O Volkswagen Virtus GTS chegou para trazer esportividade ao sedã compacto que se destaca no mercado nacional por seu porte, espaço interno, porta-malas e desempenho nas versões Comfortline e Highline, ambas com motor 1.0 TSI de até 128 cavalos e câmbio automático de seis marchas.
Custando a partir de R$ 104.940, o Virtus GTS vem apimentar essa receita de performance e eficiência com uma dose mais forte, que nesse caso é o EA211 1.4 TSI Flex, que entrega ótimos 150 cavalos e 25,5 kgfm, preservando o câmbio automático, mas adicionando modificações para não ficar parecendo com o macio T-Cross Highline.
Tal como seu irmão Polo GTS, o Virtus GTS traz não só a sigla, como a VW diz, mas o peso da responsabilidade de ser um esportivo de verdade numa proposta inédita, afinal, o mais próximo de um sedã que a marca adicionou essa identificação história foi o Passat GTS Pointer.
Para cumprir bem essa missão, ele vem recheado de modificações e equipamentos, mas também com um layout até certo ponto discreto, como o Polo GTS, deixando mesmo que o desempenho seja a atração e não a estética. De qualquer forma, em ambos, ele não faz feio, pelo contrário.
Com modos de condução, cluster digital, multimídia com monitor de desempenho, bancos esportivos, faróis full LED, rodas aro 17, entre outros, o Volkswagen Virtus GTS mostra que um carro bem familiar pode sim trazer emoção ao volante e ainda preservar seus principais atributos.
Impressões visuais
O Virtus GTS é um carro com visual atraente. A frente inspirada no Polo GTI europeu traz faróis duplos de LED com filetes vermelhos que atravessam a grade personalizada, dando ao sedã uma cara mais expressiva.
O logotipo GTS está lá para impor certo respeito, enquanto o para-choque com acabamento preto brilhante e faróis de neblina dão mais destaque ao conjunto, especialmente na cor branca da carroceria.
As rodas “laminadas” aro 17 polegadas com pneus 205/50 R17 chamam atenção por não estarem “socadas” nas saias de rodas como se espera de um esportivo. O mesmo em relação ao Polo GTS.
O motivo é que a VW defende uma altura padrão para seus carros no Brasil, a fim de evitar problemas com lombadas e depressões que nossas vias possuem, o que de certa forma, pode incentivar aqueles que gostam de um carro rebaixado.
O badge GTS nas laterais é discreto, enquanto os retrovisores são pretos. No GTS não há opção de teto preto, sendo outro incentivo para um adesivado. Também não há teto solar elétrico, algo que gostaríamos de ver nesse sedã esportivo.
Contudo, o preço completo bateria fácil nos R$ 113 mil para começar… Na realidade, ele alcança até R$ 108.670 com pintura metálica e o sistema de som Beats, que te dá uma sonoridade melhor, porém rouba-lhe parte do porta-malas.
Atrás, antena no teto proeminente poderia ser em estilo barbatana, enquanto o defletor de ar preto sobre a tampa do bagageiro é discreta e interessante, sem exagero. No para-choque, nada de escape duplo cromado.
A pegada no Virtus GTS é mais sóbria nesse caso, o que não significa que ele não faça um som realmente bom ao acelerar, pelo menos por dentro. Lanternas em LED adornam o visual, que chama atenção apenas pela sigla GTS, como no Polo.
Toda a base da carroceria vem com uma pequena saia envolvente, desde a frente até a traseira. Com tudo isso, o Virtus GTS não quer ser chamativo.
Por dentro, o ambiente é uma reprodução do Polo GTS, mas com conforto maior. Isso porque o Virtus tem 2,651 m de entre eixos, o mesmo do T-Cross, o que confere ótimo espaço para as pernas de quem vai atrás.
Mesmo para um condutor alto, quem senta atrás não se sentirá apertado. Com teto e colunas pretas, o GTS maior traz bancos de desenho esportivo que vestem bem motorista e passageiro, mas longe dos Recaro de antigamente.
A sigla GTS em relevo, mas sem nenhum acabamento diferenciado, é facilmente notado no encosto, que tem apoio de cabeça integrado. O acabamento do assento traseiro segue o mesmo padrão, mas sem a sigla.
Costuras vermelhas dão o tom da proposta, cor que envolve ainda os difusores de ar, o couro do volante de fundo chato, a capa da alavanca de câmbio e a base do seletor de marchas, por exemplo.
No Virtus GTS, o painel tem a parte central em cinza escuro brilhante com Active Info Display em vermelho e multimídia com layout monocromático num fundo preto brilhante. O suporte de celular destoa do conjunto, como sempre.
O sedã esportivo tem pedais condizentes com a proposta, portando ainda freio de estacionamento manual e ar condicionado automático, que bem poderia ser dual zone. Dentro do porta-luvas, entrada de ar e acesso ao CD e SD (um deles para o mapa de navegação).
