segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Ford Mondeo: história das gerações, motores, equipamentos e estilo

Ford Mondeo: história das gerações, motores, equipamentos e estilo

O Ford Mondeo nasceu como um modelo médio global que custou bem alto para a montadora americana e foi centrado na Europa. O modelo tardou algum tempo, mas chegou ao Brasil, tendo aqui duas de suas quatro gerações.

Nesse último caso, considerando o mexicano Fusion atual, pode-se dizer que o Mondeo esteve aqui em três de suas gerações, apesar disso não contar nesse artigo.

Com projeto ousado e revolucionário, ele nasceu para ser um carro mundial da Ford e para isso, adotou até o nome sugestivo para atingir diversos mercados.

Ele o fez assim nos EUA (Ford Contour) até com a extinta Mercury (Mystique), bem como atuou em mercados que estavam renascendo, como o Brasil. Aqui ele chegou da mesma forma que na Europa, em versões sedã, hatch e perua.

Ford Mondeo: história das gerações, motores, equipamentos e estilo

Trouxe consigo as inovações aplicadas lá fora e chegou até a ter motor V6 2.5 por aqui. Evoluiu em estilo, embora controverso, mudando então de geração.

Nesta, ficou mais luxuoso e ampliou sua posição de destaque no portfólio da Ford, mas o projeto do Fusion mexicano encerrou sua carreira por aqui, diferente da Argentina, que continuou vendendo o modelo com o mesmo nome até hoje.

Hoje, o Ford Mondeo europeu se mantém igual ao Fusion mexicano atual, assim como o chinês, que deve ir sozinho para a próxima geração.

Ford Mondeo

Ford Mondeo: história das gerações, motores, equipamentos e estilo

Herdeiro do Sierra, o Ford Mondeo abrilhantou o lineup da marca americana na Europa, trazendo um projeto realmente moderno, onde a empresa depositou US$ 6 bilhões e centrou a produção em Genk, Bélgica.

Ele chegava com os novos motores Zetec e trazia inovações como suspensão traseira McPherson no sedã e hatch, enquanto a perua SW tinha multilink. Na Europa, chegou a ter amortecedores eletrônicos.

Foi lançado na Europa em 1993, mas só chegou ao Brasil em 1995. Com o fim da Autolatina em 1994, a Ford tinha pressa em se livrar da VW e por isso não pensou duas vezes em trazer o Mondeo da Bélgica.

Aqui ele chegou no começo do citado ano, trazendo variantes sedã, perua e hatch, nas versões CLX e GLX. Com o objetivo de acabar logo com o Versailles, o Ford Mondeo trouxe motores 1.8 e 2.0, sendo muito superior ao antigo de origem VW.

Estilo

Ford Mondeo: história das gerações, motores, equipamentos e estilo

O Ford Mondeo desembarcou no país com um visual igual ao do europeu, trazendo uma carroceria conservadora, tendo frente baixa e faróis duplos, ainda com piscas separados. Tinha teto solar e faróis de neblina na versão GLX.

Os para-choques eram limpos, sendo o dianteiro com grade inferior bem resolvida. Com linha de cintura baixa e grande área envidraçada, o modelo tinha retrovisores medianos e as colunas C da versão hatchback se destacavam.

A tampa traseira tinha vigia integrada na parte superior e ainda com limpador e lavador, além de desembaçador. As lanternas eram arredondadas. As laterais exibiam curvas que tornavam seu aspecto mais robusto.

Por dentro, o Ford Mondeo tinha um painel todo voltado para o condutor, com difusores de ar descrevendo um arco com a cobertura do cluster, que era analógico e bem completo.

Ford Mondeo: história das gerações, motores, equipamentos e estilo

Com coluna de direção ajustável, o modelo tinha airbag do motorista e vinha com sistema de áudio com toca-fitas. Os espelhos externos eram ajustados próximo do ar condicionado (digital na GLX), enquanto os faróis no outro lado.

Estes tinham ajuste de altura e até luz de posição de inverno, comum na Europa. Os vidros elétricos ficavam nas portas, que eram revestidas com bom tecido aveludado, inclusive nos bancos, durando assim anos.

Muito confortável, o Ford Mondeo tinha um bom espaço interno e bom porta-malas em todas as variantes. O hatch media 4,481 m de comprimento, 1,747 m de largura, 1,412 m de altura e 2,704 m de entre eixos.

Ele tinha 470 litros no porta-malas e outros 62 litros no tanque. Essa variante do Ford Mondeo durou até 1996, sendo raro nas ruas. Teve baixa aceitação no Brasil, assim como o motor 1.8 na versão CLX.

Ford Mondeo: história das gerações, motores, equipamentos e estilo

Já o Ford Mondeo em configuração sedã tinha uma traseira mais proeminente e colunas C mais curtas, expondo mais a tampa do porta-malas, praticamente retilínea.

As lanternas eram estranhamente compactas e havia uma moldura preta entre elas. O bagageiro tinha 490 litros, mantendo o mesmo tanque. Foi a versão que sobreviveu por mais tempo aqui.

