domingo, 7 de junho de 2020

IIHS: Carros autônomos não podem evitar a maioria dos acidentes

IIHS: Carros autônomos não podem evitar a maioria dos acidentes

O principal argumento atribuído ao carro autônomo é a segurança. Estudos indicam que a tecnologia permitirá reduzir enormemente e até eliminar os acidentes de trânsito nas cidades e estradas. Contudo, nem todos entendem dessa forma.

O IIHS – Instituto das Seguradoras para a Segurança nas Estradas – dos EUA afirmou que os veículos autônomos não podem evitar a maioria dos acidentes.

Contrariando empresas como a General Motors, que defende três pilares de seu programa de carros que dirigem sozinhos (Zero Acidentes, Zero Emissão e Zero Congestionamentos), o IIHS diz que a capacidade de se evitar um acidente por parte de um carro depende em grande parte de sua programação.

A entidade das seguradoras se baseia em um registro do National Motor Vehicle Crash Causation Survey, que utiliza o banco de dados da NHTSA, onde em um registro de 5.000 acidentes, cinco fatores foram determinantes em todos eles:

  • Detecção e percepção, incluindo falha no reconhecimento de um perigo
  • Previsão, como erro de julgamento do motorista sobre a velocidade de outro veículo
  • Planejando e decidindo, como dirigir rápido demais para as condições
  • Execução e desempenho, como erros no controle do veículo
  • Incapacitação, incluindo prejuízo como resultado do consumo de drogas ou álcool

IIHS: Carros autônomos não podem evitar a maioria dos acidentes

Segundo a IIHS, apenas dois dos fatores acima seriam evitados pelos carros autônomos, sendo eles Detecção e percepção, bem como Incapacitação.

No primeiro, o uso de tecnologias como câmeras inteligentes, radares, sensores, câmeras laterais e o laser LiDAR, aléwm de GPS de alta precisão, fazem uma varredura em 360 graus e de longo alcance para determinar quais são as ameaças e como evita-las.

A fusão de dados e a inteligência artificial se encarregam do resto. Aliás, são estes que também assumem o controle total do veículo em vez de um condutor humano, que poderia ter sua condição física e psicológica afetas por bebidas alcoólicas ou entorpecentes.

O IIHS diz que o primeiro fator representa 24% dos acidentes e o segundo indicado, outros 10%. Eles podem ser evitados, mas apenas se todos os carros nas vias forem autônomos.

IIHS: Carros autônomos não podem evitar a maioria dos acidentes

Já em relação aos demais, o instituto pondera que, para serem igualmente evitados, a programação precisa prever, planejar e executar uma ação por conta própria, assim como evitar erros de desempenho.

A capacidade de julgamento de um motorista humano não pode ser reproduzido pelo carro autônomo, pelo menos não com a tecnologia atualmente existente.

Sabe-se que a Lei da Robótica de Isaac Azimov se aplicaria aos automóveis que andam sozinhos também. Aí, no final, seria uma máquina capaz de julgar o que é certou ou errado e qual a prioridade em uma situação de emergência?

Por ora, o IIHS sugere apenas que os carros sejam programados apenas para priorizar a segurança em detrimento da velocidade. Ou seja, nesse caso, o automóvel rodaria apenas no limite das vias e não de acordo com o tráfego ao redor. Só assim o veículo autônomo cumpriria com sua missão.

[Fonte: GM Authority]

 

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