O Novo HB20 2020 chegou e já criando polêmica. Feio ou bonito?
A beleza foi questionada pelos consumidores, mas, além do visual, o que mais poderia gerar discussão no segundo carro mais vendido do Brasil?
Desenvolvido na Coreia do Sul, o Novo HB20 2020 chegou para manter o desempenho da geração anterior, que foi simplesmente um sucesso.
Só não vendeu mais porque a Hyundai tem produção limitada por aqui. Considerado um dos mais belos carros do mercado, o HB20 arrebatou uma legião de fãs e clientes.
Não tendo mais onde mexer, a Hyundai adotou um estilo totalmente diferente e isso mexeu com muita gente. Fora isso, trouxe o que era esperado, um motor 1.0 Turbo.
Com várias versões, o Novo HB20 na opção Diamond Plus é a mais completa e cara, custando R$ 77.990. Infelizmente um preço alto como a concorrência, e assim como esta, trouxe duas novidades de destaque.
Por fora…
Diferente. Não dá para sentenciar se o Novo HB20 é de fato um carro feio como muitos dizem. Afinal, gosto é pessoal. O compacto segue a regra dos demais, que é adotar o estilo da marca.
Nesse caso, o HB20 se inspirou no Novo Sonata 2020, tendo grade hexagonal levemente esticada e com frisos bem definidos.
Os faróis com assinatura em LED e projetores chamam atenção, assim como as molduras laterais no para-choque com faróis de neblina diminutos.
Com carroceria mais fluida, o HB20 2020 fez bem em criar um desenho específico para as colunas C, dando mais identidade ao produto.
Esse teto “suspenso” com linhas de cintura elevando-se na traseira, deu outra cara para o compacto, que fecha o pacote com lanternas estendidas sobre a tampa.
Elas lembram folhas sobre a superfície do bagageiro, criando um visual diferente, que muitos também não engoliram. Pelo menos teve personalidade para mudar.
Por dentro…
No interior, o Novo Hyundai HB20 2020 vem com acabamento marrom por completo. Sim, até as peças plásticas não tão aparentes, são dessa tonalidade.
Apesar do desenho atualizado, o hatch não passa a impressão de ser um novo carro. O console da transmissão, por exemplo, é muito parecido com o anterior.
Ainda assim, o cluster análogo-digital não era nada esperado na marca que sempre valorizou os mostradores comuns e bem visíveis.
Elevada, a tela da multimídia não surpreende, seguindo a tendência. O que é bom mesmo é a arquitetura do dispositivo, mais intuitivo e com os necessários Android Auto e Car Play.
Câmera de ré também é algo bom a bordo e com um diferencial, ela funciona também durante a condução, através de um botão com uma estrela no painel.
Mais abaixo, o ar condicionado engana, ele não é automático, mas apenas digital, com o display central que nos faz lembrar a Citroën.
Com novos difusores, o painel tem detalhe em azul que caiu bem, assim como o volante multifuncional em couro e ajustável.
O botão de partida é discreto, assim como o alerta de faixa no lado esquerdo do painel. As portas agora estão mais proeminentes e agradam, o acabamento delas é condizente.
Aliás, o conjunto interno, incluindo os bancos em couro marrom, possui uma qualidade percebida maior que o HB20 anterior e isso conta muito.
Atrás, o espaço para as pernas melhorou e o ambiente é semelhante ao frontal nos detalhes de acabamento.
Nenhuma parte da lataria está aparente, diferente até de carros como o VW Jetta… Igualmente não há difusor de ar traseiro.
O porta-malas continua com bom espaço com seus 300 litros. A Hyundai preferiu dar mais espaço aos passageiros a privilegiar apenas a bagagem, como faz a Renault, por exemplo.
Por ruas e estradas…
Beleza não põe mesa, mas nesse caso do Hyundai HB20, o inverso também é válido. Ele mostrou evolução em relação ao coreano de antes.
O Novo HB20 chega mais forte e “no chão”, apresentando uma boa relação de desempenho e economia, exceto com etanol.
Somando-se a isso, a dirigibilidade melhorada deu ao compacto um conjunto mais vistoso. A começar pela mecânica, que finalmente deu ao modelo um motor realmente turbinado.
O antigo HB20 Turbo parecia mais um 1.6 intermediário do que um 1.0 Turbo. O atual justifica o termo TGDI, entregando o que realmente se espera.
Mesmo assim, ele poderia oferecer mais e explicaremos isso adiante. Com 120 cavalos a 6.000 rpm e 17,5 kgfm a 1.500 rpm, o Kappa de três cilindros com injeção direta é um bom motor.
Ele tem funcionamento suavizado pelo novo conjunto de coxins e responde rapidamente ao acelerador. O 1.0 TGDI tem uma faixa de torque máximo que se inicia logo de cara.
Há boa força em baixa e isso é gostoso de sentir ao volante, nada dos esforços exagerados dos motores aspirados. O bom é que as trocas demoram a ocorrer e o ponteiro vive bem entre 1.500 e 2.000 rpm.
É aí que, a qualquer momento, basta pisar mais forte para o Novo HB20 Diamond Plus 2020 andar como gente grande. As trocas ocorrem rapidamente se a opção for andar esportivamente.
O propulsor enche rápido e corta bem depois de 6.000 rpm, mantendo-se acima de 3.000 rpm nas desacelerações para poder sair forte numa retomada. Detalhe: nem há modo Sport.
Se a preferência for fazer isso do velho modo, alavanca e paddle shifts no volante atendem ao pedido, dando um pouco mais de independência.
