O Siena 2014 foi um sedã compacto que a Fiat vendeu em meados dos anos 2010, já tendo saído de linha após alguns anos com o irmão Fiat Grand Siena, que continua em produção após o baixo desempenho do Fiat Cronos.
Este Siena foi a derradeira atualização do sedã popular da Fiat, que surgiu em 1998 dentro do Projeto 178. O modelo nessa época tinha apenas uma versão, a EL, que trazia dois motores na oferta e se posicionava abaixo do Grand Siena.
Como um carro básico para frotistas e clientes com baixo poder aquisitivo, o sedã se mostrava uma opção interessante devido ao preço menor, porém, era um carro já bem datado e com limitações de quase 20 anos de mercado.
Com a quinta e última atualização do Fiat Siena, a versão EL era uma oferta simples, com itens opcionais que poderiam deixa-lo menos básico, tendo assim ar condicionado, direção hidráulica, vidros elétricos, travas elétricas e rádio.
Tendo sido comercializado após 2013, o Siena 2014 já ostentava de fábrica airbag duplo e freios com ABS, itens obrigatórios após o mencionado ano, quando modelos como Fiat Mille, VW Kombi e VW Gol G4 saíram de cena.
O projeto 178 surgiu em meados dos anos 90 como sucessor da família Uno de 1984, tendo sido desenhado pelo estúdio I.DE.A, o mesmo que aproveitou o estilo nos produtos da Tata Motors, gerando os semelhantes Indica e Indigo.
O Fiat Siena foi um carro que teve milhões de unidades produzidas em várias partes do mundo, desde a Turquia até China, chegando mesmo à Coreia do Norte. Aqui no Brasil, ele foi feito apenas em Betim-MG.
Além disso, o Siena gerou derivados maiores, como os sedãs Albea na Turquia e Perla na China, ambos feitos sobre a plataforma da Fiat Palio Weekend, usando inclusive a suspensão da mesma.
Por aqui, foi atualizado várias vezes e sempre encarado pelo mercado como um carro novo, embora não fosse, chegando a ter designação popular de “G” para cada atualização, como no caso do Gol.
Com porta-malas generoso, o Fiat Siena 2014 tinha 500 litros para ninguém reclamar da “mala” e espaço interno apenas suficiente. Robusto, foi um produto que se apoiou na mecânica Fire, que depois de muitos anos na Itália, veio ao Brasil.
O Siena usou aqui os motores Fiasa 1.3 e 1.5, assim como o Sevel 1.6 e a linha Fire (1.0 e 1.4), além do GM 1.8 e do E.torQ 1.6, que foram os únicos de fabricantes diferentes a estarem a bordo do pequeno sedã.
O GM 1.8 era o da Família I e fornecido pela montadora americana num acordo com a Fiat. Já o E.torQ 1.6 era uma versão atualizada do Tritec 1.6, fabricado no Paraná pela joint-venture Tritec, que era da BMW e Chrysler, vendida para a Fiat.
Icônico, o Fiat Siena saiu de linha em 2018, pouco antes da estreia do Cronos, tendo sido um carro que permaneceu no mercado por 20 longos anos. Ele já havia cedido a posição de destaque dentro da Fiat para o Grand Siena em 2012.
Este, por sua vez, acabou dando a prioridade ao Fiat Cronos, que é fabricado na Argentina, porém, não teve a mesma recepoção do Argo por não dispor de uma versão com o Firefly 1.0 até agora, o que é sustentado pelo Grand Siena.
Assim, em breve o Grand Siena sairá de linha e levará consido o nome do famoso compacto da Fiat, que continua a ser um dos carros mais procurados entre os usados, especialmente por seu baixo preço, oferta de peças e valor de revenda.
Siena 2014 – detalhes
O Siena 2014 tinha um visual simples e espartano, feito apenas para manter o carro atual na ocasião. Ele vinha com faróis de parábola única que tinham lentes escuras. Arredondada na parte superior, as lentes tinham piscas e lanternas.
As rodas eram de aço com calotas e tinham aro 14 polegadas, montadas em pneus 175/65 R14, mas havia opção de liga leve. Retrovisores e maçanetas podiam ser na cor do carro, enquanto a traseira apresentava lanternas afiladas.
O para-choque era envolvente e a tampa do bagageiro tinha o logotipo da Fiat e tinha refletores instalados mais acima. A tampa do bagageiro cortava o conjunto ótico traseiro. No teto, apenas uma antena pouco pronunciada.
Ainda assim, sem os opcionais, o Siena 2014 só dispunha externamente de retrovisores e maçanetas sem pintura, por exemplo, assim como o interior era bem despojado e desprovido de itens de conforto e conectividade.
