O Nissan Juke se tornou um carro referência em seu segmento na Europa, o que inspirou diversas marcas a correr contra o tempo para oferecer um rival para ele.
Junto com o Qahsqai, o Juke faz uma dupla com qual a Nissan conseguiu vendas expressivas no mercado europeu e atingiu com eles outras regiões do globo.
Com desenho exótico, o chamativo Nissan Juke surgiu como um carro descolado para os jovens, tendo a personalização como parte de sua proposta, que chegou em diversas regiões, como o mercado americano, por exemplo.
O nome “juke” em japonês significa dançar ou mudar de direção, o que a Nissan queria com um SUV compacto que chamaria a atenção para uma missão que era ser diferente do normal.
Lançado em 2010, o pequeno japonês foi produzido na primeira geração em quatro lugares, sendo eles Reino Unido, Japão, Indonésia e China.
A segunda geração, lançada no ano passado, é feita atualmente apenas na Grã-Bretanha. Mesmo com irmãos fortes como o Nissan Kicks, o Nissan Juke tem personalidade e mercados cativos, onde não sofrerá qualquer influência externa.
Contudo, como a Nissan queria um carro mais prático e acessível nos EUA, tirou o Juke e o trocou pelo Kicks mexicano.
Nissan Juke
O Nissan Juke é um SUV compacto que se posiciona abaixo do Nissan Qashqai no mercado europeu e tem o papel de atingir o segmento B com uma proposta para atrair consumidores jovens, como o VW T-Roc, por exemplo.
Ousado, o crossover nipônico revolucionou em estilo e ganhou missões extras dentro da Nissan, tal como o esportivo Nismo e o insano Juke R, que simplesmente pegou emprestada a mecânica do Nissan “Godzilla” GT-R.
Foi vendido também como um produto da Infiniti no Japão, enquanto adicionava pimenta nas versões comuns, apresentando um habitáculo descolado e sensação de liberdade adicional para os jovens.
O projeto do Nissan Juke deu tão certo que a segunda geração foi algo natural, agora incorporando uma plataforma da Renault e suavizando um pouco suas linhas, apesar de ainda ser um chamativo nas ruas, porém, menos ousado.
Nissan Juke – Estilo
Tal como no Nissan March (Micra) da geração anterior, o Nissan Juke era um carro estiloso. Nascido do conceito Qazana, o crossover compacto chamou atenção por suas linhas fortes e expressivas, que não tinham paralelo.
A inspiração oficialmente teria vindo do estilo “garrafa de Coca” dos anos 60 e 70, que era bem popular e isso deu ao crossover um aspecto único no mercado.
Com pouco mais de quatro metros, o Juke tinha uma frente bem alta e com lanternas que saltavam sobre os para-lamas dianteiros, incorporando repetidores de direção também.
O capô era curto, enquanto a grade se estendia de uma ponta a outra da frente num conjunto horizontal, que era recortado pelos dois faróis circulares, que eram envolvidos pelo para-choque alto.
Este vinha com uma abertura estreita que envolvia a parte inferior, separando-a de um conjunto preto que abrigava os faróis de neblina circulares e três entradas de ar redondas ao centro.
O Nissan Juke tinha para-lamas abaulados na frente e atrás, criados com vincos pronunciados. Já a cabine era curta e tinha linha de cintura bem alta, com área envidraçada pequena.
O para-brisa era bem arredondado, enquanto as portas altas tinham ainda maçanetas embutidas nas colunas C. O Juke não tinha correspondente dentro da Nissan, então praticamente toda a carroceria era exclusiva.
Na traseira, a carroceria se inclinava para dentro, tendo lanternas em forma de bumerangue, como era a linhagem de estilo da Nissan (até hoje, inclusive). Elas se apoiavam nos para-lamas traseiros e se conectavam com a vigia.
Essa era bem envolvente e lembrava os esportivos japoneses dos anos 80. A tampa era pronunciada e sustentava a placa, tendo uma moldura para iluminação com o logotipo da Nissan.
O para-choque era pronunciado e não integrado aos para-lamas traseiros, tendo refletores nas laterais e luz de neblina central na parte inferior, que tinha acabamento preto também.
