O Peugeot 208 GT era uma versão esportiva do hatch compacto da marca francesa no Brasil, que foi lançada em abril de 2016 e vendida até outubro de 2019.
Inspirado no hot hatch europeu 208 GTi, o modelo nacional se aproveitou da mesma mecânica para oferecer uma opção diferenciada no portfólio da Peugeot, que até então não havia tipo um compacto turbinado e esportivo por aqui.
Usando o propulsor 1.6 THP Flex, o Peugeot 208 GT diversas mudanças para realmente andar como esportivo e não ter somente um motor potente… Para isso, teve até câmbio manual de seis marchas curto.
Também ganhou ajustes de suspensão e direção, fora outra modificações próprias da versão e outras oriundas da atualização da linha 2017, que trouxe um visual mais elaborado do 208.
O Peugeot 208 GT foi um esportivo necessário para tentar levantar a imagem da marca num momento de transição, onde a empresa apostou firmemente no pós-venda e atendimento para voltar a vender bem.
No entanto, o trabalho é árduo e o esportivo não conseguiu manter o ritmo esperado para si e para o modelo, que no mercado nacional só vende mais que o Citroën C3, que está na lanterna entre os compactos.
Peugeot 208 GT
O Peugeot 208 GT surgiu como primeiro esportivo compacto da marca no Brasil, inspirado claramente no irmão europeu, mas com soluções locais, como o motor 1.6 THP Flex, por exemplo.
Topo de linha na gama do 208, o esportivo surgiu em 2016 querendo ser destaque no segmento, que até então dispunha somente dos modelos Renault Sandero RS 2.0 e Fiat 500 Abarth, além dos mais caros DS 3 e MINI Cooper S.
Com preço intermediário entre romeno preparado pelo Renault e o pequeno inglês da BMW, o Peugeot 208 GT era um intermediário apreciável não só pelo desempenho, mas também pelo visual, bem elaborado.
Tecnicamente, o 208 GT era o máximo que a Peugeot poderia fazer no Brasil, já que se utilizou da mecânica comum nos modelos mais caros para compor um pacote realmente atraente em dirigibilidade.
Peugeot 208 GT – Estilo
O Peugeot 208 GT poderia ter chegado antes da atualização, uma vez que todos os elementos da mecânica dele, por exemplo, já existiam. E mais, ainda com um acabamento mais próximo do europeu.
De qualquer forma, o carro ficou muito bonito e impressionou a imprensa especializada no seu lançamento em Fortaleza. A atualização trouxe mudanças nos faróis, que ganharam projetores mais elaborados.
Estes faróis vinham com três luzes diurnas em LED num apêndice que invadia o capô, além de assinatura em LED com feixe de luz no corpo principal da lente. O capô pequeno trazia o logotipo do leão devidamente cromado e reluzente.
Para-choque e grade haviam sido modificados na atualização e o Peugeot 208 GT tinha acabamento central em preto brilhante com elementos da grelha em vermelho, dando um ar diferenciado ao compacto.
Logo acima da grade, o nome Peugeot em baixo relevo era pintado de vermelho numa moldura cromada, sendo este um dos diferenciais de estilo do esportivo. Ele ainda tinha molduras inferiores em preto e com faróis de neblina circulares.
O spoiler era discreto na parte inferior do protetor, o que era estranho num carro com proposta totalmente esportiva. Nas laterais, o Peugeot 208 GT tinha logotipo estilizado nos para-lamas dianteiros.
Os retrovisores eram em preto brilhante com repetidores de direção e rebatimento elétrico. Já o teto era panorâmico com vidro fixo e antena comum, que bem poderia ter sido em estilo barbatana.
As rodas esportivas eram bem vistosas e dispunham de formato de lâmina, com acabamento diamantado e preto fosco, tendo o logotipo da Peugeot envolvido em friso vermelho.
Estas rodas aro 17 polegadas vinham calçadas com pneus 205/45 R17. Apesar da proposta, o Peugeot 208 GT não tinha pinças de freio vermelhas, o que ajudaria bastante a compor um visual esportivo do carro.
Na traseira, o modelo ganhou um defletor de ar maior e em preto brilhante sobre a tampa do bagageiro. A tampa com vidro traseiro dotado de limpador, lavador e desembaçador, tinha ainda o nome Peugeot em vermelho.
