Juiz Parcial: prendeu o líder popular favorito na eleição de 2019 e como premiação ganhou o cargo de Ministro da (in)Justiça e a promessa de futura nomeação para STF!
Divulgado pelo Ipea, o relatório Visão Geral da Conjuntura aponta o PIB com crescimento de apenas 0,8% em 2019, um ritmo inferior aos 2% previstos pelo próprio instituto na versão anterior do documento, divulgada no fim de março. Tal revisão está em linha com o resultado aquém do esperado para o primeiro trimestre e com os primeiros indicadores do segundo trimestre. Eles indicam: não há sinal de recuperação.
A inflação se mantém elevada. O desemprego dispara. E o governo de extrema-direita é indiferente a isso. Fica inerte “com olhar de paisagem”, lutando por regime de capitalização e privatização para seus apoiadores mais enriquecerem!
Desempregados por um período longo têm menos chances de voltar ao mercado de trabalho e, quando conseguem se ocupar, recebem rendimento até 13,6% menor do que os desocupados de curta duração, aponta o Banco Central em box do Relatório Trimestral de Inflação.
Esses trabalhadores também têm maior probabilidade de voltar ao mercado exercendo atividades por conta própria ou domésticas, considerando as diferentes categorias de ocupação, com menor chance de retorno para a indústria e construção civil, quando levados em conta os diferentes ramos de atividade.
Apesar do aumento da participação dos desocupados de média e longa duração no total de desempregados – de 33,8% no primeiro trimestre de 2014 para 39% no primeiro trimestre de 2017, permanecendo relativamente estável até os primeiros meses de 2019 -, a desocupação de curta duração segue tendo maior peso para a dinâmica de inflação, avalia o BC no estudo.
No levantamento são considerados desocupados de curta duração quem procura emprego há menos de um ano. De média duração, de um a dois anos. E os desocupados de longa duração são aqueles em busca de trabalho há mais de dois anos.
Utilizando microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, os técnicos avaliam a taxa de transição dos três diferentes grupos da desocupação para a ocupação, na passagem de um trimestre a outro.
Entre o primeiro trimestre de 2012 e igual período de 2019, a taxa de transição foi de 36,7% entre desocupados de curta duração e de 20,4% entre os de longa. “A análise mostra que a taxa de transição para a ocupação diminui conforme aumenta a duração do desemprego”, observam o texto.
Mesmo entre quem consegue emprego, os desocupados de maior duração têm desvantagem. Em média, os rendimentos de entrada dos desocupados de média e longa duração foram, respectivamente, 7,4% e 13,6% mais baixos que os de curta duração no período analisado, aponta o BC.
O longo tempo fora da ocupação tende a dificultar a recolocação no mercado e, consequentemente, a reduzir o poder do trabalhador para negociar os rendimentos de entrada no mercado. Comparativamente aos desocupados de curta duração, os desocupados há mais tempo podem ter vínculo mais tênue à força de trabalho e, assim, maior propensão a aceitar rendimentos mais baixos ao ingressar na população ocupada.
Os destinos dos diferentes grupos no retorno à ocupação também são distintos, mostra a autoridade monetária. Desempregados de curto prazo têm maior chance de se tornarem empregados com ou sem carteira, enquanto os de longo prazo, trabalhadores por conta própria e domésticos.
Por ramo da atividade, à medida que aumenta a duração da desocupação, maior a chance de seu retorno à atividade ocorrer nos segmentos de comércio, serviços, administração pública ou serviços domésticos, e menor na indústria ou na construção civil.
Por características dos diferentes grupos, a proporção de homens recua conforme o tempo de desocupação aumenta: eles são 52,6% dos desempregados de curta duração, 44% dos de média e 35,9% dos de longa. Há mais pessoas responsáveis pela residência entre os desempregados de curto prazo (25,3%), do que de médio e longo prazos (20,5% e 21,8%, respectivamente), o que sugere que esse grupo tem incentivo para procurar ocupação de forma mais intensa.
Por nível de educação, a proporção de indivíduos com pelo menos o ensino médio concluído é um pouco maior entre os desocupados de média e longa durações. A menor escolaridade dos desocupados de curto prazo pode estar associada a uma maior rotatividade no trabalho e, consequentemente, a menores períodos contínuos na desocupação. Na distribuição por idade e cor ou raça não foram identificadas diferenças significativas entre os três grupos de desocupados.
O próprio período de desocupação possivelmente gera alguma obsolescência na capacidade de trabalho do indivíduo, além de contribuir para possível desalento em relação à busca por ocupação. Adicionalmente, a duração da desocupação pode ainda sugerir, ao potencial empregador, que o trabalhador não teria as atribuições requeridas para a vaga de trabalho.
Má Educação: acesso ao ensino promove senso crítico e crescimento econômico. Porém, o desmonte da Educação é promovido por bolsonaristas!
Roseli Loturco (Valor, 28/06/19) informa o estado da Educação brasileira sob ataque dos ignorantes ideológicos no MEC.
