A casta dos mercadores em conluio com a casta dos oligarcas governantes e apoiada pela casta dos militares, depois do golpe de 2016, atacaram os direitos da casta dos trabalhadores aliados à casta dos sábios universitários e tecnocratas. Essa aliança socialdemocrata foi derrotada pelo neoliberalismo aliado a milicianos.
A quantidade de trabalhadores sindicalizados atingiu o menor patamar dos últimos sete anos por conta da reforma trabalhista e do ataque golpista ao PT. Dos 92,3 milhões de pessoas ocupadas em 2018 no país, 11,5 milhões estavam associadas a sindicatos. A taxa de sindicalização ficou em 12,5%, a menor desde 2012, quando atingiu 16,1%, de acordo com a Pesquisa Nacional de Domicílios (PNAD Contínua), divulgada no dia 18/12/19 pelo IBGE.
O estudo mostrou a pequena recuperação da população ocupada, com crescimento de 1,4% em 2018, não foi acompanhada do crescimento no número de sindicalizados. O movimento foi oposto, devido à reforma trabalhista, com redução de 11,9% dos sindicalizados de 2017 para 2018, representando 1,5 milhão de pessoas a menos e a queda mais intensa desde o início da série.
A pesquisa também analisou o número de pessoas sindicalizadas em relação ao grupamento por atividades. Nove das dez categorias apresentaram a menor taxa de sindicalização desde 2012.
O setor de Transporte, armazenagem e correio teve a maior perda, indo de 17,5%, em 2017, para 13,5%, em 2018. Outra atividade que apresentou queda de sindicalização foi o de Alojamento e Alimentação, de 6,8% para 5,7% em um ano.
São as duas atividades, atualmente, mais capazes de gerar ocupação:
- a de transporte por causa dos aplicativos e
- a de alimentação pelo fenômeno dos ambulantes de comida, como o pessoal vendedor de quentinha.
As duas atividades cresceram com trabalhadores mais precarizados, normalmente sem carteira de trabalho ou por conta própria. São trabalhadores, de fato, sem mobilização sindical.
Então a queda de sindicalização nessas duas atividades, principalmente no caso dos transportes, pode estar associada a um processo de precarização dos trabalhadores nessas atividades.
Outro grupamento de atividades onde o número de trabalhadores associados a sindicatos diminuiu foi o de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, passando de 21,1%, em 2017, para 19,1%, em 2018. A agricultura está empregando cada vez menos em função da mecanização e das pessoas que estão saindo da zona rural e isso tem refletido na taxa de sindicalização dessa atividade.
Já a indústria geral, grupamento de atividades tradicionalmente sindicalizado, diminuiu de 17,1% para 15,2% em um ano. Não se sabe se a precarização também está atingindo a Indústria. Ela sempre gerou trabalhos com carteira assinada. Então a diminuição da taxa de sindicalização pode ser por causa da perda de ocupação em si.
Sindicalização ainda é maior no setor público
A associação a sindicato também variou de acordo com a posição na ocupação e categoria do emprego. Apesar de 12% da população ocupada em 2018 ser de empregados no setor privado sem carteira assinada, essa categoria apresentou uma das menores estimativas de sindicalização (4,5%). Já os empregados no setor público registraram a maior (25,7%), embora também representem 12% da população ocupada. A taxa de sindicalização no setor público também diminuiu, de 27,3%, em 2017, para 25,7%, em 2018.
No setor público há trabalhadores mais escolarizados, e a sindicalização tende a crescer com o aumento da escolaridade. Outra questão é esse setor ter os segmentos da saúde e da educação. Então, são somados os sindicatos de professores e médicos. Elas são categorias com bastante mobilização sindical.
Queda da Taxa de Sindicalização com a Reforma Trabalhista Neoliberal publicado primeiro em https://fernandonogueiracosta.wordpress.com
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