segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Peugeot 3008 2021 tem imagens reveladas antes da apresentação

Peugeot 3008 2021 tem imagens reveladas antes da apresentação

O Peugeot 3008 2021 terá seu visualmente bastante modificado na primeira atualização visual da nova geração. Imagens oficiais que surgiram na internet revelam completamente o SUV médio da PSA.

Nelas podemos ver os novos faróis de LED duplos com chanfro mais agressivo e luzes diurnas em LED bem verticalizadas, que descem até a base do para-choque.

A grade preta com elementos cromados e frisos escurecidos se funde com a carroceria, enquanto o para-choque apresenta molduras laterais que imitam entradas de ar e linhas mais aerodinâmicas.

No caso da traseira, ela não é mostrada, mas o interior revela algumas mudanças no já excelente acabamento do Peugeot 3008. Um revestimento em madeira pode ser visto no painel e nas portas.

Além disso, o cluster exibe grafismos 3D novos, enquanto a multimídia passa a dispor de tela de 10 polegadas. Os bancos em couro têm novo desenho.

O Peugeot 3008 2021 terá outras mudanças no visual, especialmente nas lanternas em LED. O SUV deverá ampliar a conectividade e também as opções híbridas.

Peugeot 3008 2021 tem imagens reveladas antes da apresentação

Um dos principais players da Peugeot utilitários esportivos, o 3008 sempre chamou atenção positivamente nesta segunda geração, que ficou com uma cara bem sofisticada em relação à anterior.

Contudo, é no conforto e na dinâmica de condução, que o 3008 se destaca. Em alguns aspectos, sua dirigibilidade lembra a do Tiguan com relação ao Golf, dando uma ideia de como é a atual geração do 308, não oferecido no Brasil.

Na Europa, o 3008 2021 deverá centrar suas versões no motor Puretech 1.2 de 110 ou 130 cavalos, bem como na nova variante de 156 cavalos.

O propulsor Puretech 1.6 (ex-THP) alcança agora 180 ou 225 cavalos, sendo mais empregado nas versões híbridas do SUV, que chega a 360 cavalos combinados na opção plug-in mais potente.

Construído sobre a plataforma modular EMP2, o Peugeot 3008 é fabricado também na China, ainda ajuda a complementar a gama da Peugeot., que chega a incluir o sedã topo de linha 508 L.

[Fonte: Cochespias]

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Mazda BT-50 ganha acessórios para o mercado australiano

Mazda BT-50 ganha acessórios para o mercado australiano

A picape média Mazda BT-50 2021 chegou ao mercado australiano, um dos mais significativos para a categoria. O modelo da marca japonesa desembarca no continente com uma série de acessórios.

Entre os itens destacados no pacote, está um para-choque robusto e feito de aço, que possui barras de impulsão e protetores estendidos para os faróis. Essa proteção extra ainda envolve a parte inferior, onde ficam os luzes diurnas em LED.

Um rack em forma de plataforma também é conhecido e pode levar muito equipamentos para os raids no deserto. O santantônio também é personalizado.

Sobre a Mazda BT-50, Vinesh Bhindi, diretor da Mazda Austrália, disse: “O segmento de veículos comerciais é de vital importância para a Mazda Austrália, e uma forte oferta de acessórios traz mais oportunidades de personalização para o cliente”.

Além disso, Bhinhi acrescentou: “Com o seu design moderno mas robusto e segurança líder na classe, o novíssimo Mazda BT-50 mudou o jogo, particularmente em termos de design e segurança. Com uma extensa gama de Acessórios Originais Mazda disponível desde o lançamento, o novo BT-50 pode ser adaptado para se adequar ao trabalho em questão, seja no trabalho ou no lazer”.

Mazda BT-50 ganha acessórios para o mercado australiano

Ainda com rodas de aro 18 polegadas e desenho esportivo, a BT-50 2021 apresenta ainda um design totalmente novo e próximo dos carros da marca.

Tendo largado a Ford Ranger, agora a picape da Mazda é associada com a Isuzu D-Max, incorporando o estilo Kodo e trazendo mais sofisticação e elegância ao segmento.

Equipada com motor diesel de quatro cilindros 3.0 de 190 cavalos e 45,7 de origem Isuzu, a BT-50 2021 tem transmissão manual ou automática, bem como tração 4×2 ou 4×4 com reduzida.

Produzida na Tailândia, a Mazda BT-50 ainda alcança alguns mercados na América Latina, mas seu foco é no Sudeste Asiático. Caso a Mazda um dia retorne ao Brasil, essa picape será uma opção apreciável.

[Fonte: Carscoops]

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Dom Pedro I – Mundo Educação

Dom Pedro I foi o líder do processo de independência do Brasil e o primeiro imperador de nosso país após a instalação da monarquia. Reinou de 1822 a 1831.
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Pedalada Cambial

Alex Ribeiro (Valor, 17/08/2020) informa: o Banco Central transferiu quase R$ 400 bilhões ao Tesouro. Há dois tipos de preocupação. Uma delas é, ao pedir tanto dinheiro, o Tesouro passa uma mensagem de enfrentar dificuldades maiores para rolar a dívida pública. Outro ponto é, ao limpar a maior parte das reservas de lucros do BC com as operações cambiais (sobretudo reservas internacionais), o governo dá um sinal de enfraquecimento das fronteiras entre as autoridades fiscal e monetária.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, consultou o Tribunal de Contas da União (TCU) para saber se, devido à pandemia, uma transferência de R$ 400 bilhões se enquadraria na exigência da Lei no 13.820, de 2019. Essas operações só poderiam ser feitas quando “severas restrições nas condições de liquidez” afetassem o financiamento do Tesouro.

Devido às dificuldades de rolagem da dívida, o Tesouro usou mais de R$ 200 bilhões da Conta Única para resgatar papéis vencidos nos últimos meses e para resgatar antecipadamente.

Quando pede mais R$ 400 bilhões, o objetivo do Tesouro parece ser mostrar aos mercados ter um colchão de liquidez muito grande para atravessar um longo período de incerteza, incluindo eventuais novos picos de estresse. Para evitar sancionar os altos juros pedidos pelo mercado, a estratégia do Tesouro também tem sido encurtar o prazo da dívida pública.

Anteriormente, o Tesouro havia feito cálculos de precisar de cerca de R$ 300 bilhões do BC. O valor tão alto pode ser interpretado como um sinal de que o Tesouro poderá enfrentar dificuldades maiores do que o esperado na rolagem da dívida mobiliária.

Outro especialista de O Mercado (ave!) vê com preocupação um possível enfraquecimento dos limites entre o BC e o Tesouro estabelecido pela Lei no 13.820. Até então, havia um sistema precário de troca de chumbo entre o Tesouro e o BC. O BC transferia automaticamente os lucros ao Tesouro, por meio de uma linha no seu balanço chamada de “equalização cambial”. E o Tesouro cobria prejuízos do Banco Central automaticamente pela emissão direta de títulos.

Essa troca de chumbo foi um dos fatores que alimentaram o aumento do estoque de operações compromissadas, o que significa uma parte relevante da dívida pública estar indiretamente sendo rolada pelo BC. A Lei no 13.820 acabou com essa distorção. A partir de agora, o BC acumula os ganhos cambiais em uma conta em seu balanço e, apenas em situações bem determinadas, pode transferir os recursos para o Tesouro. O pedido feito pelo Tesouro, porém, é como rapar boa parte do tacho de uma só vez. Havia R$ 528 bilhões em reservas de resultados cambiais.

É preciso avaliar qual o montante da reserva sobrará no balanço do BC. Será adequada para atravessar eventual volatilidade cambial nos próximos trimestres?

Fabio Graner e Murillo Camarotto (Valor, 27/08/2020) informam: o repasse de R$ 400 bilhões do Banco Central ao Tesouro será uma “pedalada cambial“. Esta é a avaliação do ex-diretor do BC e economista chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas. Na visão dele, só deveria ser repassado o resultado cambial efetivo, decorrente das vendas de dólares, e não toda a variação de valor das reservas, que pode ser revertida à frente e cujo prejuízo será coberto pelo Tesouro.

A leitura é compartilhada por integrantes do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Ministério Público de Contas. Este representou contra a operação. A visão prevalecente no TCU, contudo, é para o capitão a medida ter respaldo legal. Para a Dilma, não! Ele tem A Força (Armada)…

“O ganho cambial de reservas e swaps não é permanente, é contábil. Quando você vende o dólar físico no mercado à vista e converte em reais aí tem um ganho final. É como uma operação de ações. Aí sim o BC poderia repassar para o Tesouro”, explicou Freitas. “O ganho contábil é provisório, e você pega esse dinheiro para gastar mais, porque, embora seja só para pagar dívida, ele permite que sobre recursos para outras despesas primárias”, acrescentou.

Não há um problema de liquidez na economia brasileira, ao contrário, há sobra de recursos nos bancos. “O mercado está oversold [com sobra de recursos], tem muitas reservas e poucos títulos e isso está subindo cada vez mais”, afirma. “O problema não é de liquidez, os bancos têm muito dinheiro. O problema é fiscal, só fiscal.”

O dinheiro pode ser útil para o Tesouro, mas que o órgão não precisa ter receio de se financiar por causa dessa sobra de recursos no sistema bancário. “O dinheiro dorme nos bancos e eles têm de comprar títulos públicos”, afirmou.

Ele explica a “pedalada cambial” não é do mesmo gênero da praticada no governo Dilma Rousseff, quando bancos públicos, como BNDES e Caixa, acabaram financiando programas de governo. “A pedalada cambial é decorrente de um ganho cambial temporário. Só não será pedalada se o BC mandar seu ganho final. Tinha que esperar um pouco mais.”

