O Punto Sporting foi uma versão cuja proposta foi apresentar um visual esportivo para um desempenho comum, sendo um intermediário entre as opções mais fracas em performance e o realmente esportivo Punto T-Jet.
Lançado desde o início das vendas do hatch compacto premium da Fiat, essa versão que hoje é descrita pela imprensa especializada como “esportivada”, nunca teve motor pequeno.
Também, o Punto Sporting não recebeu em momento algum o propulsor do T-Jet, que era a alma dessa versão famosa, aqui e na Europa. Mas, durante seus oito anos de mercado, essa opção teve dois motores e duas opções de câmbio.
Além disso, o compacto nessa configuração viu dois estilos diferentes, com uma atualização em 2013, correspondente ao modelo europeu, morrendo apenas três anos depois, pouco antes do fim de linha do Punto.
A linha Sporting era parte de uma estratégia da Fiat para realçar seus produtos, que geralmente demandavam muitos anos no mercado sem grandes alterações.
Essa versão foi vista em alguns modelos, como Fiat Uno Sporting, Fiat Idea Sporting, Fiat Siena Sport, Fiat Bravo Sporting e Fiat Palio Sporting.
O Punto Sporting era uma opção bem jovial e equipada, que centrou parte de seu conteúdo no desempenho dos motores GM 1.8 e Fiat E.torQ 1.8. O ponto fraco do Punto e de outros da Fiat de sua época foi o câmbio automatizado Dualogic…
Punto Sporting
O Punto Sporting surgiu em 2007 junto com as primeiras versões do hatch compacto premium, sendo elas ELX, HLX e Sporting. Apesar do nome, o compacto era até que bem discreto nessa opção, que era a mais cara do produto.
O hatch tinha frente longa com grade retangular levemente arredondada e com grelha estilizada, tendo faróis puxados com máscara negra. O para-choque era bem limpo e tinha somente entrada de ar inferior e faróis de neblina, sem spoiler.
Aliás, devido ao formato do protetor frontal, o Punto Sporting tinha um ângulo de entrada realmente muito elevado para um carro com sua proposta.
As rodas de liga leve aro 16 polegadas tinham desenho de múltiplos raios e eram bem vistosas, sendo a única coisa que realmente chamava atenção no visual “clean” do hatch.
O Punto Sporting tinha pneus 195/55 R16 que garantiam uma boa estabilidade. Com retrovisores na cor do carro e colunas pretas, o compacto da Fiat só poderia atrair mais olhares com o Skydome.
Tratava-se do teto solar elétrico com vidro panorâmico que, estranhamente, era opcional em todas as versões, mesmo no ELX 1.4… Na época, a Fiat dizia:
“Ele ocupa cerca de 70% da área do teto mas não aquece o habitáculo: feito de vidro temperado escurecido, com espessura de 4 milímetros, funciona como uma barreira eficiente contra o calor.”
Realmente grande, o Skydome tinha duas folhas de vidro, sendo que a dianteira saía para fora ao abrir, criando um efeito de spoiler. Era um item que realmente dava mais destaque do Punto Sporting.
Na traseira, o compacto premium era menos limpo que na frente, tendo lanternas nas colunas, aerofólio na tampa do bagageiro, ponteira de escape cromada e logotipia Sporting em vermelho.
Havia ainda minissaias laterais e pequenas faixas decorativas nas colunas B. O Punto Sporting não tinha suspensão esportiva e nem freios redimensionados.
Por dentro, o Punto Sporting tinha um painel de desenho moderno com cluster analógico em vermelho, mesma tonalidade dos bancos em tecido e dos cintos de segurança.
Havia ainda um aplique nessa cor no painel e base da alavanca de câmbio. As maçanetas das portas também eram vermelhas. O modelo tinha apoios de cabeça em todos os bancos, mas cintos de três pontos era inexistente em posição central.
O volante em couro era multifuncional e ajustável. Os pedais eram esportivos, reforçando a proposta do hatch esportivado da Fiat. Ele já trazia de série freios com ABS, ar condicionado, direção hidráulica, trio elétrico, sistema de áudio com CD, Bluetooth, tapetes emborrachados e airbag duplo.
