sexta-feira, 23 de outubro de 2020

CrossFox 2012: detalhes, versões, motor, desempenho, consumo, fotos

CrossFox 2012: detalhes, versões, motor, desempenho, consumo, fotos

O CrossFox 2012 já estava atualizado visualmente pela primeira vez, tendo substituído o visual original de 2003, mantendo suas principais características de aventureiro urbano descolado e um dos produtos mais famosos da VW.

Com visual jovem o CrossFox tinha a missão de buscar clientes que queriam sair do comum com um produto de estilo mais chamativo, mas que tivesse uma configuração que pudesse enfrentar melhor estradas de terra e acessos mais difíceis.

Aderindo à moda que fora criada pela perua Fiat Palio Weekend em 1999 com sua linha Adventure, o CrossFox se baseou da mesma forma na versão regular, no caso o Volkswagen Fox. Altinho por natureza, teve mudanças importantes.

Tendo suspensão elevada e pneus de uso misto, o hatch aventureiro da Volkswagen empregava rodas mais chamativas, grandes faróis de neblina com função de milha incorporados e barras longitudinais no teto.

Para compor o visual, o CrossFox vinha ainda com faixas laterais e o “obrigatório” estepe na tampa do porta-malas, algo que remete ao antepassado original de todos, o Jeep Willys.

Contudo, o aventureiro fabricado em São José dos Pinhais tinha também faróis com máscara negra, lanternas claras e grade diferenciada, além de acabamento personalizado, especialmente nos assentos.

Por ser um carro compacto, o CrossFox 2012 sofria com o porta-malas pequeno, apesar de ter o estepe na parte externa do veículo. Bem espaçoso em altura e com distância razoável no banco traseiro, o hatch era quase uma minivan aventureira.

Tendo posição de dirigir elevada, vindo com gaveta sob o banco e painel novo que se inspirara no Golf V, que nem tivemos aqui. O volante de Passat, o som 2din embutido e o cluster de design atraente, chamavam atenção.

Vinha ainda com alavanca de câmbio diferenciada e pedais esportivos, ajudando a compor o pacote do produto que, no entanto, tinha uma profusão de opcionais que só encareciam o produto.

A estratégia da VW era simples: oferecer preço baixo, mas vender um carro mais caro com equipamentos essenciais, tais como volante multifuncional, rádio e temporizador do limpador do para-brisa, por exemplo.

Era a terrível política dos opcionais, que ainda impera na VW, assim como na Fiat e Chevrolet, gerando um custo maior para o cliente dispor de itens que poderiam bem ser de série pelo valor alto pago por estes veículos depenados na fábrica.

Com a melhora de renda e maior exigência dos consumidores, produtos como o CrossFox perderam apelo para o SUVs, que passam uma imagem mais respeitável, embora seja visual apenas. Vários incorrem no erro dos opcionais.

Para o CrossFox 2012, contudo, ele conseguia lidar bem com isso e teve boa aceitação desde o começo. Para movê-lo, a VW manteve o propulsor 1.6 da família EA111 com até 104 cavalos e bom torque em baixíssima rotação.

Com o igualmente bom câmbio MQ200, o aventureiro do dia a dia tinha ainda opção automatizada, desenvolvida pela Magneti Marelli, usando a mesma caixa, mas com atuador eletro-mecânico.

Ao contrário de Gol e Voyage, o Fox nunca usou câmbio automático e logo deve sair de cena sem ele. O automatizado da versão I-Motion saiu de linha em 2018.

Robusto, o CrossFox tinha suspensão dianteira McPherson e traseira por eixo de torção, mas não tinha recursos como bloqueio eletrônico do diferencial, por exemplo, o chamado XDS, uma vez que o Fox nunca recebera controle de tração.

Nascido em 2003 como um projeto brasileiro, que havia sido rejeitado pela matriz e teve de ser desenvolvido em segredo até ser apresentado à matriz, o Fox e seu irmão CrossFox foram criações que colocaram o Brasil em evidência no mundo.

Na Europa, por exemplo, a matriz em Wolfsburg gostou tanto da ideia que o importou do Brasil como VW Lupo, tendo inclusive motor 1.4, o mesmo usado pela Kombi. Também influenciou no desenvolvimento do Golf Plus.