No TCU, ao acompanhar a operação de transferência do lucro do BC, há uma dupla interpretação sobre o seu caráter legal. Auditores avaliam a transação configurar, sim, financiamento ao Tesouro, vedado, portanto, pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Argumentam, porém, que a transação está amparada em lei. O próprio TCU já tem acórdão atestando a regularidade da transferência.

Um dos principais golpistas, responsáveis pelo processo das pedaladas de Dilma no tribunal, o auditor Antônio Carlos Costa D’Ávila, hoje premiado com carguinho na Câmara dos Deputados, contesta a constitucionalidade da lei e foi voto vencido quando o plenário TCU autorizou os repasses, em 2011.

Ele também acha a transferência ser meramente contábil e só seria efetiva se o lucro cambial já tivesse sido transformado em reais, por meio da venda da moeda. Ex-colegas do TCU concordam conceitualmente, mas admitem a operação ser necessária do ponto de vista fiscal. Dificilmente poderia ser contestada. Afinal, dar um golpe na aliança entre a casta dos trabalhadores e a a casta dos sábios é mais fácil se comparado a dar um golpe na aliança entre a casta dos mercadores e a casta dos militares…

“Só se o Supremo Tribunal Federal reconhecesse a inconstitucionalidade da lei antes da transferência ser efetuada”, disse um auditor. Mesmo nesse cenário improvável, a transação estaria respaldada no Orçamento de Guerra, que flexibilizou algumas exigências da LRF.

Ainda assim, o procurador de contas Lucas Furtado entrou com uma representação solicitando ao TCU acompanhar a transferência com vistas a evitar uma nova “pedalada”. Ele argumenta, apesar dos inegáveis efeitos da pandemia, o governo tem ampliado os gastos com fins “eleitoreiros”. Isso deve ser considerado ao analisar as reais necessidades do Tesouro.

É preciso distinguir a parte contábil (patrimonial) da parte “realizada” do ganho das reservas. Na parte realizada, deveria efetivamente fazer a transferência para o Tesouro. É como uma privatização. Na parte patrimonial, é preciso zelar pelo motivo reclamado pelo BC por muito tempo: a parte contábil oscila muito. Por isso que foi criada a reserva de resultado do BC.

O envio de parte do ganho cambial efetivo já representaria ajuda importante ao Tesouro, porque neste ano já foram vendidos quase US$ 20 bilhões e, em 2019, mais de US$ 30 bilhões das reservas. O Tesouro tem feito a política de encurtamento da dívida, não tem aceitado rolar todo vencimento. Nesse processo, qualquer recurso ajuda e dá conforto para ele atuar.

Seria bom o BC efetivamente usar seu poder de atuação no mercado de títulos, adquirido neste ano com a pandemia, para atuar na parte longa da dívida pública, contendo a alta dos juros. O BC está demorando muito para atuar na parte longa da dívida. Ele tem muito mais poder de fogo e ao garantir liquidez influencia o juro longo, o que tem se chamado de ‘quase administração da dívida pública’.

Nesse quadro de incertezas, em um ano de bastante volatilidade, o mercado de câmbio ainda deve sofrer uma nova onda de compras de dólares pelos principais bancos do país. Com base nos dados mais recentes sobre o tamanho de suas carteiras no exterior, essas instituições ainda devem adquirir cerca de US$ 15 bilhões até o fim do ano para se adequar a novas regras de tributação e ajustar o tamanho do “overhedge”.

O overhedge representa uma proteção adicional mantida pelos bancos em suas carteiras por questões tributárias para contrabalançar suas alocações em ativos no exterior. Quando essas instituições mantêm aplicações em dólares lá fora, elas precisam também carregar posições contrárias ainda maiores no Brasil. Por isso, seria um hedge excedente com posições vendidas na moeda americana aqui.

No entanto, com as novas regras encabeçadas pelo Banco Central, o overhedge poderá ser reduzido pela metade neste ano e zerado em 2021. Isso resultaria em compras de dólares no Brasil, depreciação da moeda nacional e valorização das reservas cambiais contabilizada em reais. Esse ganho será transferido para o Tesouro Nacional.

Nos últimos meses, os bancos adquiriram volumes expressivos da moeda americana para calibrar o tamanho da proteção cambial referente a suas carteiras de ativos no exterior. Esse movimento ajudou a pressionar o câmbio, chamando atenção de investidores e do próprio Banco Central.

O ajuste recente ainda não se refere ao impacto causado pela mudança de tributação, afetando o overhedge, mas um reequilíbrio da posição cambial dos bancos. Eles têm diminuído suas carteiras fora.

Bradesco, Itaú Unibanco, Santander e Banco do Brasil reduziram seu patrimônio líquido (PL) lá fora de aproximadamente US$ 55 bilhões na virada do ano para US$ 36 bilhões no fim do segundo trimestre. Isso resulta na redução da posição vendida em dólar no Brasil. Esta é usada no hedge para contrabalançar a posição comprada na moeda americana lá fora. Na prática, é uma operação de compra de dólares aqui no Brasil.

A queda de aproximadamente US$ 21 bilhões em investimentos lá fora no primeiro semestre implicaria um desmonte teórico de cerca de US$ 17 bilhões em overhedge. O montante de hedge a ser desfeito até o fim de dezembro chega aos US$ 15 bilhões.

Cada instituição tem sua forma de gerir o overhedge: alguns bancos carregam até o vencimento, outros fazem gestão mais ativa. O fato de o diferencial de juros ser baixo e a legislação ter mudado desincentivam sua manutenção. No entanto, isto não é suficiente, por si só, para levar os bancos a quererem zerar rapidamente essa posição que, no fim, ainda traz algum retorno.

O diferencial de juros mais baixo contribui para a redução do patrimônio líquido lá fora e isso pode continuar ocorrendo no segundo semestre de forma mais gradual. Foram comprados US$ 17 bilhões no primeiro semestre referentes à redução de patrimônio, em uma operação muito concentrada no segundo trimestre. Agora, os bancos devem comprar mais US$ 15 bilhões no fim do ano por causa da adequação à nova lei. Mais US$ 15 bilhões devem acontecer em dezembro de 2021. Tudo isso considerando os números de hoje de patrimônio líquido. Eles ainda podem mudar.

Em 2020, o dólar acumula alta de 35,40% contra o real. Isso corresponde a uma desvalorização cambial de 26,15% no Brasil, sendo a perda mais intensa entre as principais divisas do mundo.

Analistas afirmam fatores técnicos, como a compra de dólares pelos bancos e o cenário de juros baixos, acabam pressionado o câmbio. No entanto, outros fatores relevantes como a discussão sobre gastos públicos e as eleições nos Estados Unidos, por exemplo, serão primordiais para definir os rumos do câmbio.

Esses fatores afetam muito a dinâmica do dólar, o interesse dos estrangeiros e a busca por proteção. A compra de US$ 15 bilhões pelos bancos em dezembro é grande, mas o movimento também pode ser suavizado por atuações do Banco Central caso veja necessidade.

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Ford Territory vende 250 unidades da pré-venda em duas semanas

Ford Territory vende 250 unidades da pré-venda em duas semanas

O Ford Territory teve todas as 250 unidades do lote de pré-venda vendidos no mercado brasileiro em duas semanas, de acordo com a marca americana. Confira nossa Avaliação NA.

O Ford Territory chegou para ocupar a lacuna deixada pelo Ford Fusion e vem nas versões SEL e Titanium. Antonio Baltar Jr, diretor de Vendas da Ford, diz:

“A aceitação do Territory foi excelente, mesmo antes do início da campanha de lançamento. É um veículo fantástico, que se diferencia principalmente nos aspectos de espaço interno, conectividade, tecnologia embarcada e acabamento”.

Ford Territory vende 250 unidades da pré-venda em duas semanas

Baltar Jr. completa: “E quem não aproveitou a pré-venda continua a dispor das melhores condições de financiamento e seguro, dois pilares que garantem o baixo custo de posse do veículo.”

Ainda que o Territory tenha se esgotado na pré-venda, a Ford garante condições especiais de financiamento para aquisição do SUV médio, segundo Baltar Jr: “E quem não aproveitou a pré-venda continua a dispor das melhores condições de financiamento e seguro, dois pilares que garantem o baixo custo de posse do veículo.”

Reiterando a proposta, ele diz: “Oferecemos as melhores taxas do mercado e planos que se adequam ao orçamento do cliente, com a inovação de parcelas pela metade até fevereiro de 2022, além da possibilidade de incluir o valor da blindagem no financiamento”.

Ford Territory vende 250 unidades da pré-venda em duas semanas

Com preços partir de R$ 165.900, o Ford Territory 2021 chega importado da China e traz consigo o motor 1.5 Turbo com injeção direta, que entrega 150 cavalos e 22,9 kgfm, além de CVT da Punch com 8 velocidades. Tendo tração dianteira, o SUV vem ainda com suspensão multilink.

Bem recheado, o Ford Territory vem com controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, seis airbags, teto solar panorâmico, multimídia SYNC Touch com tela de 10,1 polegadas, cluster digital, bancos ventilados e aquecidos, rodas de liga leve aro 18 polegadas, monitoramento em 360 graus, estacionamento automático, controle de cruzeiro adaptativo, entre outros.

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Excluídos Raivosos versus Elite Esnobe

A pandemia agravou e antecipou uma situação prevista para a próxima década: operários da indústria automobilística perderem o emprego em massa. Além do processo de robotização da linha de montagem de veículos, houve uma nova onda de demissões na indústria de autopeças e das montadoras por conta da queda da demanda por automóveis zero Km e excesso de oferta de usados, utilizados como espécie de reserva de valor para uma situação emergencial como a atual.

Entre 2013 e 2019, mais de 28 mil vagas foram eliminadas nas fábricas de veículos. Elas hoje empregam 104 mil. Nas últimas três décadas, a quantidade de veículos produzidos por empregado revela ter aumentado a produtividade. Em 1979, cada trabalhador foi responsável pela montagem de 8 veículos. Em 1999, a quantidade de veículos produzidos por empregado saltou para quase 15 e, passados mais duas décadas, em 2019, ficou em 26.

