terça-feira, 11 de junho de 2019

Principais vantagens do cooperativismo e sua importância para a agricultura

Falar em cooperativismo é contar uma história de sucesso. Com um papel fundamental na economia brasileira, esse modelo de negócio já representa quase 50% do Produto Interno Bruto (PIB) agrícola do País. Esse dado já evidencia sua importância, mas ainda existem outras vantagens a abordar.

Uma cooperativa é formada por produtores rurais e pequenos agricultores, que se reúnem em uma associação autônoma. O objetivo é unir esforços e compartilhar vitórias na venda de produtos, compra de insumos e capacitação.

É por isso que existem mais de 1.600 cooperativas em atividade no Brasil. Elas contam com mais de 1 milhão de associados e geram 198 mil empregos. Além disso, 48% da produção no campo passa por alguma das unidades e são exportados $ 6,16 bilhões — resultado de 2017, o último divulgado.

Devido à importância desse contexto, vamos tratar do cooperativismo e sua relevância para a agricultura e o Brasil. Saiba mais!

As vantagens do cooperativismo e a sua importância para agricultura

A cooperativa é uma empresa de propriedade e interesses coletivos. Ela é gerida por todos os membros, que têm como princípios:

  • solidariedade;
  • ajuda mútua;
  • participação democrática;
  • responsabilidade compartilhada sob a associação.

Devido a esses critérios, os participantes dividem responsabilidades e lucros. O objetivo é atender ao mercado consumidor de maneira mais fácil, negociar melhores condições para a compra de insumos e fornecer vazão à colheita dos produtores que integram a cooperativa.

Para o Brasil, a importância desse sistema é enorme. Conforme os dados apresentados, a representatividade é grande e permite aos pequenos produtores terem mais poder de negociação. Além disso, há outras vantagens relevantes, como as que citamos a seguir.

Inclusão de produtores

Os produtores rurais podem se tornar cooperados, qualquer que seja seu tamanho e sistema de produção. Com isso, há geração de valor para os participantes do sistema, já que eles podem aumentar sua produção e até diversificar o serviço.

Coordenação horizontal da cadeia produtiva

Os participantes do sistema têm o mesmo nível de poder e nenhum deles tem uma hierarquia superior. Com isso, o trabalho realizado é colaborativo, em vez de ser focado na competição.

Geração e distribuição de renda de forma equitativa

A distribuição de resultados é feita de forma equivalente, o que faz o cooperativismo ser uma ferramenta importante para a promoção do desenvolvimento humano e econômico da região. Ao mesmo tempo, gera emprego e renda para outras pessoas, que se beneficiam de maneira indireta.

Prestação de serviços

Um dos principais objetivos das cooperativas é a prestação de serviços. A contratação ajuda a fortalecer o sistema e sua estruturação. Alguns exemplos de trabalhos a serem executados são o beneficiamento de plantas e a pasteurização de leite. Com isso, há mais qualidade do produto e a confiabilidade do modelo de negócio é assegurada.

Acesso a novas tecnologias aos cooperados

Os participantes da cooperativa têm mais acesso à informação, inovação, tecnologia e serviços de extensão agrária. Isso acontece porque novas ferramentas e softwares são desenvolvidos, com o objetivo de solucionar os problemas dos produtores. Esse é o caso de soluções que rastreiam o produto, reduzem os custos e automatizam as tarefas.

Todas essas vantagens são relevantes para manter o cooperativismo em alta. No entanto, elas dependem de forma direta das associações, que são o veículo pelo qual os produtores conseguem colocar suas ideias e trabalhos em prática. Portanto, elas têm uma importância significativa para a agricultura.

A importância das cooperativas para os produtores e para a agricultura

A primeira cooperativa do Brasil foi fundada em 1847 no Paraná. O modelo de negócio ganhou força, porém, somente a partir da década de 1960 com iniciativas em Minas Gerais. O objetivo da época foi eliminar os intermediários da produção, ou seja, os estrangeiros, que comercializavam o café brasileiro.

Desde a criação das cooperativas em solo mineiro, a situação mudou e elas se tornaram essenciais na execução de atividades agrícolas básicas, como compra de sementes e insumos, armazenamento da produção, industrialização e venda para o mercado. Por isso, muitas delas contam com profissionais especialistas, como técnicos, agrônomos e veterinários, que dão suporte aos produtores.

Para eles, a principal vantagem é ter mais segurança na relação entre trabalhadores e proprietários. Os primeiros têm seus direitos assegurados, como assistência médica e 13º salário. Aos pequenos, ainda existe o benefício do ganho de escala. Com maior poder de negociação, as oportunidades no mercado se elevam e há uma chance maior de fechar negócios.

Para a agricultura, a vantagem do cooperativismo é o fortalecimento do sistema, que gera emprego e renda para milhões de famílias. A economia regional também é fortalecida e um número maior de exportações é garantido para o País.

O funcionamento das cooperativas

As cooperativas rurais são centrais de beneficiamento e distribuição de produtos ou depósitos para armazenamento. O recebimento é feito de diversas formas, como descascamento de grãos e envasamento. Com o acúmulo, a produção é repassada ao mercado em volume. Com isso, os preços são mais atrativos para o consumidor final e também para o cooperado.

Do mesmo modo, a compra de fertilizantes, sementes e maquinário é feita em escala — o que leva a melhores negociações e à queda de preços dos materiais. Durante o trabalho, os cooperados ainda compartilham experiências e têm a possibilidade de criar redes de negócios internas.

Um exemplo é o produtor de milho, que é capaz de fechar uma parceria com suinocultores para fornecer sua produção de maneira direta e aumentar sua margem de lucro. Assim, tanto a garantia de escoamento da produção quanto a redução dos intermediários trazem benefícios significativos, que fazem todo o sistema se consolidar ainda mais.

Em resumo, o cooperativismo só tem a crescer, porque está em ampla expansão. Apesar de abranger um número maior de pequenos, cada vez mais tende a atrair médios e até grandes produtores devido a todos os benefícios que oferece aos seus integrantes.

Por conta desses fatores, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) já destacou as cooperativas como essenciais para a redução da pobreza e segurança alimentar.

E você, também faz parte do cooperativismo? Se achou esse assunto interessante, compartilhe este post em suas redes sociais e mostre para outras pessoas a importância desse sistema!

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