quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Peugeot 208 GT: anos, motor, desempenho, equipamentos, câmbio

Peugeot 208 GT: anos, motor, desempenho, equipamentos, câmbio

O Peugeot 208 GT era uma versão esportiva do hatch compacto da marca francesa no Brasil, que foi lançada em abril de 2016 e vendida até outubro de 2019.

Inspirado no hot hatch europeu 208 GTi, o modelo nacional se aproveitou da mesma mecânica para oferecer uma opção diferenciada no portfólio da Peugeot, que até então não havia tipo um compacto turbinado e esportivo por aqui.

Usando o propulsor 1.6 THP Flex, o Peugeot 208 GT diversas mudanças para realmente andar como esportivo e não ter somente um motor potente… Para isso, teve até câmbio manual de seis marchas curto.

Peugeot 208 GT: anos, motor, desempenho, equipamentos, câmbio

Também ganhou ajustes de suspensão e direção, fora outra modificações próprias da versão e outras oriundas da atualização da linha 2017, que trouxe um visual mais elaborado do 208.

O Peugeot 208 GT foi um esportivo necessário para tentar levantar a imagem da marca num momento de transição, onde a empresa apostou firmemente no pós-venda e atendimento para voltar a vender bem.

No entanto, o trabalho é árduo e o esportivo não conseguiu manter o ritmo esperado para si e para o modelo, que no mercado nacional só vende mais que o Citroën C3, que está na lanterna entre os compactos.

Peugeot 208 GT

Peugeot 208 GT: anos, motor, desempenho, equipamentos, câmbio

O Peugeot 208 GT surgiu como primeiro esportivo compacto da marca no Brasil, inspirado claramente no irmão europeu, mas com soluções locais, como o motor 1.6 THP Flex, por exemplo.

Topo de linha na gama do 208, o esportivo surgiu em 2016 querendo ser destaque no segmento, que até então dispunha somente dos modelos Renault Sandero RS 2.0 e Fiat 500 Abarth, além dos mais caros DS 3 e MINI Cooper S.

Com preço intermediário entre romeno preparado pelo Renault e o pequeno inglês da BMW, o Peugeot 208 GT era um intermediário apreciável não só pelo desempenho, mas também pelo visual, bem elaborado.

Tecnicamente, o 208 GT era o máximo que a Peugeot poderia fazer no Brasil, já que se utilizou da mecânica comum nos modelos mais caros para compor um pacote realmente atraente em dirigibilidade.

Peugeot 208 GT – Estilo

Peugeot 208 GT: anos, motor, desempenho, equipamentos, câmbio

O Peugeot 208 GT poderia ter chegado antes da atualização, uma vez que todos os elementos da mecânica dele, por exemplo, já existiam. E mais, ainda com um acabamento mais próximo do europeu.

De qualquer forma, o carro ficou muito bonito e impressionou a imprensa especializada no seu lançamento em Fortaleza. A atualização trouxe mudanças nos faróis, que ganharam projetores mais elaborados.

Estes faróis vinham com três luzes diurnas em LED num apêndice que invadia o capô, além de assinatura em LED com feixe de luz no corpo principal da lente. O capô pequeno trazia o logotipo do leão devidamente cromado e reluzente.

Para-choque e grade haviam sido modificados na atualização e o Peugeot 208 GT tinha acabamento central em preto brilhante com elementos da grelha em vermelho, dando um ar diferenciado ao compacto.

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Logo acima da grade, o nome Peugeot em baixo relevo era pintado de vermelho numa moldura cromada, sendo este um dos diferenciais de estilo do esportivo. Ele ainda tinha molduras inferiores em preto e com faróis de neblina circulares.

O spoiler era discreto na parte inferior do protetor, o que era estranho num carro com proposta totalmente esportiva. Nas laterais, o Peugeot 208 GT tinha logotipo estilizado nos para-lamas dianteiros.

Os retrovisores eram em preto brilhante com repetidores de direção e rebatimento elétrico. Já o teto era panorâmico com vidro fixo e antena comum, que bem poderia ter sido em estilo barbatana.

As rodas esportivas eram bem vistosas e dispunham de formato de lâmina, com acabamento diamantado e preto fosco, tendo o logotipo da Peugeot envolvido em friso vermelho.

Peugeot 208 GT: anos, motor, desempenho, equipamentos, câmbio

Estas rodas aro 17 polegadas vinham calçadas com pneus 205/45 R17. Apesar da proposta, o Peugeot 208 GT não tinha pinças de freio vermelhas, o que ajudaria bastante a compor um visual esportivo do carro.