Este hatch médio “altinho” existiu apenas na Europa e evoluiu para o Golf Sportvan, que não sobreviveu à oitava geração do best seller da marca. O compacto teve três atualizações visuais importantes.

Do motor EA111 1.6 8V de 103 cavalos e menos torque até o EA211 1.6 16V com até 120 cavalos, com câmbio de seis marchas, o CrossFox foi bem-sucedido em sua missão, mas acabou sendo substituído pelo Fox Xtreme.

O futuro do Fox é deixar o mercado logo mais, devendo durar pelo menos mais dois anos antes da chegada do crossover que irá substtiuí-lo com Gol, Voyage e up!.

CrossFox 2012 – detalhes

CrossFox 2012: detalhes, versões, motor, desempenho, consumo, fotos

O CrossFox 2012 tinha faróis com máscara negra e elementos prateados dentro das lentes, que eram duplas e possuíam lanternas, além de piscas integrados. A grade era preta e tinha elementos da grelha em formato hexagonal.

Já o para-choque era inspirado no Gol Rallye, assim como na Saveiro Cross. Tinha enorme grade em estilo colmeia com acabamento preto e protetor inferior com acabamento cinza. Os faróis circulares empregavam facho de neblina e milha.

As saias de rodas possuíam molduras pretas, assim como as saias laterais com aplique cinza, acompanhadas de faixas decorativas com a raposa. Maçanetas e retrovisores eram na cor do carro, mas com repetidores de direção nestes.

Com colunas B pretas, o CrossFox 2012 tinha ainda barras longitudinais no teto com acabamento em cinza brilhante. As lanternas traseiras, porém, não eram escurecidas, mas havia defletor de ar na tampa do bagageiro e antena no teto.

O para-choque traseiro era exclusivo, pois, apresentava uma articulação camuflada no acabamento, que tinha moldura em cinza escuro, onde ficava o nome “CrossFox”. O protetor tinha base em preto e com moldura central em cinza escuro.

Havia ainda dois refletores com luzes de neblina, além de escape cromado. O estepe externo tinha sistema de travamento elétrico do suporte e da tampa, assim como parafusos antifurto para o pneu sobressalente.

O dispositivo de articulação foi criado na primeira atualização do CrossFox, sendo mais versátil que o antigo, ainda bem rudimentar. Além disso, o aventureiro saía de fábrica com rodas de aço aro 15 polegadas com pneus 205/60 R15.

Estes pneus eram de uso misto e as rodas podiam ser de liga leve com acabamento em cinza escuro. Assim, era apresentado o CrossFox 2012 ao mercado nacional.

Por dentro, o modelo tinha um painel inspirado no Golf V e podia trazer volante multifuncional em couro com ajustes de altura e profundidade, aplique metálico no acabamento e comandos de mídia, telefonia e computador de bordo.

O cluster analógico apresentava velocímetro em escala enorme da VW, assim como conta-giros e marcadores internos de nível de combustível e temperatura da água, além de display com computador de bordo e hodômetros.

Com difusores de ar cromados, o CrossFox 2012 dispunha ainda de sistema de áudio 2din embutido e com display digital, que reproduzia a aproximação do veículo no sensor de estacionamento e vinha com CD player, Bluetooth e USB.

CrossFox 2012 – versões

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  • Volkswagen CrossFox 1.6
  • Volkswagen CrossFox 1.6 I-Motion

