Maurício Hissa (Bastter), no livro “Eu Quero Ser Rico: O Passo a Passo para Alcançar a Independência Financeira” (publicado em 2014), resume a Fórmula da Riqueza:
[Riqueza = (Ganhos – Gastos) * Juros]
Essa fórmula deve ser bem compreendida e aceita para se iniciar o processo de enriquecimento, pois é ela que guiará tudo.
Estude Educação Financeira para a teoria e os aspectos emocionais estejam bem compreendidos.
Preste bastante atenção em Finanças Comportamentais para agir sobre os aspectos emocionais. Deixar de ser um jogador (ou apostador) é fundamental para enriquecer.
Não se iluda: você não se livrará dos entraves psicológicos ao enriquecimento só porque leu qualquer livro.
Você não vai parar de sustentar o sistema capitalista no dia seguinte ao término da leitura de um livro.
Porém, se você leu com atenção, o primeiro passo para autocontrole mental já foi dado. Agora é começar, aos poucos.
O enriquecimento será lento, mas consistente. Sua transformação de jogador e sustentador de sistema capitalista em poupador e investidor também ocorrerá aos poucos.
Pense primeiro em investir em você, melhorar como profissional e pessoa, fazer valer mais sua reputação no mercado de trabalho, descobrir uma nova fonte de renda, etc. Não é questão de trabalhar mais horas, apesar de, durante alguns períodos, você pode ter de trabalhar mais em números absolutos.
Mas o que interessa mesmo é a qualidade de sua oferta. Melhorar a qualidade de seu trabalho, valer mais no mercado de oportunidade profissionais e ganhar mais por hora de trabalho. Ser mais eficiente. Isso não acontecerá se estiver sentado vendo televisão ou perdendo seu tempo com coisas inúteis na rede social.
Pare de girar seus investimentos. Compre e guarde algo cuja cotação se eleve. É o modo de se ficar rico: acumulando capital e não girando. O giro produz a riqueza dos intermediários, do governo e da contraparte.
Acumule capital para viver da renda produzida por ele, e não para vender o que você comprou na ilusão de ter lucro na troca.
O custo do giro é imenso e não é só o custo imediato, mas a perda dos juros compostos de longo prazo sobre aquele dinheiro.
Você pode viver da renda que o capital e a riqueza produzem, além de poder reaplicar a renda produzida, aumentando seu capital e suas riquezas.
Sem vender, você mantém o principal, produzindo a renda. Muitas vezes, esse principal, na forma de ações ou de imóveis, se valoriza com o tempo.
A venda produz a riqueza do governo e dos intermediários e ganhos para a contraparte.
Toda vez que você vende, há custos. Você pode ganhar ou não vendendo, mas os custos são certos, pois, ao vender, terá de pagar:
- Intermediários – Corretores de imóveis, de ações, bancos etc.
- Impostos – Nem toda venda implica impostos e alguns investimentos cobram impostos mesmo caso você não venda, mas normalmente quanto mais você vende suas posses e investimentos, mais impostos paga; se não vender, não paga impostos.
- Spread – Esse custo é caríssimo, mas passa despercebido. O spread é a diferença entre a oferta de compra e a de venda, por exemplo, há grande diferença entre o preço solicitado no anúncio e o preço efetivamente negociado na venda/compra de um imóvel.
- Erro – os amadores, quando vão fazer negócios, compram na euforia, quando os preços estão caros, e vendem na depressão, quando os preços estão baratos, o que vai provavelmente acontecer com você se girar muito é comprar mais caro do que vende e adicionar mais um custo, que é o do erro de vender mais barato do que comprou em termos reais, i.é, desconsiderando a corrosão inflacionária do poder de compra do dinheiro, e o custo de oportunidade de ter deixado de ganhar mais em outro negócio.
Estabeleça medidas para passar a gastar menos, para sobrar mais renda e, assim, o enriquecimento seja maior e mais rápido.
Não perca tempo com planilhas de todos os gastos detalhados de sua casa, pois, se isso se transformar em uma obsessão, trará mais problemas comportamentais. Apenas pense em alguns gastos grandes capazes de fazer diferença se forem controlados ou diminuídos.
Descubra um gasto inútil, um desperdício, e corte-o, para começar: a assinatura de uma revista que ninguém lê; os juros do cheque especial ou o pagamento do cartão de crédito atrasado – parar de pagar esses juros já é uma economia enorme; carros demais ou um carro muito caro desnecessário. Esses são apenas alguns exemplos.
Não faça dívidas e estabeleça um programa de pagamento das possuídas. Isso é fundamental. Com dívidas ninguém enriquece, porque os juros delas contra você são bem maiores dos recebidos em seus investimentos. As dívidas irão crescer mais rápido em relação a seu capital e, em vez de enriquecer, você irá empobrecer.
Desvie todo o dinheiro possível para o pagamento das dívidas. Venda o que puder. Renegocie as dívidas com seus credores. Troque o perfil delas, as taxas. Cheque especial e cartão de crédito são os piores. Aqui, algum sacrifício terá de ser feito, pois as dívidas têm de ser pagas e no menor tempo possível.
Faça um planejamento completo de seus investimentos. Comece pela renda fixa, mas estabeleça quando e com quanto irá começar a aplicar em ações, depois em imóveis e quanto será sua reserva de moeda estrangeira. Estabeleça percentuais para seus investimentos.
Você estabelece os objetivos na planilha anualmente, ou seja, se trocar, só o fará uma vez por ano. Mensalmente, você pega o dinheiro novo e aplique onde a planilha está indicando.
Você se surpreenderá com o poder da poupança mensal e dos juros compostos em seus investimentos. Seu capital aumentará progressivamente, de uma forma jamais imaginada.
Quando este capital produzir renda, reaplique em juros compostos. “Você vai ver que ficar rico não é tão complicado e mágico como pensava.”
Bastter, no livro “Eu Quero Ser Rico”, desmitifica o assunto de maneira pragmática.
Autoajuda para Quem Quiser Ser Rico publicado primeiro em https://fernandonogueiracosta.wordpress.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário