos naquilo em que queremos acreditar”, é fornecer argumentos para desmistificar a ampla visão de a ciência tratar apenas de assuntos áridos e acaba por deixar o sentido das coisas no universo e da própria vida destituído de beleza. Essa concepção é cheia de preconceito e perde de vista a real natureza e significado da Ciência para nossas vidas. Essa característica atribuída à Ciência é mais um dos argumentos de racionalização dos Escaninhos Mentais (EM).

De um lado, está a padronicidade. Ela motiva a buscar conhecimento estável, no qual as predições de compreensão do mundo sejam seguras e certas. Do outro, está o caráter incerto e provisório fornecido pelo conhecimento científico. Tais sistemas de crença são incompatíveis por sua natureza. Como lidamos com esta incompatibilidade? Como acomodar sistemas de crença de bases tão distintas na mesma mente?

A manutenção de sistemas de crença incoerentes começa a ser esclarecida quando nos debruçamos sobre os processos cognitivos da mente. Observa-se a intuitiva adesão de pessoas ignorantes sobre o natural a ideologias infalsificáveis ou sobrenaturais.

O endosso a crenças infalsificáveis possui dois benefícios.

  1. O primeiro é o ofensivo, intolerante e violento. Permite aos bolsanaristas de extrema-direita mantê-las de maneira mais firme atacando evidências contrárias.
  2. O segundo é defensivo, fazendo os milicianos evangélicos reconstruírem suas crenças tendo por base justificativas infalsificáveis, mantendo a resistência aos fatos capazes de as contradizerem.

Por exemplo, se um olavete (adepto imbecil do guru Olavo de Carvalho) acredita a Terra ser plana e busca manter sua crença, sua estratégia ofensiva usual é atacar argumentos contrários, desqualificando-os violentamente. Argumenta contra a foto do planeta em forma de esfera tirada pela NASA, por pressupor ela ser uma das corporações com o maquiavelismo de manter “o pacto de mentira global sobre o assunto”.

Como exemplo de uma estratégia defensiva dos idiotas, eles argumentam uma esfera não poder manter água em estado líquido sem perdê-la para a gravidade e, portanto, apenas um planeta em formato plano seria um recipiente adequado para manter rios e mares. Os mecanismos psicológicos ofensivos e defensivos para manutenção de crenças infalsificáveis são aplicáveis a qualquer tipo de sistema, como pseudocientíficos, religiosos ou ideológicos.

Na verdade, nossa cultura leva a criar os EM sobre a ciência, encaixando-a em escaninhos específicos. Eles dizem respeitos a assuntos pontuais. Tal compartimentalização ocorre quando aprendemos sobre ciência e a aplicamos apenas a assuntos e temas circunscritos a determinadas dimensões, como a escolar ou a profissional. Talvez por motivos como este as pessoas ignorantes, frequentemente, associam os propósitos da ciência estritamente ao desenvolvimento de tecnologias para melhorar as condições de vida.

A criação desse EM dificulta ou impossibilita o entendimento dos propósitos da ciência, de suas principais características e de suas motivações elementares. Sempre espanta o baixo efeito do pensamento científico para o conhecimento da maioria das pessoas. Algumas, afortunadamente, conseguem ter acesso a ele na universidade.

Embora essas pessoas sejam expostas aos princípios científicos, desenvolvendo habilidades para duvidar de suas próprias crenças, muitas são perfeitamente capazes de consultar o horóscopo para decidir o que fazer durante a semana, tomar remédios homeopáticos como solução para as tentativas fracassadas dos alopáticos ou rezar fervorosamente para Deus contribuir positivamente para os desígnios da vida.

Isto é um subproduto dos EM, quando as pessoas passam a restringir a ciência a algumas dimensões da vida, impedindo a mesma ser compreendida em todo seu potencial e amplitude.

A função primordial da ciência é a busca de respostas para as diversas perguntas sobre o ainda desconhecido. Elas motivam nossa busca por conhecer, como “de onde viemos?”, “por que existimos?” e “por que somos morais?”.

Os psicólogos a investigam, por exemplo, como se desenvolve a moralidade, como os indivíduos a aprendem, como formam crenças automaticamente, se somos genuinamente maus ou majoritariamente irracionais. Poderíamos listar várias outras questões de natureza semelhante, como as substâncias básicas que compõem a matéria, para um físico, ou a origem da vida, para um biólogo.

O ponto aqui é essas perguntas primordiais darem sentido à existência da ciência. As perguntas com uma preocupação mais aplicada têm como finalidade resolver um problema prático, criando uma tecnologia ou uma tecnologia social. Elas também são cientificamente válidas e relevantes, mas não expressam as principais motivações do empreendimento científico.

A religião como um sistema de crença infalível tem más consequências. A principal consequência do pensamento religioso é a maneira pela qual esse sistema de crença possibilita o desenvolvimento de argumentos para a racionalização de Escaninhos Mentais. Por sua vez, outra motivação impele a ciência. Ela examina, por exemplo, porque muitas pessoas acreditam em religião e outras fazem empreendimentos com (e como) arte.

Quais os motivos para se fazer Ciência? publicado primeiro em https://fernandonogueiracosta.wordpress.com



Hyundai Creta 2020 é flagrado com leve atualização no visual

Hyundai Creta 2020 é flagrado com leve atualização no visual

O Hyundai Creta mudará levemente na linha 2020. O SUV compacto da marca sul-coreana ainda não passará à nova geração por aqui, como irá acontecer em breve na Índia e já ocorre no mercado chinês, onde estreou um estilo que não agradou muita gente por fora, mas surpreendeu em seu interior.

No caso brasileiro, as modificações serão sutis no Creta 2020. O utilitário esportivo da Hyundai foi flagrado já com as modificações, divulgadas nas redes sociais, onde é possível ver o para-choque com novo desenho, que inclui também alteração no formato dos faróis de neblina.

Hyundai Creta 2020 é flagrado com leve atualização no visual

As rodas de liga leve também foram atualizadas, bem como as lanternas traseiras, que agora terão iluminação em LED na versão Prestige, de acordo com o leitor Diógenes de Oliveira, que faz parte do Clube do Creta (@cretaclube). O Hyundai Creta 2020 não deverá ter alterações mecânicas, mantendo o conjunto com os motores Gamma e Nu.

O primeiro é o 1.6 16V Flex com até 130 cavalos, tendo opção manual e automática, ambas com seis velocidades. No caso do Nu 2.0 Flex, este tem 166 cavalos quando abastecido com etanol, mas somente com transmissão automática de seis marchas.

Hyundai Creta 2020 é flagrado com leve atualização no visual

Fabricado em Piracicaba, interior de São Paulo, o Hyundai Creta vem tendo bom desempenho no mercado nacional, onde é vendido nas versões Attitude (R$ 78.890), Smart (R$ 84.490), Pulse Plus (R$ 92.990) e Prestige (R$ 104.990), sendo as três primeiras com motor 1.6 Gamma e a última com o Nu 2.0.

Hyundai Creta 2020 é flagrado com leve atualização no visual

Na quinta posição no segmento de SUVs em 2019, o Hyundai Creta emplacou atém maio 19.609 unidades, mantendo nas parciais de junho, a terceira posição, logo atrás de Renegade e Compass. O modelo vem disputando força com o HR-V, que ainda permanece na quarta posição, mas perdendo espaço para o modelo.

Hyundai Creta 2020 é flagrado com leve atualização no visual

Espera-se que em dois ou três anos, a nova geração seja feita no Brasil, porém, com algumas modificações leves no visual, assim como ocorreu com o Creta nacional em relação ao indiano e ao ix25 chinês.

Agradecimentos ao Diógenes/Clube Creta.

 

© Noticias Automotivas. A notícia Hyundai Creta 2020 é flagrado com leve atualização no visual é um conteúdo original do site Notícias Automotivas.

Hyundai Creta 2020 é flagrado com leve atualização no visual publicado primeiro em https://www.noticiasautomotivas.com.br



VW Golf – defeitos e problemas

VW Golf - defeitos e problemas

Ele foi o hatch médio mais desejado durante pelo menos uns 10 anos.

O VW Golf é um produto que tem boa fama entre os proprietários, sendo um carro que aqui foi feito em duas gerações, a quarta e a sétima.

Será que este produto alemão naturalizado brasileiro tem muitos defeitos e problemas?

O VW Golf foi produzido aqui a partir de 1998. Em sintonia com a Europa, ele estava em sua quarta geração e teve motores 1.6 8V de 101 cavalos, 1.8 20V de 125 cavalos e o 1.8 20V Turbo com 150 ou 180 cavalos, recebendo posteriormente o 1.6 8V de até 104 cavalos e 2.0 8V de até 120 cavalos.

Essa geração recebeu atualização em 2007, passando a ser chamada de “4,5”. Na sétima, o VW Golf utilizou o motor 1.6 16V MSI com até 120 cavalos, depois o 1.0 TSI com até 125 cavalos, manual ou automático.

Também teve os 1.4 TSI de 150 cavalos e 2.0 TSI com 220, atualmente com 230 cavalos, no GTI. O câmbio passou de DSG para Triptronic por causa da confiabilidade.

O VW Golf da geração 4,5 tem alguns defeitos e problemas relatados, em especial barulhos na porta do condutor, motor de partida, ar condicionado e rolamentos.

Na sétima geração, o campeão de reclamação é o DSG, tendo ainda problemas de embreagem (manual) e bateria. Confira abaixo os principais defeitos e problemas do hatch alemão.

VW Golf – defeitos e problemas

VW Golf - defeitos e problemas

O VW Golf tem reclamações de seus donos nas duas gerações que foram produzidas no Brasil, sendo que aqui serão consideradas apenas a chamada “4,5” e a sétima, a atual, do qual apenas o Golf GTI é feito.

Na primeira, o modelo apresenta alguns defeitos e problemas relativos ao ar condicionado.

Vários relatos falam de problemas no dispositivo de climatização, que acarreta em perda de eficiência ou barulho. Alguns foram corrigidos na garantia, tendo trocas de compressor ocasionais e correções na parte elétrica.

Um dos relatos fala de quebra do suporte do compressor de ar.

Outro apontou que esta peça quebra nada menos que três vezes em 156.000 km rodados com o VW Golf 2.0.

Também reclamam do VW Golf 4,5 em relação à suspensão dianteira, que gera ruídos e, em alguns casos, substituição de batentes e buchas, especialmente da biela na barra estabilizadora.

Barulhos preocupantes

VW Golf - defeitos e problemas

Alguns proprietários do VW Golf 4,5 com motor EA111 1.6, se queixam de barulho de tucho, sendo que os que reclamaram tiveram de troca-los, assim como também substituíram o comando de válvulas.

A quilometragem varia muito, desde antes de 60.000 km até muito acima dos 100.000 km. O problema é apontado também em outros modelos da VW com este propulsor.

Ainda na parte mecânica, os rolamentos – especialmente os traseiros – começam a roncar até mesmo em baixa quilometragem em alguns VW Golf 4,5.

