Vendido no Brasil entre 1993 e 2011, o Chevrolet Vectra foi um marco na carreira da General Motors no Brasil, sendo um dos produtos de origem Opel, que mais fizeram sucesso por aqui.
Aguardado pelo público, o Vectra foi nacionalizado na primeira geração, evoluindo para a segunda e uma terceira, um desenvolvimento nacional com base na plataforma da Zafira, mas com estilo do Astra europeu, encontrando seu fim.
Equipado com motores 2.0 de 116 cavalos e 2.0 16V de 150 cavalos inicialmente, o Vectra ainda teve propulsores 2.2 e 2.2 16V, sendo este último com 138 cavalos.
O sedã chegou a ter um 2.0 Flex com até 128 cavalos em fim de carreira, mas antes adotou um 2.4 16V de até 150 cavalos. Em sua última geração, recebeu ainda a carroceria hatch.
O Chevrolet Vectra ainda é um carro bem apreciado por seus donos, que reclamam mais do consumo, porém, gostam do conforto e desempenho do produto. Mas, o que eles falam sobre defeitos e problemas do GM?
Chevrolet Vectra – Defeitos e problemas
Em relação à primeira geração, os donos do Chevrolet Vectra reclamam de defeitos e problemas, referentes à tampa do comando de válvulas, que apresenta vazamento na geração dos motores Família da GM.
Esse vazamento é devido à baixa qualidade da junta do cabeçote, sendo assim necessária sua substituição, que não requer muito conhecimento mecânico. Vários relatos de proprietários apontam para esse problemas, que atinge outras gerações.
Além disso, alguns reclamam ainda do motor de partida, que em alguns casos chegou a ser reparado três vezes ao longo do tempo, algo elevado para um carro moderno como o Vectra da primeira geração, sempre elogiado pela confiabilidade.
Outro problema recorrente é o sensor de nível de combustível, que apresenta defeito ao não indicar corretamente o nível ou mesmo deixar de informar isso, o que é bastante complicado em um automóvel, especialmente no dia a dia.
Existem relatos de donos do Chevrolet Vectra da primeira geração que falam de pane elétrica, mas sem especificar a origem do problema. Nesse defeito, alguns falam de desligamento involuntário do motor, associado.
Falando em motor, apesar da robustez do GM 2.0, alguns dizem que de manhã e com propulsor frio, ele não pega, tendo dificuldade na partida. Uns relatam que o problema seria no sensor de rotação, danificado.
Fora a parte mecânica, a elétrica ainda continua complicada em relação aos vidros elétricos que, em alguns casos, não sobe ou desce os vidros, chegando mesmo a aciona-los sozinhos, conforme um proprietário indicou.
Também falam da iluminação do painel apagada, porém, não se trata de um simples relê defeituoso, mas da própria luz interna, atrás da instrumentação, exigindo a abertura do painel para sua substituição.
Por fim, o superaquecimento do motor 2.0 8V foi relatada por vários donos do Vectra A, atribuindo o problema a diversos fatores, como mangueiras ressecadas, bomba d´água e válvula termostática.
Junta de cabeçote queimada também não é algo raro nos relatos do Chevrolet Vectra, o que gerou muito custo para reparação desses veículos.
Segundo Vectra
A segunda geração do Chevrolet Vectra também dá dor de cabeça para alguns de seus donos, que relataram na internet diversos defeitos e problemas, entre eles os associados com suspensão e direção.
No primeiro caso, a suspensão traseira é um ponto negativo para muitos em relação aos defeitos. Os proprietários falam de barulhos no conjunto, sendo que a origem do defeito estaria nas buchas da barra estabilizadora.
Além do ruído, também contribuiria para o desgaste excessivo dos pneus traseiros, bem com comprometimento da estabilidade. Um dos donos disse ter trocado os componentes mais de uma vez.
As reclamações nos fóruns e clubes de donos são frequentes, com o aperta de tais buchas como solução para eliminar o defeito, apesar de repetitivo em alguns casos.
