A Ford confirmou ontem, 21 de novembro, o desligamento de 110 funcionários que atuam no Campo de Provas da empresa em Tatuí, no interior de São Paulo. Assim como tem acontecido em outras unidades, o motivo dos encerramentos de contratos continua sendo a situação fiscal.
Segundo a Ford do Brasil, o desligamento foi necessário para que a companhia pudesse tornar o Campo de Provas viável economicamente e, assim, manter a capacidade inovadora no desenvolvimento de produtos. Ao portal de notícias G1, a montadora norte-americana informou, por meio de nota, que os desligamentos ocorrem em virtude da substituição da capacidade do complexo. Atualmente, ele opera em 30%.
No mês de setembro, a Ford havia anunciado mudanças no quadro de funcionários no Campo de Provas. A iniciativa, evidentemente, não agradou os colaboradores. Cerca de 270 funcionários aderiram à paralisação no início daquele mês. Ao contrário do que ocorreu em São Bernardo do Campo, a montadora não estava oferecendo um pacote de benefícios para quem fosse desligado em Tatuí, explicou Ronaldo da Mota, presidente do sindicato dos metalúrgicos na região.
Na época, Mota chegou a informar que a reestruturação da Ford era ligada exclusivamente ao custo de cada colaborador. Segundo ele, os salários variam de nove a onze mil reais. Se a montadora optasse pela terceirização, esse valor iria despencar para cerca de dois mil reais. A greve gerou até implicações entre as partes envolvidas. O sindicato chegou a dizer que a Ford havia entrado com uma liminar alegando que a paralisação era ilegal.
Os representantes da categoria tentaram fazer negociações com a Ford, mas segundo o sindicato, as propostas não foram aprovadas até então. Em virtude disso, uma audiência de conciliação foi anunciada para a próxima quarta-feira, dia 27.
A Ford, por sua vez, lamentou a não aprovação de todas as propostas apresentadas pelos funcionários. A montadora também ratificou que pretende manter o Campo de Provas de Tatuí funcionando.
[Fonte: G1]
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