segunda-feira, 29 de abril de 2019

Fusca conversível: fotos, detalhes, história e como fazer a conversão

Fusca conversível: fotos, detalhes, história e como fazer a conversão

O Fusca Conversível é uma variante emblemática do besouro mais famoso do mundo.

Com capota retrátil, o clássico da Volkswagen passava de um carro popular para um veículo de estilo e até mesmo com certo status de exclusividade. Por isso, essa matéria visa mostrar como fazer a conversão do lendário VW e ainda contar um pouco da história dessa versão.

No dia a dia, poucos são os Fuscas que circulam sem o teto original e quando estes aparecem, chamam muito atenção das pessoas, mesmo até em eventos de carros clássicos e históricos.

Na própria história do Volkswagen Sedan, o conversível sempre marcou presença, embora não tenha sido uma versão feita de forma regular em determinadas regiões.

Fusca conversível: fotos, detalhes, história e como fazer a conversão

No Brasil, por exemplo, nunca foi produzido em série, embora tenha tido unidades criadas dentro da empresa.

No exterior, o Fusca Conversível foi uma variante regular, mas não feita pela Volkswagen. A mais famosa e que durou 30 anos foi criada pela Karmann, em Osnabrück, Alemanha.

No caso da transformação, existem até empresas especializadas na modificação para Fusca Conversível, mas alguns proprietários decidem por a mão na massa e faze-lo de forma artesanal, o que demanda certo tempo e dinheiro para conversão. Para quem não tem recursos para fazer em casa, o ideal é contratar uma oficina especializada.

Fusca Conversível

Fusca conversível: fotos, detalhes, história e como fazer a conversão

Muito antes de 1949, quando a opção passou a ser regular, o Fusca teve sua primeira versão conversível ainda na década de 30, sendo visto ostentado por dirigentes nazistas, como o próprio Adolf Hitler.

Entretanto, foi apenas no final dos anos 40, que a Volkswagen autorizou duas variantes do Beetle (Käfer).

Estas eram feitas pelas empresas Josef Hebmüller and Son e Karmann, localizadas em Wulfrath e Osnabrück, ambas na então Alemanha Federal.

O primeiro construtor criou um Fusca Conversível de dois lugares, num estilo roadster, que hoje é considerado raro. Esse, porém, não fez sucesso.

Fusca conversível: fotos, detalhes, história e como fazer a conversão

No segundo caso, a Karmann obteve êxito com seu Fusca Conversível de quatro lugares, que caiu nas graças dos clientes da Volkswagen, em especial nos EUA.

Acredita-se que somente 696 exemplares do “Heb” tenham sido feitos, enquanto a empresa que tinha filial no Brasil (Karmann-Ghia) fez nada menos que 331.847 unidades até janeiro de 1980.

Fusca conversível: fotos, detalhes, história e como fazer a conversão

Todas as variantes do Fusca alemão ganharão a versão Cabriolet da Karmann. Foram feitas conversões localizadas a pedido da Volkswagen no México e no Brasil, fora as modificações geradas por empresas especializadas e mesmo aquelas feitas de forma artesanal.

As duas gerações seguintes do Beetle também tiveram versões conversíveis, mas nenhuma foi vendida oficialmente no Brasil.

O Fusca Conversível foi emblemático no país, ao levar dois presidentes em desfile na fábrica da VW na Anchieta: Juscelino Kubitschek e Itamar Franco, sendo o último na reintrodução do popular da marca nos anos 90.

Como fazer a transformação

Fusca conversível: fotos, detalhes, história e como fazer a conversão

A transformação de um Volkswagen Fusca em requer muita atenção de quem faz, especialmente em relação à estrutura do carro.

O Fusca Conversível exige reforços na carroceria original, antes do corte das seções, especialmente na base presa ao chassi, a fim de compensar a ausência do teto e do arco do teto, assim como das colunas B e C, que serão recortadas.

O processo preserva somente as colunas A com o para-brisa, que pode ser trocado pelo do modelo alemão, maior, em casos de conversão para o padrão da Karmann, que foi o oficial da Volkswagen.

As portas também perdem o arco das janelas, ficando somente a parte inferior.

Fusca conversível: fotos, detalhes, história e como fazer a conversão

Na carroceria do futuro Fusca Conversível, toda a linha de cintura na altura dos vidros é cortada, inclusive na linha curvada que se sobrepõe à grade traseira, acima da tampa do motor. Basicamente, é dessa forma que ficará a carroceria do modelo sem teto rígido.