Com 4,631 m de comprimento, a Ford Mondeo SW era a maior variante do modelo belga, tendo ainda 1,441 m de altura e o mesmo entre eixos de 2,704 m. Seu destaque era o porta-malas com 650 litros.

Ela era bem elegante e chamava atenção pelas grandes vigias laterais. As lanternas compactas e coloridas estranhamente, mas não tanto, lembram as da picape Ford Courier e da irmã menor, a Ford Escort SW.

Ford Mondeo: história das gerações, motores, equipamentos e estilo

A tampa traseira era bem larga e possibilitava amplo acesso ao bagageiro, que tinha cobertura e um bom acabamento. Os bancos bipartidos facilitavam a ampliação do espaço útil.

A Ford Mondeo SW tinha uma suspensão multilink com molas e amortecedores separados para não invadir tanto o habitáculo, a fim de aumentar o porta-malas e conter o deslocamento de peso da carroceria, mais volumosa.

Assim como sedã e hatch, ela teve versão CLX 1.8 e GLX 2.0, sendo esta última com opção de câmbio automático. Ela tinha pneus 195/60 R14 na GLX, enquanto a CLX tinha pneus 185/65 R14. Ambos com rodas de liga leve.

Atualização

Ford Mondeo: história das gerações, motores, equipamentos e estilo

O Ford Mondeo foi atualizado em 1997, adotando o estilo New Edge da Ford, que trouxe uma formação visual incomum na frente, onde um carro pensado com formas retilíneas, carregaria contornos ovalizados.

A grade oval era fundida com os novos faróis bem arredondados, cortados em parte pelo capô, que seguia a mesma linha de estilo. O para-choque ia pelo mesmo caminho com abertura inferior ovalada.

Na traseira, as lanternas do sedã ficaram maiores e bem arredondadas, nas extremidades, deixando a tampa do porta-malas limpa e livre. Até o para-choque traseira vinha com parte inferior ovalizada.

O hatch saída de cena, assim como o motor 1.8, ficando somente o 2.0 atualizado. A Ford Mondeo SW manteve as lanternas traseiras originais, mas o para-choque foi devidamente atualizado.

Ford Mondeo: história das gerações, motores, equipamentos e estilo

Por dentro, sedã e perua ganhavam rádio 2din integrados e mudanças na padronagem, mas preservando o bom acabamento da Ford, que morreria nos anos 2000 em diante…

O Ford Mondeo mantinha seus atributos, como boa direção hidráulica e freios adequados, tendo sistema ABS com discos na frente e tambores atrás.

Em 1999, a Ford decide elevar o moral do Mondeo com a versão Ghia, mas esta vinha com o motor Duratec V6 2.5. Esta versão trazia alguns diferenciais, entre eles as rodas de liga leve esportivas aro 16 polegadas.

Logo a Ford percebeu que elas não tinha nada a ver com a versão Ghia, apesar de belas. Assim, trocou sem avisar, por rodas aro 15 polegadas e de visual mais sóbrio.

Ford Mondeo: história das gerações, motores, equipamentos e estilo

O Ford Mondeo Ghia tinha ainda aerofólio discreto sobre a tampa do bagageiro e escape cromado, sendo oferecido somente na versão sedã. O logo Ghia era destaque nas portas traseiras.

Essa versão tinha ainda bancos em couro, sendo que os dianteiros tinham ajustes elétricos e aquecimento. Por conta do V6, tinha controle de tração.

Deve-se lembrar que a versão GLX já era bem completa também, incluindo airbag duplo, bancos em couro opcional e assento do motorista elétrico. O Ford Mondeo também tinha carroceria deformável e cintos pré-tensionados.

Motores

Ford Mondeo: história das gerações, motores, equipamentos e estilo

O Ford Mondeo trouxe ao Brasil o motor Zetec 1.8 16V, o mesmo que equiparia do Escort algum tempo depois. Com 115 cavalos a 5.750 rpm e 16,1 kgfm a 3.750 rpm, o propulsor trabalhava apenas com câmbio manual de cinco marchas.

Com ele, o hatch ia de 0 a 100 km/h em 11 segundos e tinha máxima de 195 km/h. O consumo era de 9,4 km/l na cidade e 12,8 km/l na estrada.

O outro motor era o Zetec 2.0 16V de 136 cavalos a 6.000 rpm e 18,3 kgfm a 4.000 rpm, que na Ford Mondeo SW manual, fazia de 0 a 100 km/h em ótimos 9,6 segundos e com máxima de 204 km/h.

Em 1997, o Zetec 1.8 saiu de linha, ficando o 2.0 com redução de força, passando a ter 130 cavalos a 5.700 rpm e 17,9 kgfm a 3.700 rpm, fazendo o modelo perder performance, mas melhorando o consumo.

Ford Mondeo: história das gerações, motores, equipamentos e estilo

Dois anos depois, aparecia o Duratec V6 2.5 24V de 170 cavalos a 6.250 rpm e 22,4 kgfm a 4.250 rpm, sendo equipado com câmbio manual ou automático.

No primeiro, o Ford Mondeo Ghia “voava” de 0 a 100 km/h em 8,3 segundos e alcançava 224 km/h. Isso com rodas aro 16 e pneus 205/55 R16, versão rara, pois, apenas os primeiros carros chegaram assim.