Os donos perceberam o ronco da peça durante a condução e, após visita ao técnico, tiveram de substituí-lo. Boa parte o fez fora da garantia.

A direção hidráulica com vazamentos tem bom número de reclamações entre os anos de 2011 e 2012, registrados na internet.

Independente do motor usado, os donos reclamam que visualizaram o vazamento sem constatar alteração no funcionamento do sistema. Em menor número, outros apontaram direção dura antes de verificar o defeito.

O motor de partida também foi apontado por alguns donos de VW Golf 4,5. O componente falha na partida, sendo necessário sua substituição.

Um cliente reclamou que seu carro teve o dispositivo trocado aos 35.000 km, enquanto outros o fizeram perto dos 100.000 km.

Visual apagado

VW Golf - defeitos e problemas

Era um problema recorrente no Golf 4 e em seu irmão Audi A3, ambos feitos no Brasil.

No entanto, mesmo com o passar dos anos, o defeito no acabamento de peças internas continuou, em especial no painel. O revestimento dos botões e partes do conjunto frontal, assim como dos puxadores, sai com certo tempo de uso.

Aqueles mais usados, como o botão dos faróis, deixa o visual com cara de carro velho, mesmo em modelos com quilometragem não muito alta.

Muitos acabam se conformando com o problema, mas outros alegam que um carro que nunca foi barato, deveria ter um tratamento melhor nessa parte.

Também existem relatos de barulhos nas portas, em especial na porta do condutor. Muitos apontaram isso ainda nas primeiras revisões e em quilometragem baixa, sendo ajustadas nas concessionárias.

Vários deles acabaram vendo a garantia vencer e ter que trocar também batentes e borrachas para resolver o problema, embora existam casos que o defeito retornou e mesmo não desapareceu logo após o serviço.

O painel também é outra fonte de ruído para alguns donos de VW Golf 4,5.

Novo Golf 7

VW Golf - defeitos e problemas

DSG

Ele era alemão e virou nacional. Em ambas as origens, o Novo Golf apresenta defeitos e problemas. No caso do germânico, entre os defeitos e problemas apontados, o que mais tirou o sono dos proprietários foi o câmbio automatizado de dupla embreagem DSG.

Embora tenha boa fama, o DSG apresentou ruídos e vibrações em vários VW Golf importados nesta nova geração. Alguns se conformaram com o problema, embora tenha alegado se tratar de um problema crônico e sem solução.

Isto porque alguns fizeram a reparação no assistência técnica, mas indicaram que o ruído teria retornado.

Esse ruído acontece geralmente em pisos irregulares e se apresenta como algo metálico, incomodando muito os proprietários, especialmente aqueles que andam com os vidros abertos, onde fica mais audível o problema. Mas, não é só isso.

Alguns até usam o termo “mecatrônica” para se referir ao câmbio automatizado, nesse caso, como “problema de mecatrônica” ou “mecatrônica do DSG deu defeito”.

Além do ruído metálico, também são verificados trancos e retenção de marcha.

Aqui, o problema no VW Golf de sétima geração acontece em pisos irregulares, onde o DSG prende a marcha, onde estiver, chegando a elevar muito o giro do motor EA211 1.4 TSI, limitando o desempenho do carro.

Os defeitos no câmbio aparecem tanto em baixa quanto em média ou alta quilometragem.

Apesar de 1,6 milhão de unidades revistas em um mega recall do DSG, pelo mesmo problema, apenas na China e Sudeste Asiático, houve substituição do lubrificante da caixa.

Por conta disso, alguns mercados passaram a ter o câmbio automático Tiptronic no lugar do DSG, como nos EUA e Brasil, por exemplo.

Embreagem e bateria

VW Golf - defeitos e problemas

Noutro caso bem específico, o VW Golf Comfortline TSI, que tem motor R3 1.0 e câmbio manual de seis marchas, antes da reestilização, apresenta problemas e defeitos na embreagem de algumas unidades.

Existem casos em que o carro ficou literalmente sem poder mudar de marcha, pois, o acionamento de disco e platô ficou comprometido. Mesmo com os Golf 1.4 TSI manuais no mercado, apenas a versão 1.0 TSI apresenta o defeito.

Alguns resolveram com o kit do acionador trocado e outros tiveram até que substituir o volante do motor, danificado com o esforço incomum de acionamento do dispositivo de transferência de força.

Fora isso, o VW Golf VII ainda apresenta em algumas unidades, o fim da bateria com mais de um ano de uso. Alguns até tiveram que troca-la antes disso e o que relataram a substituição o fizeram até a terceira revisão.

Nenhum dos reclamantes fez a primeira troca depois de 60.000 km. Um deles teve que trocar os dois componentes aos 15.000 km e outro aos 11.000 km.

O problema, na maioria das vezes, ocorre de repente, pegando o motorista de surpresa e imobilizando o veículo. Todos os casos apontados estão relacionados com o conjunto mecânico onde o 1.4 TSI é o propulsor.

© Noticias Automotivas. A notícia VW Golf – defeitos e problemas é um conteúdo original do site Notícias Automotivas.

VW Golf – defeitos e problemas publicado primeiro em https://www.noticiasautomotivas.com.br



Ciência versus Caráter Infalível da Religião

Louvo todas as religiões, bebo meu bom vinho e deixo o mundo ser mundo…

Afinal, de qual Deus estamos falando? Há quase 5000 nomes de deuses distintos, surgidos ao longo da história humana (Quadro de deuses). Carl Sagan, em um capítulo do livro Variedades da experiência científica, colocou a questão da seguinte forma: se estamos discutindo a ideia de Deus e ficarmos restringido aos argumentos racionais, então é útil saber o que estamos querendo dizer quando falamos “Deus.”