Nesses anos, respectivamente, os números de operários foram 127 mil no auge do movimento sindicalista do ABC paulista (1979), quando houve a emergência do Lula e do PT, caiu para 85 mil no início do fim da primeira Era Neoliberal (1999). Elevou-se novamente para 126 mil, no fim da Era Socialdesenvolvimentista (2014), quando se vendeu 3,5 milhões veículos no Brasil. No início do esperado fim da segunda Era Neoliberal (2019), caiu para 107 mil, sendo 2,8 milhões veículos vendidos.

As fábricas no Brasil têm capacidade para produzir 5 milhões de veículos por ano. A projeção antes da pandemia era passar de 3 milhões. A nova estimativa indica 1,63 milhão de veículos em 2020. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos (ANFAVEA) prevê só em 2025 o ritmo de produção voltar ao mesmo nível de 2019.

Isto se não se propagar um programa de compartilhamento de carros elétricos de origem chinesa. “Carsharing” – como o serviço é conhecido em inglês – é um novo negócio, vinculado a uma alternativa de mobilidade sustentável em veículos de emissão zero. Sua lógica é similar à de compartilhamento de bicicletas ou patinetes.

Interessados se cadastram no sistema e, após serem habilitados, baixam o aplicativo por onde conseguem reservar e obter uma “chave virtual” para destravar e travar os veículos. É cobrada uma taxa de adesão mensal de R$ 40,00 a ser revertida em crédito para aluguel dos automóveis. O usuário paga R$ 20,00 para utilizar o carro por até meia hora. Se passar disso, é cobrada no cartão de crédito uma taxa de R$ 0,80 por minuto de uso, ou seja, R$ 24 a cada meia hora.

Provavelmente, a nova geração de trabalhadores home-office será usuária. Será racional economizar o valor do automóvel, seguro, IPVA, estacionamento, manutenção, multas, combustível, depreciação, licenciamento, seguro obrigatório. O custo de oportunidade será calculado ao comparar o carsharing com táxi ou Uber. Para viagens, alugar-se-á um automóvel por mais tempo.

Como um dos efeitos da transição da hegemonia econômica da indústria para a dos serviços urbanos, da perseguição política no atual governo federal e da elevação da informalidade, houve queda de 8,25% no número de trabalhadores sindicalizados no ano passado. Baixou para 10,567 milhões: 11,2% da população ocupada. A perda foi de 951 mil sindicalizados. São 3,836 milhões de sindicalizados a menos desde 2012.

Mais da metade dessa queda (531 mil pessoas) ocorreu no grupamento Administração Pública, Defesa e Seguridade Social, Educação, Saúde e Serviços Sociais. Com esse recorde, na série histórica iniciada em 2012, pela primeira vez esse grupo saiu da primeira posição no ranking. A taxa de sindicalização dos empregados no setor público caiu de 25,7% em 2018 para 22,5% em 2019. Não é o resultado do aparelhamento do governo por militares?

O contrato social, estabelecido informalmente em economia de mercado, é a casta dos mercadores com seus gastos em consumo e investimento gerar emprego para as demais castas de natureza ocupacional e, tentativamente, para os párias. Se não cumprir esse compromisso, a alternativa é oferecer assistência social aos excluídos dessa economia, arcando com a elevação da carga tributária progressiva.

Em transição da fase de desalavancagem financeira para a fase de política monetária “empurrar corda”, a equipe econômica ultraliberal deveria entender: a iniciativa particular não investirá nada com a enorme capacidade produtiva ociosa, dada a queda absoluta da demanda agregada. O gasto em investimento público tem de substituir a carência do gasto privado por causa das expectativas pessimistas reinantes.

A escalada das Teorias da Conspiração é um dos sintomas da crescente incerteza e do desconhecimento quanto à natureza real da ameaça sobre os excluídos. A democracia entra em colapso se a ordem econômica desmoronar devido à pandemia, à ruptura das cadeias produtivas globalizadas, à mudança climática calamitosa, ao surgimento de inteligência artificial (IA), etc. Automação e robôs provocam desemprego tecnológico.

A capacidade de aprendizado da máquina (machine learning) hoje faculta aos computadores minerar quantidades descomunais de dados à procura de padrões comportamentais aos quais nenhum humano teria como processar mentalmente de maneira direta. A IA está captando “as regras do jogo” inclusive em eleições, dirigindo as mensagens das redes sociais de ódio para segmentos específicos do eleitorado como contrapropaganda dos adversários.

O desprezo mútuo caracteriza a polarização partidária. As acusações são de avanço do fascismo, de um lado, e do ateísmo, do outro. A esquerda deseja acabar com as injustiças históricas com tolerância geral quanto a um país negro, branco, pardo, feminista, gay, transgênero, ambientalista, cosmopolita. A direita conservadora defende a supremacia branca, suburbana, provinciana, e exclusivamente heterossexual, daí homofóbica e misógina. Pretende a regressão social para restaurar os costumes religiosos de uma época anterior à do politicamente correto e à da política identitária.

Essas são agendas de costumes, mas como ficará a agenda econômica da prioritária retomada do crescimento econômico, sustentável em termos ambientais, em longo prazo? Os “sem-teto” superarão os Zé Regrinhas fiscalistas, sempre submissos à ordem?

A população atinge a idade adulta na ânsia de dar início a suas carreiras, mas está sem chances realistas de fazê-lo. Graduados viram motoristas de Uber, diplomados cavam bicos temporários, quem compõe a evasão escolar não consegue nenhum emprego. O clima de frustração de “jovens brancos raivosos”, por estarem desempregados e com baixa autoestima, é semelhante àquele acontecido após a Crise de 1929. Agora, é capaz de dar a um líder populista de direita a condução em direção ao neofascismo.

Em busca de “bode-expiatório”, a onda neofascista se caracteriza pelo negacionismo científico e anti-intelectualismo em geral. Por isso, os populistas de direita, aliados à casta dos militares e submissos à elite econômica (casta dos mercadores), abominam a elite intelectual e cultural (casta dos sábios e artistas) – e se apoiam na dissidência da casta dos sabidos-pastores, capazes de manipular o rebanho de crentes evangélicos, pejorativamente classificado como “gado” pelos adversários.

Em termos quantitativos, o ranking de renda e riqueza dessas castas espelha a raiz dessa intolerância mútua estar na desigualdade social? Examinemos os dados da última DIRPF (tabela acima).

Quando se verifica a relação entre percentuais de declarantes e parcelas de rendimentos totais, salta à vista a desigualdade entre a casta dos mercadores (tamanho 16,6% e renda 23%) e a casta dos trabalhadores (respectivamente 35,3% e 29,6%). Nas demais as proporções não estão tão distantes. Aliás, no caso da casta dos militares é exata: 2,3% para suas participações em quantidade e renda.

Observando a hierarquia dos rendimentos per capita dos demais em relação à dos 156 mil capitalistas com rendimentos de capital, inclusive aluguel, a segunda colocada é a ocupação “membro ou servidor público da administração direta federal”. Empregados de empresas estatais federais, servidores federais e proprietários de empresas privadas vêm em seguida com cerca de 2/3 dos rendimentos dos capitalistas strictu sensu.

Em rendimento per capita mensal, as castas dos trabalhadores (R$ 7.147), sábios (R$ 7.715), inativos (R$ 8.069) e militares (R$ 8.464) receberam abaixo da média geral das castas declarantes de imposto de renda (R$ 8.529). Em contrapartida, as castas dos mercadores (R$ 11.775) e dos governantes (R$ 9.158) a superaram no ano-calendário de 2018.

Em termos de profissões, as médias per capita dos 3,2 milhões declarantes “pejotizados” dão uma impressão mais realista da elite econômica brasileira. A desigualdade social por si só justifica tanto discurso de ódio dos excluídos, párias, ressentidos e raivosos?

Para finalizar, lembremos a etimologia da palavra snobbery, em português, “esnobismo”, ter sua origem na Inglaterra do século XIX. Derivou do hábito de faculdades de Oxford e Cambridge de escrever sine nobilitate (sem nobreza) ou “s.nob” ao lado dos nomes de alunos plebeus nas listas de exame para distingui-los de seus colegas aristocratas. Passou-se a classificar como esnobe qualquer pessoa capaz de demonstrar preconceito social ou cultural, discriminando outras por sua origem.

Em contraponto, é comum usar (e abusar) do argumento ad hominem no debate público. Ataca-se a identidade ou a origem da pessoa, em vez da opinião dela, com a intenção de desviar a discussão e desacreditar a proposta dessa oponente.

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Volkswagen ID.4 vai contra RAV4 e CR-V no mercado americano

Volkswagen ID.4 vai contra RAV4 e CR-V no mercado americano

O Volkswagen ID.4 não irá competir com o Tesla Model Y, segundo a marca alemã, que aponta o direcionamento do SUV elétrico para os modelos tradicionais do mercado americano.

Ignorando aparentemente o Tiguan Allspace, a VW diz que o alvo será os modelos Honda CR-V e Toyota RAV4, os dois principais players do segmento de SUVs médios nos EUA. Ambos possuem versões híbridas, incluindo plug-in.

Duncan Movassaghi, chefe de vendas e marketing da Volkswagen nos Estados Unidos, diz: “Se você dirige um [Toyota] RAV4 ou [Honda] CR-V, este carro será uma ótima alternativa”.

Volkswagen ID.4 vai contra RAV4 e CR-V no mercado americano

Movassaghi não mencionou quais versões desses carros seriam os alvos, mas os híbridos se encaixam no perfil. Estima-se que o preço inicial do ID.4 ficará em torno de US$ 30.000, mas provavelmente com o bônus federal de US$ 7.500.