Também vinha com a designação 208 cromada, o logotipo GT em cromo e vermelho, assim como o leão estilizado na parte superior, sobre a placa. Com tampa curta, o para-choque tinha um bom volume.
As lanternas em LED num formato de “C” haviam sido atualizadas na linha 2017 e tinha acabamento escurecido e as três barras que imitam as garras do leão.
O protetor traseiro era bem liso, o que caracterizava do Peugeot 208 GT, que não exibia um visual forçado demais para mostrar que era de fato um carro esportivo, como outros do segmento.
A luz de neblina dominava a parte central, que ainda tinha sensores de estacionamento discretos. Na parte inferior, nada de difusor de ar, apenas um escape duplo cromado, que reforçava proposta do carro.
E era assim, discreto até certo ponto, que o 208 GT queria mostrar-se ao mercado nacional em 2016, mantendo seu estilo até o fim em outubro de 2019.
Por dentro, o Peugeot 208 GT era um carro que unia esportividade com certo luxo. Diferente dos demais hatches compactos, o modelo vinha com o i-Cockpit, um formato interno exclusivo da marca para seus carros.
O cluster analógico fica acima do aro do volante, evitando que o condutor tenha de olhar para dentro da direção e assim se distrair em relação à via. O volante, por conta disso, geralmente é bem pequeno, lembrando um kart.
No GT, o quadro de instrumentos tinha grafismos brancos com molduras externas em vermelho. Velocímetro, conta-giros, nível de combustível e temperatura da água estavam presentes, assim como o computador de bordo.
O painel tinha acabamento em preto brilhante no cluster, assim como multimídia e ar condicionado, enquanto a parte superior era em cinza escuro e a central, imitava fibra de carbono.
A direção elétrica de calibração diferenciada, mais direta, tinha volante esportivo com acabamento em couro perfurado e costurado, marcador 12:00 em vermelho no topo do aro e base chata com logotipo GT em vermelho.
Além disso, tinha ainda raio duplo inferior num vistoso cromado, enquanto os comandos simples atendiam somente à mídia e telefonia. Na coluna de direção, ajustável em altura e profundidade, havia haste com piloto automático e limitador de velocidade.
Os pedais do Peugeot 208 GT eram esportivos, mas não incluíam o apoio de pé nesse acabamento metálico. O ar condicionado dual zone com seu visual brilhante chamava atenção.
Já a multimídia tinha tela sensível ao toque com 7 polegadas, que vinha ainda com alguns comandos físicos, mas que incluía nas funcionalidades navegador GPS e câmera de ré, além de Google Android Auto e Apple Car Play.
Assim como os difusores de ar laterais, a alavanca de câmbio tinha pomo metalizado, dando assim uma aparência mais esportiva. Entrada USB e fonte de 12V estavam no console, perto do ar condicionado dual zone.
As portas tinham acabamento dos puxadores em preto, enquanto as maçanetas eram cromadas. Havia ainda apoios de braço em couro com costuras vermelhas. Comandos de vidros e espelhos ficavam bem ao alcance das mãos.
Na parte traseira, as portas também tinham o mesmo acabamento das dianteiras, algo que hoje em dia é esquecido por certas marcas até em modelos do segmento médio.
Teto e colunas eram revestidos em tecido preto, realçando a proposta esportiva do Peugeot 208 GT. Este tinha ainda teto panorâmico com vidro fixo e persiana móvel manual, dividida em três partes.
As luzes de leitura já não eram mais em LED como antes da atualização, algo perdido na mudança, assim como a luz interna geral. O 208 GT tinha um porta-luvas bem profundo e iluminado.
Já os bancos tinham padronagem semelhante ao da versão Griffe, com couro nas laterais e tecido diferenciado com detalhes em vermelho, incluindo as costuras.
Os assentos dianteiros não eram esportivos de fato, apesar das laterais abauladas. A Peugeot poderia ter adicionado um conjunto melhor e exclusivo para o GT, que assim segurariam melhor o corpo nas curvas.
Havia ainda um apoio de braço retrátil e com compartimento interno entre os bancos dianteiros, que vinha com o mesmo acabamento. Na traseira, o esportivo reproduzia o mesmo padrão da frente, mas com assento bipartido.
O 208 GT vinha com cintos de segurança em cor preta, padrão, não apostando numa cor como vermelho, para reforçar a esportividade do produto. Atrás, o quinto passageiro tinha cinto de três pontos e havia três apoios de cabeça.