Na traseira, o modelo ganhou um defletor de ar maior e em preto brilhante sobre a tampa do bagageiro. A tampa com vidro traseiro dotado de limpador, lavador e desembaçador, tinha ainda o nome Peugeot em vermelho.

Também vinha com a designação 208 cromada, o logotipo GT em cromo e vermelho, assim como o leão estilizado na parte superior, sobre a placa. Com tampa curta, o para-choque tinha um bom volume.

As lanternas em LED num formato de “C” haviam sido atualizadas na linha 2017 e tinha acabamento escurecido e as três barras que imitam as garras do leão.

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O protetor traseiro era bem liso, o que caracterizava do Peugeot 208 GT, que não exibia um visual forçado demais para mostrar que era de fato um carro esportivo, como outros do segmento.

A luz de neblina dominava a parte central, que ainda tinha sensores de estacionamento discretos. Na parte inferior, nada de difusor de ar, apenas um escape duplo cromado, que reforçava proposta do carro.

E era assim, discreto até certo ponto, que o 208 GT queria mostrar-se ao mercado nacional em 2016, mantendo seu estilo até o fim em outubro de 2019.

Por dentro, o Peugeot 208 GT era um carro que unia esportividade com certo luxo. Diferente dos demais hatches compactos, o modelo vinha com o i-Cockpit, um formato interno exclusivo da marca para seus carros.

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O cluster analógico fica acima do aro do volante, evitando que o condutor tenha de olhar para dentro da direção e assim se distrair em relação à via. O volante, por conta disso, geralmente é bem pequeno, lembrando um kart.

No GT, o quadro de instrumentos tinha grafismos brancos com molduras externas em vermelho. Velocímetro, conta-giros, nível de combustível e temperatura da água estavam presentes, assim como o computador de bordo.

O painel tinha acabamento em preto brilhante no cluster, assim como multimídia e ar condicionado, enquanto a parte superior era em cinza escuro e a central, imitava fibra de carbono.

A direção elétrica de calibração diferenciada, mais direta, tinha volante esportivo com acabamento em couro perfurado e costurado, marcador 12:00 em vermelho no topo do aro e base chata com logotipo GT em vermelho.

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Além disso, tinha ainda raio duplo inferior num vistoso cromado, enquanto os comandos simples atendiam somente à mídia e telefonia. Na coluna de direção, ajustável em altura e profundidade, havia haste com piloto automático e limitador de velocidade.

Os pedais do Peugeot 208 GT eram esportivos, mas não incluíam o apoio de pé nesse acabamento metálico. O ar condicionado dual zone com seu visual brilhante chamava atenção.

Já a multimídia tinha tela sensível ao toque com 7 polegadas, que vinha ainda com alguns comandos físicos, mas que incluía nas funcionalidades navegador GPS e câmera de ré, além de Google Android Auto e Apple Car Play.

Assim como os difusores de ar laterais, a alavanca de câmbio tinha pomo metalizado, dando assim uma aparência mais esportiva. Entrada USB e fonte de 12V estavam no console, perto do ar condicionado dual zone.

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As portas tinham acabamento dos puxadores em preto, enquanto as maçanetas eram cromadas. Havia ainda apoios de braço em couro com costuras vermelhas. Comandos de vidros e espelhos ficavam bem ao alcance das mãos.

Na parte traseira, as portas também tinham o mesmo acabamento das dianteiras, algo que hoje em dia é esquecido por certas marcas até em modelos do segmento médio.

Teto e colunas eram revestidos em tecido preto, realçando a proposta esportiva do Peugeot 208 GT. Este tinha ainda teto panorâmico com vidro fixo e persiana móvel manual, dividida em três partes.

As luzes de leitura já não eram mais em LED como antes da atualização, algo perdido na mudança, assim como a luz interna geral. O 208 GT tinha um porta-luvas bem profundo e iluminado.

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Já os bancos tinham padronagem semelhante ao da versão Griffe, com couro nas laterais e tecido diferenciado com detalhes em vermelho, incluindo as costuras.

Os assentos dianteiros não eram esportivos de fato, apesar das laterais abauladas. A Peugeot poderia ter adicionado um conjunto melhor e exclusivo para o GT, que assim segurariam melhor o corpo nas curvas.

Havia ainda um apoio de braço retrátil e com compartimento interno entre os bancos dianteiros, que vinha com o mesmo acabamento. Na traseira, o esportivo reproduzia o mesmo padrão da frente, mas com assento bipartido.

O 208 GT vinha com cintos de segurança em cor preta, padrão, não apostando numa cor como vermelho, para reforçar a esportividade do produto. Atrás, o quinto passageiro tinha cinto de três pontos e havia três apoios de cabeça.

