Embora seja caracterizada como fundamental para o fornecimento de alimentos em todo o país, a agricultura familiar brasileira ainda passa por muitos desafios para a sua sobrevivência. Na tentativa de apoiar o setor e ajudar a superar qualquer adversidade, o cooperativismo na agricultura se mostra uma importante solução.
Os principais obstáculos do setor são aqueles impostos pela globalização, com a entrada de insumos estrangeiros no mercado, o grande nível de exigência dos negócios alimentícios e a alta competitividade diante dos grandes agricultores. Isso exige dos pequenos produtores rurais estratégias que assegurem a sustentabilidade das suas propriedades e o escoamento da sua produção.
Pensando nisso, preparamos este artigo para você conhecer mais sobre o cooperativismo na agricultura. Acompanhe!
Como o cooperativismo funciona?
Nesse mercado tão competitivo, as cooperativas rurais surgem como uma alternativa viável, pois beneficiam o pequeno agricultor e permitem que ele escoe sua produção, garantindo a compra de matéria-prima, insumos e suprimentos a preços atrativos.
Basicamente, o que se deseja ao organizar o cooperativismo na agricultura é solucionar problemas, melhorar a situação econômica e satisfazer as necessidades e os objetivos comuns em certo grupo de indivíduos. Dessa forma, a cooperativa pode ser definida como uma empresa que fornece serviços aos seus cooperados.
Assim, o cooperativismo rural é um meio para que um grupo de indivíduos alcance objetivos particulares por meio de um acordo voluntário para colaboração recíproca. Para isso, a cooperativa atua no mercado desenvolvendo atividades de crédito, prestação de serviços, consumo, produção e comercialização para seus membros.
A diferença desse tipo de associação de pessoas para outras está no seu caráter essencialmente econômico. O objetivo é colocar os serviços e produtos de seus cooperados no mercado, em situações mais favoráveis do que eles teriam isoladamente.
Princípios
Os princípios básicos que devem ser seguidos em qualquer cooperativismo são:
- adesão voluntária e livre;
- gestão democrática;
- participação econômica dos membros;
- autonomia e independência;
- intercooperação;
- educação, formação e informação;
- interesse pela comunidade.
Papel social
O papel social dessas organizações vai além de um plano contra o desemprego. Hoje, elas se tornaram uma forma de promover o desenvolvimento econômico e social de muitos grupos.
A diferença entre o capital de uma cooperativa e o gerado por uma empresa privada é que o primeiro não fica concentrado na mão de um empresário. Todo o lucro obtido é dividido entre os trabalhadores, gerando desenvolvimento local.
Qual é a importância do cooperativismo na agricultura?
Os pequenos agricultores enfrentam diversos desafios diariamente. A comercialização de seus produtos e a compra de suprimentos e insumos necessários para a produção rural estão entre os principais problemas.
A competição direta com grandes produtores rurais é alta. Afinal, eles entregam seus produtos a preços muito atrativos e lucram pelo volume de vendas. Por isso, escoar a produção por meio das cooperativas é a melhor forma de assegurar a comercialização a preços competitivos para os pequenos agricultores.
Dessa forma, o cooperativismo na agricultura funciona como centrais e depósitos de beneficiamento e entrega de produtos. Elas recebem e tratam a produção de diversas formas, desde o envasamento e ensacamento até o descascamento de grãos e a elaboração de alimentos derivados, por exemplo.
Depois disso, as organizações ficam responsáveis por repassar ao mercado em volume, permitindo promover preços mais atraentes também para o consumidor final. As cooperativas rurais também compram materiais e equipamentos diversos, como sementes, fertilizantes e maquinário em maior escala, o que permite a aquisição a preços mais acessíveis e que são revertidos para seus associados.
A troca de experiências entre os membros e a criação de uma cadeia de negócios interna são outras vantagens do cooperativismo rural. Isso significa, por exemplo, que um produtor de cana-de-açúcar e milho pode formalizar uma parceria com avicultores, suinocultores e criadores de gado para atuar como abastecedor de maneira direta.
A vantagem dessa redução de intermediários é a garantia de escoamento da produção para o fornecedor. Para quem compra, o maior benefício é a garantia de produtos de boa qualidade a preços atraentes e provenientes de produtores confiáveis.
Quais são os impactos positivos das cooperativas na agricultura familiar?
A agricultura familiar brasileira está em constante desenvolvimento e representa o êxito da produção agrícola no país. Essa atividade agropecuária baseia-se na caracterização de famílias que produzem em suas próprias terras.
Nesse cenário, o pequeno agricultor se destaca na busca por aumentar a sua atividade produtiva por meio do ingresso em cooperativas e associações. Essa alternativa apresenta diversos benefícios, como:
- acesso ao crédito e a novas tecnologias;
- vantagens fiscais;
- oportunidade de ingresso em nichos mais competitivos.
Com isso, quem opta por aderir à cooperativa consegue vender mais produtos e melhora a rentabilidade do seu negócio. Isso permite aumentar a produção e ter mais desenvolvimento.
Com mais famílias atuantes no campo, o cooperativismo na agricultura fortalece sua própria estrutura e pode oferecer mais assistência técnica aos agricultores associados. Essas organizações ensinam a atuar em grupo e a pensar no coletivo. Com isso, o trabalho cresce com o auxílio de todos.
Outro ponto positivo é que as cooperativas podem fazer parcerias com universidades, por exemplo, para oferecer cursos de capacitação. Nesses aperfeiçoamentos, profissionais especializados desenvolvem conteúdos e metodologias para o trabalho no campo, de forma que todos os integrantes das associações possam compreender a questão referente ao que é o cooperativismo e os pontos formais e legais necessários para o desenvolvimento interno da organização econômica.
Os cursos também devem abordar como funciona a relação dos dirigentes com o quadro social em que estão inseridos os agricultores familiares que constituem a cooperativa. Assim, é possível ter conselhos fiscais e de administração bem preparados para cumprir seus papéis como responsáveis por essas organizações. Isso ajuda a potencializar a gestão e permite que a cooperativa saiba aproveitar melhor as políticas oferecidas pelo Governo Federal.
O cooperativismo na agricultura familiar é uma das bases do desenvolvimento sustentável. Ao incentivar o setor, a economia local e a geração de renda também são estimuladas. Encontros realizados pelos gestores das cooperativas são importantes para se desenvolver mais e fazer com que as compras ocorram. Com isso, toda a cadeia produtiva é aperfeiçoada.
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