Em 2003, a Peugeot 307 SW chegava ao mercado brasileiro com proposta de ser uma opção familiar completa, confortável e versátil, que traria ao comprador brasileiro um pouco do que os europeus estavam usando na época.
Quase uma minivan, a 307 SW era bem espaçosa e trazia soluções interessantes no arranjo dos assentos traseiros, bem como um teto panorâmico para fazer inveja às demais peruas de seu segmento.
Vendida durante cinco anos, a Peugeot 307 SW tinha um bom custo-benefício na época, mas já havia o temor de produto francês. Com entre eixos longo, oferecia bom espaço interno, mas para mover tudo isso, precisava de um gastão 2.0.
Esse motor de 16V foi a única opção da station wagon da Peugeot. O câmbio manual de cinco marchas chegou a ser oferecido, mas a transmissão automática de quatro velocidades dominou as vendas do modelo, e não era para menos.
Peugeot 307 SW
Sucessora da Peugeot 306 Break, a Peugeot 307 SW era membro de uma família que ainda contava com o 307 em versões hatch, sedã e cupê-conversível.
Nascida em 2001, a 307 SW foi fabricada até 2008, quando saiu de cena também no Brasil, onde chegava importada da França. Ela utilizava a nova plataforma PF2 da PSA, que fora apelidada internamente de “mutante”.
Com carroceria volumosa e de aparência bem robusta, a Peugeot 307 SW passava a impressão (real) de ser bem pesada, porém, isso também era verdade no quesito segurança, sendo um carro bem construído.
Se aproveitou de técnicas empregadas nas minivans e multivans da PSA para oferecer um algo a mais em relação às rivais, assim como o uso de teto panorâmico, enquanto as demais só se limitavam ao teto solar elétrico de tamanho padrão.
Desenhada por Pininfarina, a Peugeot 307 SW era realmente uma bela perua, embora alguns possam estranhar ainda hoje sua traseira, que mais lembrava uma minivan.
Menos estilosa que a Peugeot 407 SW, que também foi vendida no Brasil, a 307 SW foi mais acessível e depois, como usada, teve boa desvalorização, sendo ideal para quem queria um usado com baixo preço e bom conteúdo.
Menor que o Peugeot 307 Sedan, ela tinha entre eixos maior que o Peugeot 307 hatch e isso reforçava a aparência de minivan da traseira. Alta e larga, tinha espaço de sobra para os mais exigentes.
Seu habitáculo amplo era bem convidativo e se tornava um lounge com a persiana elétrica do teto, completamente aberta, deixando a luz solar ou o brilho da lua invadir o ambiente.
Peugeot 307 SW – Estilo
Com 4,419 m de comprimento, 1,757 m de largura, 1,544 m de altura e 2,710 m de entre eixos, a Peugeot 307 SW tinha um estilo bem diferente das tradicionais peruas vendidas no país.
A frente era bem baixa e longa, tendo faróis duplos e longos, dotado de lentes claras, que se inspiraram nos olhos do felino, enquanto a grade era composta por duas partes, uma delas sendo o capô.
O para-choque tinha a mesma cor da carroceria e possuía ressaltos que no hatch e sedã argentinos eram em preto, mas não na Peugeot 307 SW. A grade inferior tinha um formato de sorriso, o que dava uma cara alegre ao modelo.
A carroceria volumosa tinha o para-brisa bem avançado sobre o eixo dianteiro, ampliando a sensação interna de espaço. Sua linha de cintura não era alta, o que favorecia uma boa área envidraçada, que ajudava muito na visibilidade.
No teto, as barras longitudinais eram de cor cinza e bem vistosas, tendo ainda o destacado teto panorâmico com vidro fixo, que ia até quase as colunas C. Tinha uma persiana elétrica internamente. Havia ainda uma antena bem pronunciada.
As colunas eram pretas e as maçanetas tinham cor cinza. As rodas de liga leve aro 15 polegadas com pneus 195/65 R15 tinham desenho elegante, mas suscetível a raspadas na guia em caso de não observação completa da manobra.
