segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Kia Magentis: história, estilo, motor e equipamentos do sedã grande

Kia Magentis: história, estilo, motor e equipamentos do sedã grande

O Kia Magentis foi um sedã médio-grande vendido pela Kia Motors entre 2000 e 2010, tendo sido um dos nomes usados pelo Kia Optima nas duas primeiras gerações.

O Magentis foi um carro bastante conservador e sóbrio, que foi vendido no Brasil apenas na segunda geração e teve presença discreta até a chegada do Optima, que realmente arrebatou muitos clientes para a Kia Motors.

Fabricado na Coreia do Sul, Rússia, Malásia e China, o Kia Magentis abriu caminho para que a marca sul-coreana pudesse alcançar o lugar que tem hoje, embora o produto não tenha sido um destaque em estilo ou proposta como o sucessor.

Embora aqui tenha sido vendido apenas com motor 2.0 e na única versão, a EX, o Magentis tem um histórico de motores bem maiores que 2.0, chegando mesmo a dispor de três modelos de motor V6.

Kia Magentis

Kia Magentis: história, estilo, motor e equipamentos do sedã grande

O Kia Magentis foi o sucessor do Kia Credos, que aqui foi vendido nos anos 90 como Kia Clarus, quando a marca ainda era independente da Hyundai. O novo sedã foi um dos primeiros produtos feitos em parceira com a gigante doméstica.

O Magentis usou a plataforma Y4 da Hyundai-Kia inicialmente, evoluindo esta para uma segunda base, que foi até 2010. Como toda geração de carros das duas marcas, o sedã mudou a cada cinco anos, tendo um ciclo de vida curto.

Tendo o Hyundai Elantra da mesma época como irmão, o Kia Magentis surgiu no início do século com a missão de representar a Kia num segmento de alto volume nos EUA, o dos sedãs médios (grandes aqui).

Com proposta de custar pouco e ter um bom custo-benefício, o Magentis não apelou para inovações e cumpriu à risca sua missão de vender bem sem chamar atenção.

Kia Magentis: história, estilo, motor e equipamentos do sedã grande

Para os brasileiros, o Magentis passou por essa primeira geração sem chegar aqui, mas a segunda apareceu, ainda tímida, para cimentar o pavimento até a chegada do Optima, que realmente fez sucesso com seu estilo arrojado.

Embora também fosse “alemão”, o segundo Magentis ainda era um carro tímido, assim como a primeira geração. Com bom porte, ele teve motores 2.0 e 2.4, ambos de quatro cilindros, mas nos EUA, ele precisava provar mais.

Assim, a Kia Motors colocou nele o Delta V6 com 2.5 litros e também com 2.7 litros, sendo este último o mesmo que equipou aqui o Kia Sportage V6 e também o Hyundai Tucson 2.7, para não citar também o Hyundai Santa Fé.

Ele chegou a usar o motor Mu V6 2.7 com até 197 cavalos e até um diesel CRDi 2.0 com 140 cavalos. Aqui, seu motor Theta 2.0 chegou em uma versão mais possante, entregando 164 cavalos, normalmente a potência do Theta 2.4.

Kia Magentis – Estilo

Kia Magentis: história, estilo, motor e equipamentos do sedã grande

Quando chegou ao Brasil, o Kia Magentis estava em sua segunda geração, que recebeu uma atualização de meia vida, em um período bem curto. O sedã médio-grande desembarcou no Brasil em 2006.

Ele ainda ostentava o estilo de 2005, o original, chamando atenção por seus grandes faróis duplos, que possuíam projetores tipo canhão e piscas integrados.

Com a grade num nariz acentuado, o Magentis tinha uma grelha com quatro frisos cromados, além do logotipo da Kia. O para-choque era envolvente e tinha uma grade retangular inferior, além de faróis de neblina.

Discreto, o Kia Magentis não tinha vincos pronunciados de destaque e nem detalhes nas laterais que chamassem atenção. Havia repetidores de direção nos para-lamas dianteiros e retrovisores na cor do carro e as maçanetas eram cromadas.

Kia Magentis: história, estilo, motor e equipamentos do sedã grande

A área envidraçada era boa, tendo ainda portas traseiras amplas e com quebra-ventos falsos. As colunas C eram mais reforçadas, deixando o visual do Kia Magentis bem equilibrado e funcional.

As lanternas eram grandes e possuíam lentes circulares no interior, sendo cortadas pela tampa do porta-malas. Esta tinha apenas o logotipo da Kia e uma área para placa. Havia a identificação da versão, que era a EX.

Da mesma forma, o para-choque era discreto e tinha apenas sensores de estacionamento. As rodas de liga leve eram de 16 polegadas e tinham sete raios, tendo ainda pneus 205/60 R16, que eram altos para oferecer mais conforto e economia.

Por dentro, o Kia Magentis eram bem mais apreciável do que por fora, tendo um ambiente em dois tons de cinza, sendo o mais escuro na parte superior. O ambiente também tinha acabamento em couro nos bancos e nas portas.

Kia Magentis: história, estilo, motor e equipamentos do sedã grande

O cluster era analógico com dois mostradores para velocímetro (com milhas ao centro) e conta-giros, tendo ainda displays afilados na base dos mesmos para nível de combustível e temperatura da água, além de computador de bordo.

No caso do volante, o mesmo vinha com acabamento em couro, trazendo ainda comandos de mídia e telefonia, em ambos os lados da direção, que tinha airbag do motorista. Havia ainda o airbag do passageiro.

Na parte superior do painel, havia um espaço para um relógio digital simples. Logo abaixo, o Kia Magentis apresentava originalmente um sistema de áudio 2din com CD player e MP3.

