Junto com a perua Marajó, o Chevette hatch foi a segunda variante de carroceria do pequeno sedã da General Motors no Brasil, sendo um projeto de origem alemã, devidamente nacionalizado.
Feito entre 1980 e 1987, o modelo compacto teve apenas carroceria com duas portas no Brasil. Com ele, o Chevette teve sua família completa, rivalizando com a família Gol da Volkswagen.
Feito em São Caetano do Sul, o modelo da Chevrolet teve duas versões de estilo e alguns dos motores oferecidos ao sedã durante sua história. Além disso, era um dos poucos carros de sua época com opção de câmbio automático.
Além disso, o Chevette hatch disponibilizou também a versão esportiva S/R, igualando-se ao Monza S/R, que também era um hatch, igualmente inspirado em produto da alemã Opel.
Chevette hatch
Em fins de 1979, a General Motors ampliava a linha do Chevette. O sedã compacto lançado em 1973, havia mudado de estilo em 1978, ganhando inclusive quatro portas.
Disponível nas versões L e SL, o compacto exibia uma nova carroceria, menor que a do sedã, mas bem desenhada para a ocasião. O Chevette hatch tinha esse traço que descia até a grade dupla preta, que ficava na própria tampa.
Nela ainda ficava o nome Chevrolet, visto que devido ao desenho do vinco central, não havia espaço para a gravata borboleta da marca. Então, esta não existia no frontal do modelo.
Os faróis eram quadrados, conforme a atualização de 1978. O para-choque era laminado, mas envolvido em cobertura de plástico preto, tendo ainda dois batentes mais centrais.
A parte inferior da frente tinha três aberturas rentes ao protetor, sendo que numa delas ficava a alça para reboque. Ali também ficavam os repetidores de direção, quase ocultos pelo para-choque.
O Chevette hatch tinha frisos laterais pretos e emborrachados, tendo o nome e versão do modelo. Os retrovisores pretos eram simples, enquanto as maçanetas cromadas davam um ar de elegância.
A carroceria era bem limpa para a época e tinha friso apenas abaixo da proteção lateral. As duas portas não tinham quebra-ventos e as vigias traseiras eram grandes e basculantes.
Já a tampa do bagageiro abria somente até a altura das lanternas, tendo fecho cromado e sem limpador traseiro.
O conjunto ótico traseiro tinha lanternas horizontais com luzes de ré, além de para-choque semelhante ao frontal. O bocal do tanque tinha tampa com chave.
O Chevette hatch podia vir com vidros verdes e desembaçador do vidro traseiro.
O modelo tinha rodas de aço texturizado com cone na ponta de eixo e parafusos aparentes. Elas eram aro 13 polegadas e vinham com pneus 175/70 R13. O Chevrolet podia ter também rodas de magnésio na versão SL.
Por dentro, o Chevette hatch era bem convidativo, porém, com pouco espaço geral. Na frente, o painel atualizado em 78 tinha acabamento imitando madeira na parte principal, tendo cluster analógico.
Este vinha com velocímetro, nível de combustível e temperatura da água, tendo ainda um relógio analógico ao centro. Havia um gráfico de cores no marcador de velocidade e luzes-espia ao centro.
Ao lado, ficavam dois simpáticos difusores de ar circulares, tendo controles verticalizados, mas com botão de velocidade. Isso tudo fica ao lado e abaixo do rádio, que podia ser toca-fitas.
Cinzeiro e acendedor de cigarros eram obrigatórios na SL, afinal, era moda fumar em 1980. Por conta de sua arquitetura de motor e câmbio em longitudinal com tração traseira, a alavanca de câmbio era avançada, próxima do painel.
O volante também era agradável em estilo, tendo formato central retangular com quatro raios. As portas do Chevette hatch eram simples e vinham revestidos em tecido, assim como os confortáveis bancos dianteiros.
Atrás, o ambiente era apertado, sendo essa uma das maiores da família Chevette. O interior podia ser preto ou caramelo, o que denotava preocupação em agradar.
Seu porta-malas, porém, refletia o projeto do carro, já antiquado em relação aos mais modernos VW Gol e Fiat 147. Assim, tinha somente 254 litros, em medição da época. O banco traseiro rebatia para ampliar o diminuto espaço.
Isso era devido a três fatores. O primeiro era que o tanque de 45 litros ficava logo abaixo. O segundo era a presença do eixo rígido da suspensão com diferencial e cardã. O terceiro era o estepe que roubava mais espaço ainda.
O Chevette hatch media 3,972 m de comprimento, 1,570 m de largura, 1,323 m de altura e 2,395 m de entre eixos. Nunca teve quatro portas, embora não fosse impossível molda-las à carroceria hatch.
Atualização
Em 1983, a General Motors atualizou o Chevette hatch pela primeira vez, sendo a terceira do sedã. Essa modificação estética reinou até o fim do modelo nos anos 90 (sedã somente).
Essa versão do modelo já trazia o motor 1.6, que havia surgido um ano antes com o Chevette S/R. O novo layout dava ao produto uma cara mais moderna para enfrentar velhos e novos rivais, como o Ford Escort e o Fiat Uno.