O Peugeot 208 GT tinha ainda soleiras metálicas nas portas dianteiras e airbags laterais nos encostos dos bancos dianteiros. Havia também mais dois dianteiros, compondo a proteção interna que, no entanto, não contava com barras nas portas.
Já o porta-malas era mediano, tendo 285 litros e possibilidade de ser ampliado com o rebatimento do banco traseiro. O estepe de tamanho padrão ficava sob o assoalho.
Com esse pacote, o Peugeot 208 GT só pecava mesmo por não ter bancos realmente esportivos e detalhes perdidos de acabamento, como materiais de melhor qualidade e iluminação interna em LED.
Peugeot 208 GT – Motor
O bom visual externo e interno, apesar deste ter alguns detalhes, refletiam exatamente a proposta do Peugeot 208 GT, que tinha em sua motorização e ajuste, a característica principal de sua missão.
Para ter uma dirigibilidade realmente apurada, a Peugeot modificou o sistema de direção elétrica para um ajuste mais direto, permitindo que o GT fosse bem mais ágil e nervoso que as demais versões.
A suspensão ganhou calibração de molas e amortecedores mais firme, a fim de manter o esportivo bem no chão durante a condução. Além disso, os freios foram reforçados com discos nas quatro rodas, sendo os dianteiros ventilados.
Fora isso, as rodas maiores e com pneus mais largos e baixos, permitiam ao Peugeot 208 GT ter uma condução mais dinâmica e exclusiva. Por ser mais “no chão”, o esportivo sofria em pisos ruins.
No entanto, esse conjunto permitia entrar mais forte nas curvas e ter estabilidade surpreendente. O hot hatch ainda contava com controle de tração, assistente de partida em rampa e controle de estabilidade.
O Peugeot 208 GT tinha embreagem de acionamento hidráulico mais dura que as demais versões, reforçando a proposta de esportividade. O câmbio, apesar de longo no curso, tinha engates precisos.
A marca introduziu uma caixa de seis marchas mais curta, dando assim ao GT, a oportunidade de realmente andar bem. Outra característica do esportivo franco-brasileiro era a direção bem leve em manobras, contrastando com seu perfil em alta.
Para fechar esse pacote, o Peugeot 208 GT tinha o motor Prince 1.6 THP Flex, que tem bloco e cabeçote em alumínio, duplo comando de válvulas com variação na admissão apenas, além de injeção direta de combustível.
Ele também emprega turbocompressor com intercooler e usa taxa de compressão de 10,2:1, entregando assim 166 cavalos na gasolina e 173 cavalos no etanol, ambos a 6.000 rpm.
O propulsor THP ainda dispõe de 24,5 kgfm a partir de 1.400 rpm, indo plenamente até 4.000 rpm. Com essa característica, o Peugeot 208 GT acelerava de 0 a 100 km/h em apenas 7,6 segundos.
O interessante do 208 GT era que a máxima atingia 222 km/h, mas o velocímetro ia até 230 km/h. Ou seja, podia chegar no fim do curso realmente com a margem de erro padrão.
Com giro que pairava na casa dos 3.000 rpm, o esportivo sempre andava de motor cheio e não aceitava rotações muito baixas por causa do lag da turbina.
No consumo, o Peugeot 208 GT fazia 8,5 km/l na cidade com etanol e 10,1 km/l na estrada, com o mesmo combustível. Seu tanque era de 55 litros e permitia teoricamente 555 km de alcance.
Na Europa
Abaixo do Peugeot 208 GT, existia somente o GT Line no Brasil, uma versão “esportivada” do modelo, mas na Europa, a inspiração real do esportivo brasileiro já era consagrada há décadas.
Desde o 205 GTi, a Peugeot emplacava uma versão de performance para seus carros compactos, passando assim pelos modelos 206 GTi, 207 GTi e, finalmente, o derradeiro 208 GTi.
O termo último se aplica pelo fato de que a nova geração do Peugeot 208 não terá mais uma versão GTi. O que saiu de cena recentemente na Europa, adotava uma versão diferente do THP.
O Peugeot 208 GTi tinha esse propulsor com variação de válvulas de escape também, assim como modificações no controle de emissões e injeção eletrônica.
Assim, o motor permitia alcançar 200 cavalos a 5.800 rpm e 27,9 kgfm a partir de 1.700 rpm. Isso sem contar o “30 ème Anniversaire Edition”, que tinha 208 cavalos e suspensão ainda mais firme.
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