A compra da fábrica da Ford em Taboão, São Bernardo do Campo, parece algo já definido, segundo fontes que estariam envolvidas no processo. De qualquer forma, mesmo que a planta de caminhões seja vendida e assumida por um novo proprietário, a rede de concessionários não será a mesma.
Ford e os revendedores de caminhões da marca discutem o processo de indenização dos representantes da marca, visto que a decisão da montadora é que estes serão compensados por investimentos feitos. O intuito da empresa é reduzir o números de investidores de 58 para 35 até o final do ano.
O processo indenizatório incluirá todos os empresários atualmente envolvidos na representação da Ford Caminhões no Brasil. Ou seja, a montadora irá compensar todos os revendedores, cujos valores deverão variar de acordo com os investimentos feitos localmente. A Ford também é obrigada, pela chamada “Lei Ferrari”, a comprar o estoque das lojas.
Depois da indenização, a Ford criará um novo modelo de negócios para sua divisão de caminhões. A partir daí, os pontos de atendimento serão reduzidos e a empresa dá ênfase em lojas estabelecidas nos grandes centros urbanos do país. Outro ponto é que passarão de revendedores para centros técnicos de pós-venda.
A Ford dará prioridade aos empresários que atual também com automóveis, a fim de que suas oficinas atendam também os caminhões. Os contratos de assistência técnica e venda de peças, além de atendimento de garantia, serão de três anos até que se complete os 10 anos obrigatórios por lei.
CAOA Caminhões à vista?
Após isso, não se sabe se haverá uma rede autorizada de pós-venda ou se a manutenção será realizada em oficinas especializadas. O processo de mudança da rede indica que a Ford mantém a decisão de sair do mercado de caminhões, diferente dos rumores que falam do licenciamento da produção da marca com a compra da fábrica de Taboão, por parte da CAOA, como anda sendo veiculado.
O que se sabe até agora é que a CAOA já teria fechado com a Ford, que deverá manter o controle da fábrica até 30 de novembro, assumindo a partir daí, o novo proprietário. O governador João Dória Jr diz que nada foi fechado ainda e que logo anunciará o que foi decidido.
De acordo com o jornal O Estado de São Paulo, o grupo brasileiro manteria a produção de caminhões Ford sob licença. Obviamente que, mesmo com o fim da rede Ford Caminhões, a empresa de Carlos Alberto de Oliveira Andrade teria condições de ter seus próprios pontos de venda e assistência, a exemplo da CAOA Hyundai.
Se realmente a marca americana não liberar tal licença, provavelmente veremos uma segunda marca brasileira de caminhões, uma eventual CAOA Caminhões, pois, já temos a Agrale.
[Fonte: Auto Data]
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