O segmento de sedãs e hatches médios vem sofrendo uma pressão enorme dos utilitários esportivos. No ano passado, os sedãs desse porte venderam 141.767 unidades contra 153.631 exemplares de 2017. Ou seja, uma diferença de 11.864 veículos. Uma baixa de 7,73%.
Nos hatches médios, a queda foi ainda mais expressiva, caindo de 20.235 unidades em 2017 para 13.229 no ano passado, um corte de 7.006 unidades. Ou seja, uma queda de 34,63% nas vendas. Nesta categoria, o decréscimo é ainda maior se compararmos com 2016, quando foram vendidos 32.859 exemplares. A queda chega a 59,74%.
Para piorar a situação, a tendência de alta nas vendas de SUVs só reforça a decisão dos fabricantes em mudar o portfólio de produtos para atender a demanda que está mais aquecida e isso significa mais utilitários esportivos e menor oferta de sedãs e hatches médios.
Entretanto, não se trata de uma tendência nacional. Na grande maioria dos mercados, crossovers e SUVs vêm ganhando cada vez mais espaço e sufocando alguns segmentos, como os descritos acima. Nesta terça (12), o mercado nacional viu dois modelos irem embora: Peugeot 308 e 408.
Eles iniciaram um ano que promete mais baixas entre os carros médios. A Ford já dá bons descontos para Focus e Focus Fastback, que já estão com data para sair de linha na Argentina: maio. E quais serão os próximos?
Por ora, em termos de sedã, embora não seja do segmento médio, temos apenas o Fusion, que teve sua oferta reduzida no país, mas que já sabemos não terá continuidade no México, talvez não passando de 2020, segundo rumores do mercado.
Mesmo sem perdas confirmadas, alguns modelos podem ter seu ritmo de vendas reduzido por causa da mudança no panorama do mercado. A GM, por exemplo, reduziu o ritmo de produção em Rosário, Argentina, onde a crise local afeta a produção e isso pode se refletir no desempenho da dupla no Brasil.
O Cruze hatch caiu bem no último ano, mas o sedã até ganhou alguns emplacamentos em relação a 2017. O Civic é outro que se manteve com ligeira alta no ano passado, mas modelos como o Jetta, por exemplo, perderam um bom terreno. O Corolla, líder do segmento, caiu de mais de 66 mil em 2017 para pouco 59 mil em 2018.
E o futuro? Algumas marcas já exploram o segmento de SUV-cupê como alternativa à saída de sedãs e hatches médios. A Renault explora o Arkana para substituir o Fluence. Já a Fiat confirmou um modelo que deve rivalizar com o produto da marca francesa.
Com exceção de mudanças de geração, como no caso do Corolla, não se espera nenhum hatch ou sedã novo. No entanto, teremos alguns novos SUVs no mercado, como o T-Cross da VW, por exemplo. Em 2018, o segmento representou 20% do mercado, mas a expectativa é de que alcance 25% muito em breve.
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