O Cruze 2014 foi o último ano/modelo do sedã médio da Chevrolet antes de uma leve atualização visual, que o deixou em dia em sua primeira geração no mercado nacional, onde o modelo era produzido pela General Motors no Brasil.
Projeto global da GM, o Cruze não nasceu exatamente em Detroit, Michigan, tendo seu desenvolvimento sido liderado pela divisão coreana da montadora, que era herança da extinga Daewoo.
De fato, o Chevrolet Cruze chegou a ser vendida na Coreia do Sul como Daewoo Lacetti e foi um bem-sucedido projeto local que ganhou atenção da GM em todo o globo, sendo vendido como Holden e ostentando a gravata dourada.
Aqui, o Cruze chegou em setembro de 2011, três anos depois de surgir na Coreia do Sul, substituindo o Chevrolet Vectra até então em posição de importância no portfólio da GM no Brasil.
Seu objetivo principal era combater melhor dois players japoneses que estavam mandando no mercado de sedãs médios, sendo estes Toyota Corolla e Honda Civic. O Cruze 2014 era uma proposta equilibrada para um carro médio.
Com estilo mais jovem que o Vectra, ele chamava atenção por ser alto e volumoso, em vez de baixo e largo. Também não era longo, medindo 4,60 m de comprimento, 1,79 m de largura, 1,47 m de altura e 2,68 m de entre eixos.
Ele também seguia a redução de custo empregada aqui no Vectra, usando suspensão traseira por eixo de torção, algo que continuou na segunda geração, a argentina. Tendo uma estrutura bem sólida, o sedã da GM era muito seguro.
Além disso, tinha detalhes simples, sem tentar ostentar muito luxo. Os faróis monoparábola eram um exemplo, assim como a ausência de muitos cromados e uma carroceria bem limpa de vincos exagerados.
As lanternas grandes ajudavam a ampliar ainda mais seu volume estético, mas eram simples também. Por dentro, o dual cockpit com dois tons, focava no conforto e o trim de influência bem americana, o deixava mais premium.
Para mover tudo isso, a GM evitou um downsizing antecipado, visto que os clientes desse segmento são mais tradicionalistas e um motor aspirado e grande seria o necessário. Porém, não havia um 2.0 disponível.
Assim, seguindo Corolla e Civic, o Cruze foi de 1.8 aspirado de origem Ecotec e com 16V, que lhe conferiu um desempenho adequado, mas sem empolgação, entregando até 144 cavalos e com caixa automática de seis marchas.
Houve uma falta de sincronia entre os dois no começo, mas a GM foi atualizando o conjunto até que ficou aceitável. Naquela época ainda não se sabia, mas o Cruze estava fincando suas rodas em seu último destino.
Construído em São Caetano do Sul, o Cruze 2014 tinha duas versões, sendo elas LT e LTZ, com algumas poucas diferenças entre eles, centradas em conteúdo. A mecânica era a mesma, assim como as rodas aro 17 polegadas.
O projeto nacional envolveu ainda o lançamento do Cruze Sport6, que era a versão hatch do mesmo, tendo como diferencial o teto solar elétrico e a opção de câmbio manual na versão LTZ.
No Cruze 2015, a GM fez mudanças sutis na grade, para-choques e lanternas, além de pequenas alterações no interior. O modelo seguiu sua linha por mais três anos até a chegada da segunda geração, que também era global.
Diferente da primeira, onde o Cruze 2014 tinha plataforma Delta II, a segunda usou a atual D2XX que sustenta o Equinox, tendo uma primeira variante na China antes dos demais mercados, sendo um carro menor que o global.
Este último é que veio ao Brasil, mas sua produção passou a ser feita em Rosário, na Argentina, onde continua até hoje. O Ecotec 1.8 finalmente deixou o serviço, trocado pelo Ecotec Turbo 1.4 que já existia lá fora, mas aqui com até 153 cavalos.
Hatch e sedã continuam em produção no país vizinho com atualização visual de meia vida, a última vista nos EUA, onde deixou de ser feito, tal como no México, Coreia do Sul e China. Assim, o Mercosul é seu lugar de descanso final…
O motivo é que não existe projeto da GM, seja local ou global, para um sucessor do Cruze e o sedã mais próximo e promissor é o Chevrolet Monza chinês, porém, este usa a plataforma K da GM-Patac e não a D2XX ou VSS-F.
Assim, o provável é que o Cruze continue pelos próximos três ou quatro anos até a próxima geração do Monza, que assumiria a plataforma VSS-F do Onix/Tracker, assim como o Equinox, tornando-se viável por aqui.
