A Renault Alaskan é uma picape média produzida na Espanha e vendida em alguns mercados, tendo sido lançada mundialmente na Colômbia.
Oferecida somente com cabine dupla, a picape é irmã da Nissan Frontier e compartilha muitos elementos com ela, que atualmente é feita no México, Argentina, Espanha e Tailândia.
Desenvolvida para ser a opção de picape da Renault em mercados emergentes e também na Europa, a Alaskan atualmente sofre com a falta de identidade e indecisões da aliança franco-nipônica, que teve problemas com a Mercedes-Benz.
Adiada no Brasil, a picape média tem um grande potencial de vendas, utilizando para isso a mesma motorização da japonesa, centrada no motor diesel 2.3 com duas potências disponíveis e na oferta de um câmbio automático de sete marchas.
O projeto da Renault Alaskan se baseia no novo chassi da Nissan, que possui um sistema de suspensão traseira bem diferente daquele utilizado normalmente nas picapes desse porte.
Apesar da configuração atual de cabine dupla, existe a proposta de versões de cabine simples, chassi-cabine e cabine estendida. A ideia da Renault é ampliar a gama do modelo com versões de trabalho no mercado europeu.
Renault Alaskan
A Renault Alaskan é uma picape média baseada na Nissan Frontier da atual geração e irmã da Mercedes-Benz Classe X. Lançada na Colômbia, em um movimento inusitado da marca francesa, a utilitária tinha tudo para estrear no Brasil.
Isso aconteceria logo após a chegada no mercado colombiano, mas nunca ocorreu desde 2017, quando chegou por lá. Com cabine dupla e visual próprio, a picape da Renault tem um visual agradável e mais atraente que a irmã japonesa.
Com estilo emprestado de carros mais recentes da marca, a Alaskan possui faróis duplos de LED com luzes diurnas em LED envolventes. A grade segue o padrão de design atual do fabricante francês e tem frisos cromados, além de elementos estilizados.
O para-choque é bem volumoso e tem a parte central rebaixada por causa da grade, oferecendo ainda molduras laterais com faróis de neblina embutidos. Estes possuem acabamento cromado.
O para-choque tem ainda um protetor central inferior, que faz a Renault Alaskan parecer um SUV, olhando de frente. Aliás, essa impressão se dá também pela incorporação do próprio estilo da marca, orientado notadamente para carros de passeio.
A carroceria em si é a mesma da Frontier, tendo linha de cintura alta com pequena elevação nas janelas traseiras, assim como retrovisores grandes e cromados, assim como as maçanetas. Estribos laterais longos facilitam o acesso à cabine.
No teto, barras longitudinais em cinza brilhante chamam atenção, assim como o teto solar elétrico. Na traseira, a caçamba tem 1.170 litros de volume e estrutura destacada da cabine, empregando protetores internos e ganchos móveis para carga.
As lanternas são grandes e dotadas de lentes transparentes, sendo um conjunto ótico bem completo e verticalizado. A tampa da caçamba dispõe de câmera de ré e logotipia cromada. O para-choque também dispõe de elementos cromados e plataforma para apoio dos pés.
A Renault Alaskan possui sensores de estacionamento nos dois para-choques. As rodas de liga leve aro 17 polegadas possuem desenho esportivo, mas existe opção com aro 16 polegadas também.
Por dentro, a Renault Alaskan tem o mesmo ambiente já conhecido da Nissan Frontier. Diferentemente da Mercedes-Benz Classe X, a picape média da marca francesa não procurou se diferenciar da japonesa, como em alguns produtos da aliança.
Com exceção do volante, que é multifuncional também, mas tendo design diferenciado, o restante é exatamente igual à Frontier, ostentando difusores de ar bem distribuídos, cluster analógico com mostradores grandes para velocímetro, conta-giros e display central para computador de bordo e outras funções.
O conjunto tem acabamento preto com detalhes em cinza, chamando atenção para a multimídia com tela de 7 polegadas e sistema de navegação da TomTom, assim como Google Android Auto e Apple Car Play.