O CR-V Hybrid parte de pouco mais de US$ 27 mil, enquanto o RAV4 Hybrid começa em US$ 28,3 mil. Sem dúvidas, com o incentivo do governo, o ID.4 ficará na mesma faixa dos rivais tradicionais, que poderão sofrer algum impacto nas vendas, a depender das estratégias da marca.

O executivo da VW reafirmou a ideia de que o ID.4 vai contra buscar o mercado do Model Y: “A Tesla certamente nos inspirou no que diz respeito à experiência do cliente, mas definitivamente não estamos visando seus clientes”.

Volkswagen ID.4 vai contra RAV4 e CR-V no mercado americano

Com 204 cavalos na versão RWD, o ID.4 terá ainda uma variante AWD e chegará aos EUA, importado da Alemanha. As reservas serão abertas em setembro por US$ 100 reembolsáveis e a atuação da marca envolverá tanto e-commerce quanto a rede tradicional de revendedores.

Tendo até 500 km de autonomia, o Volkswagen ID.4 será produzido em Chattanooga, Tennessee, a partir de 2022 junto com a versão de produção do ID Buzz e possivelmente o sedã elétrico ID Vizzion como substituto do Passat americano.

[Fonte: FCE]

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Porsche Taycan tem 40 mil pedidos e precisa de ajuda da Audi

Porsche Taycan tem 40 mil pedidos e precisa de ajuda da Audi

O Porsche Taycan já é sucesso dentro da marca alemã. Com 40 mil pedidos, o superesportivo elétrico tem sua capacidade de produção comprometida pelo excesso de pedidos.

Para dar conta do recado e entregar num prazo aceitável, a Porsche teve que pedir ajuda. A Audi irá transferir 400 funcionários provisoriamente de Neckarsulm para Zuffenhausen, a fim de reforçar a linha de produção do Taycan.

A Porsche precisa de mão de obra especializada e, pela velocidade que o Taycan anda vendendo, contratar e treinar não parece viável, sendo que a Audi possui o corpo técnico necessário para execução da produção.

Porsche Taycan tem 40 mil pedidos e precisa de ajuda da Audi

A própria montadora de Stuttgart já havia contratado 500 empregados para a produção regular do Taycan, porém, não darão conta do recado. Atualmente, a Porsche só consegue produzir 150 exemplares por dia do sedã elétrico.

Segundo consta, esse volume é insuficiente para atender a demanda, o que deve gerar um novo turno de trabalho. Contudo, a planta não opera de forma tradicional.

O processo empregado não usa uma linha de montagem tradicional, com uma parte altamente robotizada e outra bem manual, algo diferente do que a Audi faz em Neckarsulm.

Porsche Taycan tem 40 mil pedidos e precisa de ajuda da Audi

Sabe-se que a Audi quer levar essa técnica para produção do e-tron GT que, assim como o Taycan agora, estará no Brasil em 2021. Apesar da técnica empregada ser diferente, aparentemente ela não atende altos volumes.

Mesmo assim, a Porsche não deve mudar o processo, embora os atrasos tenham levado ao adiamento do Taycan Cross Turismo para 2021. A marca ainda estuda outras variantes do modelo, como cupê e conversível.

Aqui no Brasil, o Porsche Taycan tem preços mais baixos – custa entre R$ 580 mil e R$ 979 mil – que o do 911, o atual best seller da marca, que só em 2020, com pandemia e tudo, vendeu 562 carros até julho. O bólido tem potencial de atingir mais de mil unidades este ano.

[Fonte: Automobilwoche]

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Física Social: Análise dos Dados Políticos

Giuliano da Empoli, em seu livro “Os Engenheiros do Caos” (tradução Arnaldo Bloch. 1ª. ed. São Paulo: Vestígio, 2019), narra: o diretor da campanha em favor do Brexit, Dominic Cummings, declarou “se você quer fazer progresso em política, meu conselho é contratar físicos, e não experts ou comunicadores.”

De fato, em vez de recorrer aos habituais consultores políticos, Cummings organizou a campanha com a ajuda de uma equipe de cientistas originários das melhores universidades da Califórnia e de uma empresa canadense de Big Data ligada à Cambridge Analytica, chamada AggregateIQ.

O pedido feito por Cummings a esses dois grupos era bem simples: ajudem-me a mirar certo. Digam-me:

  1. para onde devo enviar meus voluntários,
  2. em quais portas devo bater,
  3. a quem devo mandar e-mails e mensagens nas redes sociais e
  4. com quais conteúdos.

Segundo declarações do estrategista do Brexit, os resultados ultrapassaram todas as suas expectativas. Ao ponto de ele mesmo tirar uma conclusão perturbadora: “Se você é jovem, inteligente e se interessa por Política, pense bem antes de estudar Ciências Políticas na universidade. Você deveria se interessar, em vez disso, em estudar Matemática ou Física. Em um segundo momento você poderá entrar na Política e terá conhecimentos mais úteis, com aplicações infinitas […] Pode-se sempre ler livros de História mais tarde, mas não é possível aprender Matemática na hora que se quer.”

No fundo, a tecnologia na política muitas vezes tem a tendência de se revelar uma bolha. Após cada eleição, há sempre alguém alegando o vencedor não ter sido eleito por razões políticas, porque tinha as melhores ideias ou uma personalidade mais sedutora, mas sobretudo graças a uma nova ciência conhecida só do eleito, desenvolvida em segredo em um subsolo qualquer.

Após o Brexit e a eleição de Trump, essa tendência atingiu seu paroxismo quando as mídias do mundo inteiro se engajaram em uma caça brutal contra os manipuladores ocultos, do Facebook à Cambridge Analytica, passando pelos blogueiros macedônios e as fazendas de trolls russos – todos pessoalmente acusados de tornar possível a concretização daqueles resultados inesperados.

Diferentes atores têm interesse em amplificar o papel exercido pelas tecnologias no processo eleitoral.

  1. As mídias têm a partir daí uma história nova e fascinante para contar, no lugar das análises habituais dos politólogos.
  2. Os perdedores podem dizer a eles mesmos e a seus partidários: não foram derrotados por causa de sua má performance, mas por forças obscuras.
  3. Os estrategistas, como os tecnólogos, os consultores e as plataformas podem se gabar de ter mudado o curso da história.

Quando Christopher Wylie, o “arrependido” da Cambridge Analytica, admite sua culpa ao vivo diante do mundo inteiro, ao confessar “eu elegi Trump com meus algoritmos”, ele faz, sobretudo, publicidade de si próprio (e da sociedade criticada por fingimento) em lugar de propor um combate pela liberdade e a democracia.

Algumas eleições são decididas por margens tão ínfimas que a capacidade de influenciar ainda sendo alguns votos, de forma direcionada, pode fazer a diferença. Trump ganhou na Pensilvânia com 44.000 votos de dianteira em 6 milhões; com 22.000 em Wisconsin; e com apenas 11.000 em Michigan.

Em um panorama global, é difícil negar: desde então, alguma coisa fundamental mudou na relação entre a tecnologia e a política.

Os cientistas sempre sonharam reduzir o governo da sociedade a uma equação matemática de modo a suprimir as margens de irracionalidade e de incerteza inerentes ao comportamento humano. Há dois séculos, Auguste Comte já definia a Física Social como “ciência cujo objeto é o estudo de fenômenos sociais considerados similares aos fenômenos astronômicos, físicos, químicos e psicológicos, ou seja, como sujeitos às leis naturais invariáveis, cuja descoberta é o ponto de chegada das pesquisas”.

Desde então, muitos propuseram suas visões da “Ciência da Política”, sem jamais atingir o objetivo de tornar mais previsível a evolução da sociedade.

Mas, nos últimos anos, um fenômeno decisivo se produziu. Pela primeira vez, os comportamentos humanos – antes considerados fins em si mesmos – começaram a produzir um fluxo maciço de dados.

Graças à internet e às redes sociais, nossos hábitos, nossas preferências, opiniões e mesmo emoções passaram a ser mensuráveis. Hoje, cada um de nós se desloca voluntariamente com sua própria “gaiola de bolso”, um instrumento capaz de nos tornar rastreáveis e mobilizáveis a todo momento.

No futuro, com a “internet das coisas”, cada gesto irá gerar um fluxo de dados não mais exclusivamente ligado aos atos de comunicação e de consumo, mas também a fatos como escovar os dentes ou adormecer no sofá da sala. Éric Sadin, no livro La Vie Algorithmique : Critique de la Raison Numérique, fala, a propósito, de uma “indústria da vida”, o setor mais promissor da nova economia, destinado a canibalizar todos os outros.

Essa profusão inédita de dados – e os poderosos interesses econômicos representados por ela – está na raiz do novo papel dos físicos na política. Para melhor compreender de o que se trata, Giuliano da Empoli volta-se aos fundamentos dos Big Data aplicados à Política.

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Toyota Yaris Cross chega ao Japão com pacotes GR e Modellista

Toyota Yaris Cross chega ao Japão com pacotes GR e Modellista

Após sua estreia na França, onde também é produzido, agora é que o Toyota Yaris Cross chega ao Japão e já preparado com os pacote GR e Modellista, que deixam seu visual muito mais expressivo.

Produzido em Kanegasaki, o Yaris Cross chega custando a partir de ¥ 1,8 milhão ou cerca de R$ 92.260, sendo oferecido com motor Dynamic Force 1.5.

Ele entrega 120 cavalos até 6.600 rpm e 14,8 kgfm até 5.200 rpm, tendo transmissão Super CVT (Direct Shift no Brasil) e tração dianteira ou AWD.

