Desde janeiro, os preços da gasolina nas refinarias caiu 50%, contudo, a redução nas bombas dos postos de combustíveis foi bem menor nesse período. A média em alguns estados foi de 10% na hora de abastecer.
No Distrito Federal, por exemplo, o litro chega a ser vendido por R$ 4,95, enquanto em Porto Alegre está em R$ 4,16, o valor médio. Já em Natal, os postos começam a vende-la por menos de R$ 4,00.
Segundo o presidente Jair Bolsonaro, o preço da gasolina nas refinarias é de apenas R$ 0,91 (R$ 1,45 para o diesel). Em algumas regiões, as distribuidoras cobram R$ 0,95 o litro.
Em São Paulo, o preço médio era de R$ 3,932 até o dia 18 de abril, segundo a ANP. No Rio, o mesmo era de R$ 4,615. Por conta da queda do preço do barril do petróleo no mercado internacional, a Petrobrás já reduziu várias vezes o valor dos combustíveis. Mesmo assim, os cortes não chegaram de forma consistente ao consumidor.
A cotação do barril de petróleo no mercado internacional é de US$ 21,66 ou R$ 123,92. O valor está em um dos menores níveis há muitos anos, devido ao coronavírus.
A pandemia interrompeu o consumo nos principais mercados e preencheu quase que totalmente as reservas nacionais dos EUA, por exemplo. No mercado americano, a cotação do barril está agora em US$ 16,90, tendo leve alta.
O produto do Texas chegou a fechar em -US$ 40 nessa semana, entrando em colapso. De volta aos Brasil, ainda que o petróleo esteja extremamente barato, a baixa demanda também não provoca um desconto natural para atrair compradores.
Em São Paulo e Minas Gerais, o etanol está 26% mais barato nas usinas, em virtude da redução no consumo, da nova safra de cana-de-açúcar e da baixa nos preços da gasolina.
Entretanto, apenas nestes estados, mais Goiás e Mato Grosso, o combustível vegetal ainda é vantajoso, estando abaixo de 70% do valor da gasolina. A explicação para a manutenção dos preços de antes da crise é que os postos estão com estoques grandes de combustíveis.
Os proprietários alegam que compraram os produtos ainda com a cotação antiga. Com queda em torno de 70% no movimento, os estabelecimentos deverão ter um impacto de 50% no faturamento, o que impede uma redução de preços nas bombas.
Nessa situação, fica um impasse entre gasolina mais barata saindo das refinarias e um preço mantido alto nos postos de combustíveis.
Com o fim da quarentena e retorno gradual em alguns estados, a tendência (teórica) é que esses estoques sejam diluídos e os preços caíam nas bombas. Será? Vamos esperar para ver.
[Fontes: NSC Total/CB/Folha/ZH/G1/BR Investing/ANP]
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