Ele vinha com o painel da última atualização, tendo acabamento escurecido com difusores de ar pretos, assim como a parte central. Trazia um volante de três raios e sem nenhum comando de áudio ou mídia.
A coluna de direção ajustável em altura era opcional, assim como a assistência hidráulica. Na parte central, havia dois difusores de ar e podia ter um rádio com CD player e entrada auxiliar para áudio.
O ar condicionado era manual e também opcional, como inúmeros itens. O ar condicionado manual tinha botões pequenos e ficava uma fonte 12V e um cinzeiro móvel com tampa no porta-copo.
O cluster analógico tinha fundo preto e mostradores brancos com ponteiros de cor laranja. Podia ter conta-giros, além de velocímetro e temperatura da água, visto que o nível de combustível era digital, com os hodômetros.
No lado do passageiro, o porta-luvas era razoável e o console do túnel tinha alavanca alta e macia, com pomo preto e trava de ré. As portas eram tinham apoios de braço recuados e vidros elétricos para às quatro portas.
Já os retrovisores eram ajustados na coluna A do motorista, em lugar de acesso ruim. Com maçanetas cinza, o Siena 2014 trazia também acabamento em tecido nas portas, assim como padronagem diferenciada dos assentos.
Atrás, as portas tinham até bom acabamento, incluindo tecido e comandos dos vidros, além de porta-revistas nos encostos dos bancos dianteiros, porta-copos e trecos no chão, além de banco traseiro rebatível com três apoios de cabeça.
Os cintos de segurança eram de 3 pontos nas laterais e subabdominal para o quinto passageiro. O Siena tinha alças no teto, retrovisor interno dia e noite, espelhos nos para-sóis, sistema de som com quatro alto-falantes, entre outros.
O espaço interno era apenas suficiente para a proposta, dado seu porte de 4,16 m de comprimento, 1,63 m de largura, 1,42 m de altura e 2,37 m de entre eixos, medida ainda sustentada pelo Fiat Uno.
Já o acesso ao porta-malas era bom com a ampla tampa do bagageiro, que permitia alcançar os 500 litros de volume do espaço interno, onde ainda havia iluminação e estepe horizontal.
Foi o maior porta-malas da categoria por muitos anos até ser superada por modelos mais recentes, em especial Grand Siena e Cronos, embora o maior até hoje ainda seja o Etios Sedan com seus 562 litros, tendo perdido para o Cobalt (563).
Siena 2014 – versões
O Siena 2014 tinha apenas uma única versão, a EL, que surgira ainda na época em que o sedã estava praticamente sozinho no mercado, visto que o Linea havia saído de cena e a Fiat tentava levar duas atualizações no mercado até o Grand Siena.
A EL era uma opção mais simples da antiga nomenclatura ELX, que fazia parte do pacote de versões do Siena à época em que havia também a HLX, mostrando que o sedã era a única opção da ocasião.
- Fiat Siena EL 1.0
- Fiat Siena EL 1.4
Equipamentos
Fiat Siena EL 1.0 – Motor 1.0, mais transmissão manual de cinco marchas, além de itens de série e opcionais, tais como para-choques na cor do carro, retrovisores e maçanetas na cor do carro, faróis de neblina, grade com detalhe cromado, rodas de aço aro 14 polegadas com calotas, pneus 175/65 R14, antena no teto, rodas de liga leve aro 14 polegadas, freios ABS com EDB, airbag duplo, cintos de segurança dianteiros com pré-tensionadores, volante de três raios, coluna de direção com ajuste em altura, direção hidráulica, ar condicionado, ar quente, fonte 12V, retrovisores externos com controle interno, travas manuais, vidros manuais, espelho interno dia e noite, espelhos nos para-sois, luz interna, temporizador dos faróis e iluminação interna, vidros elétricos nas quatro portas, retrovisores elétricos, travamento central elétrico, chave-canivete, alarme, telecomando na chave, sistema de som com CD player e MP3, para-brisa degradê, desembaçador traseiro, banco traseiro rebatível, porta-malas com iluminação, sistema de som com quatro alto-falantes, bancos e portas em tecido, cinzeiro com tampa, porta-copos, vidros verdes, lavador e limpador do para-brisa com temporizador, cintos de segurança de 3 pontos nas laterais, cintos laterais traseiros retráteis, cinto central subabdominal, apoios de cabeça para todos, banco do motorista com ajuste em altura, maçanetas internas em cor cinza, abertura interna do bocal do tanque e do porta-malas, conta-giros no painel, entre outros.
Fiat Siena EL 1.4 – Itens acima, mais motor 1.4 litro.