Toyota Yaris Cross chega ao Japão com pacotes GR e Modellista

Já a versão Hybrid tem motor 1.5 com 91 cavalos e 12,3 kgfm com um elétrico de 80 cavalos e 14,4 kgfm, tendo tração dianteira ou AWD, mas nesse caso trata-se da E-Four, que utiliza um motor elétrico no eixo traseiro, como o RAV4 Hybrid, por exemplo. O consumo médio do Yaris Cross Hybrid é de 31,2 km/litro.

Construído sobre a plataforma TNGA (GA-B), o Toyota Yaris Cross tem 4,18 m de comprimento e 390 litros no porta-malas, chegando ao Japão com níveis de acabamento mais simples e sóbrios que na Europa, tendo cluster analógico com display TFT e multimídia com rádio digital DAB.

Toyota Yaris Cross chega ao Japão com pacotes GR e Modellista

O pacote ainda inclui um conjunto de sistemas de auxílio ao condutor controle de cruzeiro adaptativo, estacionamento automático, alerta de faixa, aviso de tráfego cruzado, faróis adaptativos, leitor de placas de sinalização, entre outros.

Além disso, o Toyota Yaris Cross ainda vem com pacotes de personalização GR e Modellista. Na GR Parts, o kit tem proposta de visual de rali e eleva a suspensão do SUV compacto, tendo ainda faróis escurecidos ao extremo, molduras envolventes, para-barros, escape duplo cromado, rodas exclusivas, pneus de uso misto, lanternas escurecidas, entre outros.

Toyota Yaris Cross chega ao Japão com pacotes GR e Modellista

Já no Yaris Cross Modellista, a aparência do modelo fica bem mais carregada, tendo rodas aro 18 polegadas, saias estilizadas nas caixas de rodas, spoiler aerodinâmico com LEDs incorporados, defletores de ar ampliados, entre outras coisas bem estilosas.

Toyota Yaris Cross – Galeria de fotos

Toyota Yaris Cross chega ao Japão com pacotes GR e Modellista
Toyota Yaris Cross chega ao Japão com pacotes GR e Modellista
Toyota Yaris Cross chega ao Japão com pacotes GR e Modellista
Toyota Yaris Cross chega ao Japão com pacotes GR e Modellista
Toyota Yaris Cross chega ao Japão com pacotes GR e Modellista
Toyota Yaris Cross chega ao Japão com pacotes GR e Modellista

 

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Abarth 595 Scorpioneoro e 595 Monster Energy Yamaha saltam na Europa

Abarth 595 Scorpioneoro e 595 Monster Energy Yamaha saltam na Europa

Estilo e desempenho. Esse é o resumo dado pela Fiat Chrysler (Stellantis) aos Abarth 595 Scorpioneoro e 595 Monster Energy Yamaha, séries especiais do pequeno escorpião com 2.000 exemplares cada uma.

O Abarth 595 Scorpioneoro se veste de preto e dourado para exibir seu “estilo de vida e desempenho” com o escorpião dourado sobre o diminuto capô, assim como friso de mesma cor envolvendo a carroceria.

O visual é uma homenagem ao A112 Abarth “Gold Ring” 1979, conhecido como A112 Abarth “Targa Oro”. As rodas esportivas aro 17 polegadas são banhadas em dourado com o nome Abarth igualmente em cor do vil metal.

Abarth 595 Scorpioneoro e 595 Monster Energy Yamaha saltam na Europa

Com teto quadriculado como a bandeira dos vencedores, o 595 Scorpioneoro vem também nas cores Blu Podio, Bianco Gara e Grigio Record.

Por dentro, o 595 Scorpioneoro vem com interior todo em preto, com bancos esportivos “Scorpionflage” com nome Abarth bordado e a com a “il Tricolore”. O ambiente vem com cronógrafo Breil, som BeatsAudio com 480 watts e amplificador de 8 canais.

Atrás do escudo, o 1.4 T-Jet tem 167 cavalos que “atropelam” (como diz a própria Abarth) com uma relação peso-potência de 6,5 kg/cv. Ele é o mesmo emprego na série 595 Monster Energy Yamaha.

Abarth 595 Scorpioneoro e 595 Monster Energy Yamaha saltam na Europa

Desse modo, o pequeno escorpião italiano disparar de 0 a 100 km/h em 7,3 segundos, tendo opção de câmbio manual ou automatizado sequencial com paddle da Abarth.

Já o Abarth 595 Monster Energy Yamaha é fruto de uma parceria entre a Fiat e a marca japonesa, que se inspirou na YZR-M1 Monster Energy Yamaha MotoGP 2020, tendo a cor azul predominante com capô, teto e tampa traseira em preto, incluindo faixas decorativas.

Abarth 595 Scorpioneoro e 595 Monster Energy Yamaha saltam na Europa

Tem ainda o logotipo da Energy Monster e o numeral 595 de mesma cor, além de interior em tonalidade azul com “Monster Energy Yamaha” nos apoios de cabeça.

O 595 Monster Energy Yamaha tem suspensão traseira Koni com o sistema FSD (Frequency Selective Damping), que permite melhor aderência nas curvas. O pequeno bólido vem ainda escape ativo Record Monza e freios ampliados, bem o sistema Abarth Telemetry na multimídia Uconnect7.

Abarth 595 Scorpioneoro e 595 Monster Energy Yamaha – Galeria de fotos

Abarth 595 Scorpioneoro e 595 Monster Energy Yamaha saltam na Europa
Abarth 595 Scorpioneoro e 595 Monster Energy Yamaha saltam na Europa
Abarth 595 Scorpioneoro e 595 Monster Energy Yamaha saltam na Europa
Abarth 595 Scorpioneoro e 595 Monster Energy Yamaha saltam na Europa
Abarth 595 Scorpioneoro e 595 Monster Energy Yamaha saltam na Europa
Abarth 595 Scorpioneoro e 595 Monster Energy Yamaha saltam na Europa

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domingo, 30 de agosto de 2020

Operações Compromissadas e Duração Média da Dívida Pública

Estevão Taiar (Valor, 28/08/2020) informa: o uso de operações compromissadas pelo Banco Central (BC) deve ganhar força com a transferência de recursos da autoridade monetária para o Tesouro Nacional. Isso tornaria a duração média da dívida pública ainda menor.

Esse movimento pode deixar, por sua vez, o país mais suscetível a fugas de capitais e pressões sobre o câmbio. Essas são algumas das conclusões de trabalho do UBS.

O Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou a transferência de R$ 325 bilhões para o Tesouro em chamada “pedalada cambial“. Muito dessa nova liquidez na economia resultante da transferência terminará como operações compromissadas do BC, o que diminuirá ainda mais a duração média da dívida do setor público.

Tony Volpon e Fabio Ramos, autores do trabalho, o escreveram antes da autorização do CMN. Esse cenário seria “um possível caminho para a saída de capitais e pressões sobre o câmbio, caso se desenvolva a percepção de que a situação fiscal não é mais sustentável”.

Compromissadas são operações de curtíssimo prazo usadas pela autoridade monetária para enxugar a liquidez excessiva da economia e, consequentemente, ajudar a manter a Selic em nível compatível com o cumprimento da meta de inflação.

O trabalho do banco suíço mostra: em junho o prazo médio da dívida pública estava em 44,11 meses. Quando são levadas em contas essas operações, o prazo cai, em uma estimativa aproximada, para 33,46 meses – queda de quase 25%.

Esse encurtamento provavelmente aumentará, de acordo com o banco, com a transferência. Os recursos enviados pela autoridade monetária serão usados pelo Tesouro para abater a dívida pública, o que, por sua vez, deve aumentar a liquidez da economia e exigir a elevação das compromissadas.

Volpon e Ramos evitam apresentar uma resposta definitiva para um dos principais debates envolvendo a transferência: se ela representa ou não um financiamento do Tesouro pelo BC. De um lado, apontam não necessariamente haver uma “restrição severa de liquidez” – como diz a lei – que justifique a transferência. Isso porque, na teoria, o saldo de compromissadas em quase 20% do Produto Interno Bruto (PIB) poderia ser direcionado para títulos do Tesouro. Entretanto, na prática, essa é uma operação difícil, em função do aumento dos juros futuros.

“A liquidez existe, mas é muito frágil porque a curva de juros está muito empinada”, afirma Volpon. “O mercado está muito relutante em dar qualquer tipo de duration.”

Diversos fatores influenciam o estoque de compromissadas. Aumento de reservas internacionais, déficits primários e diminuição de depósitos compulsórios, por exemplo, são todos movimentos que elevam o saldo dessas operações.

Já a venda de reservas, superávits primários e aumento de compulsórios, entre outros, têm efeito contrário. Em síntese, todos os fatores de aumento a liquidez do mercado geralmente elevam o estoque de compromissadas.

Nesse contexto, desde o ano passado, o estoque de compromissadas vem crescendo de forma menos saudável, ao contrário do que foi visto em meados dos anos 2000. Entre 2003 e 2007, a alta das operações foi impulsionada por dois fatores: acúmulo de reservas e superávits primários. Nos anos seguintes, esse ciclo foi em parte revertido ou perdeu força durante alguns momentos, influenciado por questões como os superávits primários cada vez menores a partir de 2012 – posteriormente transformados em déficits – e o processo de alta da Selic iniciado no fim de 2014.

Desde o ano passado, porém, o estoque de compromissadas voltou a crescer com intensidade, subindo quase sete pontos percentuais do PIB, para 19,3%. Desta vez, no entanto, a expansão veio de uma forma menos saudável. A venda de reservas internacionais iniciada no ano passado diminuiu o estoque das operações. No entanto, esse movimento foi mais do que compensado pelo déficit primário. Isso faz do aumento das compromissadas um indicador de tensão fiscal e financiamento.

Em um momento rodeado de incertezas em relação ao futuro das contas públicas no Brasil e de inclinação expressiva da curva de juros, o Tesouro Nacional tem concentrado suas emissões de títulos públicos em papéis prefixados de curto prazo. A opção por esses títulos também tem se mostrado mais intenso nos últimos meses, o que favoreceu o movimento de encurtamento do perfil da dívida. Esse processo deve ser abordado com a divulgação da revisão do Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2020. Deve revelar um prazo médio um pouco menor do que o divulgado em janeiro pelo Tesouro.

