O AMG GT é um esportivo da Mercedes-Benz com perfil altamente agressivo e plataforma própria, tendo sido criado em carrocerias cupê e roadster.
Ele é conhecido por ser o segundo carro desenvolvido pela divisão Mercedes-AMG após sua criação no começo dos anos 2000, quando a Daimler comprou a empresa preparadora que tinha parceria com a Mercedes-Benz.
O novo bólido ainda teve a participação do piloto de F1 Lewis Hamilton no desenvolvimento. Em cinco anos, o AMG GT teve quatro versões de performance, além de ganhar o GT Roadster em 2017.
A base do AMG GT permitia ainda que a marca alemã criasse um rival para o Porsche Panamera e esse é conhecido como AMG GT Coupé ou popularmente chamado de AMG GT4, já que tem quatro portas e perfil semelhante ao do concorrente.
AMG GT
A Mercedes-Benz vem de um longo histórico de superesportivos acima da gama tradicional de modelos, chegando ao atual AMG GT. Desde o primeiro 300 SL (W194), passando pelo clássico W198 (asas-de-gaivota) e chegando ao SLS AMG.
Isso sem contar o SLR McLaren, que antecedeu o SLS AMG. Agora, quem reina é o AMG GT e sua proposta é ser um superesportivo de produção seriada da gama AMG, embora compartilhando a motorização com outros modelos.
Com carroceria compacta, ele é menor que o anterior, medindo 4,546 m de comprimento, 1,939-2,007 m de largura, 1,288 m de altura e 2,630 m de entre eixos.
Caro, o AMG GT é um carro para poucos em diversos lugares, mas responde ao exigido quando tem de acelerar. Seus motores V8 4.0 e 6.2 fazem dele um dos bólidos mais espetaculares do momento.
Estilo
O AMG GT é um carro esporte com formas bem musculosas e igualmente fluidas. O bólido germânico chama atenção por seu capô longo e cabine recuada, para apenas duas pessoas.
A frente do AMG GT é bem larga e longa, tendo faróis amendoados com projetores full LED e luzes diurnas em LED, num formato de arco bem fechado.
Um nariz bem pronunciado sustenta a grade com frisos cromados verticais que marcam a identidade do esportivo alemão. O para-choque chega a ser recuado em relação à parte superior no GT.
Grandes entradas de ar laterais se destacam com um acabamento envolvente, que ainda forma uma grade inferior com spoiler preto. Frisos de LED nas extremidades realçam o conjunto.
O capô apresenta vincos pronunciados, enquanto os longos para-lamas sustentam saídas de ar com o badge ‘V8 Biturbo’ estampado. Já os retrovisores são pretos e presos em suportes bem finos e curvados, para reduzir o arrasto.
Na traseira, as lanternas em LED são retangulares e envolventes, tendo agora uma abertura afilada logo abaixo do logotipo da Mercedes-Benz.
O para-choque é bem aerodinâmico, tendo difusor de ar e quatro saídas de escapes circulares ou quadradas, sendo que no GT R, eles se fundem ao difusor de ar mais agressivo. Neste, um aerofólio fixo é instado sobre a tampa traseira.
AMG GT R e Roadster
Aliás, o AMG GT R tem uma frente bem mais expressiva, com uma boca contínua sobre a parte inferior, tendo defletores de ar internos e um spoiler bem pronunciado. Ele traz também saídas de ar laterais maiores e bem profundas.
Em suma, o GT R é o suprassumo do AMG GT, que ainda vem nas versões GT, GT C e GT S, tendo cavalaria próxima dos 600 e visual radical. Por dentro, o bólido alemão traz um ambiente para duas pessoas e com espaço bem limitado.
Não dá para empurrar muito o banco para trás, sendo que ele nem reclina tanto por conta do habitáculo diminuto. O painel tem um conjunto que mescla as linhas dos modelos comuns da marca com um console realmente exagerado.
O cluster é analógico e vem com display central, não diferindo muito daquele que se encontra em carros como o Mercedes-Benz Classe C, por exemplo.
