O casamento entre Renault-Nissan e Daimler pode acabar em breve. Os movimentos nesse sentido estão surgindo com força no mercado internacional, especialmente após a escolha do sueco Ola Kallënius, que assumirá a montadora alemã a partir de maio. O executivo quer mudar os planos atuais da companhia, inclusive os acordos com o grupo franco-nipônico.
O primeiro movimento nesse sentido seria o fim da sinergia entre as duas empresas no desenvolvimento de picapes. Nesse caso, a picape Classe X da Mercedes-Benz não estaria obtendo bons resultados em vendas globais, especialmente na Austrália. Diante disso, a Daimler acusa que está perdendo dinheiro nessa associação com a Renault-Nissan.
Aqui na região, a picape da Mercedes roda há muito tempo com ou sem camuflagem, inclusive até mesmo num “quase evento de lançamento” em São Luis, no Maranhão, quando desfilou abertamente para todo mundo ver. Isso já tem muitos meses e até agora nada.
Na vizinha Argentina, onde deveria estar sendo feito em Córdoba, ela apenas atravessa o país em direção ao Chile, importada da Espanha. Até mesmo a Renault Alaskan está demorando mais do que o esperado, mas nos dois casos, a promessa de chegada está mantida. Quando exatamente? Ninguém sabe. A picape da Renault não vem este ano por causa da crise.
O que realmente está chegando é a picape Nissan Frontier, que de acordo com a empresa, sustenta os custos de produção no norte da Argentina. Com Dieter Zetsche pendurando as chuteiras e Carlos Ghosn em prisão por fraude, a aliança anterior agora depende exclusivamente das ações de Kallënius, que parece mais interessado numa aproximação com a BMW.
O motivo, segundo uma fonte, é que a Daimler vê hoje as empresas no vermelho e assim não faz sentido manter-se numa parceria que não dá resultados esperados. A situação deve atingir projetos em comuns, como Mercedes Cítan/Renault Kangoo, Mercedes GLA/Infiniti QX30 e talvez até o uso do motor 1.3 TCe da Renault.
Estranhamente, a Daimler confirmou a produção do Mercedes-Benz GLB em Aguascalientes, México, onde a planta é da Renault-Nissan. Kallënius, segundo a mesma fonte, não deverá cortar os negócios de forma abrupta, evitando assim perdas grandes para os dois lados.
No caso das picapes, a próxima Frontier pode ter o DNA da L200 Triton ou empresta-lo para a picape da Mitsubishi. No caso da Daimler, a Classe X teria que surgir do zero ou ser compartilhada com um novo parceiro. VW e Ford acertaram que o DNA da Ranger estará na Amarok.
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