O motivo é simples. Com a incerteza eleva, investidores têm deixado cada vez mais de lado os papéis de longo prazo e optado por títulos curtos. É o que afirma Luciano Paiva, estrategista de renda fixa do Credit Suisse, para quem o susto tomado pelo mercado em decorrência da crise torna mais difícil o investimento em papéis mais longos, ainda mais em um ambiente de previsibilidade fiscal baixa.

Nos últimos dez dias, a STN diminuiu a alocação em títulos de prazos mais longos e se desfez de parte das NTN-B longas. Em relação aos títulos prefixados, montou posição tomada [aposta na alta das taxas] no mercado de juros futuros, em trechos de mais longo prazo, como nos vencimentos para janeiro de 2025 e janeiro de 2027.

“A incerteza que fica sobre qual vai ser o nível de endividamento em seis meses a um ano e como o governo vai lidar com isso é um desafio muito grande e os investidores tendem a manter isso sobre a mesa, mas não haverá grandes problemas para a rolagem da dívida pelo Tesouro. Isso seria algo mais extremo. Há riscos diante de um grande vencimento de títulos em 2021.

O Tesouro tem, de fato, feito emissões expressivas de Letras do Tesouro Nacional (LTN) com vencimento em 2021. Foram leiloadas 22,5 milhões de LTN para três vencimentos, sendo que a oferta de papéis que vencem em abril de 2021 concentrou boa parte do montante, com 15 milhões de títulos.

O Tesouro optou por fazer colocações na parte mais curta de prefixados. Isso ajuda a não pressionar ainda mais a inclinação da curva. Ela já está alta. E, se o Banco Central não tiver de elevar a taxa básica de juros para um nível muito alto, a dívida deve ficar mais barata, embora com os prazos tenham sido encurtados.

O limite atual do Tesouro para o prazo médio dos vencimentos está entre 3,90 e 4,10 anos. Porém, no fim de junho, esse indicador estava em 3,87 anos. Em 2019, o prazo médio foi de 4,00 anos.

Outro indicador a ser ajustado na revisão do PAF é o de dívida vincenda nos próximos 12 meses, afirma Braga. Estamos com 23,30% da dívida nessa categorização, um número mais alto que o teto previsto, que atualmente é de 20% a 23%. Se o Tesouro continuar emitindo como tem feito, existe chance de revisão nesse número também.

O prazo médio sairia do intervalo entre 3,90 e 4,10 anos divulgado em janeiro para a faixa entre 3,70 e 3,90 anos. Está dado diante do encurtamento expressivo do perfil da dívida.

Além disso, diante das emissões expressivas de LTN, a revisão do plano não deve trazer nenhuma grande surpresa, até porque a estratégia do Tesouro de se financiar via prefixados de curto prazo tem sido reforçada. O PAF deve elevar os limites da fatia de prefixados da dívida pública da faixa entre 27% e 31% em janeiro para o intervalo entre 32% a 36% ou até mesmo 33% a 37%.

Caso o Tesouro eleve ainda mais os limites para os prefixados, O Mercado pode acabar ainda mais pressionado. Embora esses títulos possam terminar o ano com o total próximo da banda mais alta, o Tesouro acabaria sinalizando que não está desesperado para vender esse papel.

O limite para a parcela da dívida em títulos indexados a índices de preços deve permanecer entre 23% e 27%. Já a parcela de taxas flutuantes pode cair um pouco e ficar entre 36% e 40% ou até mesmo entre 37% e 41%. No PAF divulgado em janeiro, o limite estava entre 40% e 44%.

Estamos em um cenário de Selic muito baixa e o mercado de Letras Financeiras do Tesouro (LFT) tem menos liquidez, ainda mais agora que esses papéis não têm tanta demanda. A rentabilidade do papel ainda é baixa e a liquidez está infinitamente inferior em relação às LTN. Até por isso, o Tesouro não tem forçado a mão para vender esses títulos.

Além dos prefixados, também as NTN-B têm sido mais procuradas pelos investidores, em especial as de prazo intermediário. O movimento vem na esteira da elevação dos riscos fiscais e da perspectiva do mercado de pressões inflacionárias maiores diante de um possível descontrole com as contas públicas.

As preocupações com a situação fiscal também têm feito os agentes do mercado se perguntarem sobre o colchão de liquidez do Tesouro.

Embora o valor a ser emitido em títulos ainda este ano seja grande, o governo pode usar outros recursos, como o colchão do Tesouro e transferências dos lucros do Banco Central para o financiamento.

Se todos os recursos fossem usados neste ano, isso cobriria quase todas as necessidades de emissão líquida em 2020, mas deixaria o Brasil com muito pouco colchão no futuro, exigindo uma forte necessidade de consolidação fiscal. Assim, as emissões, especialmente dos prefixados curtos, devem continuar a todo vapor diante do vencimento forte de papéis em 2021.

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Porsche Panamera Turbo S E-Hybrid pode alcançar 740 cavalos

Porsche Panamera Turbo S E-Hybrid pode alcançar 740 cavalos

O recém-lançado Porsche Panamera chega à versão Turbo S com 630 cavalos, sendo 80 cavalos a mais que o modelo anterior. Contudo, a marca alemã não revelou outras versões, incluindo o possível Turbo S E-Hybrid.

De acordo com o site australiano Whichcar, a Porsche planeja Panamera Turbo S E-Hybrid que alcançará nada menos que 740 cavalos. O anterior Turbo S E-Hybrid alcançava 680 cavalos.

Thomas Friemuth, gerente de produto da Porsche para o Panamera, disse: “Haverá mais para chegar. Espere algumas semanas ou alguns meses ”.

Porsche Panamera Turbo S E-Hybrid pode alcançar 740 cavalos

Friemuth continuou: “A linha de produtos terá, como você já sabe, três híbridos. Portanto, o híbrido básico e o Turbo S E-Hybrid chegarão no próximo mês. ”

Friemuth também alerta para quem acha que o próximo híbrido será o suprassumo em performance do Panamera: “O Turbo S E-Hybrid, em uma pista como Nurburgring, não será mais rápido. Tem mais potência, mas em termos de peso do carro, em Nürburgring, o Turbo S convencional é mais rápido. Isso pode variar de uma pista para outra.”

A vantagem maior, no entanto, será na eficiência energética, uma vez que o plug-in pode poupar muita energia do V8 biturbo, especialmente em condução urbana, mas o sprint em estrada também deverá ser fenomenal.

Porsche Panamera Turbo S E-Hybrid pode alcançar 740 cavalos

Ainda assim, Friemuth evitou mais detalhes, especialmente sobre a potência combinada: “Não posso falar muito sobre isso porque ainda não o lançamos, mas certifique-se de que vamos aumentar os dados principais.”

A sugestão é que serão em torno de 740 cavalos, visto que os dois motores elétricos terão 272 cavalos, que combinados com o V8 de 630 cavalos, mais as perdas, chegaria a essa cavalaria.

Sobre possíveis variantes cupê e conversível, Friemuth disse: “Há vários anos discutimos esse assunto, como você pode imaginar, já que nossos concorrentes também têm carros de duas portas. Ainda não estamos prontos para decidir se vamos fazer isso ou não.” No final, brincou: “Temos um belo carro de duas portas em nosso programa … chama-se 911.”

[Fonte: Whichcar]

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Porsche Taycan Cross Turismo fica para 2021 por causa da Covid-19

Porsche Taycan Cross Turismo fica para 2021 por causa da Covid-19

O Porsche Taycan Cross Turismo é outro bólido que ficou para o próximo ano devido ao coronavírus Covid-19. A marca alemã confirmou o atraso da variante perua aventureira do primeiro carro elétrico do fabricante de Stuttgart.

Assim como o Lotus Evija, o Taycan Cross Turismo sofreu cxom o impacto econômico decorrente do fechamento de diversos mercados em todo o mundo, em especial na Europa, o que atingiu as finanças de diversas montadoras.

Porsche Taycan Cross Turismo fica para 2021 por causa da Covid-19

No caso da Porsche, ela ainda conseguiu obter algum lucro no primeiro semestre, porém, bem menor que o esperado. Com o Porsche Taycan Cross Turismo a marca pretende ampliar sua atuação entre os elétricos, com uma proposta mais diversificada.

O Taycan Cross Turismo será a primeira experiência da Porsche num fora de estrada elétrico, o que deve abrir caminho para um SUV elétrico irmão do Cayenne. Alguns sugerem que o sucessor do Macan será 100% elétrico.

Porsche Taycan Cross Turismo fica para 2021 por causa da Covid-19

Plataforma para isso existe, podendo a própria Porsche utilizar a MEB bem modificada nessa proposta menor. Já o Taycan Cross Turismo apostará na tração integral e suspensão pneumática elevada para criar uma dinâmica de condução excelente na estrada e fora dela.

Baseado no conceito Mission E Cross Turismo, o Porsche Taycan Cross Turismo deverá seguir o Taycan regular com três variantes de desempenho, sendo o 4S com 530 cavalos, o Turbo com 680 cavalos e o Turbo S com 761 cavalos.

Porsche Taycan Cross Turismo fica para 2021 por causa da Covid-19

Pode ser que um Porsche Taycan Cross Turismo 4 apareça abaixo do 4S para aumentar a oferta e atingir consumidores numa faixa de preço mais abaixo.

Aqui, o Porsche Taycan já iniciou a pré-venda com a versão 4S partindo de R$ 589.000, seguida pela Turbo com preço de R$ 809.000 e Turbo S por R$ 979.000, tendo preços até mais baixos que outros modelos da marca para estas mesmas versões. O Taycan 4S vai de 0 a 100 km/h em 4 segundos, enquanto Turbo e Turbo S precisam 3,2 e 2,8 segundos, respectivamente.