Nas portas dianteiras, a Peugeot 307 SW tinha quebra-ventos falsos e retrovisores posicionados bem próximos do condutor e passageiro. Atrás, as portas não tinha divisões por causa dos vidros.
As colunas D eram bem verticais, o que reforçava a impressão da perua ser em realidade uma minivan. Na traseira, as lanternas verticais eram bem grandes e se integravam ao desenho da vigia.
Esta era bem grande e facilitava a visibilidade para trás, tendo ainda limpador e desembaçador. A porta de abertura do bagageiro tinha aplique cinza sobre a placa e o logotipo do leão cromado, assim como o nome da marca.
Com proteções laterais na cor do carro, as extremidades da Peugeot 307 SW atrás também tinham essa reforço, mas totalmente na cor do carro. O para-choque era rebaixado ao centro para facilitar o acesso ao porta-malas.
Por dentro, a Peugeot 307 SW era todo família. O ambiente amplo, arejado, claro e bem confortável foi pensado para que os membros pudessem estar sempre à vontade, seja o motorista ou os passageiros.
Na frente, o painel da 307 SW era bem amplo e tinha cluster com mostradores analógicos dotados de grafismos brancos, que mais tarde dariam lugar a um belo conjunto de fundo branco, rico em estilo.
Ele era composto por velocímetro, nível de combustível, temperatura da água, conta-giros e dois displays, sendo um para hodômetros e outro para indicador de marcha e temperatura do óleo.
Um computador de bordo se fazia presente num display com grafismos vermelhos, que ficava no topo do conjunto, reproduzindo o sistema de áudio e a temperatura externa.
Este reproduzia as informações do rádio 1din que ficava mais abaixo, sem display. Ele tinha CD player e permitia que um porta-objetos surgisse mais abaixo.
O ar condicionado ainda era automático, antes da “era dual zone” que tomaria conta da maioria dos produtos da marca. O volante de três raios tinha acabamento todo preto com couro, mas os comandos de mídia ficavam numa haste na coluna.
Também assim era o controle de cruzeiro com limitador, que ficava no lado oposto da coluna de direção, ajustável em altura e profundidade. A direção era hidráulica.
Os vidros tinham comandos elétricos nas portas, o que era mais cômodo que no 206 da época, por exemplo, que ficava ao centro. A Peugeot 307 SW tinha ainda console da transmissão com acabamento cinza, que envolvia ainda o console.
Entre os bancos dianteiros, a perua vinha com comando para a persiana elétrica do teto. Havia ainda dois apoios de braço retráteis para quem ia na frente.
Os bancos eram revestidos em bom tecido e eram muito confortáveis, sendo que os dianteiros ainda tinham gavetas sob os assentos para objetos pessoais, além do bom porta-luvas, que era refrigerado.
Os dianteiros tinham airbags laterais, que eram opcionais junto com os de cortina. Aliás, estranhamente, como em versão única, a Peugeot 307 SW tinha os faróis de neblina como opcionais.
O mesmo em relação aos sensores de chuva e crepuscular, assim como o retrovisor interno eletrocrômico e sensor de estacionamento. De qualquer forma, a perua francesa tinha mais a oferecer de série.
Para quem ia na segunda fileira, havia 20 combinações dos assentos, independentes e totalmente ajustáveis em encosto e distância. O banco do meio era interessante porque podia ser rebatido, convertendo-se em mesa com porta-copos.
Ele também era removível e permitia que os laterais se aproximassem. Interessante ainda é que os laterais podiam ser retirados.
Atrás, o porta-malas de 520 litros podia ser ampliado para 559 litros com ajuste dos bancos e chegar a 1.539 litros com todos rebatidos. Apesar da configuração de cinco assentos, a Peugeot 307 SW foi feita para levar sete.
Ela tinha encaixes no porta-malas para mais dois assentos, vendidos como acessórios na rede Peugeot. Assim, podia levar sete pessoas nessa configuração, tendo ainda os cintos ajustáveis traseiros.