Opcionalmente, o compacto podia vir, além do Skydome, com ar condicionado automático, telemática Blue&Me, bancos em couro com dois tons e airbags laterais e de cortina.
O Punto Sporting tinha motor GM 1.8 desde 2007, mas em 2010, na linha 2011, o modelo passa a dispor do novo propulsor Fiat E.torQ 1.8 16V.
Junto com ele, o hatch ganhou a opção do câmbio automatizado Dualogic. Por fora, o Sporting ganhava novas rodas de liga leve aro 16 com raios duplos e fundo preto.
Por dentro, o compacto recebia cluster com iluminação por LED e luz branca. O sistema de som com CD player, Bluetooth e Blue&Me fora atualizado nessa época também.
O Punto Sporting tinha 4,030 m de comprimento, 1,689 m de largura, 1,505 m de altura e 2,510 m de entre eixos. Ele pesava 1.170 kg e tinha 280 litros no porta-malas, além de mais 48 litros no tanque de combustível.
Sua suspensão era McPherson na frente e eixo de torção atrás, usando a mesma plataforma do Opel Corsa da época, mas com enxertos do Palio no Brasil, para reduzir custos.
Sua plataforma era compartilhada também por Idea e Linea, embora nesta fosse alongada.
Punto Sporting – motores
O Punto Sporting chegou ao mercado com um motor que não era da Fiat. Embora fosse nacional, ele era antigo e fruto de uma parceria com troca de ações entre a montadora italiana e a General Motors.
O mesmo que um dia moveu o clássico Chevrolet Monza, agora movia o hatch compacto premium da Fiat, sendo ele o GM Família I com quatro cilindros em linha, 1.8 litro e sistema de injeção eletrônica multiponto flex.
Com 1.796 cm3 e taxa de compressão de 10,5:1, o GM 1.8 tinha oito válvulas no cabeçote, sendo duas por pistão. Confiável, ele entregava 113 cavalos na gasolina e 115 cavalos no etanol, ambos a 5.500 rpm.
Por ser um motor de 8V, o torque era alto e em baixa rotação, entregando 18,0 kgfm na gasolina e 18,5 kgfm, os dois obtidos aos 2.800 rpm. Isso permitia ao Punto Sporting 1.8 8V ir de 0 a 100 km/h em 8,4 segundos com máxima de 184 km/h.
O consumo médio era de elevados 6,5 km/l na cidade e 8,0 km/l na estrada, usando álcool. Na gasolina, o modelo fazia 8,2 km/l e 11,5 km/l, respectivamente, o que não era nada agradável.
O câmbio era manual de cinco marchas e com o tamanho do tanque, teoricamente o Punto Sporting podia alcançar no máxima 552 km com gasolina.
Em 2010, o motor E.torQ 1.8 16V chegou para encerrar a carreira e a parceria da Fiat com a GM. Já como FCA, a empresa adotou um motor que anteriormente era da própria Chrysler, adquirida em 2009.
Ele era conhecido anteriormente como Tritec, sendo feito no Paraná e equipando carros da Chrysler e BMW (MINI). Também foi copiado pelos chineses sob licença. Não existia como 1.8 (criado pela FPT), mas somente como 1.4 e 1.6.
Com comando de válvulas único, ele tem 16 válvulas (4 por cilindro) e 1.747 cm3, trabalhando com taxa de compressão de 11,2:1. Tendo comando por corrente e injeção eletrônica flex, o E.torQ 1.8 16V ofereceu ao Punto Sporting mais desempenho.
Ele entregava 130 cavalos na gasolina e 132 cavalos no etanol, ambos a 5.250 rpm. Já os torques eram de 18,4 kgfm no primeiro e 18,9 kgfm no segundo, obtidos em altos 4.500 rpm.
Diferente do GM 1.8, ele rendia menos em baixa rotação, sendo necessário elevar o giro para ganhar fôlego. Em desempenho, ele baixou o tempo até 100 km/h para 9,8 segundos. Na final, agora fazia 191 km/h.
Na economia, os números anteriores permaneceram, exceto o consumo com gasolina na cidade, que era de 9,5 km/l. No final das contas, continuava ruim, apesar do acréscimo em performance.