A educação é a variável mais importante para uma sociedade se desenvolver: gera justiça social, crescimento econômico, cuidados com o ambiente e senso crítico na hora do voto. Programas públicos de inclusão, como o Bolsa Família, são importantes até para levar as crianças à escola. Essas são conclusões de estudos comparativos de desenvolvimento humano, geração e concentração de riqueza entre os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), emergentes, asiáticos e da América Latina feitos pelo professor Naercio Menezes Filho, titular da Cátedra Ruth Cardoso do Insper e professor associado da Universidade de São Paulo.
“O problema é que a qualidade da educação no Brasil é péssima, especialmente nas escolas públicas. E se a educação só melhora para quem é rico, essa desigualdade só se acentua”, diz Menezes.
A péssima distribuição de renda mostra porque a classe média branca e gorda vai para as rua vestida de amarelo defender seus supostos “interesses de classe”: 50% das pessoas mais pobres na Europa ganham em média € 14 mil por ano, no Brasil não chegam a € 2,5 mil. Já a diferença entre 1% dos brasileiros mais ricos e 50% mais pobres é de 102 vezes enquanto na Europa é de 29 vezes, segundo dados de 2018.
“Isso nos leva a crer que o sucesso depende de onde você nasceu. É a loteria da vida”, diz o professor. Mas os números já foram piores. Em 1990, 25% das crianças de zero a nove anos no país eram classificadas como extremamente pobres. Em 2017, esse índice caiu para 5% por conta de programas como o Bolsa Família, Seguro Desemprego e Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Já na educação, políticas como o Programa Universidade para Todos (Prouni), Financiamento Estudantil (Fies) e de cotas raciais e sociais são consideradas a base para o progresso de inclusão no ensino superior. O percentual de adultos concluintes a universidade saltou de 6%, em 1991, para 17% em 2018. Em 1992, os negros saíram de uma representatividade de 1% nesse contexto, para 16,3% no ano passado. O que se refletiu em uma melhora do índice de Gini, usado para medir a desigualdade social, que caiu de 0,60, em 1995, para 0,52, em 2014.
O nível do aprendizado geral, no entanto, piorou. O que indica que o Brasil está garantindo mais acesso ao ensino, porém de baixa qualidade. Basta avaliar os resultados dos jovens de 15 anos no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), de 2015: os brasileiros ficaram atrás não só dos países desenvolvidos, mas também de seis vizinhos da América Latina – 70% pontuaram abaixo do nível 2, considerado como o mínimo.
A única forma de melhorar isso é criando igualdade de oportunidades. Tem que investir na primeira infância, mesmo antes de entrar na escola, dando habilidades vocacional, emocional e cognitiva.
O caso da cidade de Sobral, no Ceará, mostra essa fórmula de fato funcionar. Lá, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que era de 4 em 2005 saltou para 9,1 em 2017, passando as redes de ensino de São Paulo e se consolidando como o melhor do país. Como resultado, os indicadores sociais estão melhorando e a desigualdade diminuindo. Com política de valorização e formação continuada dos professores, o foco principal da cidade foi no desenvolvimento infantil.
Na escola de excelência se aplicam pedagogias de pertencimento e de nação. Por isso, nós brasileiros estamos frágeis nesses conceitos.
Mas como Sobral é uma das raras iniciativas se comparada à média do Brasil, a professora Ana Maria F. Almeida, titular em educação e desigualdade da faculdade de educação da Unicamp, acha que há um caminho longo a se percorrer para conhecer a desigualdade a fundo e enfrentar o problema. “Mesmo nos países ricos onde há as melhores notas, há uma constante que os compara aos países pobres. O maior ou o pior resultado da prova acompanha o nível socioeconômico dos alunos”.
Para ela, é preciso definir no Brasil o que é a escola, em que lugar de importância está e quem pode participar do processo de ensino. “É na escola que se aplicam pedagogias de pertencimento e de nação e nós estamos frágeis nesses conceitos.”
A educadora lembra que na década de 50, quando começou a segunda onda de expansão da universalização das escolas primárias na AL, Chile, Argentina e Uruguai saíram bem na frente de Brasil e Bolívia. “A universalização do ensino no Brasil não é conquista pequena e não pode ser desprezada. Mas os desafios são grandes.”
Para o coordenador de pesquisa e desenvolvimento da Unesco na Argentina, Nestor Lopez, os sistemas educativos da AL, além de não reduzirem as desigualdades, as aprofundam. “E há vários entraves, pois as escolas só querem lidar com o aluno ideal, não com o real”.
Lopez afirma os docentes não querem avaliar, muitas vezes, as crianças pelo que elas são, mas pelas expectativas que eles têm em relação a elas, o que considera um mecanismo claro de discriminação. Um exemplo de iniciativa para evitar isso é o Peru. Ele está reformulando sua educação secundária. Estão identificando quem são os alunos, em quais condições vivem, suas aspirações, para depois pensar na reforma a fazer. Isso é educação inclusiva.
Governo Ruim/Péssimo: Sociedade Dividida entre Bem-Informados e Quem Não Reconhece o Erro publicado primeiro em https://fernandonogueiracosta.wordpress.com
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