Preços
O Siena 2014 tinha preços acessíveis por ser o mais barato entre os sedãs da Fiat, tendo preço inicial de R$ 31.000 na versão EL 1.0, enquanto o EL 1.4 tinha preços sugerido de R$ 33.960, um valor competitivo.
Ele ficava imediatamente abaixo do Grand Siena, que tinha uma oferta bem melhor e com preços mais altos, especialmente porque ainda tinha opções importantes como o Tetrafuel.
- Fiat Siena EL 1.0 – R$ 31.000
- Fiat Siena EL 1.4 – R$ 33.960
Siena 2014 – motor
O Siena 2014 tinha dois motores da família Fire, sigla para Fully Integrated Robotised Engine, lançado oficialmente na Itália em 1986. Nessa época, o Brasil usava o Fiasa, um propulsor da Fiat mais antigo.
O propulsor de fluxo cruzado tem cabeçote em alumínio e bloco em ferro fundido, tendo comando de válvulas simples e uma arquitetura compacta, tendo existindo com tamanhos de 0.8, 1.0, 1.1, 1.2 e 1.4 litro.
Com exceção dos 0.8 e 1.1, o Brasil produziu as demais versões em Betim, que ao lado de Termoli Imerese na Itália e Dundee, no Reino Unido, atendeu a demanda da Fiat por muitas décadas.
Na Europa, o Fire atuou de 1985 até recentemente, tendo diso tirado de circulação entre 2018 e 2019 em substituição ao Firefly, que pertence à linha GSE. Aqui, o Fire chegou apenas em 2000 e ainda continua em produção.
Essencialmente equipou todos os carros da Fiat com motor de 1.0 a 1.4 oferecidos aqui, inclusive está a bordo da Nova Strada, por exemplo, assim como foi usado no médio Bravo T-Jet e também foi o cavalo-de-batalha do Mille.
No Siena 2014, o Fire tinha injeção eletrônica multiponto e tecnoloiga flex com tanquinho de combustível para injeção de gasolina em dias frios com álcool no tanque. O reservatório ficava no própri cofre do motor.
No Fire 1.0, dito Evo após uma atualização, ele entregava 999 cm3 de volume e 12,1:1 de taxa de compressão, bem como 73 cavalos de potência na gasolina e 75 cavalos com etanol na alimentação. Ambso eram alcançados em 6.250 rom.
Já os torques eram de 9,5 kgfm no primeiro e 9,9 kgfm no segundos, ambos a 4.500 rpm. Ele era equipado apenas com transmissão manual de cinco marchas, enquanto o 1.4 tinha a mesma opção. A embreagem era de acionamento hidráulico.
Mais forte, o Siena 2014 com motor Fire 1.4 tinha 1.368 cm3 e 10,3:1 de taxa de compressão, além de 85 cavalos no derivado de petróleo e 86 cavalos no álcool, ambos a 5.750 rpm.
Na força, o pequenino motor da Fiat dispunha de 12,4 kgfm no primeiro e 12,5 kgfm no segundo, obtidos a 3.500 rpm. Tendo disposição acima de 2.000 rpm, trata-se um propulsor econômico e de fácil manutenção.
O futuro do motor Fire será ser substituído pelo Firefly 1.0 e pelo 1.3, deixando assim os produtos da Fiat com melhor eficiência energética e atraente ao público em termos de eficiência energética e emissão de CO2.
Desempenho
No desempenho, o Siena 2014 era fraco com motor 1.0 Fire, fazendo de 0 a 100 km/h em mais de 16 segundos, atingindo pouco mais de 160 km/h, sendo assim muito aquém do desejado.
Com o motor 1.4, ele se mostrou mais ágil, fazendo o mesmo em menos de 13 segundos, mas não passando de 170 km/h. Também não era um motor forte o suficiente para deixar o popular esperto. Ofereceu apenas um desempenho baixo.
- Fiat Siena 1.0 – 16,1 segundos e 161 km/h
- Fiat Siena 1.4 – 12,8 segundos e 168 km/h
Consumo
No consumo, o Fiat Siena 2014 bebia bastante no etanol, especialmente no 1.4, que mal passava de 7 km/l na cidade e menso de 9 km/l na estrada. O 1.0 era mais frugal nesse combustível e variou de 8 km/l a quase 10 km/l.
Com gasolina, o consumo na cidade era bom no 1.0, fazendo quase 12 km/l e passando de 14 km/l na estrada, enquanto o 1.4 fazia quase 11 km/l na cidade e mais de 13 km/l na rodovia.
