A TAC Motors surgiu em 2005 como uma proposta muito interessante, que era emplacar o jipe Stark, um modelo moderno e de desenvolvimento feito em Santa Catarina, que bateria de frente com o famoso Troller T4.
Com design atraente, carroceria leve, chassi com suspensão independente nas quatro rodas e motor diesel da Fiat, o Stark tinha tudo para seguir a mesma trilha do T4 e ser um concorrente de peso para o jipe cearense.
No entanto, apesar do projeto bom, o Stark ficou pelo caminho. Pelo menos era isso o que muitos acreditavam, especialmente acionistas menores de Santa Catarina.
Eles dizem que a fábrica “sumiu” após mudança da mesma para o Ceará em 2012 e não possuem informações da mesma. A TAC Motors decidiu mudar-se para o estado nordestino por conta da menor carga tributária e proximidade com a rival Troller, que fica em Horizonte.
A TAC Motors havia se instalado em Sobral. Dali, era esperado que o Stark realmente emplacasse no mercado, mas de um projeto de 3.000 carros por ano, apenas 250 foram fabricados até hoje, sendo 100 feitos em SC e 150 no CE.
De acordo com a empresa, hoje a produção é limitada e atende apenas encomendas, através do chamado “Clube Stark”, com sede em Belo Horizonte, mas promete que em 2020, as coisas irão melhorar com a entrada de novos acionistas.
Falando neles, os antigos de SC cobram explicações sobre o destino da fábrica que seria no estado e, este último, uma dívida de R$ 11,5 milhões, contraída do fundo de desenvolvimento local, a SCPar. O montante era para ter sido ressarcido até 48 meses após o fim do período legal, que seria 2009.
Então, sem o pagamento por parte da TAC Motors, que alegava dificuldades financeiras, a cobrança foi para a justiça e ainda continua lá. E a marca? Hoje ela tem um novo site e emprega 18 pessoas na produção, que é feita em Sobral. A empresa promete ter 100 funcionários no próximo ano.
Sobre o SC e CE, a TAC diz que por conta da competitividade, o estado do sul não dava mais condições e o nordestino se comprometeu a dar incentivos iguais aos da Troller, inclusive entrando como acionista. Como não teria cumprido, a empresa entrou em dificuldades.
A TAC Motors também fala em voltar às negociações da dívida com SC. Atualmente com 90 acionistas, 15 majoritários, a empresa diz que todos os investidores estão no negócio e que pode ter havido falta de informação para alguns deles. Já em relação à Zotye, que tinha pretensões de comprar a marca, instabilidade política e econômica teriam afetado o negócio.
[Fonte: ND+]
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