Também falam que as bieletas do sistema de direção na suspensão dianteira também fazem barulho ao rodar, especialmente em pisos irregulares, irritando muito os donos do Vectra B.
Ainda mais grave, porém, é a condição dos coxins do subchassi do motor ou subframe, conhecido também como “agregado”. Relatos falam da deterioração antecipada desses componentes, ainda dentro da garantia.
Existem casos de rompimento desses coxins antes mesmo de 50.000 km, o que preocupou muitos os donos, que compraram o carro zero km.
Ainda na parte frontal, o sistema de direção também apresenta ruídos na caixa, em alguns casos. Parte foi resolvida ainda na garantia, mas outros não estavam cobertos mais.
Esterçando o volante, um ruído metálico no conjunto de direção foi relatado por parte dos donos do Vectra B.
Sobre ruídos, as portas também são criticadas e sempre as traseiras, algumas desalinhadas, segundo depoimentos. A ingressão de água no habitáculo através das borrachas duplas também aparece nos relatos.
No interior, vários falaram de vidros dianteiros que fazem barulho e saem das calhas, chegando mesmo a cair ou travar, necessitando de um ajuste manual para voltarem a funcionar ou mesmo o desmonte da porta para reparação.
Ainda a bordo, o computador de bordo com problemas é outro defeito apontado pelos donos do Vectra B, que ainda acrescentam o superaquecimento dos motores 2.0 e 2.2 litros com alguma frequência.
Terceiro Vectra
A terceira geração do Vectra, que no Brasil foi um carro diferente do alemão da Opel, tem também alguns defeitos e problemas relatados.
O mais “famoso” deles é o defeito no cabeçote, que motivou trocas do componente e mesmo do propulsor, relatados na época pelo NA. Muitos donos reclamaram da falta de força e falhas no propulsor do Vectra “C”.
Na ocasião, a rede Chevrolet fazia a troca do componente num “recall branco” e alguns tiveram o documento alterado pela troca de motor, o que desvalorizou os carros na hora da revenda.
Além disso, os donos reclamam também de entrada de água nos faróis, indicando qualidade ruim na confecção da lente, o que prejudica a estética e também a eficiência do conjunto ótico.
Os problemas não param por aí. Alguns donos falam ainda de ruídos na suspensão dianteira e também na traseira que, diferente do Vectra B, usa eixo de torção. O defeito está nas buchas da suspensão, sendo necessário lubrificação.
De acordo com os donos, houve um recall da bucha da suspensão traseira. A suspensão dianteira também é alvo de reclamações, como nas buchas e também nas bieletas.
Reclamações sobre defeitos no sistema de ar condicionado também acontece com frequência, desde problemas com direcionamento do ar no habitáculo até compressor avariado.
No ambiente interno do Vectra C, até o Bluetooth se recusa a funcionar em alguns casos. No cofre do motor, a durabilidade da bateria é questionada por muitos donos, alguns falando que não dura nem um ano.
Outros falam em trocas em menos de dois anos e até mais de uma troca. Alguns chegaram a ter o dispositivo trocado. Também existem relatos de curtos e até de explosão do dispositivo de energia.
Por fim, as lanternas traseiras tendem a queimar luzes em depoimentos de alguns donos do Vectra C, mas não associadas com infiltração de água, por exemplo.
Sobre recall, o Vectra C teve atualização de ECU “Tech 2”, segundo os proprietários, melhorando assim o funcionamento do motor, além das tais buchas da suspensão traseira.
Também houve outro recall relativo às pastilhas de freio, onde os modelos Astra e Zafira também foram chamados. Um curto-circuito no chicote da bomba de combustível, que poderia provocar uma explosão, não teve recall declarado.
Foram denunciadas 30 explosões do Vectra B feito entre 1996 e 1998, vitimando fatalmente cinco pessoas e ferindo outras cinco. O estado de MG chegou a entrar na justiça contra a GM por negar um recall.
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