Na linha 2014, o Cruze LT ganhou volante e alavanca de câmbio em couro, enquanto o LTYZ recebeu a MyLink, que trazia extra de navegador GPS, câmera de ré e visualizador de fotos, além de tela de 7 polegadas.
Cruze 2014 – detalhes
O Cruze 2014 tinha uma carroceria volumosa e teto arredondado, com arcos que criavam um semicírculo e davam fluidez ao conjunto. A frente era simples, contendo faróis de projetor único com piscas e lanternas integradas.
A grade era ampla e recortava o capô, tendo uma barra na cor do carro com o logotipo da gravata dourada, além de frisos cromados que envolviam o conjunto. Dentro, a grelha era preta.
O para-choque tinha molduras pretas com faróis de neblina circulares, bem como uma grade inferior de desenho simplificado. No capô, vincos ressaltados ligavam a frente às colunas A.
Os retrovisores eram arredondados e tinham rebatimento elétrico na versão LTZ, enquanto os para-lamas dianteiros portavam repetidores de direção. Estes e as maçanetas eram pintados na cor da carroceria, mas cromados na LTZ.
Com cinco raios, as rodas de liga leve tinha aro 17 polegadas e traziam pneus 225/50 R17, tendo também freios a disco nas quatro rodas com freios ABS e EDB, além de controles de tração e estabilidade.
Na traseira, o Cruze 2014 tinha lanternas horizontais grandes e cortadas pela tampa do bagageiro, que sustentava a placa e a cobertura que ia acima, sendo esta na cor do carro na versão LT e cromada na LTZ.
O para-choque era liso e sem muitos vincos, tendo ainda sensor de estacionamento. No teto, apenas uma antena pouco pronunciada. No interior, o Cruze 2014 tinha um painel em duplo cockpit com acabamento diferenciado na LTZ.
Nesta, o painel tinha tonalidade cinza e bege na parte central, onde havia revestimento soft, que se estendia para as portas. Os bancos tinham um tom de cinza e eram revestidos em couro.
A parte central tinha acabamento metalizado, que envolvente parte dos difusores de ar e também dos comandos do ar condicionado automático, que tinha um detector de qualidade do ar. Esse revestimento contornava a alavanca de câmbio.
Em “Y”, um revestimento em preto brilhante dava uma cara moderna ao painel do Cruze 2014, que ainda tinha uma central multimídia MyLink com CD player, MP3, entrada USB, auxiliar e Bluetooth, além de comandos físicos abaixo.
O volante era em couro e multifuncional, incluindo piloto automático e computador de bordo, tendo ainda comandos de mídia e telefonia, além de acabamento cinza. A coluna de direção era ajustável em altura e profundidade.
O cluster era analógico com mostradores grandes e cromados para velocímetro e conta-giros, tendo ainda nível de combustível e temperatura da água. Eles possuíam ponteiros vermelhos e grafismos em Ice Blue.
Havia ainda computador de bordo na mesma tonalidade e luzes-espia. Sobre a cobertura do painel havia um porta-treco com tampa. Próximo ao volante, um discreto botão de partida se fazia presente.
A alavanca de câmbio tinha pomo em couro e cinza, tendo ainda opção de mudanças manuais de marcha, mas sem modo Sport. Ao lado, ficava o botão do controle de estabilidade.
O freio de estacionamento era manual e havia porta-copos ao lado. Já o porta-luvas era iluminado e tinha climatização, mas a parte inferior do carro era toda preta. As portas tinham couro e maçanetas cromadas.
Na entrada do motorista, havia ainda comando dos espelhos retrovisores que eram rebatíveis na LTZ, tendo comandos dos vidros elétricos one touch. O Cruze 2014 tinha banco do motorista com ajuste de altura.
Atrás, o banco era bipartido e tinha três apoios de cabeça, além de cintos de 3 pontos para todas, mais apoio de braço central com porta-copos. Luzes de leitura eram presença garantida na frente e atrás.
Os para-sois tinham espelhos iluminados e o retrovisor interno era eletrocrômico. Colunas e teto eram em cor clara, tendo ainda porta-objeto entre os bancos dianteiros e apoio de braço central.
No sistema de som, quatro alto-falantes e dois tweeters se faziam presentes. O Cruze LTZ tinha seis airbags, incluindo de cortina, enquanto o LT vinha com quatro, inclusive com os laterais. O banco traseiro tinha ainda Isofix.
