sexta-feira, 20 de março de 2020

Estudo: Apple Carplay e Android Auto são mais perigosos do que álcool

Estudo: Apple Carplay e Android Auto são mais perigosos do que álcool

Uma pesquisa encomendada pelo IAM RoadSmart e elaborada em conjunto com a FIA e a Rees Jeffreys Road Fund mostrou que os sistemas Android Auto (Google) e Apple Carplay são mais perigosos do que a ingestão de álcool, consumindo maconha e até escrever mensagens enquanto dirige.

Para chegar no resultado, os pesquisadores convidaram 20 voluntários que testaram, em um simulador, o Android Auto e o Apple Carplay. Em diversas situações, os avaliadores analisaram alguns aspectos: o comportamento dos olhos, a velocidade, a posição na pista e o tempo de reação na direção.

Eles conseguiram perceber que o desempenho dos motoristas caiu significativamente quando eles usavam as telas sensíveis ao toque. Ao usar o Android Auto e Apple CarPlay, o tempo de reação do condutor no trânsito piorou de 53% a 57%. Para efeito de comparação, o motorista com pouco álcool no sangue tem um tempo de reação de 12% mais lento, 46% para quem utiliza o aparelho celular, 35% para quem dirige e digita ao mesmo tempo, e 21% mais lento para quem usar maconha.

Estudo: Apple Carplay e Android Auto são mais perigosos do que álcool

Curiosamente, até o sistema de voz não ajudou muito. A pesquisa apontou que falar com a Siri, por exemplo, o tempo de reação fica de 30 a 36% mais lento. “A maioria dos participantes do estudo relata que usa o toque em vez do controle por voz na condução no mundo real. Como os resultados mostram claramente, isso é o mais perturbador, portanto, se houver necessidade de usar os sistemas em movimento, o controle por voz é método muito mais seguro”, disse Neil Greig, diretor de política e pesquisa.

Estudo: Apple Carplay e Android Auto são mais perigosos do que álcool

Segundo os voluntários, enquanto usavam as telas, foi mais difícil manter uma velocidade constante.
Eles concluíram que o Android Auto, Apple Carplay (e outros sistemas) são cômodos, porém eles não garantem a segurança.

“Agora estamos pedindo à indústria e ao governo que testem e aprovem abertamente esses sistemas e desenvolvam padrões consistentes que realmente ajudem a minimizar a distração do motorista”, completou Greig.

[Fonte: New Atlas]

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