As portas possuem acabamento mediano, como no Polo GTS, enquanto atrás, os passageiros vão com difusores de ar e entrada USB, o que é melhor do que em alguns sedãs médios…
No entretenimento, além dos modos de condução, selecionáveis na base do câmbio, assim como a partida por botão, a Discover Media traz ainda monitor de desempenho com aceleração lateral, pressão do turbo e potência em kW na aceleração. Tem ainda tempo de volta numa segunda opção.
Bem completa, vem com tudo, incluindo câmera de ré, Android Auto, Car Play e Mirror Link, além de boa gestão de mídia e telefonia. O cluster digital possui três opções de telas, mas realmente a apresentação clássica é a ideal para ver até onde o Virtus GTS consegue ir.
O porta-malas de 521 litros é reduzido com o som Beats, que inclui ainda um piso elevado (s.a.v.e.) que poderia aproveitar a lacuna entre o estepe e o assoalho do bagageiro para dispor de um compartimento extra, separado.
Impressões ao dirigir
São Carlos-SP – Antes de mais nada, vamos responder logo de cara à pergunta que muita gente deve estar fazedno agora: O Virtus GTS é igual ao Polo GTS? A resposta é: não!
O Volkswagen Virtus GTS tem a mesma pegada esportiva que o irmão hatch, porém, seu porte e dinâmica de condução, atribuída em grande parte ao seu perfil, o tornam único em relação ao Polo GTS.
Só pelo formato ele consegue ir mais longe, alcançando 210 km/h, acelerando de 0 a 100 km/h em 8,7 segundos. Não é tão leve quanto o Polo GTS, mas tem uma boa dose de força quando o pedal é pressionado sem modéstia.
Mesmo no modo Eco, o EA211 1.4 TSI com seus 150 cavalos que vão de 5.000 a 6.000 rpm, garantem disposição a qualquer exigência extra. Com ótimos 25,5 kgfm da 1.500 rpm até 4.000 rpm, o propulsor mantém a força em qualquer regime.
Por isso, ele pode ser bem dócil no modo de economia ou ser agressivo com regimes acima de 6.000 rpm, quando o corte vem, indicando que até aí, o Virtus GTS já está em um bom nível de performance. Bom mesmo para um sedã compacto.
No Normal, ele se comporta muito bem, rodando sempre entre 1.500 e 2.000 rpm na cidade e mantendo esta última na estrada, a 110 km/h. Em subidas e aclives, nada de giros altos como em motores aspirados.
O 1.4 TSI tem força suficiente para manter o giro em boa parte da viagem, sem se esforçar. Isso é bom tanto em conforto ao dirigir quanto em economia (que veremos mais adiante, numa Avaliação NA).
Com relação de marchas bem adequada para este motor forte, o VW Virtus sob a sigla GTS, anda excelentemente bem, especialmente no modo Sport, que é quando a brincadeira fica interessante.
As respostas imediatas ao motor, que enche rapidamente, fazem o Virtus GTS andar como gente grande e sem intimidação de carros maiores. Ficando sempre cheio, entre 5.000 e 6.000 rpm, o sedã é somente prazer ao volante.
Usando as mudanças manuais, dá para extrair um pouco mais e explorar bem as retomadas, sempre num envelope de força largamente folgado, que dá margem para a emoção.
Direção mais dura, giros mais altos e o Virtus GTS fica na mão, mesmo em curvas mais fechadas, quando a traseira começa a querer mandar no jogo. O conjunto de suspensão mais firme, não é exagerado em rigidez, mas não deixa a desejar em estabilidade.
O Virtus GTS contorna bem as curvas e dá vontade de provocar um pouco mais para ver até quanto ele começa a exigir o controle de estabilidade. Com leve tendência de sair de frente, ele se comporta bem quando exigido e agradou.
A história da suspensão elevada ainda conta para este GTS, já que poderia ficar mais “sentado” nas curvas e sentir menos as altas velocidades em reta. De qualquer forma, surpreendeu pelo bom conjunto.
Freios e direção adaptativa (muda de resposta de acordo com o modo de condução) estão bem calibrados, enquanto o nível de ruído a bordo, que criticamos no modo Sport do Polo GTS, está mais atenuado e agradável no Virtus GTS.
A reprodução da acústica do propulsor, dentro do carro através de alto-falante, continua. Agora, porém, num nível bem melhor e que em nada desmerece a proposta do carro, já que o som corresponde ao que o carro oferece.
Para quem busca uma pegada esportiva e ainda assim quer ter o conforto de um sedã “quase” médio, o Virtus GTS preenche bem esse requisito. O detalhe é que numa família cheia de sedãs, sempre haverá alguma comparação.
O Jetta 250 TSI, por exemplo, custa menos, é maior e tem o mesmo conjunto motor/câmbio. Contudo, ele não tem proposta esportiva, possui rodas menores e pneus mais altos, assim como equipamento mais simples. Ou seja, tem outra pegada.
Nesse primeiro contato, o Volkswagen Virtus GTS agradou bastante.
Volkswagen Virtus GTS – Galeria de fotos
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