Muitos donos de Magentis trocaram esse aparelho por multimídia de marcas variadas, ampliando o entretenimento a bordo. Abaixo, o ar condicionado era automático e tinha display próprio. Os difusores centrais eram verticais.

Kia Magentis: história, estilo, motor e equipamentos do sedã grande

Com alguns porta-objetos no console, o sedã da Kia tinha ainda um túnel central vistoso com seletor de marchas em estilo escada, trazendo inclusive a opção de mudanças manuais de marchas, bem como alavanca com acabamento preto.

Tendo um frontal envolvente, o Kia Magentis tinha bom acabamento nas laterais, onde o motorista tinha os comandos dos vidros e retrovisores, além de abertura elétrica do porta-malas e do bocal do tanque de combustível.

Kia Magentis: história, estilo, motor e equipamentos do sedã grande

O freio de estacionamento era manual e o apoio de braço central era revestido em couro. O assento do motorista tinha uma boa alavanca para elevação do mesmo. Atrás, o espaço era generoso para as pernas e havia apoio de braço central.

O Magentis trazia cintos de três pontos para todos os ocupantes, assim como apoios de cabeça. Já o espaço no porta-malas era mediano, tendo 420 litros.

Com 4,755 m de comprimento, 1,820 m de largura, 1,480 m de altura e 2,720 m de entre eixos, o sedã tinha ainda tanque de 62 litros.

Atualização

Kia Magentis: história, estilo, motor e equipamentos do sedã grande

No Salão do Automóvel 2008, o Kia Magentis reapareceu, mas diferente. Ele trazia uma atualização visual que duraria pouco aqui, apenas uns dois anos, como a anterior.

Custando R$ 69.900 na época, o Magentis renovado era quase outro carro. A frente havia recebido faróis duplos retangulares que se uniam bem à nova grade com o estilo Tiger Nose cromada, que permanece até os dias atuais.

O para-choque era novo também, tendo faróis de neblina quadrados e grades mais amplas, além de spoiler. Protetores laterais na cor do carro e retrovisores com repetidores de direção integrados chamavam atenção.

O mesmo em relação às novas rodas de liga leve aro 16 polegadas. Na traseira, as lanternas ganharam um desenho mais envolvente e com iluminação melhorada. Essa versão EX ganhou friso cromado envolvendo as janelas.

Kia Magentis: história, estilo, motor e equipamentos do sedã grande

No interior, o Magentis recebera um novo cluster analógico com mescla de branco e vermelho nos grafismos. O sistema de som continua a ser o mesmo, com CD player e MP3, tendo uma única entrada auxiliar.

A novidade era que o volante multifuncional em couro vinha com paddle shifts, apesar do câmbio automático de quatro marchas. O seletor de marchas agora tinha uma base circular com acabamento que imitava fibra de carbono.

Com interior em cinza bem claro, o Kia Magentis ainda era um carro bem apreciável. Ainda mantinha algumas coisas indesejáveis, como falta de USB, direção sem ajuste de profundidade e apenas dois airbags.

Kia Magentis – Motor

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O Kia Magentis tinha motor Theta 2.0 com quatro cilindros e cabeçote dotado de 16 válvulas, tendo ainda duplo comando de válvulas variável (DVVT), o que permitia ao propulsor render mais que a versão padrão sem este sistema.

Com 1.998 cm3, o Theta 2.0 tinha taxa de compressão de 10,5:1, além de 164 cavalos a 6.200 rpm e 20,1 kgfm a altos 4.600 rpm, ou seja, era um motor que gostava de giro alto, o que prejudicava o consumo e o conforto.

Seu câmbio automático tinha apenas quatro marchas (o único cinco marchas era usado apenas no Mu 2.7 de 197 cavalos no exterior), o que agravava a situação.

Kia Magentis: história, estilo, motor e equipamentos do sedã grande

Pesando 1.485 kg e agora com 4,800 m por causa da atualização, o Kia Magentis EX ia de 0 a 100 km/h em 11,3 segundos, tendo velocidade final de 195 km/h.

Abastecido apenas com gasolina, o sedã tinha consumo de 8,4 km/l na cidade e 11 km/l na estrada. Ele tinha ainda suspensão dianteira McPherson e traseira multilink, além de discos nas quatro rodas e apenas ABS.

Tendo conteúdo mediano já em 2009, o Magentis parecia apenas mais um em meio à multidão. Ele ficou no mercado até meados de 2011, quando chegou o Kia Optima para mudar a coisa da água para o vinho, tinto.

Primeira geração

Kia Magentis: história, estilo, motor e equipamentos do sedã grande

A primeira geração do Kia Magentis era conhecida como EM, enquanto a segunda era a MG. Quando surgiu em 2000, o sedã médio-grande tinha um porte de respeito no segmento e pouca ousadia, como os americanos gostavam.

Ele media 4,745 m de comprimento, 1,820 m (após facelift), 1,420 m de altura e 2,700 m de entre eixos. Diferente da geração posterior, essa não veio porque seus motores eram grandes e impactavam nos tributos aqui.

O Kia Magentis da primeira geração tinha o motor Sirius II 2.4 com 149 cavalos, que mais tarde foram reduzidos para 138 cavalos para conter emissão. Mas, a sensação era o V6 Delta, que tinha versões 2.5 e 2.7, ambas com 172 cavalos.

Kia Magentis: história, estilo, motor e equipamentos do sedã grande

Além do manual de cinco marchas, ele tinha o automático de quatro marchas. Com faróis originalmente grandes e grade cromada destacada, o modelo ficou desajeitado com a atualização visual de meia vida em 2003.

Esta trouxe faróis de facho alto circulares e separados dos de facho baixo, que tinham desenho mais harmônico. O modelo da Kia Motors durou até 2005, sendo substituído por aquele que veio ao Brasil. Foi feito na China até 2011, no entanto.

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