Equipamentos

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Volkswagen CrossFox 1.6 – Motor 1.6 e transmissão manual de cinco marchas, mais direção hidráulica, rodas de aço aro 15 polegadas, pneus 205/60 R15, para-choque com protetores pretos, airbag duplo, freios com ABS e EDB, estepe externo, lavador e limpador do vidro traseiro, desembaçador traseiro, para-brisa degradê, alarme com imobilizador eletrônico, faróis duplos com máscara negra, saias laterais, defletor de ar traseiro, barras longitudinais no teto, computador de bordo, vidros elétricos nas quatro portas, travamento central elétrico, preparação para som com quatro alto-falantes e dois tweeters, faróis de neblina/milha, retrovisores externos com ajustes elétricos, chave-canivete com telecomando, cintos de segurança de 3 pontos laterais, subabdominal central, apoios de cabeça para todos, faixas laterais decorativas, saias de rodas, cluster com conta-giros, bancos com padronagem diferenciada, banco do motorista com ajuste em altura, volante com aplique metálico, gaveta sob o banco, banco traseiro bipartido, alças no teto, retrovisor interno dia e noite, para-sois com espelhos iluminados, fonte 12V, portas com acabamento em tecido, maçanetas personalizadas, retrovisores e maçanetas na cor do carro, limpador do para-brisa aerodinâmico, retrovisores externos com repetidores de direção, função tilt down no espelho retrovisor direito, porta-malas iluminado, entre outros.

Opcionais: ar condicionado, rodas de liga leve aro 15 polegadas com acabamento escurecido, pintura metálica, rádio com CD player/USB/Bluetooth/iPod, volante multifuncional com acabamento em couro, sensor de chuva, sensor crepuscular, rádio com USB/Bluetooth, temporizador do limpador do para-brisa, acabamento interno em couro nas portas e bancos, sensor de estacionamento traseiro, retrovisor interno eletrocrômico, bancos traseiro corrediço, teto solar elétrico, temporizador dos faróis e luz interna, coluna de direção ajustável em altura e profundidade, entre outros.

Volkswagen CrossFox 1.6 I-Motion – Itens de série acima e opcionais, mais transmissão automatizada ASG com mudanças manuais e modo Sport.

Preços

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  • Volkswagen CrossFox 1.6 – R$ 51.100
  • Volkswagen CrossFox 1.6 I-Motion – R$ 53.880

CrossFox 2012 – motor

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O CrossFox 2012 tinha o motor EA111 1.6 8V que ainda é fabricado em São Carlos, interior de São Paulo. O propulsor é conhecido por seu alto torque em baixa rotação, além de economia e desempenho.

Embora o EA111 tenha chegado ao Brasil em 1997, na realidade, essa série de motores de três e quatro cilindros da VW surgiu em 1974, na Audi, sendo feita para os modelos Audi 50 e VW Polo.

Com até 1.6 litro, essa linha de propulsores tem porte menor e mais leve em relação aos EA113 e EA827, tendo também bloco em ferro fundido e cabeçote de alumínio, porém, este era de fluxo cruzado, diferente dos demais.

Seu porte menor foi inicialmente aplicado nos carros pequenos da Volkswagen, mas a partir do nível do Golf, os maioresm tomavam lugar, especialmente o clássico 1.8 8V de 75 ou 90 cavalos, na Alemanha.

Assim, em 1997, o Gol passou a utilizar o 1.0 MI como alternativa ao AE-1600 (CHT da Ford) e depois vieram as demais variantes, que chegaram a 1.6 litro. Por aqui, a VW produziu o EA111 1.0 8V/16V, 1.0 16V Turbo, 1.4 8V e 1.6 8V.

É a mais importante série de motores da VW no Brasil após a família AP, que substituiu a MD em 1984. Como sucessora, a série EA111 tem atualmente o 1.0 12V, 1.0 TSI, 1.4 TSI e 1.6 16V, que equipam quase todos os carros da marca.

Basicamente com um comando de válvulas sem variador de abertura e fechamento, acionado por correia dentada, o propulsor tem ainda essa mesma correia para acionar um comando paralelo para bomba de óleo e outras funcionalidades.

Tendo injeção eletrônica e já passado pela atualização “VHT”, onde ganhou bielas mais longas e outras modificações que lhe fizeram ser mais eficiência em consumo  e com funcionamento mais linear.

Nesse caso, o torque máximo caiu de 3.000 rpm para 2.500 rpm, melhorando muito a resposta do propulsor em regimes mais baixos e seguindo a linha, por exemplo, do contemporâneo 2.0 8V da família EA827, que chegava a 2.250 rpm.