Para os romanos, os cristãos eram ateus. Eles não acreditavam nas entidades dos deuses do Olímpio. Nesse sentido, quando alguém diz não crer em um Deus determinado, ele é ateu com relação a esta divindade. Qual o motivo, portanto, de um Deus em particular ser mais ou menos provável que os Deuses do Olímpio, ou qualquer outro dos 5000 catalogados?

Ronaldo Pilati, no livro “Ciência e pseudociência: por que acreditamos naquilo em que queremos acreditar”, admite o conceito de religião ser bastante amplo e envolver grande diversidade. As práticas religiosas são variadas. Porém, considero aqui a ideia de religião de forma ampla, na qual os indivíduos professam crença em entidades sobrenaturais diversas e utilizam tais crenças como mecanismos de compreensão da realidade.”

Por sua natureza e fundamentação, a religião é um sistema de crenças infalseável. Por possuir características e significados particulares, Polati vai abordá-la fora do contexto das pseudociências. Mas considera a crença de caráter religioso partilha o princípio da infalseabilidade como principal característica, o que a aproxima do pensamento pseudocientífico.

Uma diferença é que a religião, em geral, não busca uma validade aparente de ciência, como fazem de forma explícita os sistemas pseudocientíficos. A tradição em se tratar a religião como um sistema de saber diferente da ciência, por muitas décadas, formalizou a noção de que a ciência não trata de perguntas ou temas religiosos, o que fundamenta um dos argumentos de existência dos “escaninhos mentais”.

A ciência pode tratar, também, de questões humanas fundamentais, como os motivos de nossa existência e de onde viemos. Certamente, não é objetivo da ciência tratar de entidades sobrenaturais, tampouco ela é uma promessa de resposta definitiva a esta ou a qualquer pergunta seja alcançada.

O princípio falseacionista da ciência não dá margem para uma verdade final, ausente de dúvidas. O problema é as barreiras impostas por uma demarcação de sistemas equivalentes de saber terem acabado por reforçar, de maneira negativa, a existência de espaços ou temas nos quais o conhecimento científico não poderia ser aplicado.

O argumento de Polati é, de fato, tais limites não existirem. A ciência avança em nichos, com perguntas e produção de conhecimentos outrora segregados. Para o bem do desenvolvimento do conhecimento humano, é importante assumir uma postura de tais limites não deverem ser estabelecidos por argumentos como de magistérios independentes, defendidas tanto por secularistas como por religiosos, tanto por teístas como por ateístas e agnósticos.

A criação de barreiras dessa natureza, socialmente validadas, produzem efeitos prejudiciais para o avanço do conhecimento. A crença religiosa produz esse tipo de consequência quando é covalidada pelo argumento de separação, de Magistérios Não Interferentes (MNI). Considerando o mecanismo dos EM (Escaninhos Mentais), a crença religiosa funciona como um meio de racionalização para a crença no infalível.

Mas é interessante notar: a relação das instituições religiosas com a ciência mudou ao longo dos anos e assistimos hoje à reinstauração do argumento da convergência entre o conhecimento científico e a crença religiosa (Dawkins, 2005). Entretanto, o conhecimento religioso é infalível e não há como convergir o sistema falível científico com o sistema infalível religioso.

Portanto, a ideia de convergência é falsa. Porém, o argumento da convergência convence muitos interlocutores. Tal resultado pôde ser observado, por exemplo, nos embates jurídicos em torno do direito ao ensino do Desenho Inteligente nos EUA.

Esses movimentos de “ciência com base em crença religiosa” produziram processos judiciais na tentativa de permitir o ensino de “visões científicas alternativas” à Teoria da Seleção Natural darwiniana nas escolas americanas de nível equivalente ao nosso ensino fundamental. Tais ações provocaram um forte e coordenado movimento da comunidade científica, resultando em documentos redigidos por grupos de cientistas na busca de subsidiar a decisão judicial sobre os preceitos regentes de um sistema de crença científico. A ideia da capacidade de falsificação do sabido está no cerne de tais documentos.

A concepção religiosa e a noção científica de como o conhecimento é produzido guardam incompatibilidade elementar. Não há como conciliar sistemas de crença cujos princípios são rigorosamente opostos.

Uma demonstração do grau de incompatibilidade entre o pensamento religioso e científico pode ser expressa na concepção de verdade apresentada por João Paulo II na carta encíclica Fides et Ratio (João Paulo II, 1998). Em sua carta, ele defende a necessidade da estreita relação entre fé e razão. O papa define verdade como a busca do saber, de uma resposta final e definitiva, fornecendo uma certeza livre de qualquer dúvida. Tal verdade, nas palavras do mandatário da Igreja Católica, seria encontrada em Deus. Qual entre as 5.000 divindades sobrenaturais?!

Sobrenatural é o miraculoso. Logo, é só adotado pela experiência da fé na existência de algo sobrenatural por ser onisciente, onipotente e onipresente. A primeira dessas virtudes é ter saber absoluto, pleno, ou seja, ter conhecimento infinito sobre todas as coisas – o que a Ciência reconhece não ter, pois desconhece o futuro. Por ser onipotente, o poder de Deus seria ilimitado, irrestrito. Mas aí surge uma contradição lógica: se Ele sabe o que ocorrerá no futuro, deixa de ser onipotente ao não poder mais modificar o anunciado a ocorrer no futuro. Ao contrário da Ciência, “não pode mudar de ideia”!