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Lexus LBX será versão premium do Toyota Yaris Cross

Lexus LBX será versão premium do Toyota Yaris Cross

A Lexus vai ampliar sua gama de produtos com o Toyota Yaris Cross, SUV compacto que a marca japonesa deverá gerar um modelo de acesso e com propulsão híbrida, chamada LBX.

O próximo modelo deve dispor apenas da carroceria, com mudanças mais profundas na frente e na traseira, tendo a propulsão híbrida como única opção, equipado com motor 1.5 de 116 cavalos de forma combinada.

O LBX pode abrir a porta para que a Lexus obtenha outro produto recém-lançado pela marca japonesa, no caso, o o Toyota Corolla Cross.

Lexus LBX será versão premium do Toyota Yaris Cross

Em relação ao LBX, a Lexus já registrou o nome em diversos países, inclusive em Israel. Nos EUA o modelo também deve chegar, já que a Toyota registrou BX entre os nomes nos states.

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Movimento Totalitário 5 Estrelas

Segundo Giuliano da Empoli, em seu livro “Os Engenheiros do Caos” (tradução Arnaldo Bloch. 1ª. ed. São Paulo: Vestígio, 2019), todas as informações são reservadas a um demiurgo externo e onisciente. Pode parecer uma caricatura, mas são exatamente os princípios sobre os quais é fundado o novo Movimento 5 Estrelas. Grillo o apresenta em um teatro, desta vez em Milão, em 4 de outubro de 2009.

Segundo a linguagem sempre muito imagética do comediante, trata-se de uma “não-associação”, regida por um “não-estatuto” que declara, no seu artigo primeiro: “O Movimento 5 Estrelas representa uma plataforma e um meio de confrontação e de consulta. Ele tem suas origens e encontra seu epicentro no blog http://www.beppegrillo.it. O contato com o Movimento 5 Estrelas é garantido exclusivamente por meio da caixa de correio eletrônico, cujo endereço é movimento5stelle@beppegrillo.it.”

Na prática, o Movimento não é nem um partido nem uma associação, mas um blog mesmo, pertencente a Grillo e a Casaleggio. Tem um endereço de e-mail ligado ao mesmo site na internet.

Quem controla essa plataforma detém o controle absoluto da vida do Movimento 5 Estrelas. Além disso, no artigo 3, o “não-estatuto” prevê “o nome do Movimento ser dotado de uma marca registrada em nome de Beppe Grillo, único titular dos seus direitos de uso”.

Essa arquitetura privada sofrerá várias modificações jurídicas, ao longo dos anos, mas nenhuma variação substancial até agora. Hoje, o Movimento 5 Estrelas representa o principal partido da Itália, e, de seus quadros, saíram o presidente do Conselho e a maioria dos ministros do governo atual. Continua a ser, contudo, uma estrutura essencialmente privada controlada por Davide Casaleggio, filho e herdeiro de Gianroberto.

Em torno desse ponto, desde o começo, repousa o grande mal-entendido do Movimento. Para sua base de militantes, internet é sinônimo de participação. É o instrumento de uma revolução democrática destinada a arrancar o poder das mãos de uma casta de profissionais da política e entregá-lo ao homem comum.

Mas, para a elite do próprio Movimento, encarnada pela “diarquia” Casaleggio/Grillo, as coisas são diferentes: internet é, antes de tudo, um instrumento de controle.

É o vetor de uma revolução a partir do topo. Ela capta uma quantidade enorme de dados a fim de utilizá-los para fins comerciais e, sobretudo, políticos.

Desde o início, o modelo organizacional do Movimento se opõe radicalmente à retórica da participação pela base. Essa atitude permite a seus proprietários guiar sua criatura com mão de ferro.

Os partidários são obedientes passivos. É proibido formular críticas ou tomar iniciativas. Cada um é conectado ao Centro através do blog, mas é impedido de estabelecer conexões com outros membros. Quem se desvia do caminho programado é eliminado.

É o caso de centenas de apoiadores, muitas vezes os maiores entusiastas, expulsos por Casaleggio por insubordinação. O rito é sumário e brutal.

Para o Movimento, não sendo nem um partido nem uma simples associação, basta um clique e os traidores estão excluídos do blog. Da noite para o dia, eles acordam desprovidos do direito de acessar a plataforma on-line. Às vezes, recebem uma carta do advogado de Grillo que os proíbe de utilizar o logotipo do 5 Estrelas, propriedade exclusiva desse último.

Se os membros rebeldes são eliminados como dissidentes, por outro lado, os mais disciplinados têm a chance de serem ricamente recompensadas. Com a fundação do Movimento, Grillo deixa de ser o único porta-voz do Vaffanculo.

Nos escritórios da Casaleggio Associati, outros rostos são testados, principalmente de jovens sem nenhuma experiência política ou profissional. Eles “funcionam” nos monitores e podem ser passivamente pilotados pelo comando.

Os melhores – com maior audiência no Facebook e nas outras mídias sociais – são promovidos pelo blog. Em pouco tempo, eles atingem de centenas de milhares a mais de um milhão de seguidores em suas páginas e perfis.

Seus posts e vídeos, publicados obrigatoriamente no blog e em outros sites de Casaleggio, juntam-se às postagens de Grillo e começam a gerar retornos publicitários significativos para o partido-empresa.

“Estamos caminhando para a criação de avatares na vida real”, entusiasma-se Gianroberto. Para ele, o fato de a classe dirigente do Movimento 5 Estrelas ser composta de personagens improváveis, sem experiência ou competência, representa uma vantagem dupla:

  1. são avatares facilmente controlados e, se necessário, substituídos;
  2. sua ignorância, sua gramática aproximativa e suas gafes frequentes, delícia dos jornalistas e adversários políticos, os humanizam e fazem com os avatares serem percebidos como próximos do povo e distantes da casta.

O Movimento experimenta um salto qualitativo na produção da realidade paralela teorizada há muito tempo por Casaleggio. Para os discípulos de Grillo, não é mais necessário sair da bolha para recorrer às mídias tradicionais.

A Casaleggio Associati produz as informações e as distribui em seus próprios canais. Elas já são recortadas, sob medida, para viralizar no Facebook e nas outras redes sociais. Os títulos são sedutores, muitas vezes enganosos, outras vezes violentos. Começam quase sempre com as mesmas palavras e expressões: Vergonhoso, Péssima notícia , Isto é a Itália! , Vocês vão ficar chocados , Basta! , É o fim!.

De início, antecipa-se a emoção, em geral negativa, que se quer suscitar. Depois, divulgada a informação, às vezes verdadeira, mas muito frequentemente falsa, convida-se à participação: Compartilhe!, Faça circular, Máxima difusão! O único critério de seleção, bem entendido, são os cliques.

As notícias suscitadoras das reações mais intensas são valorizadas, republicadas, aprofundadas. Tornam-se objeto de discursos e de iniciativas políticas, cavalos de batalha do Movimento. Outras, tediosas, mesmo quando mais importantes e exatas, terminam o dia no pano de fundo, dando espaço às denúncias de complô e de corrupção, reais ou imaginárias.

Três anos após seu nascimento, o organismo martela o mesmo refrão. Eles são todos iguais. Eles nos arruinaram! Vamos mandá-los de volta para casa!

Em plena recessão, com uma taxa de desemprego de 13% e uma pressão fiscal recorde, os italianos estão cada vez mais receptivos às palavras de ordem simples e vulgares do Movimento. No espaço de alguns meses, o Movimento 5 Estrelas se torna o único verdadeiro partido nacional do país, popular no Norte e no Sul, entre os jovens e entre os velhos, e capaz de captar vozes tanto à esquerda quanto à direita.

Assim chega às eleições de fevereiro de 2013, quando o Movimento, com pouco menos de 9 milhões de votos e 25% do sufrágio, se torna o partido mais votado da Itália. É o estranho triunfo da dupla Grillo/Casaleggio, mas também o começo de seu declínio.

Passadas as eleições, os fundadores conseguem seguir impondo sua linha: jamais comprometer sua pureza, nunca formar alianças para chegar ao governo. O Movimento 5 Estrelas rejeita os convites do Partido Democrata para integrar a maioria governamental e permanece, orgulhosamente, na oposição.

Mesmo que o Movimento tenha entrado na corrente sanguínea das instituições, sua atitude não muda. Seu objetivo continua a ser o de minar, por dentro, as bases da democracia representativa em nome de uma democracia direta made in Casaleggio.

Em sua ótica, os 163 parlamentares eleitos pelo Movimento são, e devem continuar sendo, formigas: “Eles estão lá em nome do Movimento”, declara, “não devem fazer política, são apenas o instrumento de um programa e devem respeitar as regras às quais aceitaram aderir. É simples”.

As humilhações e os controles infligidos aos eleitos, desde o primeiro dia, são incontáveis. Pede-se a eles, por exemplo, que comuniquem à Casaleggio Associati as senhas para acessar suas caixas de e-mail e seus perfis pessoais no Facebook e em outras redes sociais, de forma a dar à empresa o controle absoluto sobre sua existência digital, a ú nica que conta, realmente, aos olhos do Demiurgo.

Mas a violência das declarações do Movimento 5 Estrelas contra as instituições democráticas é só o reflexo da violência verbal com a qual a metralhadora giratória de Casaleggio continua a insuflar no debate político. Na Itália, todo jornalista ou comentarista compreendeu, rapidamente, o simples fato de redigir um texto sobre o M5S (Movimento 5 Stelle, em italiano) o deixava exposto não só a uma onda de críticas – como seria normal –, mas a uma tempestade de insultos ou agressões até físicas.

