A General Motors anunciou o fim da marca australiana Holden. A tradicional fabricante de veículos da Oceania encerrá suas atividades ao final de 2020, marcando a retirada (quase) completa do grupo norte-americano do mercado local.
Desde 2016, a Holden não produz mais automóveis e tinha parte de seu portfólio importado da Opel, que já não faz mais parte da GM. Segundo o gigante de Detroit, motivada pelas baixas vendas nos últimos anos, assim como por conta da redução de custos em suas operações internacionais, a empresa decidiu pelo fim da marca.
No ano passado, a GM já havia retirado os modelos alemães Commodore (Insignia) e Astra, o que piorou ainda mais o desempenho da marca em seu país de origem. Fundada em 1856 como uma fabricante de selarias, em 1908 a Holden começou a produzir veículos. Antes de fazer parte da General Motors em 1931, ela chegou a produzir o Ford Model T.
Assim como a Ford Austrália, a Holden produziu uma série de carros grandes com motores de seis cilindros em linha e V8, assim como as famosas Ute, picapes poderosas derivadas dos sedãs das duas marcas. Com estes tipos, o país parecia um elo perdido do passado dos carros americanos, que sobreviveu às mudanças de perfil nos EUA.
Para ainda ter um pé no continente dos marsupiais, a GM manterá uma empresa chamada General Motors Special Vehicles, que importará uma série de veículos especiais, que podem até ter foco militar. Mas, a retirada da empresa de Detroit na Ásia não se resume apenas aos dois países da Oceania (Nova Zelândia também).
Na Tailândia, a GM pretende arrumar as malas e partir no mesmo período, vendendo a fábrica da Rayong – onde produz a picape Colorado global (nossa S10) e a Trailblazer (como aqui) – passando-a para a Great Wall Motor. A Chevrolet partirá do tradicional fabricante de picapes do Sudeste Asiático até dezembro.
Calcula-se que os custos para retirada da GM de Austrália e Tailândia alcance US$ 300 milhões. Antes presente em todos os cantos do mundo, a General Motors saiu de vários mercados nos últimos anos, em especial da Europa com a Chevrolet, embora ainda tenha presença discreta com Cadillac. Saiu também da Rússia, Vietnã, Indonésia e Índia.
Ela ainda se sustenta na Coreia do Sul, de onde exporta alguns modelos para o mercado americano. Américas e China são outras regiões onde a GM se mantém firme.
[Fonte: TTAC]
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