Argumentar ser possível existirem muitas faces da verdade é, novamente, contribuir para a concepção de magistérios diferentes, para os diferentes tipos de saber da humanidade. Além disso, esse tipo de argumento é coerente com a motivação básica em acreditar no infalseável, na verdade final e perfeita, o que é coerente com a crença religiosa, mas é incoerente com o princípio fundamental científico de o saber ser falho e transitório.

Um dos mais relevantes problemas em aceitar Ciência e Religião como compatíveis ou considerar constituírem dimensões independentes de conhecimento é o cerceamento da inventiva curiosidade para a formulação de novas perguntas. A incompreensão de a finalidade da ciência é ir além de um limite específico, qual seja das verdades de curto alcance, é uma forma de impedir a ciência “se intrometer” em uma área com domínio estabelecido.

Conceber a ciência como uma forma de saber irrestrita, sem limites, não a circunscreve no culturalmente delimitado, segundo o qual não seria de a alçada da ciência fazer certas perguntas relativas à religião. Isso, entretanto, está relacionado aos problemas de poder instituído possuído pelas organizações sociais das religiões – e não, necessariamente, à motivação em fazer perguntas.

Perguntar é a base do trabalho do cientista. A característica do fazer do cientista é a aplicação cética-racional do método para se buscar a resposta. A possibilidade de fazer perguntas novas está diretamente relacionada ao que se sabe no momento da formulação da pergunta e aos meios para conseguir uma resposta com os critérios científicos necessários. Então, quanto mais sabemos, mais perguntamos.

Sistemas infalíveis, como as crenças religiosas e pseudocientíficas, acabam por nos remeter à “verdade” finalizada. Isto nos impede de formular perguntas e continuar descobrindo e desvelando a enorme complexidade do universo.

Mentes treinadas para acreditar e endossar sistemas de crença infalíveis são mentes onde a possibilidade de formular perguntas é inibida. A diminuição dessa capacidade nos leva a não ter mais o que responder e, naturalmente, isso limita até onde podemos compreender o universo e a nós mesmos.

Por tais motivos o pensamento científico não deveria ficar circunscrito a esferas específicas da experiência humana. Os EM restringem o alcance do que podemos conhecer, pois mitigam nossa capacidade de formular perguntas sobre as mais diversificadas questões da natureza. O endosso a crenças religiosas e pseudocientíficas38 funciona, então, como uma barreira que se torna instransponível para permitir conhecer a realidade. Ideias e crenças infalíveis funcionam como um calabouço que nos aprisiona e limita a possibilidade de conhecer a realidade do universo.

Sistemas falíveis de conhecer foram a mais eficiente invenção humana para melhorar nossa condição de existência. Essa consideração está alicerçada nos séculos de atividade científica organizada. Ela produziu incontáveis fatos científicos, possibilitando mudar radicalmente as concepções sobre o mundo e exercitar a humildade em relação ao sabido diante da vastidão e complexidade do universo. Tudo isso sem precisar lançar mão de crenças mágicas ou sobrenaturais.

Ciência versus Caráter Infalível da Religião publicado primeiro em https://fernandonogueiracosta.wordpress.com



Honda Bros: detalhes, preços, motor, consumo (e ficha técnica)

Em quarto, Argo se aproxima de HB20 e Ka nas parciais de junho

Em quarto, Argo se aproxima de HB20 e Ka nas parciais de junho

Nas parciais de junho, o Onix mantém uma grande diferença com mais do dobro dos emplacamentos de HB20 e Ka, segundo e terceiro colocados. Aliás, ambos estão quase empatados nos últimos dois dias de vendas de junho. Já o Argo subiu rapidamente nas vendas e se aproxima da dupla.

O Gol segue em quinto, porém, mais afastado em números. Próximo dele vem o Kwid, seguido pelo Renegade, que se distanciou muito dos demais SUVs. O Polo aparece em oitavo, com o Prisma em nono, caindo bastante de posição. Já o Corolla, antes da mudança, ainda mantém sua força, ficando no Top 10.

No segundo pelotão, o Compass fica bem próximo do sedã japonês. Mobi e Creta aparecem na sequência, com Kicks logo depois. O HR-V se afastou desse grupo de SUVs, enquanto o Ka Sedan supera o Virtus nos emplacamentos parciais. O T-Cross ainda está longe dos principais concorrentes, embora dentro do Top 20. Sandero e Yaris fecham esse grupo.

Confira abaixo os 20 automóveis e 20 comerciais leves mais vendidos nas parciais de junho de 2019:

Automóveis

  1. Onix – 15.792 unidades
  2. HB20 – 7.697
  3. Ka – 7.671
  4. Argo – 7.152
  5. Gol – 6.199
  6. Kwid – 5.996
  7. Renegade – 5.535
  8. Polo – 5.024
  9. Prisma – 4.786
  10. Corolla – 4.627
  11. Compass – 4.612
  12. Mobi – 4.443
  13. Creta – 4.317
  14. Kicks – 4.284
  15. HR-V – 3.587
  16. Ka Sedan – 3.515
  17. Virtus – 3.403
  18. T-Cross – 2.732
  19. Sandero – 2.691
  20. Yaris – 2.637

Comerciais Leves

  1. Strada – 5.947 unidades
  2. Toro – 4.564
  3. Saveiro – 2.982
  4. Hilux – 2.829
  5. S10 – 2.678
  6. Ranger – 1.720
  7. Amarok – 1.421
  8. Oroch – 1.233
  9. Fiorino – 1.168
  10. Montana – 1.036
  11. L200 – 830
  12. Frontier – 610
  13. Master – 533
  14. HR – 472
  15. Ducato – 407
  16. Delivery Express – 234
  17. K2500 – 195
  18. Daily 35S14 – 136
  19. Jumpy – 133
  20. Expert – 131

[Fonte: Fenabrave]

© Noticias Automotivas. A notícia Em quarto, Argo se aproxima de HB20 e Ka nas parciais de junho é um conteúdo original do site Notícias Automotivas.