Sem o banco do meio, os passageiros podiam ainda desfrutar de uma mini-geladeira em seu lugar. Havia ainda porta-copos escamoteável à frente da segunda fileira.
Um dos acessórios mais interessantes era uma haste com uma tela de LCD para reprodução de vídeo, presa entre os encostos dianteiros. Havia também os displays de entretenimento para fixação nos apoios de cabeça.
A Peugeot 307 SW era só diversão, tendo ainda mesinhas para refeições nos encostos dianteiros, assim como porta-revistas, luzes de leitura laterais e um bom sistema de som.
O bagageiro tinha ainda cobertura retrátil e rede para fixação de bagagens. Todos os ajustes modulares eram de fácil manuseio, pensando em mães com seus filhos e compras.
No teto, o vidro panorâmico era duplo e retinha 88% dos raios solares, reduzindo assim a temperatura de exposição. Também sua persiana precisava de 11 segundos para abrir ou fechar completamente. O para-brisa era reflexivo.
Atualização
Em 2006, a linha 2007 da Peugeot 307 SW trazia uma importante renovação visual, incorporada ao modelo europeu em 20005. Assim, a perua mudou bem sua estética frontal.
A frente tinha aspecto mais sofisticado, tendo faróis duplos novos e maiores, cujas lentes se sobressaíam em relação ao capô, podendo ser vistas do interior.
O capô ficou menor, já que a grade original fora eliminada, dando lugar a um conjunto fechado com logotipo da Peugeot em elemento vazado. Esse nariz frontal trazia ainda uma boca maior no para-choque.
Ela tinha apliques pretos como protetores, assim como friso cromados e faróis de neblina com molduras cromadas. O protetor tinha ainda apliques laterais e pequenos defletores nas extremidades.
As novas rodas de liga leve aro 16 polegadas com pneus 205/55 R16 eram mais elegantes e davam mais classe à perua. A traseira e os demais elementos eram os mesmos, exceto as lanternas em LED. Ela teve duas versões: Allure e Feline.
Contudo, por dentro, a Peugeot 307 SW vinha com um painel mais vistoso. Na Feline, a mais completa, a familiar vinha com um conjunto bem montado e ainda hoje surpreende alguns pela quantidade de equipamentos.
O cluster tinha aspecto esportivo com fundo branco. O sistema de som podia ter uma disqueteira para CDs, além do próprio rádio-CD player. A base da alavanca de câmbio era cromada e o ar condicionado era dual zone.
Motor
A Peugeot 307 SW era equipada com um motor 2.0 EW10 com quatro cilindros e cabeçote 16V com duplo comando acionado por correia dentada.
Esse propulsor vinha da França apenas com gasolina e nunca teve versão flexível a bordo da perua. Com taxa de compressão de 10,8:1, o propulsor tinha injeção eletrônica sequencial.
Ele entregava 138 cavalos a 6.000 rpm e 19,4 kgfm a 4.100 rpm, permitindo que ela fosse de 0 a 100 km/h em 10,5 segundos na versão automática e com máxima de 200 km/h.
O consumo de gasolina na versão manual era de 6,8 km/l na cidade e 11,9 km/l na estrada. Com a atualização, a 307 SW ganhou mais força, tendo seu 2.0 16V evoluído para 143 cavalos a 6.000 rpm e 20 kgfm a 4.000 rpm.
Equipada com transmissão automática de 4 marchas, ela teve uma piora na aceleração, indo de 0 a 100 km/h em 12 segundos e limitada a 200 km/h.
No caso do consumo, a automática mais potente fazia 8,5 km/l na cidade e 11,8 km/l na estrada, uma melhora sensível no meio urbano, justificando a alteração no conjunto motriz.
Sua saída em 2008, embora ainda existam modelos 2009, raros, foi sentida por aqueles que apreciavam nela uma perua verdadeiramente familiar, que depois dela, não tivemos outra igual.
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Peugeot 307 SW: a perua média vendida por aqui de 2003 a 2008 publicado primeiro em https://www.noticiasautomotivas.com.br
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