O Peugeot 307 foi um hatch médio que teve também variantes em forma de perua, conversível-cupê e sedã, tendo sido comercializado no Brasil entre 2002 (ainda importado) e 2012, já feito na Argentina.
O modelo era feito sobre a plataforma PF2 da PSA e apresentava uma carroceria bem volumosa e espaçosa, tendo ainda uma boa aerodinâmica, estilo atraente e porta-malas sempre generoso.
No Brasil, o Peugeot 307 se destacava pela boa oferta de equipamentos de conforto e segurança, tendo um bom acabamento interno e gama de versões com motorização interessante.
Por aqui, o 307 foi vendido com motor 1.6 16V de 110 cavalos, que depois virou flex e entregou até 113 cavalos, além de 2.0 16V com 143 cavalos e 20 kgfm, tendo este opção manual ou (temível) automática com quatro marchas.
Apesar do belo estilo, desempenho adequado e amplo espaço interno, o Peugeot 307 sofreu bastante por aqui. Entre os proprietários, as reclamações quanto à frente longa e baixa, que raspa fácil são notórias.
Além disso, os donos alegam que o projeto francês contemplou somente um rodar suave das boas estradas europeias, não sendo adequado às condições brasileiras.
Contudo, características à parte, o 307 tem diversos relatos de defeitos e problemas, alguns considerados crônicos e nunca resolvidos. Tais problemas, somados à assistência ruim e preços elevados das peças, contribuíram para a imagem ruim da Peugeot no Brasil.
Nas reclamações, os proprietários de 307 mais se queixam do câmbio automático AL4, assim como da suspensão (mais especificamente a dianteira) e defeitos no motor.
Peugeot 307 – Defeitos e problemas
O Peugeot 307 é conhecido por diversos defeitos e problemas, de acordo com os donos. O principal deles talvez seja o câmbio automático AL4, que assim como em outros modelos da PSA, deu muita dor de cabeça para os proprietários.
Queixas sobre travamento do câmbio ou de marchas não são raras, assim como problemas com engate de marchas, que às vezes desengatam ou engatam involuntariamente logo em seguida.
Isso sem contar o travamento em uma marcha. Muitos donos do 307 tiveram que arcar com enorme prejuízo, com custos que vão de R$ 1.500 até bem acima de R$ 5.000.
Alguns conseguiram reparação ainda na garantia, mas a maioria dos relatos fala de serviços pagos dentro e fora da rede, já com a cobertura expirada. O defeito nas eletroválvulas gera até mesmo diversos vídeos na internet sobre a reparação.
No site de recall da Peugeot, não há menção à qualquer chamada oficial deste problema. Até uma petição pública para um recall do câmbio automático AL4 foi feita pela internet.
Suspensão problemática
Outra reclamação recorrente a muitos donos de Peugeot 307 é quanto à suspensão. Muitos reclamam que o conjunto McPherson dianteiro e eixo de torção traseiro do médio francês, não aguenta rodar no Brasil.
Os donos se queixam bastante de barulhos no conjunto, especialmente na frente, onde também o balanço dianteiro longo, permite que o carro raspe bastante em lombadas, depressões e rampas de garagem.
Contudo, os defeitos e problemas são relativos à durabilidade. Vários alegam que tiveram de trocar buchas e batentes da suspensão dianteira com frequência muito acima do normal para um carro.
Entre os prejudicados com isso, alguns tiveram de fazer essa reparação ainda no tempo de garantia do carro e em baixa quilometragem. Alguns tiveram de substituí-las bem antes de 50.000 km.
Além de buchas e batentes, também a famosa bieleta do sistema de direção entra na troca constante de peças, sendo que um proprietário alega que duram em média 10.000 km apenas.
Já os coxins do motor também são outros dos componentes que não duram muito, segundo relatos. Um proprietário teve este batente quebrado com apenas 40.000 km.
Também existem reclamações quanto a barulhos no eixo traseiro, assim como defeitos nos rolamentos das rodas traseiras. Embora tenha sido bem montado na opinião de muitos, o Peugeot 307 gera mais ruído interno vindo do exterior, no caso, da suspensão.
Motor aquece
Os dois motores empregados pelo Peugeot 307 no Brasil também possuem defeitos e problemas na visão de vários proprietários. O superaquecimento é um dos pontos que mais são criticados.
Num fórum de clientes da marca, relatos de “sumiço de água” no radiador também não são raros, mas nos sites de opinião de dono e também em outros espaços da internet, falam de motor aquecendo demais.
Alguns dizem que na reparação trocou-se até a bomba d´água, mas que a causa mesmo era bem pior, a junta do cabeçote, que apresentava defeito, permitindo o ingresso de água na câmara de combustão.
Também houve casos em que dois cilindros estavam interligados por causa da junta rompida, fazendo o motor funcionar com apenas dois cilindros.
Da mesma forma que no AL4, a junta não teve um recall oficial, mas o chamado “programa junta de cabeçote” para substituição da mesma.
Outros defeitos relacionados apontam o superaquecimento devido à junta do reservatório de água, assim como problemas com mangueiras.
Além do sumiço da água, vários donos do Peugeot 307 relatam desaparecimento do óleo lubrificante. Não em relação à vareta de medição, mas ao consumo real de lubrificante.
Na maioria dos depoimentos, os proprietários falam de consumo de um litro de óleo do motor a cada 1.000 km, o que é demais para um motor moderno.
Um dono alega que o nível baixa tanto que praticamente o motor consome “um litro de óleo por semana”. Quase não existem relatos de vazamento de lubrificante no 307, o que reforça a ideia de que o óleo está sendo queimado com combustível.
Nesse caso, alguns dizem que já trocaram o catalisador bem antes de 100.000 km, mas outros indicam um alerta em específico no painel: “defeito no sistema antipoluição”.
Alguns falam que o defeito acima apareceu e depois sumiu novamente, sem nenhuma intervenção no propulsor.
Outros resolveram o problema de forma eletrônica em oficinais especializadas, mas sem mexer no catalisador e outros sistemas de controle de emissão.
Também existem relatos de falhas do motor quando frio, especialmente com etanol. Dificuldade para dar partida também é recorrente, mesmo com o carro já aquecido.
Alguns donos disseram que o 307 não pegava de jeito nenhum e que foi preciso um reboque para levar até a assistência.
Outros defeitos
Entre os defeitos e problemas do Peugeot 307, os donos comentam do sistema de áudio original, especialmente no USB, que deixa de funcionar sem um motivo aparente.
Também existem depoimentos sobre pane elétrica no médio da Peugeot, com desligamento do painel, principalmente. Outro problema é na chave de ignição com defeito, que motivou a troca do componente em alguns carros.
A qualidade da bateria argentina, empregada no Peugeot 307, também é relatada pelos donos como sendo de baixa qualidade e durabilidade.
O marcador de combustível também é outro componente que apresenta defeito, indicando reserva quanto em realidade, ele está bem mais cheio. Um dono diz que ele aos poucos volta ao normal.
Oficialmente, a Peugeot reconhece alguns defeitos no 307 que a obrigaram num chamamento para inspeção e troca sem custos ao cliente.
Nesse caso, houve recall do 307 para a manta de isolamento acústico no compartimento do motor, iniciada em 2014 e para todas as variantes do modelo.
O problema estaria na remoção da manta em serviços de manutenção do carro e, sua má recolocação, expunha parte da fiação do chicote elétrico do 307, gerando risco de incêndio.
Outro recall foi do sistema de iluminação do Peugeot 307 que, em alguns casos, poderia provocar o apagamento do faróis durante a condução, expondo motorista, passageiros e terceiros em caso de acidentes.
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