Em quarto, Argo se aproxima de HB20 e Ka nas parciais de junho publicado primeiro em https://www.noticiasautomotivas.com.br



Volvo terá linha de carros blindados no Brasil e até exportará

Volvo terá linha de carros blindados no Brasil e até exportará

A Volvo anunciou que terá uma linha de modelos de luxo com blindagem no mercado nacional. Além disso, a marca de luxo nórdica atuará também no processo de conversão, utilizando a experiência nacional nesse tipo de proteção para enviar a outros países.

Os utilitários esportivos XC40, XC60 e XC90 serão os primeiros modelos da Volvo no Brasil com blindagem, sendo esta de Nível III-A, que é o máximo permitido pelo Exército Brasileiro.

© Noticias Automotivas. A notícia Volvo terá linha de carros blindados no Brasil e até exportará é um conteúdo original do site Notícias Automotivas.

Volvo terá linha de carros blindados no Brasil e até exportará publicado primeiro em https://www.noticiasautomotivas.com.br



sexta-feira, 28 de junho de 2019

Mercosul e União Europeia: livre comércio atinge setor automotivo

Mercosul e União Europeia: livre comércio atinge setor automotivo

Histórico. É assim que o governo federal se refere ao recente acordo comercial entre Mercosul e União Europeia, negociado desde 1999 e que prevê isenção de imposto de importação para diversos setores da economia nacional. Porém, nem todos serão imediatamente beneficiados, especialmente o que alimentício, onde certas bebidas e alimentos terão cotas de importação ou redução de tarifa.

Mas, na parte que nos interessa, os veículos e partes destes estão sim, incluídos em isenção total de imposto de importação. O mesmo em relação aos carros produzidos no Brasil e enviados para a União Europeia.

Embora possa ser interessante o corte de 35% na tarifa de entrada destes veículos, o câmbio pode ser o maior entrave para um preço realmente competitivo dos carros feitos no velho continente. Com o Euro à R$ 4,38, os custos ainda serão altos para muitos modelos de carros.

Mercosul e União Europeia: livre comércio atinge setor automotivo

Obviamente que entidades como Anfavea e Abeiva já estão preparadas para essa abertura do mercado com a União Europeia, tendo como exemplo o México, que atualmente está livre de tarifas e cotas de importação. No entanto, o dólar alto enfraquece o comércio entre os dois lados, mesmo sem imposto de importação.

O temor de uma invasão de carros europeus poderia ser medida da mesma forma que o que vem acontecendo com o México, especialmente porque o país latino é totalmente voltado para a exportação. Lá, o custo de produção e mão de obra são bem mais baixos que na União Europeia. Só em relação ao Brasil, isto significa algo em torno de 44% menos, segundo estimativas recentes.

De qualquer forma, a eliminação de tarifas no comércio de veículos, peças e componentes entre Mercosul e União Europeia, não começará de um dia para o outro. O processo deverá demorar alguns bons anos para que o setor automotivo nacional possa evoluir para um patamar aceitável numa troca com os europeus.

O acordo entre Mercosul e União Europeia envolve 32 países (quatro da região) e engloba 750 milhões de pessoas, cujo PIB movimenta atualmente US$ 17 trilhões. Dessa forma, possivelmente a Europa passará a ser o maior parceiro comercial do Brasil. Hoje, a China é o nosso maior negociante.

 

 

© Noticias Automotivas. A notícia Mercosul e União Europeia: livre comércio atinge setor automotivo é um conteúdo original do site Notícias Automotivas.

Mercosul e União Europeia: livre comércio atinge setor automotivo publicado primeiro em https://www.noticiasautomotivas.com.br



CAOA fala novamente em ter uma marca de veículos nacional

CAOA fala novamente em ter uma marca de veículos nacional

A CAOA está novamente falando em ter uma marca de veículos 100% nacional. Em entrevista para o site Automotive Business, o empresário Carlos Alberto de Oliveira Andrade, disse que o projeto de ter uma montadora de capital nacional já está pronto, incluindo o nome da marca, que será brasileira.

No entanto, para que esse passo definitivo seja dado, CAOA revelou que é necessária a compra da fábrica da Ford, localizada no bairro Taboão, em São Bernardo do Campo, Grande ABC paulista. Segundo o presidente da empresa, que também é médico, a negociação com a montadora americana deve ser concluído até outubro.

Além da compra da fábrica, que até 1967 pertencia à Willys Overland do Brasil, CAOA revela também o desejo de fabricar caminhões no país. A princípio, Carlos Alberto dá a entender que seriam caminhões da marca americana. Recentemente, surgiram rumores que indicam uma negociação com a Hyundai para trazer uma linha de caminhões pesados para cá.

CAOA fala novamente em ter uma marca de veículos nacional

CAOA representa aqui tanto a Hyundai quanto a Chery, ambas com fábricas no Brasil. Com Taboão, a empresa nacional poderia manter as linhas Cargo e Série F, porém, a própria Ford entrou com um processo indenizatório para a rede e criação de outra para assistência técnica após o fim das vendas, numa indicação de que estaria disposta a sair do mercado.

