O Renault Clio é um hatch compacto que foi fabricado no Brasil entre 2001 e 2016 (São José dos Pinhais-PR), sendo também feito na Argentina, em Santa Isabel, província de Córdoba.
O modelo foi fabricado aqui com diversas versões e motores, passando do 1.0 8V de 59 cavalos ao 1.6 16V com 115 cavalos e tecnologia Flex. Ele ainda teve versões 16V do 1.0 com 70 e 77 cavalos, sendo este último flexível.
Já o 1.6 chegou a ter versão 8V com 90 cavalos, além das 16V também com 110 cavalos, mas só com gasolina. O último motor era 1.0 16V e alcançou 80 cavalos.
Apesar de ser um produto similar ao europeu, o Renault Clio sofre com a condição de nossas ruas e estradas, assim como pela manutenção precária. Com detalhes bem acabados no início, o hatch foi capado no final da vida, apenas para custar menos. Nunca teve câmbio automático no Brasil, o que foi um erro.
E os defeitos e problemas? Não parece, mas o Renault Clio precisa de atenção especial na manutenção. Mesmo feita corretamente, alguns donos reclamam de eventos e prejuízos com o carro. Fala-se muito no sensor de velocidade que não marca no painel, do sensor de rotação e o tal de partida. Problemas relacionados com ignição e parte elétrica são comumente relatados.
Renault Clio – Defeitos e problemas
Os maiores defeitos e problemas do Renault Clio estão relacionados com a parte elétrica. O hatch compacto é apontado pelos donos que tiveram dor de cabeça. Um dos defeitos mencionados por alguns é o do chamado sensor de partida. Este dispositivo fica preso ao bloco do motor, sendo que sua falha impede a partida a qualquer custo.
Esse sensor geralmente gera erros de diagnóstico, onde se acaba substituindo componentes do motor que estão bons, não resolvendo a questão. Sua retirada e limpeza com um WD, resolve a questão, de acordo com os donos.
Outro dos sensores que os proprietários de Clio com problemas apontam é o de rotação, geralmente ocasionando falhas no funcionamento do motor. Mas, tanto quanto este último, o sensor de velocidade é um dos mais conhecidos.
O defeito nesse sensor, apontam os donos, impede que a velocidade seja registrada no painel, o que acarreta enorme risco à segurança do condutor, passageiros e terceiros. Além de aumentar as chances de levar uma multa.
Esses defeitos geralmente ocorrem acima de 50.000 km e precisam ser analisados com cuidado. Os donos se queixam da falta de mão de obra especializada fora da rede, pois dentro, o custo nas revendas é elevado.
Mais elétrica
Ainda relacionado com o motor, um sistema elétrico que dá problemas para muitos donos de Renault Clio é o sistema de ignição com falhas nas bobinas e nos cabos de vela.
O defeito gera falhas na queima do combustível e com isso, mau funcionamento do motor, perda de potência e torque, assim como consumo elevado e emissão de poluentes crescente.
Nesse caso, mesmo antes de 50.000 km, alguns donos relatam problemas com bobinas e cabos de ignição, sendo necessária sua substituição. Outra reclamação com certa frequência no caso do Renault Clio é a dos vidros elétricos. Relatos de mau funcionamento ou da parada sem explicação do dispositivo, que atinge as portas dianteiras, ocorrem em quilometragens variadas.
Alguns descrevem os botões de acionamento como frágeis, quebrando facilmente, mas outros enfrentam mesmo é problemas no circuito elétrico.
Nos vidros ainda, embora não seja um problema elétrico, outros donos de Renault Clio reclamam do barulho destes quando estão em posição de meio curso na janela, parecendo que estão soltos.
Mesmo com seu acionamento normal, seja manual ou elétrico, os vidros das portas dianteiras – em alguns casos – apresentam ruídos excessivos nesse caso, gerando enorme desconforto.
A situação é ainda pior quando as borrachas das portas já estão gastas. Existem proprietários que relatam que estas saem com facilidade, o que permite a entrada de ar e poeira, além de aumentar o ruído ao fechar, ampliado com o defeito nos vidros.
Também existem queixas contra o ar condicionado, que falha quando motor é exigido ou perde força nessa situação, assim como apresenta vazamentos no compressor.
A válvula controladora do fluxo de ar também apresenta defeito em determinadas ocorrência de falhas no A/C. A bomba de combustível também queima com certa frequência nos relatos, exigindo atenção e substituição da mesma. Os donos de Clio falam também de defeitos na chave decodificada, exigindo o uso de uma reserva ou uma nova.
Suspensão e outros mecânicos
A caixa de direção é relatada como defeituosa por alguns proprietários do Renault Clio. Parte deles diz que o problema é crônico do carro, sendo que um trocou o sistema de direção duas vezes em menos de 80 mil km.
No conjunto de suspensão, os amortecedores dianteiros são alvo de diversas queixas de donos do Renault Clio. Vários relatam defeitos e problemas de funcionamento e durabilidade dos batentes hidráulicos.
Mesmo com quilometragem baixa e, na época, dentro da garantia, clientes do compacto da Renault argumentavam que o conjunto fazia barulho e era bem duro, gerando enorme desconforto ao rodar.
Alguns descrevem como “seco” o conjunto dianteiro. Tem proprietário que atribui isso ao fato da baixa resistência aparente das buchas e coxins do conjunto mecânico. A durabilidade destas estaria comprometida junto com a atuação dos amortecedores, ambos demandando substituição prematura na visão dos donos afetados.
Tanto as bandejas quanto os pivôs não resistem por muito tempo, segundo alguns. Já entre os coxins, o que menos suporta esforço é descrito como o do câmbio.
Como se sabe, o motor do Renault Clio era apoiado sobre coxins superiores, enquanto o câmbio possuía um inferior. Problemas de movimento excessivo de trambulador são comuns, mas isso ocasionaria também o rompimento do batente.
O fato é que tal quebra do coxim, gera enorme ruído vindo do motor, assim como da caixa, especialmente em acelerações e desacelerações, além do movimento da própria alavanca fora de seu curso.
A troca é a única solução e vários donos já fizeram isso, independente de estarem ou não na garantia, segundo depoimentos. E tem mais, junto com o coxim, as coifas da caixa de câmbio, junto dos semieixos, apresentam vazamentos de óleo em diversos casos, demandando troca das mesmas e um custo maior de manutenção.
Também existem relatos de donos do Clio sobre os rolamentos das rodas, especialmente os traseiros, que com pouco mais de 60.000 km, começam a roncar e, se não substituídos, provocando travamento com superaquecimento.
Alguns donos atribuem o fato à baixa qualidade do material. Internamente, ruídos excessivos no painel e acabamento também geram inúmeras reclamações.
Por fim, o chamado TBI ou corpo da borboleta de admissão da injeção eletrônica. Donos do Clio, especialmente do 1.0 16V, reclamam de falhas na aceleração do carro por conta do mau funcionamento desse dispositivo, que regula o volume de ar na admissão.
Alguns recomendam fazer o recondicionamento ou limpeza própria da TBI, mas a substituição por uma peça nova é o recomendado pela maioria. O problema é que não se trata de um componente barato, complicando a situação de muita gente.
O Renault Clio, em seus 15 anos de produção nacional, teve apenas um recall declarado e ainda vigente, o das travas das válvulas de admissão e de escape do motor 1.0 16V.
Essa chamada foi iniciada em abril de 2013 e com vigência sobre os modelos 2012, fabricados apenas no mês de agosto do mesmo ano. O caso é que existe o risco de quebra das válvulas.
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