Um display da multimídia CommandOnline se apresenta em tamanho padrão, numa base sobre os quatro difusores de ar circulares centrais, que reproduzem o visual do Classe S. Porém, logo abaixo, o que se vê é exclusivo do AMG GT.
Trata-se de um console em alumínio e fibra de carbono, que possui botões bem proeminentes nas laterais e com porta-objetos, touchpad para a central de entretenimento e a alavanca de câmbio em forma de manete, sendo a última.
Concentrando os modos de condução do AMG DYNAMIC SELECT: Comfort, Sport, Sport+, Individual e Race. Há também botão de partida, freio de estacionamento eletrônico, entre outras funcionalidades nessa cobertura metálica.
Os bancos são bem esportivos e envolventes, com estilo concha e com acabamento que varia de acordo com a versão. O AMG GT é mais purista, enquanto o GT C foco no luxo e o GT S na esportividade. O GT R é a soma de tudo isso.
As rodas esportivas geralmente são de aro 20 polegadas, já que existem diversas opções no mercado, além de desenho e acabamentos que variam de acordo com a versão ou pacote de personalização.
O AMG GT Roadster foi uma criação importante em 2017, recebendo uma carroceria bem mais rígida que a do cupê, tendo uma capota de tecido triplo com armação de alumínio e acionamento em 11 segundos até 50 km/h.
Além disso, o conversível de alta performance trazia ainda o sistema de aquecimento Airscarf, que permite rodar com a capota aberta em pleno inverno europeu sem congelar. Na mecânica, as 1ª e 7ª marchas eram longas, como o diferencial.
Origem
Quando o AMG GT chegou em 2014, ele trazia um visual mais clean no exterior, tendo grade com acabamento preto e dois frisos cromados que se uniam ao logotipo da Mercedes.
Além disso, o para-choque tinha entradas de ar laterais menores, bem como o para-choque era menos fluido e mais inteiriço. Mias polido, o modelo de lançamento ainda tinha uma traseira mais limpa, dotada de lanternas horizontais.
Não havia uma pequena abertura abaixo do badge da Mercedes, enquanto o para-choque traseiro era mais liso e com difusores menores proeminentes.
O interior praticamente não mudou de 2014 para cá, sendo que ele ainda continua bem purista em relação ao AMG GT Coupé, que é orientado na direção dos carros comuns da marca com telas grandes.
Motor
Quando surgiu em abril de 2014, o AMG GT veio apenas com um motor, o M178. Este é um V8 4.0 Biturbo que apresentava de cara 476 cavalos e 61 kgfm, mas com pico de 64 kgfm.
Ele era oferecido apenas no GT e era o mesmo usado no Mercedes-AMG C 63, por exemplo. Com ele, havia uma caixa automatizada de dupla embreagem AMG Speedshift DCT de sete velocidades e tração apenas na traseira.
Com ele, o AMG GT vinha com diferencial de deslizamento limitado mecânico, rodas aro 19 polegadas, modos de condução com opção Race para largada e volta rápida. Trazia ainda a suspensão adaptativa AMG Ride Control.
Isso permitia ao esportivo ir de 0 a 100 km/h em 3,8 segundos e atingir máxima de 307 km/h. Contudo, essa performance ficava abaixo do AMG GT S, que fazia o mesmo em 3,5 segundos e com final de 325 km/h.
O motivo era que o V8 4.0 Biturbo tinha outra programação, atingindo 523 cavalos e 66 kgfm, que chegava a 68,2 kgfm no overboost. Trazia ainda rodas esportivas aro 19 na frente e 20 atrás, bem como escape redimensionado e bateria de lítio.
Em 2017, o mesmo motor M178 recebeu duas programações diferentes dos AMG GT e GT S. Com o surgimento do AMG GT Roadster, surgiu também o GT C, que estreou o V8 4.0 com 564 cavalos e 69 kgfm.
