Saiba o que é exame toxicológico. Cabelo detecta quanto tempo?
O sistema de habilitação no Brasil é composto por cinco categorias: A, B, C, D e E. Cada uma com as suas especificações e regras. Para obter cada uma delas é necessário passar por avaliações e etapas diferenciadas.
A fim de atestar se o motorista está apto para dirigir em vias públicas, todos os condutores precisam passar por exames com profissionais médicos credenciados ao Detran (Departamento Estadual de Trânsito).
Os mais comuns deles são exames médicos e psicológico ou psicotécnico. O indivíduo será submetido a uma avaliação onde será analisado sua coordenação motora, visão e daltonismo.
Ainda terá de enxergar letras de tamanho e distância diferentes, cores, principalmente a de um semáforo: verde, amarela e vermelha. Esse exame leva cerca de 10 minutos.
Já o psicológico/psicotécnico é outra análise muito importante para conhecer a pessoa e se ela se encontra em boas condições mentais para dirigir automóveis em sociedade.
Aqui ele passará por avaliações de memória, teste de lógica e avaliação de figura. O médico examinará traços importantes do cidadão como: comportamento emocional, de ansiedade e estabilidade.
É muito importante destacar que eles devem ser feitos em clínicas credenciadas ao Detran.
O que é e como é feito o exame toxicológico?
O exame toxicológico tem como finalidade a detecção de ingestão de substâncias tóxicas como drogas.
Antes de apresentar os detalhes desta avaliação médica, devemos conhecer as substâncias que são conhecidas como tóxicas e que produzem alterações nos sentidos de uma pessoa ou motorista.
Podemos considerar três: as depressivas, que dificultam o processamento e entendimento de informações no cérebro humano e redução da atividade cerebral; as alucinógenas atuam gerando alucinações e perturbações; por fim, as estimulantes, elevam o nível de percepção e atividade pulmonar da pessoa, além de reduzir a fadiga.
— Depressivas: bebidas alcóolicas, heroína, morfina, lança perfume, barbitúricos, ópio, diluentes, inalantes (cola de sapateiro) e clorofórmio.
— Alucinógenas: maconha, LSD, ecstasy, espécies de cogumelos, DMT e haxixe.
— Estimulantes: crack, cocaína, cafeína, anfetaminas, metanfetamina.
Exame toxicológico para motoristas
Motoristas que possuem Carteira Nacional de Habilitação C, D e E (veículos com carga supera a 3,5 mil kg) são obrigados a realizar o exame toxicológico no momento de renovação ou de aquisição do documento.
Ele é muito importante para condutores que executam funções como transporte de passageiros, no entanto, desde 21 de junho de 2016 o exame passou a ser obrigatório até mesmo para aqueles que não exercem atividades remuneradas.
O teste fará a detecção se o condutor chegou a usar alguma substância num período de 90 dias antes de ir à clínica médica.
O exame toxicológico mais famoso que todos conhecem é o de teste do bafômetro que, geralmente, acontece em blitz policiais.
Já o de drogas é realizado em clínicas especializadas. Os médicos poderão recolher e identificar via queratina (pelos e cabelo), urina, saliva e sangue. São realizadas duas amostras – a segunda serve para outra análise caso o paciente não concorde com o resultado apresentado na primeira avaliação.
O cabelo consegue detectar o uso de drogas de até seis meses atrás, por isso é muito utilizado na hora da avaliação. A saliva traz informações de 12 a 24 horas. A urina de 2 a 4 dias atrás.
Após a realização, o resultado pode sair em até cinco dias e enviado diretamente para o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). A pessoa também pode ter acesso ao resultado.
Se houver positividade no exame, o indivíduo ficará impedido de obter a CNH das categorias C, D ou E, contudo, ela poderá fazer um novo pedido após um período de três meses.
Quanto custa para realizar o exame toxicológico?
O valor pode variar de acordo com a clínica e o estado, porém, o preço não deixa de ser alto. Em média é cobrado cerca de R$ 200 – algumas delas disponibilizam o parcelamento.
Em São Paulo achamos consultórios cobrando R$ 190,00; no Rio de Janeiro: R$ 195,00; Porto Alegre: R$ 220,00; Salvador: R$ 210,00; Vitória: R$ 220,00; Belém: 200,00; Belo Horizonte: R$ 220,00; Fortaleza: R$ 200,00; Natal: R$ 230,00; Maceió: R$ 230,00; Manaus: R$ 250,00; Cuiabá: R$ 200,00; Palmas: R$ 215,00.
Multa para quem é flagrado dirigindo sob efeito de substâncias tóxicas
Assim como na Lei Seca, a punição para quem dirige sob efeito de substâncias tóxicas (drogas) não é branda. Confira o que diz a lei 11.705 de 19 de junho de 2008 Art. 165 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB):
“Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência:
Infração – gravíssima;
Penalidade – multa (cinco vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze) meses;
Medida Administrativa – retenção do veículo até a apresentação de condutor habilitado e recolhimento do documento de habilitação.”
“Recusar-se a ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro procedimento que permita certificar influência de álcool ou outra substância psicoativa, na forma estabelecida pelo art. 277:
Infração – gravíssima;
Penalidade – multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze) meses;
Medida administrativa – recolhimento do documento de habilitação e retenção do veículo, observado o disposto no § 4º do art. 270.
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso de reincidência no período de até 12 (doze) meses”
Isto quer dizer que, se flagrado nestas condições, o motorista estará cometendo infração gravíssima, com multa de R$ 293,47 e mais sete pontos na CNH. Entretanto, poderá ter a multiplicação da multa podendo chegar até a R$ 2.934,70 e mais 12 meses de suspensão do direito de dirigir.
Redução no número de acidentes nas rodovias brasileiras
Após a realização do exame passar a ser obrigatória, em 2016, os seis primeiros meses da implantação já trouxeram ótimos números: com redução de 38% no número de acidentes nas rodovias federais.
Outro estudo da Polícia Rodoviária Federal (PRF) também mostrou que a 3 anos atrás, de março a julho, o número de caminhões envolvidos em acidentes também diminuiu de 18 para 11 mil.
Ainda assim, segundo apuramos, o Brasil está muito longe de ser um dos países com o trânsito mais seguro do mundo. Estamos em 4º lugar entre os que mais cometem imprudência no Continente Americano, perdendo apenas para: Belize (América Central), República Dominicana (América do Norte) e Venezuela (América do Sul).
A cada hora, cinco pessoas morrem nas ruas e rodovias brasileiras; cerca de 60 ficam inválidas. Só em 2015 o trânsito matou 42,5 mil brasileiros, deixando 515,7 mil feridos.
Entre os automóveis pesados, que representam 4% da nossa frota nacional, estão envolvidos em 51% dos acidentes fatais. Desse número, 43% estão envolvidos os caminhões e 8% dos ônibus.
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