“Meu carro, meu mundo”. Para alguns, pode ser isso mesmo. Contudo, após a Covid-19, até mesmo a atmosfera no interior do automóvel pode ser incluída nessa afirmação. É nisso que os designers de várias marcas estão trabalhando agora, na sensação de segurança e, de fato, na qualidade do ar que se respira no habitáculo dos veículos.
Marcas de luxo, tais como Jaguar Land Rover, BMW, Mercedes-Benz, Tesla, Bentley e Rolls-Royce, por exemplo, já estão trabalhando – algumas delas já na quarentena – em tecnologias que possibilitem eliminar quase que totalmente as impurezas do ar exterior dentro dos carros.
Entretanto, isso é apenas um dos movimentos que os fabricantes estão fazendo na busca do bem-estar a bordo de seus carros. Antes da purificação do ar, um trabalho maior está sendo feito não para garantir maior saúde física dos clientes, mas saúde mental.
O motivo é que essas e outras marcas de carros já possuem ou estão em vias de obter sistemas filtrantes mais eficientes. A história não é nova, iniciando em 1989 com a Mercedes. Contudo, o problema gerado pela Covid-19 passa do físico para o psicológico. O consumidor vai buscar carros mais seguros em todos os sentidos.
Esse efeito do coronavírus já é visto na China, onde a busca por carros com sistemas de filtragem de ar aumentou muito, mas também por automóveis que sejam mais seguros no sentido amplo da palavra, tanto em limpeza interna, como em linhas discretas e em segurança ativa e passiva.
O termo de contaminação a bordo dos carros também não é algo novo, pelo menos não no Oriente. Lá, marcas como Volvo, Hyundai e Nissan, há anos vêm comercializando carros com purificadores de ar a bordo, alguns até como argumento de compra, devido ao temor constante dos habitantes daquela região com gripes cada vez mais poderosas.
Muitas marcas agora trabalham em ambientes mais relaxantes para retirar parte do estresse dos clientes no dia a dia, aplicando iluminação com variação de cores de acordo com a condução ou mesmo o estado emocional do motorista.
Também introduzem fragrâncias que reproduzem locais sossegados, eliminação de ruídos externos, sons ambientes tranquilizantes e massagens que deixam os ocupantes mais calmos. Até mesmo a discrição é trabalhada por algumas marcas, a fim de evitar maior exposição do veículo e seus ocupantes.
Nessa busca por mais segurança, até a blindagem é considera em muitos casos, especialmente para mercados como Brasil, México e Rússia. Quanto ao coronavírus, os fabricantes continuam investimento em sistemas ainda mais eficientes. A Tesla diz que o dispositivo a bordo de seus modelos mais luxuosos pode tornar a poluição no interior “indetectável”.
Filtros de pólen mais eficientes, carvão ativo e até algas, estão sendo considerados em aplicações mais amplas, mas os purificadores que analisam o nível de contaminação a bordo, regulando a entrada de bactérias, gases e partículas nocivas deverão ganhar mais espaço nos automóveis daqui em diante.
[Fonte: Economic Times]
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