Assim, o Chevette hatch ganhava frente com faróis quadrado e inclinados, assim como os piscas, agora ao lado, enquanto a grade preta podia agora ter o logotipo da Chevrolet, com fundo azul, além de se livrar do capô.
Este era menor e mais leve que o anterior, adotando dois vincos suaves para mostrar sua leveza. O para-choque laminado era quase todo cromado, tendo borrachão centralizado e capas plásticas pretas nas laterais.
A parte inferior da frente insinuada um spoiler e tinha apenas uma abertura para ajuda na refrigeração do motor. O conjunto era semelhante em aspecto ao do Monza hatch de 1983, ano de lançamento do global da GM.
Agora as portas do Chevette hatch tinham quebra-ventos e os retrovisores passaram a ser embutidos, ficando maiores e com opção de ajuste interno. Os frisos pretos laterais com a identificação de modelo/versão continuaram.
O mesmo também para as clássicas rodas de aço estilizadas, maçanetas cromadas e demais detalhes laterais. Na traseira, porém, a GM elevou a altura da traseira, mexendo na tampa.
Assim, pôde criar um efeito de prolongamento da traseira, que na verdade, não existia. No entanto, o Chevette hatch ficava parecendo mais com o Ford Escort, quase um notchback.
Essa alteração não rendeu litros a mais no porta-malas, que agora tinha 237 litros, menos que o anterior, em medição da época. O Chevette hatch ganhou as mesmas lanternas quadradas e coloridas do sedã.
O para-choque laminado era do mesmo estilo da frente. A nomenclatura ia na tampa, que havia perdido o fecho, ficando apenas o tambor da chave. A vigia continuava sem limpador e lavador.
Por dentro, o painel do Chevette hatch mantinha o layout básico do anterior, mas com linhas mais quadradas. O cluster analógico fora atualizado, mas seguia a mesma disposição dos instrumentos.
O mesmo em relação aos difusores, agora retangulares e verticais. Assim como o anterior, não havia difusores laterais. Os demais comandos preservaram suas posições originais.
Já o volante do Chevette hatch tinha dois raios e formato em “A”, reproduzindo a versão, no caso SL, visível no acabamento. A alavanca ficava como antes e o console mudou um pouco.
O padrão do interior se manteve bom para a época e ele chegou a ter opção de ar condicionado. Vidros verdes, para-brisa degradê, etc, estavam disponíveis.
O estilo mudou pouco até 1987, ano em que as versões mudaram para S e SE, ganhando frisos horizontais na grade e parte inferior da frente, lanternas renovadas, para-choques ampliados e rodas de aço com calotas integrais.
O painel ganhou até econômetro e a padronagem interna melhorou. O Chevette hatch morreu nesse mesmo ano, junto com a versão quatro portas do sedã.
Motores
O Chevette hatch tinha somente uma opção de motor em 1980. Era o 1.4 de quatro cilindros com carburador de duplo estágio. O propulsor tinha correia dentada e era todo em ferro fundido.
Com 1.398 cm3, o 1.4 entregava na versão a gasolina 68 cavalos a 5.800 rpm e 9,8 kgfm a 3.600 rpm. A versão à álcool surgiu em 1980 com 90 cavalos.
Assim, ele ia de 0 a 100 km/h em 19,7 segundos e tinha máxima de 139 km/h. O câmbio era de quatro marchas, sendo manual somente.
O Chevette hatch tinha freios a disco na frente, direção hidráulica, suspensão dianteira de braços duplos sobrepostos e eixo traseiro rígido com sistema Panhard.
Em 1981, antes da atualização, o motor 1.6 surgiu na versão S/R, entregando 1.599 cm3 e 80 cavalos com 11,6 kgfm, ambos nas mesmas rotações do 1.4.
Bem mais esperto, ele fazia o Chevette S/R ir de 0 a 100 km/h em 16,5 segundos e tinha máxima de 148 km/h, fazendo 14 km/l na estrada e 10 km/l na cidade, sempre com gasolina.
Posteriormente, em 1983, o 1.6 passou a ter 72 cavalos a 5.600 rpm e 12,3 kgfm a 3.200 rpm, rendendo melhor, indo de 0 a 100 km/h em 14,9 segundos e com máxima de 150 km/h, graças ao câmbio de cinco marchas.
Algum tempo depois, o Chevette hatch ganhava opção de câmbio automático de três marchas com conversor de torque.
Chevette hatch S/R
Em 1981, o Chevette hatch ganhava a versão esportiva S/R, que tinha pintura em dois tons com faixas que faziam a transição entre elas na base da carroceria.
A sigla S/R ia nessa altura, chamando bastante atenção. Todos os detalhes eram pretos e recebia ainda faróis de neblina sob o para-choque dianteiro.
Um spoiler ia montado na parte inferior da carroceria para melhorar a aerodinâmica e estética. O Chevette S/R tinha ainda um aerofólio na tampa traseira.
Os bancos tinham visual esportivo, assim como o volante, tendo ainda opção de rodas de magnésio. O S/R durou pouco, não entrando para a atualização visual de 1983.
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