Contudo, em 2000, saía de cena junto com as duas versões abaixo, ficando uma configuração única para apenas o sedã.  A perua já não reagia mais às baixas vendas. O Ford Mondeo Ghia 2.5 foi a versão mais potente que ele viu aqui no Brasil.

Segundo Ford Mondeo era mais classudo

Ford Mondeo: história das gerações, motores, equipamentos e estilo

Com o primeiro Ford Mondeo se arrastando até 2002, a marca lançou em 2003 a segunda geração. Nesse modelo, o global assume um novo porte, maior.

Agora apenas como sedã no Brasil (hatch e perua continuavam na Europa), o modelo vinha somente na versão Ghia e num corpo volumoso.

Com 4,731 m de comprimento, 1,812 m de largura, 1,429 m de altura e 2,754 m de entre eixos, o novo Mondeo tinha nada menos que 500 litros no tanque e outros 58 no compartimento de combustível.

Adotando a suspensão multilink atrás, o Ford Mondeo ganhava uma carroceria bem mais espaçosa internamente. Ainda assim, capô e porta-malas era curtos.

Ford Mondeo: história das gerações, motores, equipamentos e estilo

A frente tinha faróis curvados e duplos, além de uma grade levemente arredondada, assim como o capô. O para-choque tinha linhas modernas e proteções adicionais, além de faróis de neblina circulares.

O Ford Mondeo dessa época tinha colunas C com portas cortadas, que lembravam o VW Bora. Na traseira, as lanternas eram grandes e triangulares. O para-choque com proteção preta contínua, reforçava a impressão de semelhança com o alemão.

Por dentro, o Mondeo II reforçava a tendência de mudança de médio para grande, introduzindo um painel com apliques imitando madeira, também nas portas, cluster vistoso, relógio analógico e sistema de som integrado de alta qualidade.

Ford Mondeo: história das gerações, motores, equipamentos e estilo

Havia ainda volante multifuncional, além de bancos em couro com dianteiros elétricos, teto solar elétrico, piloto automático e uma série de itens de conforto e segurança.

Ele vinha com motor Duratec 2.0 16V de 143 cavalos a 6.000 rpm e 18,9 kgfm a 4.500 rpm, indo de 0 a 100 km/h em 10,9 segundos com final de 213 km/h na versão manual, mas tinha também opção automática.

Com vendas em baixa, o Ford Mondeo II saiu de cena em 2006, dando lugar ao Fusion mexicano, que fez mais sucesso. Dessa forma, ele encerrou a carreira do global por aqui.

Terceiro Ford Mondeo parecia um Focus grandão

Ford Mondeo: história das gerações, motores, equipamentos e estilo

Longe da “América”, o Ford Mondeo III definitivamente mergulhou no segmento D, crescendo para o porte próximo ao atual. Seu estilo foi compartilhado com o Ford Focus da época, vendido aqui a partir da Argentina.

A semelhança entre os dois é muito grande, especialmente na frente. A frente curvada com faróis puxados e grade diminuta, davam fluidez ao Ford Mondeo europeu.

Na traseira, as lanternas triangulares eram compartilhadas por sedã e hatch, mas a perua não ficava longe em estilo, embora com formato alongado.

Ford Mondeo: história das gerações, motores, equipamentos e estilo

Grande, o Ford Mondeo “MK3” tinha interior bem mais sofisticado, com cluster amplo e dotado de display TFT, multimídia SYNC e sistema de som Sony. Tinha ainda difusores circulares de aparência simples.

O hatch, agora fastback, media 4,778 m de comprimento, enquanto o sedã tinha 4,844 m e a perua Tourer 4,830 m. Todos tinham plataforma com 2,850 m de entre eixos.

Na motorização, o Ford Mondeo III teve 18 motorizações, sendo que 40% era diesel, indo do Sigma 1.6 de 110 cavalos ao Duratec V6 2.5 de 220 cavalos. Teve boa parte da gama de origem Mazda.

Mondeo = Fusion

Ford Mondeo: história das gerações, motores, equipamentos e estilo

Em 2014, a Ford decide unificar os modelos Fusion e Mondeo num só, mantendo os nomes em separado nos EUA e na Europa, respectivamente. O modelo manteve seu porte grande e ficou bem agressivo.

Sucesso aqui como Fusion, importado do México com motores 2.5 Flex, 2.0 EcoBoost e híbrido 2.0, como o Fusion de origem Mazda. Na Europa, o Ford Mondeo resumiu os motores ao EcoBoost e diesel Duratorq.

Fiel às três carrocerias, diferente do Fusion (apenas sedã), o europeu feito na Espanha, tem motores 1.0 de 125 cavalos, 1.5 de 160/165 cavalos, 2.0 de 203 ou 240 cavalos.

Nos diesel, o 1.6 tinha 115 cavalos, mas foi trocado pelo 1.5 de 120 cavalos, tendo ainda 2.0 com 150, 180 ou 210 cavalos. O híbrido comum é o mesmo do Fusion, um 2.0 Atkinson com elétrico e 187 cavalos.

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