De qualquer forma, a Ford mantém joint-venture com a turca Tofas para produção de caminhões para a Europa, inclusive com o lançamento do premiado F-Max, um extrapesado mais avançado que o Cargo. CAOA diz que a compra de Taboão é fundamental para a criação dessa montadora brasileira.

Ainda um mistério, pouco se sabe sobre os planos de CAOA para essa nova marca, mas há algum tempo, fala-se que o projeto envolve o desenvolvimento de produtos com parceiros internacionais.

O empresário diz também que pretende adicionar mais marcas de fora no mercado, sendo que uma delas ele mesmo revelou anteriormente: a chinesa Exeed, que pertence à Chery.

[Fonte: Automotive Business]

© Noticias Automotivas. A notícia CAOA fala novamente em ter uma marca de veículos nacional é um conteúdo original do site Notícias Automotivas.

CAOA fala novamente em ter uma marca de veículos nacional publicado primeiro em https://www.noticiasautomotivas.com.br



Governo Ruim/Péssimo: Sociedade Dividida entre Bem-Informados e Quem Não Reconhece o Erro

Juiz Parcial: prendeu o líder popular favorito na eleição de 2019 e como premiação ganhou o cargo de Ministro da (in)Justiça e a promessa de futura nomeação para STF!

Divulgado pelo Ipea, o relatório Visão Geral da Conjuntura aponta o PIB com crescimento de apenas 0,8% em 2019, um ritmo inferior aos 2% previstos pelo próprio instituto na versão anterior do documento, divulgada no fim de março. Tal revisão está em linha com o resultado aquém do esperado para o primeiro trimestre e com os primeiros indicadores do segundo trimestre. Eles indicam: não há sinal de recuperação.

A inflação se mantém elevada. O desemprego dispara. E o governo de extrema-direita é indiferente a isso. Fica inerte “com olhar de paisagem”, lutando por regime de capitalização e privatização para seus apoiadores mais enriquecerem!


Desempregados por um período longo têm menos chances de voltar ao mercado de trabalho e, quando conseguem se ocupar, recebem rendimento até 13,6% menor do que os desocupados de curta duração, aponta o Banco Central em box do Relatório Trimestral de Inflação.

Esses trabalhadores também têm maior probabilidade de voltar ao mercado exercendo atividades por conta própria ou domésticas, considerando as diferentes categorias de ocupação, com menor chance de retorno para a indústria e construção civil, quando levados em conta os diferentes ramos de atividade.

Apesar do aumento da participação dos desocupados de média e longa duração no total de desempregados – de 33,8% no primeiro trimestre de 2014 para 39% no primeiro trimestre de 2017, permanecendo relativamente estável até os primeiros meses de 2019 -, a desocupação de curta duração segue tendo maior peso para a dinâmica de inflação, avalia o BC no estudo.

No levantamento são considerados desocupados de curta duração quem procura emprego há menos de um ano. De média duração, de um a dois anos. E os desocupados de longa duração são aqueles em busca de trabalho há mais de dois anos.

Utilizando microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, os técnicos avaliam a taxa de transição dos três diferentes grupos da desocupação para a ocupação, na passagem de um trimestre a outro.

Entre o primeiro trimestre de 2012 e igual período de 2019, a taxa de transição foi de 36,7% entre desocupados de curta duração e de 20,4% entre os de longa. “A análise mostra que a taxa de transição para a ocupação diminui conforme aumenta a duração do desemprego”, observam o texto.

Mesmo entre quem consegue emprego, os desocupados de maior duração têm desvantagem. Em média, os rendimentos de entrada dos desocupados de média e longa duração foram, respectivamente, 7,4% e 13,6% mais baixos que os de curta duração no período analisado, aponta o BC.

O longo tempo fora da ocupação tende a dificultar a recolocação no mercado e, consequentemente, a reduzir o poder do trabalhador para negociar os rendimentos de entrada no mercado. Comparativamente aos desocupados de curta duração, os desocupados há mais tempo podem ter vínculo mais tênue à força de trabalho e, assim, maior propensão a aceitar rendimentos mais baixos ao ingressar na população ocupada.

Os destinos dos diferentes grupos no retorno à ocupação também são distintos, mostra a autoridade monetária. Desempregados de curto prazo têm maior chance de se tornarem empregados com ou sem carteira, enquanto os de longo prazo, trabalhadores por conta própria e domésticos.

Por ramo da atividade, à medida que aumenta a duração da desocupação, maior a chance de seu retorno à atividade ocorrer nos segmentos de comércio, serviços, administração pública ou serviços domésticos, e menor na indústria ou na construção civil.

Por características dos diferentes grupos, a proporção de homens recua conforme o tempo de desocupação aumenta: eles são 52,6% dos desempregados de curta duração, 44% dos de média e 35,9% dos de longa. Há mais pessoas responsáveis pela residência entre os desempregados de curto prazo (25,3%), do que de médio e longo prazos (20,5% e 21,8%, respectivamente), o que sugere que esse grupo tem incentivo para procurar ocupação de forma mais intensa.

Por nível de educação, a proporção de indivíduos com pelo menos o ensino médio concluído é um pouco maior entre os desocupados de média e longa durações. A menor escolaridade dos desocupados de curto prazo pode estar associada a uma maior rotatividade no trabalho e, consequentemente, a menores períodos contínuos na desocupação. Na distribuição por idade e cor ou raça não foram identificadas diferenças significativas entre os três grupos de desocupados.

O próprio período de desocupação possivelmente gera alguma obsolescência na capacidade de trabalho do indivíduo, além de contribuir para possível desalento em relação à busca por ocupação. Adicionalmente, a duração da desocupação pode ainda sugerir, ao potencial empregador, que o trabalhador não teria as atribuições requeridas para a vaga de trabalho.

