O Renault Triber estreia na Índia como uma opção familiar acima do Kwid e abaixo do Sandero. O novo compacto da marca francesa não é chamado de SUV e muito menos de minivan, mas poderíamos até classifica-lo como um crossover. Mesmo com menos de 4,00 m, este indiano tem espaço para sete pessoas.
Buscando um lugar ao sol num segmento que paga pouco imposto e domina o mercado indiano, o Renault Triber fez a engenharia da montadora trabalhar para obter um carro que se encaixasse nesse porte e ainda levasse uma família grande dentro.
Com 3,998 m de comprimento, 1,739 m de largura, 1,662 m de altura e espantosos 2,636 m de entre eixos, o Renault Triber consegue essa façanha e ainda com bom porta-malas. Com apenas cinco pessoas, ele dispõe de 625 litros no bagageiro, que é reduzido para 320 com seis pessoas e 84 com todo mundo dentro.
Começando simples, o Renault Triber surge com o motor 1.0 SCe de três cilindros usado aqui no Brasil, mas apenas com gasolina e entregando 72 cavalos e 9,8 kgfm, pouco mais do que o Kwid oferece aqui com etanol. O câmbio é manual de cinco marchas, mas já podemos esperar por versões mais potentes, incluindo com diesel.
Visualmente, o Renault Triber é outro carro em relação ao Kwid. Sendo feito sobre a plataforma modular CMF-A, o crossover tem capô curto e alto, chamando atenção para os faróis com projetores e lentes triplas, bem como grade grande e integrado ao conjunto ótico. O para-choque tem molduras laterais com luzes diurnas em LED e protetor central cinza.
As rodas de liga leve aro 15 polegadas têm design exclusivo e pneus 185/65 R15. Com linha de cintura alta, o Renault Triber tem portas traseiras maiores e colunas C com base elevada, criando uma identidade própria para este pequeno. O teto é mais elevado na parte traseira e vem com as barras longitudinais.
Na traseira, o Triber exibe um conjunto pouco ousado, com lanternas que parecem ter sido tiradas de um SUV maior e mais sóbrio. O nome do carro fica em destaque no meio da tampa. Essa traseira truncada ajuda a manter o bom volume interno e seu para-choque obrigatoriamente vem com o protetor centralizado.
Por dentro, o ambiente não tem nada do Kwid. É muito mais amplo e visualmente melhor. Com mescla interessante de cores, o Renault Triber tem painel alto com difusores de ar elevados. Possui dois porta-luvas e um cluster digital com display centralizado e mostrados gráficos laterais. O volante segue o novo padrão da marca e passa longe do pequenino, mas igualmente sem comandos.
A multimídia Easy Link vem com os obrigatórios Android Auto e Car Play, além de câmera de ré. O Triber chega a ter botão de partida e o acabamento geral possui até botões dos vidros mais modernos que os vistos na linha Sandero/Logan. A Renault deixou passar em mais de uma foto a opção automatizada Easy-R, que deve chegar logo por lá.
O console central é largo e entre os bancos, possui um porta-objetos, mas também um botão de ajuste de velocidade do ventilador traseiro, com difusores de ar nas colunas B e no teto para os ocupantes das segunda e terceira fileiras. O acesso atrás é facilitado pelos ajustes do banco do meio, que é bipartido. O habitáculo tem quatro airbags, sendo dois laterais.
E aqui? O Renault Triber tem um potencial além da Índia, especialmente na América do Sul, embora a marca declare que ele é exclusivo daquele mercado, onde diz que não há concorrentes em sua classe. Aqui, ele bateria de frente com EcoSport e WR-V, como ele fará por lá, onde deve encontrar também Venue e talvez o Seltos. O motor 1.6 SCe de até 118 cavalos com câmbio CVT seria um conjunto aceitável no Brasil, onde ficaria abaixo do Captur e do Novo Duster.
Renault Triber – Galeria de fotos
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