Punto Sporting Dualogic
Junto com o motor E.torQ 1.8 16V, o Punto Sporting ganhou o câmbio automatizado Dualogic. Foi um artifício da Fiat para reduzir custos de desenvolvimento e produção.
Além disso, visava oferecer ao consumidor, a opção de mudança de marchas automáticas por um preço menor que o de um câmbio automático tradicional (de verdade…). Isso funcionou apenas nos primeiros anos.
O Dualogic em realidade é (sim, continua a ser oferecido em carros como Fiat Argo Drive GSR, Fiat Mobi Drive GSR, Fiat Cronos Drive GSR e Fiat Uno Drive GSR, só que modernizado) um câmbio mecânico com automatizador de mudança de marcha.
Sobre a caixa da transmissão, um sistema de atuador eletro-mecânico aciona o garfo do platô e disco de embreagem, assim como também a alavanca de alteração de marchas do câmbio.
Gerenciado por uma central eletrônica que “lê” as intenções do condutor, basicamente o Dualogic faz o trabalho de um câmbio automático comum, ajustando as marchas de acordo com a condução.
Oferecia a opção de mudança de marchas de forma manual na alavanca ou no volante, através de paddle shifts. Hoje, apenas na direção, pois, utiliza botões no mais moderno GSR-Comfort. Ele acrescentava ao hatch apenas 19 kg.
Com opção de modo Sport, o Dualogic fazia o Punto Sporting 1.8 16V ter o mesmo desempenho do manual, mas com consumo um pouco pior, fazendo 6,6 km/l na cidade e 7,8 km/l na estrada com etanol. Na gasolina, era 9,6 km/l e 11,3 km/l, respectivamente.
No Dualogic Plus, em 2013, ganhou as funções “Creeping” e “Auto-up Shift Abort” para, respectivamente, manter o carro em movimento engatado para compensar ladeiras (como num automático) e efetuar dupla redução em retomadas.
Atualização
Em julho de 2012, a Fiat lançava uma atualização mais profunda no Punto Sporting. Adotando o layout que fora usado pelo Grande Punto na Itália, o hatch ficou bem mais atraente.
Na versão Sporting, os faróis ganharam leve mudança nas bordas e acabamento interno em cinza, mesmo tonalidade de uma moldura que ia junto com um friso cromado no capô.
Já a parte inferior recebia uma nova moldura cinza com duas aberturas para refrigeração do motor e faróis de neblina circulares embutidos. Além disso, havia suporte de placa no conjunto e repetidores de direção.
Novas rodas de liga leve de desenho elegante, mas com fundo cinza, chamavam atenção. As saias laterais foram remodeladas e o Punto Sporting ganhou frisos superiores na cor do carro.
Na traseira, as novas lanternas em LED davam destaque à mudança, assim como a ponteira dupla de escape. O para-choque recebia a parte central em cinza com suporte da placa. A abertura do porta-malas era pelo logo da Fiat.
Por dentro, o Punto Sporting recebia um novo painel, com cluster novamente em vermelho. As linhas arredondadas do conjunto eram agradáveis, em especial nessa versão, que vinha com textura azulada e dotadas de faixas verticais.
Elas contrastavam bem com o cinza do acabamento. O volante era novo e multifuncional, com revestimento em couro. Os bancos estranhamente não seguiam o painel, tendo tons mais escuros e faixas brancas horizontais.
O Punto Sporting ganhou paddle shifts no Dualogic Plus, que era a versão atualizada do câmbio automatizado e com piloto automático como antes. O sensor de estacionamento agora era gráfico e sonoro.
A versão ganhou iluminação interna com efeito Night Design. Agora sensores de chuva e crepuscular se juntavam ao pacote anterior, assim como banco bipartido e alarme.
Estranhamente, a Fiat não liberou o sistema de modos de condução DNA em 2013, fazendo-o no ano/modelo posterior. Este sistema vem com as opções Dinâmico, Normal e Autonomia, que seriam como Sport, Comfort e Eco em outras marcas.
O DNA alterava os parâmetros de funcionamento do motor, melhorando a resposta enormemente no modo Dinâmico. O tempo baixou para 9,6 segundos de 0 a 100 km/h e com final de 193 km/h.
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