Assim, o EA111 1.6 8V “VHT” entregava 101 cavalos na gasolina e 104 cavalos no álcool, ambos a 5.250 rpm. Já o torque era de 15,4 kgfm no derivado de petróleo e 15,6 kgfm no combustível vegetal, ambos a 2.500 rpm.

Com inejção eletrônica multiponto e sistema flex com tanquinho de gasolina no cofre, para partida a frio no álcool em dias de baixa temperatura, o 1.6 8V tinha ainda o câmbio MQ200 de cinco marchas, feito na Argentina.

Com engates macios, curtos e precisos, a transmissão era ainda oferecida com o sistema automatizado ASG da Magneti Marelli, com atuador eletro-mecânico para acionamento da embreagem e do cursor de marchas na caixa.

Fazendo o monitoramento do movimento do pedal de acelerador, velocidade do veículo, rotação do motor e outros dados de desempenho e operação, o sistema eletrônica fazia o trabalho de uma caixa automática, porém, não totalmente.

O trabalho de mover platô e disco ao mesmo tempo em que cortava a aceleração, criava um “vazio” entre as trocas que incomodava muita gente. Com modo Sport e mudanças manuais efetuadas na alavanca, era chamado I-Motion.

Alguns anos depois, surgiria a opção de trocas manuais em paddle shifts que, ao contrário de alguns carros automático com esse dispositivo de pouco ou nenhum uso, no automatizado de fazia necessário para realmente obter desempenho.

Desempenho

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  • Volkswagen CrossFox 1.6 MT – 11,0 segundos e 175 km/h
  • Volkswagen CrossFox 1.6 AMT – 11,3 segundos e 173 km/h

Consumo

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  • Volkswagen CrossFox 1.6 MT – 6,0/7,7 km/l e 8,9/11,4 km/l
  • Volkswagen CrossFox 1.6 AMT – 6,0/8,0 km/l e 8,0/11,0 km/l

CrossFox 2012 – manutenção e revisão

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O pós-venda da Volkswagen atualmente não contempla o CrossFox 2012 com preços tabelados em seu site, sendo assim necessário consultar a rede de concessionários.

Na época, a gaarntia da VW já era de 3 anos e sem limite de quilometragem, porém, a revisão era feita a cada 6 meses e não 12 meses como nas outras marcas, quando se tratava de manutenção por tempo e não quilometragem.

Neste caso, continuava valendo os 10.000 km, como é o padrão na maioria das marcas. O serviço consiste na substituição de óleo lubrificante e seu filtro, velas de ignição, elemento do filtro de ar e fluído de freio.

Filtro de ar da cabine, correia em V, correia dentada e fluído da direção hidráulica são trocados bem mais a frente. Há inspeção de parte elétrica, mecânica, suspensão, freios e direção.

A rede VW tem ainda capacidade para funilaria, pintura, instalação de acessórios, higienização de interior, limpeza oxi-sanitária para o ar condicionado, alinhamento e balanceamento, lavagem completa, entre outros.

CrossFox 2012 – ficha técnica

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Motor 1.6
Tipo
Número de cilindros 4 em linha
Cilindrada em cm3 1596
Válvulas 8
Taxa de compressão 12,1:1
Injeção eletrônica Indireta Flex
Potência máxima 101/104 cv a 5.250 rpm (gasolina/etanol)
Torque máximo 15,4/15,6 kgfm a 2.500 rpm (gasolina/etanol)
Transmissão
Tipo Manual de 5 marchas ou automatizado de 5 marchas
Tração
Tipo Dianteira
Direção
Tipo Hidráulica
Freios
Tipo Discos dianteiros e tambores traseiros
Suspensão
Dianteira McPherson
Traseira Eixo de torção
Rodas e Pneus
Rodas Liga leve, aro 15 polegadas
Pneus 205/60 R15
Dimensões
Comprimento (mm) 4.034
Largura (mm) 1.631
Altura (mm) 1.667
Entre eixos (mm) 2.467
Capacidades
Porta-malas (L) 260
Tanque de combustível (L) 50
Carga (Kg) 440
Peso em ordem de marcha (Kg) 1.130
Coeficiente aerodinâmico (cx) 0,37

CrossFox 2012 – fotos

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