Na Europa, o setor automotivo está entrando em declínio rápido com a paralisação de fábricas, fechamento de concessionários e restrições de circulação de pessoas, devido ao coronavírus.
Diferente de anos anteriores, 2020 é crucial para que as montadoras possam preencher boa parte de seus portfólios com carros elétricos, a fim de evitar o pagamento de multas milionárias por conta do limite de 95 g/km de CO2, em 2021.
Salões como de Genebra e Paris, preparavam novidades de peso no mercado de carros elétricos e híbridos plug-in. Estes são considerados essenciais para que as metas de emissão fiquem dentro do limite exigido pela União Europeia.
Contudo, por causa do Covid-19, o mercado europeu praticamente parou e as montadoras estão sob enorme pressão, que chega mesmo à consideração de nacionalização ou resgate financeiro por parte de alguns governos.
A UNRAE, a associação de montadoras estrangeiras na Itália, prevê que só o mercado italiano caia 50% em março e 60% em abril, sendo uma projeção até bastante otimista, uma vez que o país está em quarentena e a circulação de veículos é mínima.
Num ambiente tão hostil, onde as linhas de montagem ficarão paradas e as vendas estagnadas, no melhor cenário, a UNRAE acredita que o setor levará meses para se recuperar e duas saídas para virou o jogo.
Uma delas será incentivos para empresas e consumidores, a fim de que o setor produtivo volte o mais rápido possível, mas tudo dependerá da cadeia de suprimentos de peças e componentes vindos da China.
A Europa ainda terá que esperar pela recuperação da indústria automobilística chinesa para então poder ser atendida por sua cadeia de autopeças. Além de milhões de euros para reativar o mercado, a União Europeia deve adiar ou elevar muito o limite de emissão de CO2.
Acontece que muitos carros elétricos e híbridos já estavam programados para serem lançados este ano, sendo assim suficiente para que em 2021, tais marcas pudessem evitar as multas.
Se isso for imposto sobre os fabricantes de veículos, na situação como está, o risco para o setor será enorme. Enquanto atravessam a pandemia, parte das montadoras se dedicam a ajudar mudando sua produção de carros para respiradores artificiais para serem usados em UTI´s, para tentar salvar milhares de idosos e doentes graves.
[Fonte: Auto News]
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