Havia também desembaçador traseiro, faróis com acendimento automático e sensor de chuva, além de temporizador dos faróis e da iluminação interna. Com a chave eletrônica, podia-se adentrar o carro e dar partida.
Ela permitia ainda abrir a tampa do porta-malas, cujo volume era de 450 litros e ainda tinha estepe sob o assoalho, além de iluminação. Seu volume podia ser ampliado com o rebatimento do assento traseiro.
No Cruze LT, além de uma oferta menor de equipamento, o acabamento interno era monocromático com bancos em tecido preto, mas trazia os detalhes em cinza e metalizados. O volante em couro era todo preto também.
Nessa versão, a multimídia dava lugar a um display menor e em cor Ice Blue, contendo informações de mídia e computador, diferente do Cruze LTZ. Não havia câmera de ré como no topo de linha, mas tinha CD player e Bluetooth.
Cruze 2014 – versões
- Chevrolet Cruze LT 1.8 MT
- Chevrolet Cruze LT 1.8 AT
- Chevrolet Cruze LTZ 1.8 AT
Equipamentos
Chevrolet Cruze LT 1.8 MT – Motor 1.8 e transmissão manual de seis marchas, mais alavanca de câmbio em couro, volante em couro, vidros elétricos nas quatro portas, travamento central elétrico, retrovisores com ajustes elétricos, rodas de liga leve aro 17 polegadas, pneus 225/50 R17, alarme, sensor de estacionamento, direção elétrica, coluna de direção ajustável, ar condicionado automático com função de qualidade do ar, sistema de áudio com display digital, CD player e MP3, USB e auxiliar, Bluetooth, chave-canivete, volante multifuncional, piloto automático, sensor crepuscular, bancos do motorista com ajuste em altura, bancos em tecido, acabamento interno preto, detalhes metalizados, computador de bordo, cintos de segurança de 3 pontos, airbag duplo, airbags laterais, controle de tração, controle de estabilidade, assistente de partida em rampa, banco traseiro bipartido, sistema de som com 6 alto-falantes, temporizador dos faróis e luz interna, retrovisores com aquecimento, Isofix, desembaçador traseiro, abertura elétrica do porta-malas, apoio de cabeça para todos, apoios de braço dianteiro e traseiro, porta-copos dianteiros e traseiros, luzes de leitura dianteiras e traseiras, espelhos iluminados nos para-sois, porta-malas iluminado, faróis e lanterna de neblina, porta-luvas refriegrado e iluminado, retrovisor interno eletrocrômico, fonte 12V (2), entre outros.
Chevrolet Cruze LT 1.8 AT – Itesn acima, mais transmissão automática de seis marchas com mudanças manuais na alavanca de câmbio.
Chevrolet Cruze LTZ 1.8 AT – Itens acima, mais frisos cromados nos vidros, maçanetas com friso cromados, barra traseira cromada, retrovisores com rebatrimento elétrico, sensor de chuva, acabamento interno em dois tons, bancos em couro, multimídia MyLink com tela de 7 polegadas, navegador GPS, câmera de ré e visualizador de fotos, volante com detalhe cinza, airbags de cortina, chave presencial keyless e partida por botão.
O Cruze 2014 vinha nas cores Branco Summit (sólida), Cinza Rusk, Bege Desert, Azul Macaw, Verde Lotus, Preto Carbon Flash, Vermelho chilli, Cinza Mond e Prata Switchblade (metálicas).
Preços
- Chevrolet Cruze LT 1.8 MT – R$ 67.490
- Chevrolet Cruze LT 1.8 AT – R$ 72.490
- Chevrolet Cruze LTZ 1.8 AT – R$ 80.990
Cruze 2014 – motor
O Cruze 2014 era equipado com o motor A18XER, que fazia parte da Família 1 da GM, mas em sua terceira geração, sendo construído em alumínio e ferro fundido, tendo surgido em 2005. O projeto era da Daewoo, feito na Coreia do Sul.
Além disso, foi feito ainda no México, Hungria e China. Com duplo comando no cabeçote, tinha ambos com variação de abertura e fechamento, acionados por correia dentada. Ele apresentava um bloco de ferro fundido bem mais leve.
Outro ponto é que os pistões eram refrigerados a óleo e havia um sistema de conversão catalítica seletiva (SCR) para reduzir a emissão de gases nocivos, bem como coletor de admissão variável em volume.
Com 1.796 cm3, o volume padrão dos motores 1.8 da General Motors desde os anos 80, o Ecotec 1.8 Flex tinha sistema de partida a frio com pré-aquecimento, eliminando o tanquinho de gasolina para injeção em dias mais frios.
