domingo, 29 de março de 2020

Subaru Tribeca: SUV grande foi o primeiro da marca japonesa

Subaru Tribeca: SUV grande foi o primeiro da marca japonesa

O Subaru Tribeca foi o primeiro SUV de fato da marca japonesa, tendo surgido ainda na época em que a GM tinha participação no fabricante japonês e que permitiu até gerar um modelo da Saab.

Com nome de um conhecido bairro de Nova Iorque, o Tribeca colocou a Subaru num segmento que mais tarde a faria criar dois produtos distintos como sucessores deste SUV, os Subaru Ascent e Exiga.

Diferente dos mais famosos e tradicionais Subaru Impreza, Legacy, Forester e Outback, o Tribeca foi uma ação mais para ampliar as vendas de utilitários esportivos de porte médio do grupo americano.

Fabricado entre 2005 e 2014, o Subaru Tribeca foi vendido também no Brasil, mas apenas no modelo com facelift, que tinha um visual mais aceitável. Hoje, no mercado de usados, pode-se comprar um a partir de R$ 38.000.

Subaru Tribeca

Subaru Tribeca: SUV grande foi o primeiro da marca japonesa

O Subaru Tribeca nunca foi produzido ou vendido no Japão, onde é um completo desconhecido para os clientes da marca. Sua produção se deu apenas em Lafayette, no estado americano de Indiana, numa planta da Subaru e Isuzu.

Em meados dos anos 2000, a GM queria ampliar fortemente os SUVs em todas as frentes. Naquela época, a empresa era dona de diversas marcas e tinha participações nas mais distantes do estrangeiro, como Fiat e a Fuji Heavy Industries.

Esta última é japonesa e na ocasião, tinha 20% de suas ações nas mãos da GM. Por sua vez, a conhecida Fuji era controladora da Subaru, hoje nas mãos da Toyota.

Focado no conforto e num desempenho mediano, mas com linhas mais ao gosto do americano, o Tribeca surgiu mais para atender os EUA do que para projetar a marca nipônica mundo afora. Ainda assim, teve dois boxer de seis cilindros.

Subaru Tribeca – Estilo

Subaru Tribeca: SUV grande foi o primeiro da marca japonesa

Embora não tivesse nenhuma ligação com a Nissan ou Renault, o Subaru Tribeca surgiu com linhas que lembram produtos dessas duas marcas, especialmente o Nissan Micra.

A frente era caracterizada por um nariz acentuado e pouco atraente, mas era sua grade horizontal sob o conjunto ótico que o faz lembrar do Nissan Micra (March) da mesma época.

O nariz tinha uma explicação. Ele fazia alusão ao Impreza da mesma época, que em sua terceira geração tinha uma frente “a la Alfa Romeo”. No alto desse nariz ficava o logotipo da Subaru.

As duas metades da grade inferior ficavam abaixo do conjunto ótico, que tinha faróis triplos, sendo que um dos projetores era o do repetidor de direção. Essas lentes eram em formato triangular e pareciam fazer alusão ao Porsche Cayenne.

Subaru Tribeca: SUV grande foi o primeiro da marca japonesa

O para-choque tinha duas partes, sendo uma lisa e na cor do carro, enquanto a outra era composto por acabamento preto e de aparência robusta, onde ficavam os faróis de neblina e grade inferior.

O Subaru Tribeca tinha ainda molduras pretas que envolviam as saias de rodas e base das portas. Com carroceria de linhas equilibradas, o SUV americano apresenta colunas A mais pronunciadas e com pequenas vigias.

As portas eram grandes e tinham linha de cintura alta, contando com maçanetas cromadas e retrovisores quase quadrados, mas de bom tamanho. Se a frente não era tão convidativa, a traseira era mais aceitável.

Com colunas D destacadas, o conjunto traseiro vinha com lanternas de bom tamanho, cortadas pela tampa do bagageiro, que era ampla e vinha com vigia mediana.

Subaru Tribeca: SUV grande foi o primeiro da marca japonesa

Essa porta traseira trazia um rebaixo na parte inferior, onde ficava a placa e também a identificação do produto, tendo laterais suaves que se harmonizavam com as extremidades da carroceria.

O protetor também era liso e tinha a parte inferior preta, mas com uma luz de neblina destacada. O escape com duas saídas cromadas chamava atenção. Já as rodas tinham entre 17 e 18 polegadas com desenho aceitáveis.

Dentro, o Subaru Tribeca – que também era conhecido como B9 – tinha um conjunto metalizado de painel e túnel que realmente impressionava e, ao mesmo tempo, destoava da proposta exterior. Parecia feito para um SUV de luxo.

Todo esse conjunto formava um “T” característico do modelo em alusão ao nome Tribeca. Feito para ser visto como uma peça única, essa parte do Subaru era realmente interessante.

Subaru Tribeca: SUV grande foi o primeiro da marca japonesa

Formando um duplo cockpit, o “T” metalizado do Subaru Tribeca ia das portas até entre os bancos, atravessando um painel com a parte superior preta (cinza ou azul também), que se estendia até as portas.

No alto, havia uma tela de multimídia com câmera de ré e navegador GPS, tendo ao lado alerta de portas e ativação de airbag do passageiro. Estiloso, tinha cluster analógico com mostradores principais bem visíveis.

Já o nível de combustível e a temperatura da água ficavam em mostradores separados, fundidos no acabamento metalizado das laterais e quase ocultos do condutor.

O volante tinha um aspecto esportivo com seus três raios e comandos de mídia e telefonia, enquanto o piloto automático ficava em uma haste na coluna de direção, que era hidráulica.

Subaru Tribeca: SUV grande foi o primeiro da marca japonesa

Abaixo da tela de multimídia havia um difusor de ar, enquanto outros dois menores ficavam na guarnição metálica. Ar condicionado dual zone com mostradores digitais nos botões não é coisa de agora, já estavam no Subaru Tribeca de 2005.

Um sistema de som integrado ficava bem no centro do “T” e trazia CD player, MP3 e uma disqueteira.

De bom gosto visual, o túnel tinha alavanca de câmbio automático com seletor de mudanças manuais, além de porta-copos com duas tampas basculantes.

Os bancos dianteiros tinham aquecimento e o motorista, ajustes elétricos com duas memórias. No teto, abertura solar com acionamento elétrico, luzes de leitura e porta-óculos, além de retrovisor eletrocrômico.

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O freio de estacionamento era por pedal e as portas tinham apenas comandos dos vidros e travas, ficavam os retrovisores num comando no próprio painel.

Os bancos em couro geralmente eram da mesma tonalidade da parte inferior do painel, sendo que a tonalidade bege, assim como preta e cinza, eram as mais comuns.

Medindo 4,821 m de comprimento, 1,877 m de largura, 1,669 m de altura e 2,748 m de entre eixos, o Subaru Tribeca tinha sete lugares, sendo que o porta-malas abrigava ainda 235 litros.

Com a terceira fileira rebatida, eram 525 litros. Já com as duas fileiras rebatidas, chegava a 2.106 litros. O espaço interno era bem amplo nas duas fileira da frente e mais reduzido na terceira.

Havia um comando para ajuste do ventilador do ar condicionado atrás, sendo que os difusores de ar ficavam no teto. O Subaru Tribeca tinha um amplo porta-luvas, assim como porta-objetos entre os bancos com entrada auxiliar e 12V (2).

Atualização

Subaru Tribeca: SUV grande foi o primeiro da marca japonesa

O Subaru Tribeca, como já dito, não era muito atraente em sua frente que, prontamente, foi modificada em 2008. As mudanças tiraram o estilo do Impreza (e também dos kei cars Subaru R1 e R2) e o trocaram pelo do Forester.

Assim, o Tribeca ficou bem mais fluido visualmente e atraente também, tanto que estimulou a CAOA à importar este SUV para o mercado brasileiro no mesmo ano de sua atualização.

Na época, ele chegou custando R$ 198 mil. A frente trazia faróis mais retangulares, com projetor para o facho baixo em xênon. O capô era novo e a grade também, sendo mais ampla e cromada.

O para-choque fora redesenhado, podendo ou não ter a parte inferior na cor do carro, carregando ainda os dois faróis de neblina e a grade inferior. Toda a base do carro podia ser preta ou na cor do carroceria.

Subaru Tribeca: SUV grande foi o primeiro da marca japonesa

Novas rodas de liga leve aros 17 e 18 polegadas foram incorporadas, mas na traseira, as lanternas foram atualizadas, recebendo um desenho mais afilado. A tampa do bagageiro era nova e trazia um corpo menor para a placa.

O para-choque novo tinha agora dois refletores e luzes de neblina, além de manter os dois escapes cromados. No interior, o conjunto se manteve praticamente o mesmo.

Com um conjunto visualmente muito bom, dificilmente a Subaru o mudaria para algo mais tradicional, o que foi benéfico para os consumidores brasileiros, que receberam o modelo em sua melhor forma visual por dentro e por fora.

Aqui, o ambiente com bancos em couro preto e dois tons de cinza no painel foi o que imperou, embora tenha sido vendido também com acabamento bege.

Subaru Tribeca – Motor

Subaru Tribeca: SUV grande foi o primeiro da marca japonesa

Sob o capô, o Subaru Tribeca era um legítimo carro da marca japonesa. Embora parecesse que se tratava mais de um SUV da GM modificado ou com motorização desta, com um belo V6 de grande cilindrada, era mesmo 100% Subaru.

Seus dois motores foram os planos ou boxer de seis cilindros da série EZ, sendo o EZ30 H6 (identificado do seis cilindros opostos na marca) com 3.0 litros e injeção eletrônica multiponto sequencial.

Com ele inicialmente, o Subaru Tribeca 3.0 tinha 245 cavalos a 6.600 rpm e 30,2 kgfm a 4.200 rpm. Sua transmissão era automática de cinco marchas e acoplada ao sistema S-AWD da marca, que permitia tração permanente nas quatro rodas.

Esse conjunto dava ao Tribeca um desempenho bom, mas nada excepcional, indo de 0 a 100 km/h em 9,7 segundos e com final de 195 km/h. O consumo médio era de ruins 8,3 km/l. Isso porque ele pesava altos 1.865 kg.

Subaru Tribeca: SUV grande foi o primeiro da marca japonesa

Na atualização de meia vida, o SUV da Subaru – cujo “B” do B9 era uma referência ao motor boxer, enquanto o “9” era uma identificação interna da marca – ganhou um novo motor, o EZ36.

Esse outro boxer de seis cilindros tinha 3.6 litros e 24V era mais potente que o 3.0 anterior, entregando 260 cavalos a 6.000 rpm e 35,7 kgfm a 4.000 rpm, dando assim mais desempenho ao SUV nipo-americano.

Mantendo a mesma caixa automática de cinco marchas e o sistema de acoplamento viscoso da tração nas quatro rodas, o Subaru Tribeca atualizado ia de 0 a 100 km/h em 8,9 segundos e tinha máxima de 207 km/h.

Seu consumo médio era “menos pior” que o anterior, fazendo 8,6 km/l, o que ainda era algo bem ruim para a realidade brasileira, embora o perfil do comprador indique alto poder aquisitivo para bancar a gasolina.

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