- Fiat Siena 1.0 – 8,0/9,7 km/l e 11,9/14,4 km/l
- Fiat Siena 1.4 – 7,1/8,8 km/l e 10,6/13,2 km/l
Siena 2014 – manutenção e revisão
A Fiat ainda mantém o Siena 2014 em seu painel de revisões no site da marca italiana, sendo estes valores abaixo atualizados em outubro de 2020, estando no configurador e nas duas opções de motor oferecidas na época.
Com revisões a cada 12 meses ou 10.000 km, o Siena tem o mesmo custo de revisão até 50.000 km para os motores Fire 1.0 e Fire 1.4, alcnaçando ambos R$ 2.348, um valor dentro da média dos compactos no Brasil.
Ainda assim, chama atenção por ter preços diferenciados entre as revisões em cada opção, porém, no final de 50.000 km, o valor é o mesmo, independente da versão.
Nas revisões, são verificados diversos itens, entre eles parte mecânica, suspensão, direção, freios, itens de segurança, análise de avarias e defeitos eletro-eletrônicos, bem como de pneus e estrutural (portas e batentes).
A revisão consiste na troca de itens como óleo lubrificante, arruela do dreno, parafuso do dreno, filtro de ar do motor, filtro de ar da cabine, filtro de combustível, correia em V, correia dentada, fluído de freio, velas e fluído da direção.
Também são feitos serviços extras como alinhamento e balanceamento, pintura e funilaria, lavagem e higienização, instalação de acessórios e outras atividades relacionadas ao pós-venda.
Revisão | 10.000 km | 20.000 km | 30.000 km | 40.000 km | 50.000 km | Total |
1.0 8V | R$ 204,00 | R$ 444,00 | R$ 684,00 | R$ 592,00 | R$ 424,00 | R$ 2.348 |
1.4 8V | R$ 216,00 | R$ 444,00 | R$ 676,00 | R$ 604,00 | R$ 408,00 | R$ 2.348 |
Siena 2014 – ficha técnica
O Siena 2014 tinha uma estrutura de aço macio em um monobloco construído sobre a plataforma do primeiro Palio. Com 4,16 m de comprimento e 2,37 m de entre eixos, o sedã da Fiat era robusto em sua proposta.
Não tão leve quanto se podia imaginar, pesava mais de uma tonelada, tendo suspensão dianteira McPherson e traseira por eixo de torção, ambos com molas helicoidais e amortecedores, tinha barra estabilizadora na frente apenas.
Equipado com freios a disco ventilado na frente e tambor na traseira, trazia uma arquitetura simples que suportava 400 kg de carga útil, além de oferecer 500 litros no bagageiro e 48 litros no tanque de combustível, feito em plástico.
Com coeficiente aerodinâmico de 0,33 de cx, o Siena 2014 era um carro de linha equilibradas, não sendo necessariamente fluído, mantendo a forma básica de um sedã e com um desenho limpo e sem muitos apêndices.
Motor | 1.0 8V | 1.4 8V |
Tipo | ||
Número de cilindros | 4 em linha | 4 em linha |
Cilindrada em cm3 | 999 | 1368 |
Válvulas | 8 | 8 |
Taxa de compressão | 12,1:1 | 10,3:1 |
Injeção eletrônica | Indireta Flex | Indireta Flex |
Potência máxima | 73/75 cv a 6.250 rpm (gasolina/etanol) | 85/86 cv a 5.750 rpm (gasolina/etanol) |
Torque máximo | 9,5/9,9 kgfm a 4.500 rpm (gasolina/etanol) | 12,4/12,5 kgfm a 3.500 rpm (gasolina/etanol) |
Transmissão | ||
Tipo | Manual de 5 marchas | Manual de 5 marchas |
Tração | ||
Tipo | Dianteira | Dianteira |
Direção | ||
Tipo | Mecânica ou hidráulica | Hidráulica |
Freios | ||
Tipo | Discos dianteiros e tambores traseiros | Discos dianteiros e tambores traseiros |
Suspensão | ||
Dianteira | McPherson | McPherson |
Traseira | Eixo de torção | Eixo de torção |
Rodas e Pneus | ||
Rodas | Aço ou liga leve aro 14 polegadas | Aço ou liga leve aro 14 polegadas |
Pneus | 175/65 R14 | 175/65 R14 |
Dimensões | ||
Comprimento (mm) | 4.169 | 4.169 |
Largura (mm) | 1.639 | 1.639 |
Altura (mm) | 1.425 | 1.425 |
Entre eixos (mm) | 2.374 | 2.374 |
Capacidades | ||
Porta-malas (L) | 500 | 500 |
Tanque de combustível (L) | 48 | 48 |
Carga (Kg) | 400 | 400 |
Peso em ordem de marcha (Kg) | 1.060 | 1.076 |
Coeficiente aerodinâmico (cx) | 0,33 | 0,33 |
Siena 2014 – fotos
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