Na cidade, o 1.0 TGDI sobra, mas mesmo com injeção direta, ele parece de fato um motor japonês, pois, com etanol, bebeu mais do que o esperado, fazendo 6,7 km/l.
Com gasolina, a coisa fica bem melhor, mas não tanto: 11,5 km/l. Poderia ter sido melhor? Claro. Basta ver a tecnologia empregada (tudo já citado e mais Start&Stop) para notar isso.
Ele ficou devendo mais em economia na cidade, infelizmente. Numa comparação, temos o Onix Plus “mais fraco” fazendo melhor.
Na estrada, o HB20 Diamond Plus também aproveita bem o câmbio automático de seis marchas. A força em baixa garante boa disposição nas subidas e ultrapassagens.
Contudo, estranhamos o fato de o ponteiro do conta-giros insistir muito em ficar na casa dos 4.000 rpm. Na subida da Serra do Mar, em São Paulo, pela rodovia dos Imigrantes, ele parecia aspirado.
O giro do 1.0 TGDI, com o carro leve, ficou entre 3.000 e 4.000 rpm, diferente dos concorrentes com mecânica parecida. Sem trânsito, o HB20 se manteve em quinta e por vezes em quarta.
Em sexta, ele perdia embalo. O mesmo foi notado em subidas leves, que exigiam marcha menor que modelos como Onix Plus e Polo TSI, por exemplo.
Tirando essa sensação, que não foi boa pelo conjunto apresentado, o Novo HB20 – apesar do ronco mais alto – não ficou devendo na resposta, cumprindo bem a missão.
Rodando a 2.300 rpm, ele fez 16,8 km/l na gasolina, mas com etanol e também a 110 km/h, obteve 10,1 km/l.
Falando em ronco alto, o som do propulsor, no entanto, é agradável. Encorpado e não passa aquela impressão de fraqueza quando nessas situações, onde é mais exigido.
No restante, o HB20 ficou mais agradável de dirigir. A direção elétrica é bem ajustada e leve, garantindo boa resposta ao controle do motorista.
Tendo carroceria mais rígida, o hatch da Hyundai ficou mais neutro. A suspensão ficou mais firme e equilibrada, reforçando a impressão de melhor dirigibilidade no HB20 novo.
Nas curvas, ele contorna melhor, deixando para trás a sensação de maciez exagerada que o outro tinha. Com um conjunto de freios adequado, o hatch mostra avanço importante.
A suspensão filtra razoavelmente bem as imperfeições do solo, mesmo mais firme. O nível de ruído interno também é melhor que o antigo.
Controles de tração e estabilidade estão disponíveis para a parte mais exigente da condução, assim como o assistente de partida em rampa para o dia a dia.
Na estrada, o alerta de faixa funciona bem, mas não aplica força para correção da direção. Já a frenagem autônoma diante de obstáculos é eficiente.
Em resumo, se comporta bem ao dirigir e tem um conjunto bom, devendo um pouco mais de economia e menos esforço do que o necessário.
Uma relação de marchas mais adequada, pode resolver parte da questão.
Por você…
O Novo HB20 2020 nessa versão Diamond Plus tem um bom conteúdo de série. O pacote e a motorização deixam seu preço na média (mais baixa) do segmento.
Ainda assim, ele fica acima do Novo Onix Premier (R$ 74.580), mas abaixo do VW Polo Highline, que passa de R$ 81 mil, parcialmente completo. Totalmente, se aproxima dos R$ 90 mil.
Alerta de colisão com frenagem automática e assistente de faixa são itens que destacam o Novo HB20 entre os hatches compactos.
O conteúdo inclui ainda bom acabamento e espaço melhor, mas chamando mais atenção pelo desempenho e, de certa forma, economia.
Se tivesse um preço abaixo de R$ 70.000, seria mais interessante, mas vendo o salgado mercado atual, até que ele não está ruim na fita…
Vale a pena? Sim, vale. Porém, olhe também os rivais do grupo “melhor de dois mundos”. Isso mesmo, ele entrou para a turma e, pelo jeito, não vai sair.
Medidas e números…
Ficha Técnica do Hyundai HB20 Diamond Plus 1.0 T-GDi 2020
Motor/Transmissão
Número de cilindros – 3 em linha, turbo, flex
Cilindrada – 999 cm³
Potência – 120 cv a 6.000 rpm (gasolina/etanol)
Torque – 17,5 kgfm a 1.500 rpm (gasolina/etanol)
Transmissão – automática de seis marchas com trocas manuais na alavanca e volante
Desempenho
Aceleração de 0 a 100 km/h – 10,7 segundos
Velocidade máxima – 190 km/h
Rotação a 110 km/h – 2.300 rpm
Consumo urbano – 6,7/11,5 km/litro (etanol/gasolina)
Consumo rodoviário – 10,1/16,8 km/litro (etanol/gasolina)
Suspensão/Direção
Dianteira – McPherson/Traseira – Eixo de torção
Elétrica
Freios
Discos dianteiros e tambores traseiros com ABS e EDB
Rodas/Pneus
Liga leve aro 15 com pneus 185/60 R15
Dimensões/Pesos/Capacidades
Comprimento – 3.940 mm
Largura – 1.720 mm (sem retrovisores)
Altura – 1.470 mm
Entre eixos – 2.530 mm
Peso em ordem de marcha – 1.071 kg
Tanque – 50 litros
Porta-malas – 300 litros
Preço: R$ 77.990 (versão avaliada)
Hyundai HB20 Diamond Plus 1.0 TGDI 2020 – Galeria de fotos
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