O display ainda reproduz a câmera de ré e tem o serviço de concierge e assistência da Renault. O ar condicionado é dual zone nas versões mais caras, tendo ainda seletor de tração por botão com os modos: 2WD, 4WD e 4WD Low.
Há também o bloqueio eletrônico do diferencial traseiro, assim como controle de descida e assistente de reboque. Além disso, a Renault Alaskan traz também controles de tração e estabilidade, bem como assistente de partida em rampa.
No painel, a picape da Renault dispõe do botão de limpeza automática do DPF, que é o filtro de partículas que fica perto do catalisador. Com essa função, o tempo de vida útil desse dispositivo é bem ampliada e o custo de operação reduzido.
Com ajuste da coluna de direção em altura e profundidade, a Renault Alaskan também possui ajustes manuais nos bancos dianteiros, sendo que o do motorista pode ter controle elétrico para algumas posições.
A picape tem ainda sistema de entrada sem chave e partida por botão, por meio de uma chave eletrônica. Fora isso, ela vem ainda com bancos com efeito gravidade zero, bem como revestimento em tecido ou couro.
Dotada de direção elétrica, a Renault Alaskan tem ainda porta-copos escamoteáveis na traseira, maçanetas cromadas, freio de mão por alavanca e retrovisor interno manual.
Os retrovisores podem ser rebatidos eletricamente e possuem desembaçador, enquanto os vidros elétricos têm função one touch apenas na porta do motorista. O travamento central elétrico não inclui a tampa traseira.
A Renault Alaskan igualmente oferece teto solar elétrico, um item de conforto que melhor iluminação interna e boa entrada de ar exterior. A picape tem ainda piloto automático e sensor de faróis, assim como de chuva.
Os vidros são verdes, com o traseiro tendo desembaçador e proteção metálica. O banco traseiro é rebatível e não tem ajuste do encosto, enquanto existem luzes de leitura apenas na frente.
A alavanca de câmbio possui seletor em escada e opção de troca de suas sete marchas de forma manual. A picape tem diversos porta-objetos espalhados pelo habitáculo.
A Renault Alaskan tem ainda outros equipamentos de destaque, como Bluetooth, USB, diferencial de deslizamento limitado eletrônico (eLSD), faróis full LED e monitoramento em 360 graus durante manobras.
Disponível nas versões Life, Zen e Intens, a Alaskan possui a mesma oferta de outros produtos, como o Renault Kwid, por exemplo. Os pacotes de equipamentos incluem os itens mencionados acima, mais um grande número de acessórios.
Variantes
Embora tenha somente cabine dupla, não tendo recebido ainda uma configuração mais simples, especialmente para serviços comerciais e prestadores de serviços usando implementos rodoviários, a Alaskan tem algumas propostas.
Sem cabine-chassi ou cabine simples, a Renault Alaskan tem opções criadas especialmente para sua configuração padrão, que sai da fábrica de Valência, na Espanha.
No Salão de Hannover de 2018, quando a Renault exibiu pela primeira vez a Alaskan na maior mostra de veículos comerciais do mundo, a picape apresentava algumas configurações para serviços públicos.
A Renault Alaskan se vestiu de ambulância, recebendo para isso uma cobertura traseira especial sobre a caçamba original, empregando aí duas portas de abertura lateral no lugar da tampa da caçamba original.
Além disso, essa versão tinha ainda teto alto e cobertura sobre a cabine, a fim de acomodar melhor uma maca com o paciente, apesar de elevada.
Essa configuração da Alaskan tinha ainda luzes de alerta nas laterais da estrutura e pintura personalizada, indicando sua função. Devido a sua capacidade 4×4, essa ambulância é mais voltada para áreas rurais e zonas de pavimento muito ruim.
No entanto, para complementar a função da ambulância, a Renault planejou ainda uma versão de busca e resgate de sua picape média, pintada de vermelho e com grafismos alusivos à função.
Esta versão tem aparência bem radical e pneus de uso no fora de estrada, assim como a ambulância, porém, tem suspensão mais elevada, rodas de aço sem calotas, cobertura da caçamba, luzes auxiliares de LED e equipamento de comunicação.
