A Nissan vai iniciar um plano de corte de gastos de US$ 4,4 bilhões e que envolverá a demissão de milhares de pessoas e o fechamento de fábricas, bem como a redução nas operações de outras plantas ao redor do mundo.
Na esteira da fuga de Carlos Ghosn para o Líbano, a Nissan quer reverter a queda nas vendas com uma mudança em sua estrutura de produção para aumentar as margens e sair da crise provocada pelo ex-líder da companhia.
De acordo com a Reuters, que ouviu pessoas próximas do assunto, a Nissan pretende cortar US$ 4,4 bilhões em custos operacionais nos próximos anos e isso significará a demissão de 4,3 mil empregados, porém, chama atenção que este serão de áreas administrativas, o que não afetaria os trabalhadores das linhas de montagem.
Isso parece ir de encontro ao que garantiu Gianluca Ficchy, presidente da Nissan Europa, em relação ao fim da Mercedes-Benz Classe X, garantindo que não haverá demissões em Barcelona, onde a fábrica opera com apenas 28% da capacidade.
Os cortes da Nissan ocorrerão até 2023 e envolverão ainda o fechamento de duas fábricas, mas não se sabe exatamente quais plantas fecharão em definitivo. A montadora, no entanto, manterá o plano de redução de operações em 14 instalações, que faz parte de um plano anterior que envolve o pessoal do chão de fábrica.
Uma das fontes disse que os principais alvos de demissões serão as sedes da Nissan na Europa e EUA, especialmente também em Genebra, onde existem milhares de pessoas nas áreas de vendas e marketing. É aí que a marca japonesa quer cortar mais gastos e isso pode significar também a ausência em alguns salões automotivos.
O programa de demissão de 12,5 mil pessoas, divulgado em meados de 2019, parece estar nos planos, mas este não incluía o fechamento de fábricas, o que reforça a impressão de ser um corte adicional ao já proposto. Uma das fontes disse: “A situação é terrível. É fazer ou morrer”.
Expandida para todos os cantos do mundo, a Nissan inflou sob o comando de Ghosn, mas não teve a resposta esperada em vendas, o que afetou diretamente a produção.
Hoje, a estimativa no Japão é que em nível geral, a montadora tem 40% de sua capacidade ociosa ou subutilizada. O temor no momento é que a empresa fecha o último trimestre com prejuízo e feche o ano fiscal (março) em queda.
[Fonte: Reuters via Autoblog]
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