Gráfico 1.2.3.1: Indicadores econômico-financeiros |
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Fonte: Economática e Banco Central do Brasil | |||
Empresas Não-Financeiras | |||
Rentabilidade | Índice de cobertura de juros | Dívida Líquida / EBITDA | |
201206 | 6,4 | 4,8 | 2,3 |
201209 | 6,0 | 5,2 | 2,2 |
201212 | 6,4 | 5,3 | 2,3 |
201303 | 6,0 | 4,9 | 2,3 |
201306 | 6,6 | 5,2 | 2,3 |
201309 | 6,4 | 4,9 | 2,2 |
201312 | 6,3 | 4,6 | 2,1 |
201403 | 6,2 | 4,6 | 2,2 |
201406 | 5,9 | 4,8 | 2,3 |
201409 | 5,4 | 4,0 | 2,4 |
201412 | 5,8 | 3,8 | 2,5 |
201503 | 5,2 | 3,8 | 2,6 |
201506 | 5,2 | 3,5 | 2,7 |
201509 | 3,9 | 3,1 | 3,0 |
201512 | 2,5 | 2,5 | 3,1 |
201603 | 2,2 | 2,7 | 3,2 |
201606 | 1,2 | 2,6 | 3,1 |
201609 | 1,5 | 3,1 | 2,8 |
201612 | 3,2 | 3,0 | 2,6 |
201703 | 4,0 | 3,2 | 2,6 |
201706 | 2,5 | 2,7 | 2,8 |
201709 | 3,0 | 3,2 | 2,7 |
201712 | 4,2 | 3,6 | 2,4 |
201803 | 5,1 | 3,7 | 2,7 |
201806 | 5,4 | 3,5 | 2,8 |
201809 | 5,3 | 3,7 | 2,8 |
201812 | 7,1 | 4,1 | 2,5 |
201903 | 7,4 | 4,4 | 2,7 |
201906 | 7,3 | 4,6 | 2,4 |
A rentabilidade patrimonial foi obtida pelo quociente entre lucro líquido e patrimônio líquido médio (ROE – Return on Equity).
O índice de cobertura de juros foi obtido pelo quociente entre EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization) e despesa financeira bruta. O indicador EBITDA / Despesas Financeiras mede o grau de cobertura das despesas financeiras pela geração de lucro operacional.
A relação Dívida Líquida / EBITDA representa o grau de fragilidade financeira das empresas não-financeiras. A dívida é líquida quando se desconta dos juros pagos pelo endividamento os juros recebidos por aplicações financeiras. Compara esse fluxo de juros com o fluxo de lucro operacional.
O grau de endividamento pode ser medido pela relação entre o endividamento líquido e o capital próprio. Nesse caso, é uma relação entre estoques ou saldos.
Um boxe do Relatório da Estabilidade Financeira, publicado pelo Banco Central do Brasil em setembro de 2013, apresentou uma breve análise dos indicadores econômico-financeiros das companhias não financeiras de capital aberto. Demonstrava, de modo sintético, os principais efeitos do ambiente econômico na situação financeira dessas empresas.
Dele é possível deduzir a motivação golpista de associações patronais tipo FIESP. A casta dos mercadores, inclusive dos midiáticos, aliou-se, inicialmente, com a casta dos sábios-juristas e sabidos-pastores. Em 2018, aliou-se, eleitoralmente, com a casta dos guerreiros-milicianos. Lançou-se contra a aliança socialdemocrata entre a casta dos trabalhadores organizados e a casta dos sábios-intelectuais. Dessas perversas alianças vieram o desemprego, a reforma trabalhista e a reforma da Previdência Social com corte de direitos dos trabalhadores, inclusive intelectuais. A ameaça agora é cortar a estabilidade dos servidores públicos.
A análise do Banco Central foi realizada apenas para as companhias de capital aberto, pois são aquelas para as quais existem dados públicos de demonstrações financeiras. Apesar dessa limitação, trata-se de uma amostra representativa das empresas em geral.
Foram analisados os valores medianos e os primeiros e terceiros quartis, ano a ano, entre 2005 e 2014, e trimestre a trimestre, desde março de 2015. Para os dados trimestrais, consideram-se os valores consolidados de 12 meses. Os indicadores, na forma apresentada, não estão ponderados por tamanho de empresa, nem pelos saldos analisados.
O cenário adverso, de fato, refletiu-se negativamente na situação das empresas abertas, conforme observável nos seus indicadores econômico-financeiros. Constata-se uma deterioração dos índices de rentabilidade (Gráfico 1), de cobertura de juros (Gráfico 2) e de dívida líquida/EBITDA (Gráfico 3) ao longo de 2015. Em 2016, a rentabilidade e a cobertura de juros continuaram piorando ou apresentaram relativa estabilidade, mas em níveis baixos.
Já a relação dívida líquida/EBITDA apresentou melhora em 2016 para as empresas mais alavancadas (terceiro quartil), devido à apreciação cambial do período, reduzindo o montante em reais das dívidas referenciadas em moeda estrangeira.
Em linhas gerais, a deterioração em 2015, quando com Joaquim Levy houve a volta da Velha Matriz Neoliberal, foi causada principalmente pelos aumentos do endividamento líquido e das despesas financeiras e pela queda da geração operacional de caixa, estimada pelo EBITDA.
Em 2016, a geração operacional de caixa das empresas passou a apresentar relativa estabilidade, contribuindo para atenuar a piora ou até mesmo estabilizar a cobertura de juros e a relação dívida líquida/EBITDA no período.
Locaute Empresarial para o Golpe em maio de 2016: Caça à Bruxa ou Bode-Expiatório pelo Mau Desempenho Econômico-Financeiro após junho de 2013 publicado primeiro em https://fernandonogueiracosta.wordpress.com
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