Também possui cordas, ganchos de rapel e macas leves para transporte de feridos, bem como kits de primeiros socorros e pequenas suturas. A Renault Alaskan de busca e resgate usa sua capacidade 4×4 ampliada para atingir locais difíceis.
Para atuação nos serviços de engenharia de tráfego e auxílio aos condutores, a Renault Alaskan ganhou um versão de trânsito com pintura amarela alusiva, assim como faixas reluzentes de identificação e alerta.
Além de luzes de alerta em LED, a picape teve a cabine modificada, sendo retiradas as portas traseiras e adicionadas aberturas com coberturas deslizantes para acesso fácil aos equipamentos de sinalização viária e reparo veicular.
Fora isso, a picape recebeu ainda um guincho articulado para remover veículos parados na via, liberando assim o tráfego mais rapidamente na área envolvida. A Alaskan de “CET” tem ainda um farol direcional para observação de detalhes da via.
Fora essas opções, a Renault Alaskan ganhou ainda uma versão para reparo da rede aérea de energia elétrica. Esta configuração é interessante, pois, retira a caçamba original da picape média.
Em seu lugar é instalada uma plataforma de implemento rodoviário de serviços, que possui uma cesta de operação com controle próprio e um braço articulado hidráulico para elevar o eletricista até a altura da rede elétrica.
Nessa configuração, a Renault Alaskan ganha também apoiadores hidráulicos para equilíbrio do chassi e base giratória da grua, bem como compartimentos para ferramentas e componentes elétricos.
Para quem curte uma aventura mais radical, a Renault Alaskan reserva alguns acessórios interessantes, tais como baú estanque sobre um rack no teto, ampliando assim a capacidade de levar bagagem e ainda com segurança.
Fora isso, a picape tem ainda um suporte para bicicletas, que se integra ao para-choque traseira e possui protetor próprio, além de iluminação e terceira placa de identificação.
Isso sem contar um engate móvel com fonte de energia para conectar carretas para levar motocicletas e outras cargas, bem como trailers, lanchas e siders para animais, como cavalos, por exemplo.
A Renault Alaskan possui assistente de reboque com alteração do controle de estabilidade, garantindo assim mais segurança no deslocamento com reboques, especialmente aqueles sem freio próprio.
Nesse caso, o reboque pode ser de até 750 kg, mas no caso de freio próprio, a capacidade aumenta para 2.885 kg. A capacidade de carga da Renault Alaskan é de 1.025 kg.
Recursos como assistente de partida em rampa e controle de descida, ajudam muito com o uso de reboque, garantindo mais segurança na condução.
Para levar mais bagagem com proteção, a Renault Alaskan tem como acessório compartimentos à prova d´água para encaixe perfeito na caçamba de carga, contando ainda com recurso de travamento por chave para segurança.
A Renault Alaskan tem ainda opção de capota marítima em lona, mas pode ainda receber capota em fibra de vidro com tampas articuláveis ou cobertura geral sobre o compartimento de carga, apresentando esta janelas e tampa adicional.
Com 5,399 m de comprimento, 1,850 m de largura, 1,841 m de altura e 3,150 m de entre eixos, a Renault Alaskan é um pouco maior e mais alta que a Frontier.
Pesando 2.086 kg, a picape tem suspensão dianteira de duplo braço com molas helicoidais e amortecedores hidráulicos, enquanto o eixo traseiro é rígido e possui cinco braços em cada roda, tendo ainda molas helicoidais e batentes pressurizados.
O conjunto traseiro oferece impressionante estabilidade para a Renault Alaskan, que se comporta mais como um SUV do que como uma picape, uma vez que o conjunto evita a tendência de saltitar da traseira em terrenos irregulares.
Além disso, evita a tradicional tendência de saída de traseira, garantindo assim enorme estabilidade direcional e mais segurança nas curvas e desvios de trajetória.
A carroceria da Alaskan é feita de aço de alta resistência com chassi de longarinas em duplo “C”, que possui grande rigidez torcional.
Além disso, a picape tem ainda bom isolamento acústico e batentes pneumáticos e hidráulicos que sustentam carroceria, suspensão, eixos e o conjunto motriz.
