O mercado de picapes médias no Brasil está mudando cada vez mais. Os modelos com motorização flex estão diminuindo com o passar dos anos e, hoje, metade da oferta de produtos no país está sendo abastecida apenas com óleo diesel.
Em realidade, das oito marcas que vendem picapes médias no Brasil – não contamos com a JAC, pois, a iEV330P ainda não está disponível – apenas Chevrolet, Toyota e Fiat ainda emplacam seus modelos com propulsores que podem receber tanto gasolina, quanto etanol.
A última a abandonar o segmento foi a Ford, que eliminou na linha 2020 todas as versões flex da Ranger (foto abaixo), que agora só é oferecida com os motores diesel 2.2 de quatro cilindros e 160 cavalos ou 3.2 com cinco cilindros e seus 200 cavalos.
No caso da Mitsubishi, faz muito tempo que a L200 não emplaca um propulsor desse tipo, sendo que já foi equipada com um V6 que podia ser abastecido também com álcool…
Sumida desde que foi relançada, a SsangYong Actyon Sports também passa longe desses dois combustíveis, sendo que a marca sul-coreana é uma das que mais apostaram em opções diesel por aqui.
A Nissan Frontier não é oferecida com esse tipo de motor, assim como a Volkswagen Amarok, que nunca teve opção a gasolina ou flexível por aqui. Mesmo a antiga chinesa Effa com sua Plutus, era movida por diesel.
Sendo assim, para quem ainda busca uma picape média com tecnologia flexível, existem apenas três opções: Fiat Toro, Chevrolet S10 e Toyota Hilux.
Fiat Toro
A Fiat Toro é a porta de entrada desse mercado, mesmo não sendo exatamente um produto como suas rivais, utilizando carroceria monobloco e tendo um porte menor. Ainda assim, reúne o que muita gente busca no segmento.
Com cabine dupla apenas, a Fiat Toro tem hoje as versões Toro Endurance, Freedom e Volcano, sendo que a primeira dispõe de versão manual de cinco marchas ou automática com seis velocidades. As demais somente sendo automáticas.
Equipada com motor E.torQ 1.8 Flex de 135 cavalos na gasolina e 139 cavalos no etanol, a Toro Flex tem tração dianteira. No caso da Volcano, o motor é o Tigershark 2.4 Flex com 174 cavalos na gasolina e 186 cavalos no etanol, tendo câmbio automático de nove marchas e tração dianteira.
A Endurance parte de R$ 96.990 na manual e R$ 102.990 na automática. Já a Freedom parte de R$ 114.990, enquanto a Volcano, parte de R$ 127.990.
Chevrolet S10
Desde que chegou ao Brasil, nos anos 90, a Chevrolet S10 sempre teve opção a gasolina, inicialmente, e depois flex. Hoje, a picape média da GM ainda tem uma boa oferta de versões abastecidas com etanol e gasolina.
Para todas elas, o motor disponível é o Ecotec 2.5 SIDI, o único desse mercado com injeção direta de combustível. O propulsor (que moveu a Nova Blazer mexicana até recentemente) entrega 197 cavalos na gasolina e 206 cavalos no etanol.
A GM só oferece ele na versão de cabine dupla da S10, que pode ser adquirida com câmbio manual de seis marchas ou automática, com a mesma quantidade de marchas.
Além disso, a S10 pode ser adquirida tanto com tração 4×2 quanto 4×4, mas esta última só com câmbio automático. Para muitos clientes de cidades, essas opções são mais interessantes.
No portfólio da Chevrolet, a S10 Flex Advantage é a mais barata, custando R$ 113.290 com tração 4×2 e câmbio manual. A LT tem somente opção de câmbio automático, mas pode-se escolher pelo 4×2 ou 4×4, custando assim R$ 128.290 e R$ 133.590, respectivamente.
Na versão LTZ, que é mais completa, a S10 Flex também tem tração 4×2 ou 4×4, ambas automáticas, custando assim R$ 137.190 e R$ 146.090, respectivamente.
Toyota Hilux
A Toyota Hilux, que chega ao Brasil via Argentina, ainda mantém sua oferta de versões flex e pode até ter no futuro uma opção híbrida flexível, embora a tecnologia possa ser empregada também com diesel. Por incentivos, a primeira opção parece mais plausível.
Atualmente, a Hilux Flex conta com motor 2.7 Dual VVT-i com 159 cavalos na gasolina e 163 cavalos no álcool, equipada com câmbio manual de cinco marchas ou automático de seis velocidades.
Tal como na S10 Flex, a Hilux Flex também tem opção de 4×2 ou 4×4, esta última somente com câmbio automático. Oferecida na versão SR 4×2 MT, a picape da marca japonesa parte de R$ 121.990. A SR 4×2 automática pula para R$ 127.990.
A gama ainda contempla a versão SRV 2.7 4×2 automática por R$ 137.990, enquanto sua variante 4×4 automática custa R$ 148.990. Em breve, a Hilux GR Sport V6 4.0 chega ao mercado com 234 cavalos, mas só abastecida com gasolina.
E o futuro?
A Volkswagen prepara uma rival para a Toro, nesse caso a Tarok, que deve chegar ao mercado com motor 1.4 TSI de 150 cavalos e 25,5 kgfm. Outra opção virá da General Motors.
Na Chevrolet, um produto derivado da plataforma global VSS deverá ficar abaixo da S10 e acima da Montana. Para mover a picape cabine dupla com carroceria de monobloco, apenas será viável se ela tiver o Ecotec 1.4 Turbo do Cruze com até 153 cavalos no álcool.
A Hyundai é outra marca aparentemente interessada no segmento, mas pouco se sabe sobre o projeto que poderia surgir do conceito STC, baseado no HB20. A Ford também prepara uma picape desse tipo, que pode se chamar Courier.
Se vier, a Renault Alaskan deve chegar apenas com motor diesel 2.3 turbo e/ou biturbo, oriundos da Frontier. Por conta do preço mais baixo, uma opção flex do motor QR25DE da Nissan seria até viável para aumentar as vendas da francesa.
Agradecimentos ao David Machado.
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