Peugeot 208 GT: anos, motor, desempenho, equipamentos, câmbio

O Peugeot 208 GT tinha ainda soleiras metálicas nas portas dianteiras e airbags laterais nos encostos dos bancos dianteiros. Havia também mais dois dianteiros, compondo a proteção interna que, no entanto, não contava com barras nas portas.

Já o porta-malas era mediano, tendo 285 litros e possibilidade de ser ampliado com o rebatimento do banco traseiro. O estepe de tamanho padrão ficava sob o assoalho.

Com esse pacote, o Peugeot 208 GT só pecava mesmo por não ter bancos realmente esportivos e detalhes perdidos de acabamento, como materiais de melhor qualidade e iluminação interna em LED.

Peugeot 208 GT – Motor

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O bom visual externo e interno, apesar deste ter alguns detalhes, refletiam exatamente a proposta do Peugeot 208 GT, que tinha em sua motorização e ajuste, a característica principal de sua missão.

Para ter uma dirigibilidade realmente apurada, a Peugeot modificou o sistema de direção elétrica para um ajuste mais direto, permitindo que o GT fosse bem mais ágil e nervoso que as demais versões.

A suspensão ganhou calibração de molas e amortecedores mais firme, a fim de manter o esportivo bem no chão durante a condução. Além disso, os freios foram reforçados com discos nas quatro rodas, sendo os dianteiros ventilados.

Fora isso, as rodas maiores e com pneus mais largos e baixos, permitiam ao Peugeot 208 GT ter uma condução mais dinâmica e exclusiva. Por ser mais “no chão”, o esportivo sofria em pisos ruins.

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No entanto, esse conjunto permitia entrar mais forte nas curvas e ter estabilidade surpreendente. O hot hatch ainda contava com controle de tração, assistente de partida em rampa e controle de estabilidade.

O Peugeot 208 GT tinha embreagem de acionamento hidráulico mais dura que as demais versões, reforçando a proposta de esportividade. O câmbio, apesar de longo no curso, tinha engates precisos.

A marca introduziu uma caixa de seis marchas mais curta, dando assim ao GT, a oportunidade de realmente andar bem. Outra característica do esportivo franco-brasileiro era a direção bem leve em manobras, contrastando com seu perfil em alta.

Para fechar esse pacote, o Peugeot 208 GT tinha o motor Prince 1.6 THP Flex, que tem bloco e cabeçote em alumínio, duplo comando de válvulas com variação na admissão apenas, além de injeção direta de combustível.

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Ele também emprega turbocompressor com intercooler e usa taxa de compressão de 10,2:1, entregando assim 166 cavalos na gasolina e 173 cavalos no etanol, ambos a 6.000 rpm.

O propulsor THP ainda dispõe de 24,5 kgfm a partir de 1.400 rpm, indo plenamente até 4.000 rpm. Com essa característica, o Peugeot 208 GT acelerava de 0 a 100 km/h em apenas 7,6 segundos.

O interessante do 208 GT era que a máxima atingia 222 km/h, mas o velocímetro ia até 230 km/h. Ou seja, podia chegar no fim do curso realmente com a margem de erro padrão.

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Com giro que pairava na casa dos 3.000 rpm, o esportivo sempre andava de motor cheio e não aceitava rotações muito baixas por causa do lag da turbina.

No consumo, o Peugeot 208 GT fazia 8,5 km/l na cidade com etanol e 10,1 km/l na estrada, com o mesmo combustível. Seu tanque era de 55 litros e permitia teoricamente 555 km de alcance.

Na Europa

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Abaixo do Peugeot 208 GT, existia somente o GT Line no Brasil, uma versão “esportivada” do modelo, mas na Europa, a inspiração real do esportivo brasileiro já era consagrada há décadas.

Desde o 205 GTi, a Peugeot emplacava uma versão de performance para seus carros compactos, passando assim pelos modelos 206 GTi, 207 GTi e, finalmente, o derradeiro 208 GTi.

O termo último se aplica pelo fato de que a nova geração do Peugeot 208 não terá mais uma versão GTi. O que saiu de cena recentemente na Europa, adotava uma versão diferente do THP.

Peugeot 208 GT: anos, motor, desempenho, equipamentos, câmbio

O Peugeot 208 GTi tinha esse propulsor com variação de válvulas de escape também, assim como modificações no controle de emissões e injeção eletrônica.

Assim, o motor permitia alcançar 200 cavalos a 5.800 rpm e 27,9 kgfm a partir de 1.700 rpm. Isso sem contar o “30 ème Anniversaire Edition”, que tinha 208 cavalos e suspensão ainda mais firme.

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