Motores da Renault Alaskan
A Renault Alaskan é equipada com uma nova geração de motor turbo diesel com quatro cilindros e 2.3 litros, desenvolvido pela Renault-Nissan. Esse propulsor é bem versátil e já equipa diversos modelos da aliança franco-japonesa.
Entre eles está a Master, van da Renault com uma versão de 130 cavalos no Brasil, mas também é utilizado pela japonesa NV200 da Nissan e outros modelos, como a Renault Trafic.
Este motor tem dois turbocompressores com geometria variável, injeção direta eletrônica Common Rail e sistema de recirculação de gases de escape (EGR), dispensando assim o uso do Arla 32 como aditivo do SCR, redução catalítica seletiva.
O propulsor da Renault Alaskan tem 2.298 cm3 com taxa de compressão de 15,4:1, entregando 190 cavalos a 3.750 rpm e 45,9 kgfm a 1.500 rpm. Com isso, a picape vai de 0 a 100 km/h em pouco mais de 11 segundos na versão automática.
A velocidade final é de 180 km/h, sendo limitada. A picape tem transmissão manual de seis marchas ou automática de sete velocidades, caixa de origem Mercedes-Benz.
Com tanque de 80 litros, o consumo médio fica em torno de 15,9 km/l na versão manual e 14,5 km/l na automática. Porém, assim como na Frontier, a Alaskan também tem uma versão mais simples e com potência menor.
Nesse caso, o propulsor diesel 2.3 dCi tem somente um turbocompressor e potência de 160 cavalos a 3.750 rpm e 41,0 kgfm a 1.500 rpm. Esta versão tem apenas transmissão manual de seis marchas. O consumo médio é o mesmo da versão biturbo.
A emissão de CO2 fica em 167 g/km de CO2 nas duas versões manuais e 183 g/km de CO2 na automática. Por ora, a Renault Alaskan não tem previsão de ganhar versão a gasolina ou mesmo com gás natural veicular.
A Renault também não tem um V6 3.0 diesel para ampliar a potência da Alaskan em busca de competir com a Volkswagen Amarok V6 e a Mercedes-Benz X350d, mas o motor desta poderia ter sido usado, mas a parceria está em vias de acabar.
Conceito
A Renault Alaskan nasceu de um conceito que foca num perfil mais premium e próximo de um automóvel do que a rusticidade e robustez apresentada pela Nissan Frontier.
A estratégia da Renault-Nissan e Daimler era exatamente posicionar cada uma delas em níveis e propostas diferentes, sendo que a Classe X seria mais luxuosa e exclusiva.
Em todos os casos, Frontier, Alaskan e Classe X teriam versões de trabalho bem simples e funcionais, já que as três marcas são fortes no segmento comercial.
Nesse posicionamento, a Renault Alaskan seria um meio termo, mais próxima de uma VW Amarok do que para uma Chevrolet S10, como no caso da Frontier ou uma proposta como versões off roaders de picapes americanas no caso da Classe X.
No entanto, a Renault atrasou seu lançamento no Brasil após alguns adiamentos. Ainda não se sabe exatamente se ela de fato chegará em 2020, conforme a última previsão.
A fábrica de Córdoba, na Argentina, atualmente só produz a Frontier e com alto custo, visto que a Daimler desistiu de fazer a Classe X por lá. Caso venha a ser oferecida por aqui, ela virá da linha de montagem do país vizinho.
Para ser diferente, a Renault pode sacar essas aplicações especiais no produto, algo que a Nissan não faz com a Frontier. No caso da motorização, ela será a mesma da picape da Nissan.
Com a Oroch, a Renault teria uma boa dupla de picapes no mercado nacional, onde também se destaca com a van Master e com o furgão multivan Kangoo.
© Noticias Automotivas. A notícia Renault Alaskan: detalhes, equipamentos da irmã de Frontier/Classe X é um conteúdo original do site Notícias Automotivas.
Renault Alaskan: detalhes, equipamentos da irmã de Frontier/Classe X publicado primeiro em https://www.noticiasautomotivas.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário