Antes da Covid-19, o mercado brasileiro assistia um expressivo aumento das vendas de automóveis para as locadoras, que assim alugavam esses carros para motoristas de aplicativos.
Contudo, diante da crise estabelecida com o fechamento da economia, em decorrência desse vírus, o mercado dessas empresas foi duramente impactado.
De acordo com a Anfavea, só em abril, 160 mil motoristas devolveram seus carros para as locadoras, devido a falta de passageiros. Com o isolamento social, o movimento de usuários de aplicativos caiu enormemente.
Esse movimento deve se manter ainda nos próximos meses até que a economia volte a retornar. Mesmo assim, o mercado já prevê uma queda acentuada nas compras de empresas como Localiza e Movida, por exemplo.
A redução nas compras também impactará no mercado de seminovos, um filão que as locadoras aproveitam, mas sem novas aquisições, os estoques poderão ser reduzidos mais rapidamente na retomada do mercado.
Só Movida, Localiza e Unidas, por exemplo, movimentaram R$ 10 bilhões em 2019 apenas com a venda de seminovos. Elas contribuíram muito para a participação das vendas diretas no mercado nacional no ano passado, quando 44,5% das vendas foram feitas dessa forma.
Nesse percentual, entram ainda clientes PCD, taxistas, produtores rurais e empresas privadas que precisam de frota própria. O movimento estava tão bom que, em fevereiro, já estava em 46% de participação.
A Abla, associação que reúne as locadoras, confirma a queda nas compras e aumento da idade média dos estoques, que passará de 14,9 meses para 20 meses.
A entidade fala ainda que 80% dos contratos de locação foram cancelados por conta da pandemia, segundo seus cálculos. Contudo, mesmo com tantas devoluções, a queda nas compras das locadoras é e continuará sendo impactada também pela interrupção da produção nas montadoras.
Como as locadoras compram direto das fábricas, o ritmo de aquisições depende essencialmente da capacidade das montadoras em entregar os pedidos. No Uber, a queda do movimento de passageiros nos carros gerou perda de US$ 2,9 bilhões em nível global.
Entretanto, enquanto as viagens de passageiros despencavam, as entregas de comida através do Uber Eats cresciam expressivamente na quarentena.
Com isso, a empresa teve que alocar recursos para o serviço, que gerou alta de 14% no faturamento global do Uber, alcançando US$ 3,5 bilhões. Na região da América Latina, a alta foi de 10% com receita de quase US$ 500 milhões.
[Fonte: Auto Data]
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