O processo de conversão geralmente trabalha com a restauração completa do Fusca e isso significa que, além da retirada total do acabamento interno, o carro também passará por um tratamento.

Nesse caso, a carroceria é inteiramente lixada para que uma nova pintura, normalmente em dois tons, seja aplicada à mão. Esta é bem delicada e exige o serviço de um especialista para ficar perfeita.

Fusca conversível: fotos, detalhes, história e como fazer a conversão

Na portas, um novo quebra-vento é instalado. Este é cromado e arredondado, acompanhando o original do carro, mas se a conversão for para o modelo alemão, ele será quadrado.

Os vidros das portas ficam presos em armações cromadas e fixas, subindo e descendo na janela.

Todo Fusca Conversível tem janelas traseiras móveis, que sobem e descem. Para isso, o vidro tem um corte curvado na parte traseira e armação metálica fixada nas extremidades.

O acionamento, assim como das portas, é feito por manivelas cromadas e estilizadas, igualmente como na frente. Entretanto, a janela não desce diretamente, mas bascula para trás.

Fusca conversível: fotos, detalhes, história e como fazer a conversão

Assim, as armações cromadas unidas quando as duas janelas estão levantadas, desaparecem sob a linha de cintura da carroceria do Fusca Conversível, deixando o vão aberto para ventilação e visibilidade, criando um belo efeito visual.

Na reconstrução do veículo, agora como um Fusca Conversível, as partes que foram retiradas, tais como bancos, revestimentos e painel podem retornar.

Entretanto, para estes recomenda-se restauração ou personalização a gosto do cliente, a fim de adicionar valor (sentimental ou comercial) para o veículo.

Fusca conversível: fotos, detalhes, história e como fazer a conversão

A capota para o Fusca Conversível via de regra atende aos padrões original do carro ou alemão, sendo esta de aspecto mais quadrado.

Em qualquer dos casos, elas deverão estar de acordo com o projeto de conversão. Ou seja, armação dos vidros, quebra-ventos e para-brisa precisam seguir o mesmo plano.

Isso é vital para que haja harmonia no encaixe da capota sobre as janelas e para-brisa. A capota é em tecido impermeável e de acordo ao gosto do cliente.

As cores originais das capotas do Beetle Cabrio podem ser reproduzidas, o que eleva o padrão de qualidade e originalidade da conversão.

Fusca conversível: fotos, detalhes, história e como fazer a conversão

A vigia traseira é feita em plástico transparente e o tecido é revestido também por dentro, em alguns casos, a fim de ocultar a armação metálica que a sustenta.

Normalmente a capota é presa por dois botões na base dos vidros traseiros e nas laterais do para-brisa, onde ficam também as duas travas de segurança, que mantém a estrutura fixada quando erguida.

Toda a articulação segue um padrão e ela se dobra de forma muito fácil, sendo seu manuseio rápido.

Uma vez dobrada atrás do banco traseiro, no espaço onde ficava o chamado “chiqueirinho” (segundo porta-bagagens do Fusca), a capota se encaixa parcialmente, ficando mais da metade para fora.

Fusca conversível: fotos, detalhes, história e como fazer a conversão

Nesse caso, para evitar que ela se erga com o carro em movimento, existe uma capa protetora, que deve ser fixada sobre a capota e presa por botões de pressão.

Numa conversão básica, o conjunto do Fusca Conversível fica com aparência arredondada e mais volumosa, enquanto na padrão alemão, esta geralmente é quadrada e baixa.

A conversão não altera outros parâmetros mecânicos do Fusca original, exceto a rigidez estrutural, devido ao corte da carroceria.

Nesse caso, a modificação deve atender às normas do Inmetro quanto ao peso do veículo e tensões que a estrutura pode suportar. Isso é necessário para que o documento de certificação seja aprovada e o veículo tenha seu registro alterado de sedã para conversível.

Fusca conversível: fotos, detalhes, história e como fazer a conversão

Para finalizar a conversão, o cliente dono do Fusca Conversível pode adicionar rodas em dois tons, faróis com pestanas, frisos de aço inox, pintura saia e blusa, outros detalhes cromados, interior em vinil ou couro, painel original, rádio original, etc.

Tudo dependerá do orçamento. A conversão dura em média três meses numa empresa especializada e o custo pode ficar na casa de R$ 16.000. Confira os vídeos de conversão abaixo:

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