Má Educação: acesso ao ensino promove senso crítico e crescimento econômico. Porém, o desmonte da Educação é promovido por bolsonaristas!

Roseli Loturco (Valor, 28/06/19) informa o estado da Educação brasileira sob ataque dos ignorantes ideológicos no MEC.

A educação é a variável mais importante para uma sociedade se desenvolver: gera justiça social, crescimento econômico, cuidados com o ambiente e senso crítico na hora do voto. Programas públicos de inclusão, como o Bolsa Família, são importantes até para levar as crianças à escola. Essas são conclusões de estudos comparativos de desenvolvimento humano, geração e concentração de riqueza entre os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), emergentes, asiáticos e da América Latina feitos pelo professor Naercio Menezes Filho, titular da Cátedra Ruth Cardoso do Insper e professor associado da Universidade de São Paulo.

“O problema é que a qualidade da educação no Brasil é péssima, especialmente nas escolas públicas. E se a educação só melhora para quem é rico, essa desigualdade só se acentua”, diz Menezes.

A péssima distribuição de renda mostra porque a classe média branca e gorda vai para as rua vestida de amarelo defender seus supostos “interesses de classe”: 50% das pessoas mais pobres na Europa ganham em média € 14 mil por ano, no Brasil não chegam a € 2,5 mil. Já a diferença entre 1% dos brasileiros mais ricos e 50% mais pobres é de 102 vezes enquanto na Europa é de 29 vezes, segundo dados de 2018.

“Isso nos leva a crer que o sucesso depende de onde você nasceu. É a loteria da vida”, diz o professor. Mas os números já foram piores. Em 1990, 25% das crianças de zero a nove anos no país eram classificadas como extremamente pobres. Em 2017, esse índice caiu para 5% por conta de programas como o Bolsa Família, Seguro Desemprego e Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Já na educação, políticas como o Programa Universidade para Todos (Prouni), Financiamento Estudantil (Fies) e de cotas raciais e sociais são consideradas a base para o progresso de inclusão no ensino superior. O percentual de adultos concluintes a universidade saltou de 6%, em 1991, para 17% em 2018. Em 1992, os negros saíram de uma representatividade de 1% nesse contexto, para 16,3% no ano passado. O que se refletiu em uma melhora do índice de Gini, usado para medir a desigualdade social, que caiu de 0,60, em 1995, para 0,52, em 2014.

O nível do aprendizado geral, no entanto, piorou. O que indica que o Brasil está garantindo mais acesso ao ensino, porém de baixa qualidade. Basta avaliar os resultados dos jovens de 15 anos no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), de 2015: os brasileiros ficaram atrás não só dos países desenvolvidos, mas também de seis vizinhos da América Latina – 70% pontuaram abaixo do nível 2, considerado como o mínimo.

A única forma de melhorar isso é criando igualdade de oportunidades. Tem que investir na primeira infância, mesmo antes de entrar na escola, dando habilidades vocacional, emocional e cognitiva.

O caso da cidade de Sobral, no Ceará, mostra essa fórmula de fato funcionar. Lá, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que era de 4 em 2005 saltou para 9,1 em 2017, passando as redes de ensino de São Paulo e se consolidando como o melhor do país. Como resultado, os indicadores sociais estão melhorando e a desigualdade diminuindo. Com política de valorização e formação continuada dos professores, o foco principal da cidade foi no desenvolvimento infantil.

Na escola de excelência se aplicam pedagogias de pertencimento e de nação. Por isso, nós brasileiros estamos frágeis nesses conceitos.

Mas como Sobral é uma das raras iniciativas se comparada à média do Brasil, a professora Ana Maria F. Almeida, titular em educação e desigualdade da faculdade de educação da Unicamp, acha que há um caminho longo a se percorrer para conhecer a desigualdade a fundo e enfrentar o problema. “Mesmo nos países ricos onde há as melhores notas, há uma constante que os compara aos países pobres. O maior ou o pior resultado da prova acompanha o nível socioeconômico dos alunos”.

Para ela, é preciso definir no Brasil o que é a escola, em que lugar de importância está e quem pode participar do processo de ensino. “É na escola que se aplicam pedagogias de pertencimento e de nação e nós estamos frágeis nesses conceitos.”

A educadora lembra que na década de 50, quando começou a segunda onda de expansão da universalização das escolas primárias na AL, Chile, Argentina e Uruguai saíram bem na frente de Brasil e Bolívia. “A universalização do ensino no Brasil não é conquista pequena e não pode ser desprezada. Mas os desafios são grandes.”

Para o coordenador de pesquisa e desenvolvimento da Unesco na Argentina, Nestor Lopez, os sistemas educativos da AL, além de não reduzirem as desigualdades, as aprofundam. “E há vários entraves, pois as escolas só querem lidar com o aluno ideal, não com o real”.

Lopez afirma os docentes não querem avaliar, muitas vezes, as crianças pelo que elas são, mas pelas expectativas que eles têm em relação a elas, o que considera um mecanismo claro de discriminação. Um exemplo de iniciativa para evitar isso é o Peru. Ele está reformulando sua educação secundária. Estão identificando quem são os alunos, em quais condições vivem, suas aspirações, para depois pensar na reforma a fazer. Isso é educação inclusiva.

Governo Ruim/Péssimo: Sociedade Dividida entre Bem-Informados e Quem Não Reconhece o Erro publicado primeiro em https://fernandonogueiracosta.wordpress.com