O AMG GT C Roadster tinha velocidade final de 316 km/h e ia de 0 a 100 km/h em 3,5 segundos. Junto com ele veio o mais potente AMG GT até então, o GT R, que entregava 585 cavalos e 71,1 kgfm.
Nesse caso, ele voava até os 100 km/h em meros 3,2 segundos e com final de 319 km/h, sendo esse resultado no tempo de aceleração superado apenas pelo GT3 e o GT 73 EQ Power.
O GT R era uma abordagem mais focada em pista e o carro era verdadeiramente muito próximo do já citados AMG GT3, que é de competição, tanto no visual quanto na pista.
Em 2017, o AMG GT passou por um facelift que deu a forma atual do carro, mantendo o padrão de motores, porém, o modelo tinha as versões direcionadas para pistas, começando pelo GT3, que surgira um ano antes.
Ao contrário das versões regulares para rua do AMG GT, o GT3 substituiu o motor M178 pelo M159. Esse é um V8 6.2 aspirado, parecido com os V8 de muscle car em volume, mas que no bólido alemão, era muito diferente.
Com o AMG GT3 sendo um carro próprio para as pistas, ele era realmente mais leve que o GT R, por exemplo, mas ainda com cavalaria maior, ele ia de 0 a 100 km/h em 3 segundos e tinha máxima de 332 km/h.
Quatro anos depois, a Mercedes-AMG apresentou às pistas o GT3 Evo, que se sabe ir de 0 a 100 km/h no mesmo tempo, mas sua velocidade final é desconhecida. O motor é o mesmo M159 V8 6.2 aspirado.
Ainda pára as pistas, a AMG liberou um GT4 em 2017. Este vinha com o M178 4.0 V8 Biturbo, porém, com o mesmo ajuste de potência do Mercedes-AMG C 63 S, ou seja, com 510 cavalos e 66 kgfm. Até 100 km/h em 3,5 segundos ele fazia.
AMG GT Coupé (4 portas)
Não é segredo para ninguém que o AMG GT é sim um anti-Porsche 911. Porém, diferente do clássico esportivo alemão, este Mercedes não ampliou sua gama de atuação, ficando restrito às versões já conhecidas: GT, GT C, GT S e GT R.
Todas tem algo em comum, o motor M178 com programações de 476 à 585 cavalos, sempre com transmissão de dupla embreagem e tração apenas nas rodas traseiras. Para quem guiou o AMG GT, sua tendência ao sobresterço é fenomenal.
Contudo, a AMG não tem planos para um AMG GT 4MATIC, pelo menos não agora, mas essa capacidade foi dada a um derivado dele, o AMG GT Coupé. Se o GT é o anti-911, o GT Coupé é o rival do Panamera.
Bem semelhante ao Porsche de quatro lugares, o AMG GT Coupé também leva dois na frente e outros dois atrás, tendo também quatro portas. Apesar do nome, sua plataforma é baseada nas Classes E e CLS.
Com um alvo bem mais amplo, já que o Panamera tem diversas versões, o AMG GT Coupé se apresenta em cinco versões: GT 43, GT 53, GT 63 e GT 63 S, além do híbrido plug-in GT 73 EQ Power.
Todos possuem tração nas quatro rodas, começando pelo GT 43 com um seis em linha 3.0 Biturbo de 367 cavalos, que no GT 53 tem 435 cavalos. Os tempos do esportivo até os 100 km/h, começam em 4,5/4,9 segundos, respectivamente.
Os AMG GT 63 e GT 63 S vêm com o M177 V8 4.0 Biturbo de 585 e 639 cavalos, entregando torques de 81,3 e 91,4 kgfm, que permitem ao cupê quatro portas ir de 0 a 100 km/h em 3,2 segundos com 315 km/h, no GT 63 S.
Com 808 cavalos de forma combinada, o AMG GT 73 EQ Power decola de 0 a 100 km/h em apenas 3 segundos e, iguala-se ao AMG GT3 no tempo de aceleração, apesar de dispor de uma enorme cavalaria para isso, embora com eficiência.
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