Em 2019, havia 209,5 milhões de pessoas residentes no País, ante 197,7 milhões em 2012. Do total de pessoas residentes no Brasil em 2019, 131,2 milhões (62,6%) possuíam algum tipo de rendimento.
Em 2019, o contingente de pessoas com rendimento de trabalhos correspondia a 44,1% da população residente (92,5 milhões). Por sua vez, 25,1% dos residentes (52,7 milhões) possuíam algum rendimento proveniente de outras fontes em 2019.
O Brasil tinha 17,2 milhões domicílios com moradores sem renda do trabalho, o que correspondia a 23,5% dos lares brasileiros. Os números são recordes da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. Naquele ano, correspondia a 18,2% dos domicílios.
Dentre os componentes dos rendimentos de outras fontes, destaca-se o predomínio da categoria aposentadoria ou pensão: 14,7% da população residente recebia este rendimento em 2019. Nas demais categorias, os percentuais foram de 7,8% (outros rendimentos, categoria incluindo seguro-desemprego, programas de transferência de renda do governo, rendimentos de poupança com juros, etc.); 2,5% (pensão alimentícia, doação ou mesada de não morador); e 2,1% (aluguel e arrendamento).
De 2012 a 2014, o rendimento médio real de todas as fontes teve crescimento de cerca de 5,0% (de R$ 2.150 para R$ 2.258). Em 2015, contudo, a estimativa sofreu queda de 3,1% e passou a ser de R$ 2.188. Em 2016 e 2017, o comportamento foi de relativa estabilidade, seguida pelo crescimento de 2,8% entre 2017 e 2018, quando passou de R$ 2.185 para R$ 2.247, e por relativa estabilidade em 2019 (R$ 2.244).
O rendimento médio mensal real de todos os trabalhos (calculado para as pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência) apresentou o valor de R$ 2.308 em 2019. O maior valor da série ocorreu em 2014, quando foi de R$ 2.364. Após queda de 4,1% em 2015 frente a 2014, o rendimento de todos os trabalhos ficou praticamente estável nos anos de 2016 e 2017, registrando posteriormente (2018), expansão de 2,3%. Entre 2018 e 2019 o rendimento médio de todos os trabalhos apresentou relativa estabilidade. Contudo, em relação a 2012, quando a estimativa era de R$ 2.213, houve crescimento de 4,3%.
De 2012 (R$ 1.442) a 2015 (R$ 1.469) o rendimento médio mensal real proveniente de outras fontes acumulou ganho de 1,9%. Em 2016 (R$ 1.452) registrou perda de 1,2%, revertida nos dois anos seguintes com expansão de 2,4% e 3,2%, respectivamente, atingindo valor médio de R$ 1.534 em 2018 e R$ 1.539 em 2019.
No Brasil, em 2019, dentre todas as categorias componentes do rendimento proveniente de outras fontes, o item aposentadoria ou pensão foi o de maior média (R$ 1.963).
Os rendimentos provenientes de aluguel e arrendamento tiveram valor médio de R$ 1.679 e apresentaram queda frente a 2012 (5,0%). A pensão alimentícia, doação ou mesada de não morador totalizavam, em média, R$ 642, valor 6,3% maior no confronto com 2012. Por fim, as pessoas declarantes de possuir outros rendimentos, além dos já citados, recebiam R$ 606, em média. Essa estimativa teve queda de 10,4% frente a 2012.
Em 2019, havia no mercado de trabalho brasileiro 92,5 milhões de pessoas ocupadas com 14 anos ou mais de idade. Esse contingente teve crescimento médio anual de 1,2% entre 2012 e 2015, com interrupção dessa trajetória em 2016, quando se observou queda de 1,0%. Em 2017, essa população manteve-se praticamente estável e registrou crescimento de 1,5% em 2018 e de 2,6% em 2019. No período de sete anos, portanto, a população ocupada teve crescimento de 7,3%.
Mais da metade da população em idade de trabalhar era formada por mulheres (52,4%), entretanto, os homens representavam 56,8% da parcela da população de fato trabalhando. Enquanto o rendimento médio mensal real de todos os trabalhos foi de R$ 2.308 em 2019, a desagregação desse indicador, por sexo, mostrou estimativas de R$ 2.555 para os homens e de R$ 1.985 para as mulheres, indicando a proporção do rendimento das mulheres em relação ao dos homens ser de 77,7%.
A população branca representava 44,8% da população ocupada, a população parda, 43,7% e a preta, 10,4%, em 2019. No confronto com 2012, a participação dos ocupados de cor branca recuou 4,1 p.p.. Em contrapartida, as populações de cor preta e de cor parda tiveram crescimento de 2,3 e 1,5 p.p., respectivamente.
O rendimento médio mensal real de todos os trabalhos das pessoas brancas (R$ 2.999) era maior que os rendimentos observados para as pessoas pardas (R$ 1.719) e pretas (R$ 1.673). As pessoas de cor branca apresentaram rendimentos 29,9% superiores à média nacional (R$ 2.308), enquanto as pardas e pretas receberam rendimentos 25,5% e 27,5%, respectivamente, inferiores a essa média em 2019.
Crescimento da Pobreza Brasileira publicado primeiro em https://fernandonogueiracosta.wordpress.com
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