A Renault estuda a introdução de mais veículos utilitários em sua fábrica de Córdoba, na Argentina. No momento, a montadora francesa analisa de dois a três projetos que podem ser implementados na unidade de Santa Fé.
Para a operação no norte do país vizinho, a Renault chegou a considerar a produção da Master, possivelmente sua transferência ou ampliação da fabricação da van, que é individualmente a mais vendida no mercado nacional.
Dos projetos em estudo, a Renault considera mais uma picape – além da Alaskan – na operação argentina e essa poderia ser a sucessora da Oroch. Contudo, existe uma questão importante nessa história.
Conforme revelou Pablo Sibilla, presidente da Renault Argentina ao site local Autoblog, a operação brasileira ficará sujeita à produção de carros leves e médios, usando a plataforma modular CMF, enquanto a Argentina vai de veículos comerciais.
Se pensarmos em uma sucessora da Oroch, a primeira coisa a considerar é a plataforma CMF, visto que o Duster muda para ela em 2024 e ainda mais se a mesma crescer ao ponto de chegar a 5 metros de comprimento, usando obrigatoriamente a CMF-B ou C para isso, entrando em conflito Fiat Toro, Ford Maverick e VW Tarok. Isso sem contar que Sibilla indicou o não uso da mesma na Argentina.
Aí é que a coisa fica estranha, pois, usar a plataforma B0 não seria interessante, visto que a própria Renault-Nissan já está querendo tira-la do foco para os próximos anos.
Então, existem duas possibilidades. A primeira seria de fato uma sucessora da Oroch com base na B0, mas com linha de produção única mesclada com a Kangoo (Dokker) e sua plataforma M0. Entretanto, Duster e Oroch compartilham muita coisa e mudar apenas uma para a Argentina não parece viável em termos de custo.
A outra é mais interessante e elimina a primeira. Sibilla indicou a importância do mercado argentino com 50% de mix para as picapes, diferente da Europa com 3%. Isso poderia levar ao atendimento de vários mercados órfãos da operação de Barcelona, que se encerrará.
Como a Alaskan já atua no segmento médio, o que a Renault teria a oferecer? A resposta poderia vir dos EUA. Já presente no país vizinho, a F-150 da Ford tem a companhia da RAM 1500 e logo mais da Chevrolet Silverado 1500. Uma picape grande?
Parece muito estranho afirmar isso, mas se analisarmos a penetração da Renault no mais importante mercado de picapes da América Latina, faria sentido uma Renault Tennessee.
E esse nome? Ele pertence à Renault. Mas, de onde sairia a base? A Nissan Titan, que é produzida nos EUA, mas em uma variante da classe das “1500”, usando um seis em linha diesel da Cummins, que fornece o V8 5.0 da Titan.
Obviamente, uma Renault Tennessee não se limitaria ao mercado argentino dado seu potencial, especialmente em mercado latinos já acostumados com essa classe de picape, incluindo aí o México.
Se a sinergia for a mesma de Alaskan/Frontier, então a Tennessee seria muito parecida com a Titan. Alvos? Além da América Latina e África, a Austrália seria um destino interessante.
Uma vez, o designer da Renault François Lebionne, confessou o desejo de desenhar uma picape grande e explicou, após afirmar que o campo para a Renault era limitado: “Mas, como designer, adoraria desenhar uma pick-up, especialmente uma grande, é um sonho antigo dos designers europeus. Não os vemos nas ruas, os designers adoram trabalhar em algo a que normalmente não são expostos. ”
Se, porventura, existir uma Tennessee algum dia, já imaginamos quem será o pai… O que você acha disso?
[Fonte: Autoblog/Cars Guide]
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