A fusão entre Fiat Chrysler e Peugeot Citroën enfrenta mais um obstáculo para se concretizar. Dessa vez, não tem relação com as regras da União Europeia.
Um acionista da PSA está exigindo que a montadora francesa faça uma alteração no processo de fusão com a FCA. Ele pede para fazer uma revisão dos termos do acordo, de acordo com o site Automotive News Europe.
O motivo é que os ativos financeiros dos dois grupos automotivos diverge bastante do proposto originalmente e não refletiria exatamente uma fusão 50:50, como está sendo considerado por PSA e FCA.
As fortunas das duas montadoras não batem em termos iguais para a criação de uma nova empresa, sendo que já em dezembro de 2019, segundo o investidor, a diferença entre os dois fabricantes não permitiam um acordo de partes iguais.
A discrepância entre as finanças de PSA e FCA se acentuou no primeiro semestre de 2020, devido à pandemia de coronavírus, que impactou as duas empresas, mas que afetou mais a Fiat Chrysler, por conta dos EUA.
A Phitrust, que é o investidor da PSA, disse que a montadora francesa estava com balanço positivo e que os cortes e ajustes rápidos, fizeram a empresa superar a crise da Covid-19.
Dentro da PSA, a ordem é não depender de fundos públicos para sobreviver, embora a empresa tenha recebido ajuda do governo francês, mas em quantidade bem inferior à da Renault, por exemplo, que está em pior situação.
No caso da FCA, a empresa não está em seus melhores dias “financeiros” e precisará de um empréstimo de € 6,3 bilhões do governo italiano para entrar na fusão, tendo ainda suas finanças em situação mais alarmante.
A Phitrust disse que a PSA ainda não consumiu dinheiro externo desde o começo do ano, enquanto a FCA já fez isso. Uma revisão do acordo, nesse caso, colocaria a Peugeot Citroën como majoritária no negócio.
A PSA não comentou a declaração, dizendo apenas que o processo de fusão está em andamento. Já a FCA também não se pronunciou.
Fora essa questão, a união das duas empresas ainda está em questão por causa da Sevel Sud, que domina o segmento de vans na Europa com produtos de Fiat, Peugeot e Citroën, além de Toyota no segundo caso.
[Fonte: Auto News Europe]
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