Em comparação com os conflitos pelo poder, característicos de todas as formações políticas, essa luta tem por singularidade o fato de acontecer inteiramente à sombra e de envolver uma ambição do controle dos cérebros dos adeptos –, da qual pouquíssimos de sua rede social são conscientes.

Movimento Totalitário 5 Estrelas publicado primeiro em https://fernandonogueiracosta.wordpress.com



sábado, 29 de agosto de 2020

Terrorismo Fiscal de O Mercado

Claudia Safatle e Fabio Graner (Valor, 24/08/2020) informam: com a multiplicação do déficit público e a piora nas condições do mercado, o “colchão de liquidez” do Tesouro Nacional caiu neste ano para um patamar muito próximo do nível mínimo de segurança para a gestão da dívida pública. O limite prudencial é de cerca de três meses de vencimentos. Ainda no início da crise da covid-19, o Tesouro tinha caixa para cerca de seis meses, uma referência genérica. Ele não aponta valores diretamente.

Acendeu a luz vermelha do déficit público, cujo valor, no conceito primário (excluindo a conta de juros da dívida), é de cerca de R$ 800 bilhões, praticamente seis vezes o que era projetado antes da pandemia, de R$ 129 bilhões. O dinheiro do caixa do Tesouro Nacional está acabando.

O quadro na administração da dívida para este ano ainda não é dramático. A despeito da redução do caixa, não haverá problemas para fazer frente aos vencimentos de títulos até o fim do ano. Eles somam, na dívida interna, pouco mais de R$ 250 bilhões. Mas para os quatro primeiros meses de 2021, a situação é bem desafiadora, com ao menos R$ 443 bilhões de vencimentos previstos. Só em janeiro, o governo teria de pagar R$ 118,6 bilhões a investidores.

Os números de vencimentos, porém, devem ser ainda maiores porque esses dados são de junho, e não consideram as emissões de prazos curtos feitas nas últimas semanas, como os R$ 29 bilhões de títulos com prazo de seis meses emitidos nos leilões da semana passada.

Agora o Tesouro está à espera dos cerca de R$ 400 bilhões de resultado do Banco Central com o câmbio. Isso deverá bater na conta única em setembro. E tem risco, ainda, em cerca de R$ 170 bilhões de um projeto do deputado Mauro Benevides (PDT-CE) a respeito da desvinculação das receitas de dezenas de fundos públicos, p.ex., fundo da marinha mercante. Eles tendem a desaparecer.

O subsecretário de dívida pública do Tesouro busca administrar vencimentos, emissões e resgates para manter o nível dessa reserva acima de três meses. Caiu pela metade foi o número de meses de vencimentos do colchão de liquidez. Mas a gente trabalha para manter a reserva de liquidez igual ou acima do nível prudencial de três meses. Para os próximos três meses os vencimentos somam cerca de R$ 180 bilhões.

Gestores privados praticam terrorismo fiscal. Dizem acompanhar o dia a dia das contas do Tesouro, o que sobrou de caixa seriam apenas cerca de R$ 50 bilhões. A STN nega esse valor e argumenta haver dificuldade de os analistas fazerem as contas sobre qual o tamanho do caixa do governo em valores nominais.

Por questões estratégicas, a área nunca fala exatamente qual o número reservado para isso. Até porque, explica, esse dado tem muita volatilidade, devido ao processo de vencimento da dívida, dos níveis de rolagem, do tamanho do déficit público, entre outros fatores. Às vezes o caixa cai muito em um dia de grande vencimento, mas depois recupera.

A complexidade para calcular o tamanho do caixa é alta para quem está fora da administração, porque os movimentos de entrada e saída de recursos envolvem muitas questões de fontes de receita e despesa. O volume nominal do caixa não é exatamente oculto e está disponível no relatório resumido de execução orçamentária (RREO).

Esse dado, porém, tem defasagem. Os números mais recentes são de junho e apontavam R$ 645,8 bilhões para o colchão da dívida, em um caixa total de R$ 939,3 bilhões (que envolve recursos vinculados para outras áreas). Em dezembro do ano passado, para se ter uma ideia da evolução, a reserva de liquidez estava em R$ 750,4 bilhões e o caixa total do governo era de R$ 1,33 trilhão. Nesse período, a parte livre para usar em qualquer destinação (despesas normais, dívida e outras) passou de R$ 91,1 bilhões para apenas R$ 10,5 bilhões.

Nesse sentido, em julho o Tesouro teve um volume enorme de vencimentos, da ordem de R$ 220 bilhões, e não conseguiu renovar sua totalidade, sinalizando uma redução de caixa de cerca de R$ 70 bilhões só por esse motivo.

O ponto importante de redução da reserva de liquidez é o déficit primário. A média mensal de resultado foi negativa em quase R$ 140 bilhões nos últimos três meses, embora parte desses déficits possa ser paga com recursos de outras fontes que não o caixa da dívida.

Os déficits devem persistir em níveis elevados nos próximos meses, com as medidas de combate à crise da pandemia. A previsão para o ano é de um resultado primário negativo da ordem de R$ 800 bilhões. Seria praticamente o dobro do verificado no primeiro semestre deste ano. Assim, o caixa do governo continuará sob forte pressão.

Não se espera qualquer possibilidade de as reservas de recursos do governo zerarem, situação limite que forçaria o governo a pagar juros muito elevados e prêmios de risco adicionais até mesmo nas Letras Financeiras do Tesouro (LFT, títulos atrelados à taxa Selic).

Ela não vai zerar. No limite, vai haver um encurtamento muito forte da dívida pública federal. Emissões curtas dão tempo para o governo aprofundar ações como reformas estruturais. Talvez elas melhorem as condições de captação em mercado, com prazos mais longos e juros baixos.

O subsecretário  tem os instrumentos para evitar o nível de caixa ficar abaixo do prudencial. O nível de risco aumentaria com caixa abaixo do prudencial, mas tem as ferramentas adequadas para não deixar isso acontecer. É importante também, no próximo ano, para evitar isso, a agenda de pagamentos do BNDES ao Tesouro ser retomada.

Não há, ainda, um problema de financiamento da dívida. Se perdurar o déficit, isso poderá se transformar em problema de financiamento. Os juros se manifestam na percepção do risco fiscal. Isso é o que explica, por exemplo, a taxa Selic estar em 2% ao ano mas a taxa de juros de um título de dez anos ser de 8% ao ano. No México, para se ter uma ideia, a taxa básica de juros é de 4% ao ano e os juros para papéis com prazo de dez anos são de 5,75% ao ano.

Os temores relacionados à sustentabilidade das contas públicas brasileiras têm dominado os negócios no mercado de juros desde o início do mês e o resultado é nítido. Cada vez mais, a diferença entre as taxas de curto e de longo prazo tem aumentado, em uma evidência do aumento do prêmio de risco. No jargão do mercado, a curva de juros tem ficado ainda mais inclinada.

Entre analistas e gestores, a avaliação é essa dinâmica permanecer por enquanto. No entanto, passadas as discussões orçamentárias, a percepção de que os juros de prazo intermediário e longo têm espaço para cair tende a ganhar força.

Existe a preocupação dos terroristas fiscais de a única âncora fiscal do Brasil, o teto de gastos, ser violada em meio a pressões para impulsionar os investimentos públicos no próximo ano. Há, ainda, para incertezas quanto à extensão do programa de auxílio emergencial.

Enquanto a fragilidade das contas públicas permanece no foco do mercado, analista de mercado aposta na inclinação da curva de juros futuros, mais especificamente no intervalo entre os contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 e janeiro de 2025.

Desde a virada do mês, o duelo entre Brasil e África do Sul quanto à inclinação da curva de juros tem se mostrado mais acirrado. Dados do J.P. Morgan mostram que, no fim da semana passada, a disputa ainda era vencida pela África do Sul. A diferença entre os juros dos títulos públicos sul-africanos de três meses e dez anos era de 5,72 pontos percentuais. Perto desse nível estava a curva de juros brasileira, com spread de 5,31 pontos.

No início do mês, a diferença entre os juros sul-africanos de curto e de longo prazo estava em 5,57 pontos, enquanto o spread entre as taxas brasileiras começava agosto em 4,14 pontos.

As preocupações com o risco de uma nova espiral negativa no mercado de câmbio voltaram a rondar os negócios na última semana. O dólar disparou contra o real mesmo depois da decisão da Câmara de manter o veto presidencial à possibilidade de reajuste de salários de servidores públicos – algo que, em tese, traria alívio aos investidores. Dessa forma, o movimento do mercado local ameaça ter só uma direção, sem participantes que se atrevam a entrar na mão contrária, vendendo moeda americana.

Na última sexta-feira, o dólar comercial se manteve pressionado durante toda a sessão e encerrou em alta de 1%, a R$ 5,6078. Essa foi a primeira vez desde o dia 20 de maio que a taxa de câmbio encerra acima de R$ 5,60. O movimento foi amenizado apenas com nova intervenção do Banco Central, que injetou US$ 650 milhões no mercado à vista.

Essa dinâmica foi observada durante toda a semana. O dólar acumulou alta de 3,29% no período, enquanto a autoridade monetária vendeu um total de US$ 1,79 bilhão no mercado à vista (duas atuações na quinta e outra na sexta) e US$ 500 milhões via swap cambial (em um leilão extraordinário na quarta-feira)

A dificuldade de encontrar quem atue na contraparte – com exceção do Banco Central – persiste mesmo com o real sendo um ativo extremamente depreciado na comparação com outras moedas, o que, a princípio, abre espaço para arbitragem entre elas. No ano, a moeda brasileira acumula depreciação de 28,5% – movimento que corresponde a uma alta de 39,85% do dólar por aqui. A lira turca, segunda pior divisa de 2020, tem desvalorização de 18,92% no período.

 

Terrorismo Fiscal de O Mercado publicado primeiro em https://fernandonogueiracosta.wordpress.com