Entregando 140 cavalos na gasolina e 144 cavalos no etanol, ambos a 6.300 rpm, o A18XER tinha ainda 17,8 kgfm no derivado de petróleo e 18,9 kgfm no combustível vegetal, obtidos a 3.800 rpm.
Era um motor de aspiração natural com injeção eletrônica multiponto que tinha uma bom rendimento, sendo usado inclusive pelo Chevrolet Tracker, que era importado do México e compartilhava o estilo com o Cruze.
Da mesma forma, ambos usaram a transmissão automática GF6 de seis velocidades com conversor de torque e mudanças manuais na alavanca. O Cruze 2014 tinha ainda a opção de transmissão manual F17 de seis marchas.
A embreagem era de acionamento hidráulico com auto-ajuste da altura do pedal, facilitando a vida do motorista ao aciona-la. Era com esse configuração que o Chevrolet Cruze da primeira geração foi vendido aqui.
Na segunda, o motor passou a ser o 1.4 Turbo Ecotec, da mesma família, mas com injeção direta de combuistível – e ainda mais flex – além do turbocompressor com intercooler. O Tracker atualizado o usou também, mas o novo é o 1.2 Turbo.
Desempenho
- Chevrolet Cruze 1.8 MT – 10,7 segundos e 204 km/h
- Chevrolet Cruze 1.8 AT – 11,4 segundos e 197 km/h
Consumo
- Chevrolet Cruze 1.8 MT – 6,9/9,9 km/l e 9,0/12,9 km/l
- Chevrolet Cruze 1.8 AT – 6,6/9,1 km/l e 9,1/11,8 km/l
Cruze 2014 – manutenção e revisão
As revisões da Chevrolet são feitas a cada 10.000 km ou 12 meses, o que vier primeiro. O Cruze 2014 ainda consta no configurador de pós-venda da marca e tem custo de revisão até 60.000 km de R$ 4.204.
Trata-se de um valor acima da média do segmento, mas estamos tratando um carro com seis anos de uso e os custos tendem a aumentar, dependendo do produto. Apenas a primeira revisão tem um valor baixo.
Todas as demais giram em torno de R$ 800, o que é bem alto para um carro de 2014, mas ainda assim, pelo conteúdo que oferece e robustez mecânica, pode valer a pena se o estado estiver bom.
Nas revisões da GM, itens como lubrificante do motor, filtro de óleo, filtro de ar, filtro de combustível, velas, correia dentada, correia em V, fluído de freio, filtro de ar da cabine, entre outros.
Dentro dessas visitas, a rede Chevrolet inspeciona suspensão, direção, freios e elétrica, além de fazer serrviços extras, como pintura e funilaria, balanceamento e alinhamento, instalação de acessórios e higienização com lavagem geral.
Revisão | 10.000 km | 20.000 km | 30.000 km | 40.000 km | 50.000 km | 60.000 km | Total |
1.8 | R$ 380,00 | R$ 708,00 | R$ 680,00 | R$ 804,00 | R$ 816,00 | R$ 816,00 | R$ 4.204,00 |
Cruze 2014 – ficha técnica
Motor | 1.8 Ecotec |
Tipo | |
Número de cilindros | 4 em linha |
Cilindrada em cm3 | 1796 |
Válvulas | 16 |
Taxa de compressão | 10,5:1 |
Injeção eletrônica | Indireta Flex |
Potência máxima | 140/144 cv a 6.300 rpm (gasolina/etanol) |
Torque máximo | 17,8/18,9 kgfm a 3.800 rpm (gasolina/etanol) |
Transmissão | |
Tipo | Manual de 6 marchas ou automática de 6 marchas |
Tração | |
Tipo | Dianteira |
Direção | |
Tipo | Elétrica |
Freios | |
Tipo | Discos dianteiros e traseiros |
Suspensão | |
Dianteira | McPherson |
Traseira | Eixo de torção |
Rodas e Pneus | |
Rodas | Liga leve, aro 17 polegadas |
Pneus | 225/50 R17 |
Dimensões | |
Comprimento (mm) | 4.600 |
Largura (mm) | 1.790 |
Altura (mm) | 1.475 |
Entre eixos (mm) | 2.685 |
Capacidades | |
Porta-malas (L) | 450 |
Tanque de combustível (L) | 60 |
Carga (Kg) | 470 (MT) 468 (AT) |
Peso em ordem de marcha (Kg) | 1.399 (MT) 1.424 kg |
Coeficiente aerodinâmico (cx) | 0,29 |
Cruze 2014 – fotos
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