Apesar do Nissan Juke ser um produto da própria marca, parecia totalmente descolado do restante da gama, exceto pelas lanternas traseiras. Na frente, por exemplo, o V-Motion cromado da marca parecia destoar do restante do veículo.
Se por fora o Nissan Juke parecia estranho para os mais conservadores, por dentro ele era bem alegre, geralmente reproduzindo as cores da carroceria ou usando tonalidades vibrantes.
Um dos destaques do modelo era um tom bem vivo de vermelho (da versão Juke Box), que envolvia o túnel central e a parte dos comandos dos vidros nas portas. Sem multicolorido, o ambiente era bem atraente para os jovens.
O painel tinha tonalidade cinza ou preta, dependendo do mercado, mas não parecia radical, exceto pelo cluster, que tinha mostradores circulares para velocímetro e conta-giros bem expressivos e realmente grandes num conjunto pequenino.
Eles espremiam um display digital com grafismos em laranja, que tinha computador de bordo, nível de combustível e temperatura da água, enquanto suas molduras externas tinham suportes que sustentavam a cobertura do cluster.
O volante de três raios tinha quase um formato de “V” e tinham comandos num acabamento claro. O console central era um conjunto único e envolvente, que tinha acabamento em preto brilhante.
Nele, ficavam reunidos os difusores de ar centrais, sistema de áudio 2din ou multimídia, além de comandos do ar condicionado – que no digital tinha um display bem vistoso junto com dois botões circulares.
Este era o chamado I-CON, um comando integrado de climatização e modos de condução no painel, que permitia ao motorista optar por Eco, Normal e Sport. Além disso, exibia a pressão do turbo (se houvesse) e força G, por exemplo.
O túnel central era bem estiloso e cheio de contornos suaves, apresentavam bons porta-copos, base da alavanca de câmbio e freio de mão, assim como porta-objetos atrás.
As portas tinham maçanetas cromadas arredondadas, assim como apoios de braço e partes do acabamento na cor dos assentos, seja em tecido ou couro. Como já mencionado, apenas a parte dos comandos reproduzia a cor de destaque.
Parecendo mais um esportivo compacto do que um SUV, o habitáculo do Nissan Juke tinha espaço reduzido por causa do porte do veículo, ainda mais com a cabine curta, claramente indicada pelo painel pouco avançado.
Diante disso, é fácil entender por seu porta-malas tinha apenas 354 litros. A Nissan buscou dar mais espaço para quem vai atrás do que focar no bagageiro, exatamente o contrário da irmã Renault.
O Nissan Juke da primeira geração media 4,125 m de comprimento, 1,765 m de largura, 1,570 m de altura e 2,530 m de entre eixos, compartilhando a plataforma B da aliança franco-nipônica, a mesma do Renault Captur da época.
Uma atualização mudou o desenho da grelha, assim como o formato das lanternas superiores, que passaram a ser em formato de bumerangue, além de outras modificações.
Personalização
Como era um carro para jovem, o Nissan Juke logo caiu no departamento de estilo para personalização, recebendo diversos pacotes, séries e edições especiais, sempre explorando o diferente e o chamativo.
Dotado de cores vibrantes, o Juke podia ter rodas na mesma tonalidade da carroceria, retrovisores em cores contrastantes, molduras dos faróis escurecidas (tal como as lanternas superiores) e até pintura em dois tons.
Protetores inferiores na cor da carroceria, grades de formas diversas e até faixas decorativas, no melhor estilo MINI, como o Nissan Juke Limited Edition de 2011, por exemplo.
No Japão, o Juke era ainda mais expressivo e sujeito a customizações bem agressivas, que estavam muito distantes do gosto de clientes de fora, especialmente dos americanos, onde o modelo era apresentado de forma mais sóbria.
Isso fez com que o Nissan Juke não tivesse tanto brilho (literalmente) no mercado americano, onde os consumidores, mesmo jovens, não são tão apegados ao visual como no Japão, por exemplo.
Dessa forma, o Juke acabou abrindo as portas para o Kicks entrar na “América”. Essa busca por um visual mais expressivo fez com que uma proposta esportiva se abrisse poucos anos depois.
O Nissan Juke teve basicamente três motores, sendo um 1.6 16V com 94 ou 117 cavalos, usado em alguns mercados da Europa. A essa opção se somava o 1.6 DIG-T (com turbo e injeção direta) de 190 cavalos.
Havia ainda uma opção diesel 1.5 dCi de 110 cavalos, além do 1.6 DIG-T para os Juke Nismo e Nismo RS com 200 e 218 cavalos, respectivamente. O câmbio podia ser manual de 5 ou 6 marchas, além de CVT Xtronic.
Nissan Juke Nismo
Em 2013, o Nissan Juke já era um carro descolado e de boa performance, tendo motor 1.6 DIG-T com 190 cavalos, por exemplo, mas ainda não tinha a pegada verdadeiramente de esportivo.
Por isso, a divisão Nismo da Nissan criou o Juke Nismo. O SUV compacto agora era esportivo também, ganhando visualmente muitos detalhes exclusivos.
A frente tinha grade reduzida com molduras em preto brilhante e o logotipo Nismo. Os faróis simples tinham molduras pretas, enquanto as lanternas eram escurecidas.
O para-choque exclusivo do Nissan Juke Nismo trazia uma boca central recuada com grade treliçada e filete vermelho, tendo ainda spoiler destacado em toda a base do protetor, que também trazia luzes de neblina em LED.
Com retrovisores em vermelho vivo, o Nismo trazia ainda saias laterais pronunciadas e integradas aos spoilers dianteiros e traseiros. As saias de rodas eram mais abauladas e na cor do carro, enquanto as rodas esportivas tinham pneus baixos.
O para-choque traseiro era mais pronunciado e tinha ainda uma moldura inferior com friso vermelho e difusor de ar avantajado, que incluía luz e neblina e um vistoso escape cromado. O defletor de ar no teto era bem proeminente.
Por dentro, o Nissan Juke tinha bancos esportivos em camurça e com logotipo Nismo, assim como volante em couro e camurça com marcador 12:00 e alavanca de câmbio esportiva.
Conta-giros vermelho, pedais de alumínio e ambiente totalmente escurecido, faziam parte do pacote do Nissan Juke Nismo, que tinha o motor 1.6 DIG-T com 200 cavalos e 25,5 kgfm, além de suspensão firme e direção mais direta.
O Juke Nismo RS teve a potência ampliada para 218 cavalos com mais de 29 kgfm e foi vendido nos EUA.
Juke R
Antes mesmo de aparecer o Nissan Juke Nismo, a marca japonesa deu um presente para a área da engenharia, que sempre vê seus projetos polidos pela área comercial, liberando suas ideias mais loucas.
Assim, os engenheiros da Nissan não pensaram muito em adicionar o coração VR do Nissan GT-R, o atual Godzilla da japonesa. Isso criou o insano (e talvez jamais imaginado) Nissan Juke R.
O V6 3.8 Biturbo do GT-R foi colocado dentro do Juke R, que ganhou suspensão rebaixada, rodas aro 20 polegadas, chassi modificado extensamente e freios cavalares da Brembo.
A primeira série teve 3 unidades feitas, sendo todas com 553 cavalos, bem mais que os 492 cavalos do conceito. Porém, o chamado Nissan Juke R 2.0 tinha nada menos que 608 cavalos e era ainda mais insano! Foram 23 fabricados.
Segunda geração
Em 2019, a segunda geração do Nissan Juke apareceu com a plataforma modular CMF-B dos Novos Clio e Captur, medindo agora 4,210 m de comprimento, 1,800 m de largura, 1,595 m de altura e 2,636 m de entre eixos.
Mais espaçoso, ele ampliou o bagageiro para 422 litros. Além disso, trouxe um visual com muito do Nissan Kicks, mas chamando atenção para os faróis triangulares separados das luzes diurnas. O interior é praticamente o mesmo do Kicks.
Sem ousar demais, como o anterior, o Nissan Juke 2020 parece mais contido, especialmente em termos comerciais, mas também na mecânica, tendo basicamente apenas o motor 1.0 DIG-T de 117 cavalos e opção de câmbio DCT de 7 marchas.
© Noticias Automotivas. A notícia Nissan Juke: tudo sobre as duas gerações do crossover exótico é um conteúdo original do site Notícias Automotivas.
Nissan Juke: tudo sobre as duas gerações do crossover exótico publicado primeiro em https://www.noticiasautomotivas.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário