A Toyota SW4 é um SUV derivado de picape (Hilux) que faz bastante sucesso no mercado nacional e é um dos modelos de maior prestígio entre os proprietários, sendo considerado um veículo robusto e com confiabilidade mecânica, bem como de depreciação muito baixa. Mas, será que tem defeitos e problemas diante de tudo isso?
Conhecida como Fortuner no mercado mundial, a SW4 surgiu globalmente em 2004 e já está em sua segunda geração, embora o modelo anterior fosse derivado da Hilux também, mas relacionado com o 4Runner, que ainda existe no mercado americano.
A SW4 da primeira geração tinha motor diesel 3.0 com 163 cavalos e recebeu duas transmissões automáticas, sendo a primeira com quatro marchas (criticada por limitar o desempenho) e cinco velocidades, em modelos mais recentes. Também tinha motor V6 4.0 de 238 cavalos e câmbio automático de cinco marchas.
O 2.7 Flex (com até 163 cavalos) também é criticado nas duas gerações. A segunda, lançada em 2016, ganhou o novo motor GD 2.8 de 177 cavalos, mas reteve o 2.7 Flex, excluindo no começo o V6 4.0, que foi inicialmente oferecido. Mas o que os donos reclamam?
As queixas são maiores em relação ao acabamento, considerado fraco, bem como a falta de alguns itens de segurança (geração anterior) e rusticidade, sendo por alguns, considerada um veículo de trabalho disfarçado para lazer. Manutenção e peças caras, instabilidade, preço alto, infiltração de poeira, seguro elevado, desgaste excessivo de freios, etc.
Toyota SW4 – Defeitos e problemas da geração atual
No modelo atual, por ter pouco tempo de mercado, poucos donos relatam problemas, mas alguns deles passam verdadeiros apuros não só com o produto, mas também com a rede autorizada da Toyota. Entre os defeitos e problemas relatados, a SW4 é considerada fraca com motor 2.7 Flex, que também tem consumo elevado.
Alguns dizem também que a multimídia é ruim, mesmo sendo a Toyota Play, que chega a ter hot spot Wi-Fi e TV digital. Um proprietário reclamou da boia do combustível, que foi trocada duas vezes na SW4 Flex 2.7 AT 2014 com 124.000 km.
Outra SW4 2.8 SRX 2017 com para-choques em tom de prata diferente da carroceria, gerou queixa do dono, antes mesmo de tirar o carro da concessionária. Em outro caso, a folga na direção hidráulica sem solução na rede Toyota e um ruído no sistema de som da SW4 2.8 2016 com 162.000 km, deixou seu proprietário bem irritado.
O mesmo ainda relatou na internet que havia barulho no painel e que a troca de amortecedores da tampa traseira foi feita na garantia. O cliente pediu laudo técnico que apontou falha grave na caixa de direção. Após muito reclamar, a Toyota decidiu resolver o problema.
Defeitos de pintura na SW4 2019 zero km, fizeram com que o cliente não tirasse o carro da revenda até ter o problema resolvido. Outro apontou má vedação com entrada de poeira e a concessionária não resolveu o problema, deixando ainda resíduos dentro do veículo.
Eixo atravessado
Em pleno século 21, casos como este abaixo, mostram que as revendas e seus funcionários continuam despreparados para certas ocasiões, onde um cliente pode levar defeitos e problemas de produtos e serviços para muita gente, especialmente com a ajuda da internet.
Numa SW4 SRX 2019, o proprietário relata que o veículo “perdia estabilidade em curvas e não andava em linha reta”. Na revenda, a oficina verificou o alinhamento da suspensão dianteira e o cliente pediu para verificar o eixo traseiro, que estava totalmente desalinhado, com folga de “4 dedos” de um dos lados e “3” no outro.
O proprietário ainda comparou seu veículo com outras três SW4 que estavam no local e os funcionários responderam de forma irônica, alegando que jamais a Toyota entregaria um carro com “eixo atravessado”. Foi recomendado que seguisse assim com o veículo. Indignado pela atitude do revendedor, ele procurou outro.
A SW4 2019 deste caso teve o problema identificado em outra revenda, onde 7 cm de diferença geral foram detectados, mas nada foi feito. O cliente pediu um laudo pericial que apontou o conjunto desalinhado, mas a Toyota não reconhece o problema e nem o laudo de “terceiros”, mas disse que repararia os defeitos apontados, que incluem também desgaste 50% maior dos pneus. Não sabemos se o eixo foi corrigido.
Toyota SW4 Antiga – defeitos e problemas
Tida como um carro que pouco quebra, a Toyota SW4 da geração anterior também acumula reclamações de defeitos e problemas, naturalmente em maior quantidade. Um relatado fala de turbina condenada aos 70.000 km na SW4 SRV 3.0 AT 4×4 2012.
Outro proprietário diz que o modelo tem sistema de som e navegador ruins, bem como é instável em cascalhos. Aliás, muitos falam que a suspensão é macia demais, chegando a prejudicar a estabilidade e a segurança.
Nesse ponto, também comentam sobre ausências, tais como controle de tração e estabilidade, mesmo num carro que para alguns custou quase R$ 200.000. Um deles diz que o conjunto é “mole e instável”.
Também relata que o acabamento é ruim na SW4 SRV 3.0 2013, onde os apliques imitando madeira saem com facilidade e os materiais são mal encaixados e desalinhados. O veículo em questão só tinha 29.800 km rodados.
Outro fala em bancos em couro sintético que desgastam rápido na SW4 SRV 3.0 2010, que ainda teve cruzeta da suspensão trocada aos 12.000 km e a bateria aos 80.000 km.
Também um fala de cinto de segurança que faz barulho e banco do passageiro rangendo, bem como troca de retentor da tração dianteira na garantia da SW4 SRV 3.0 AT 4×4 2013, que estava com 90.000 km.
Variador do turbo falhou e substituição das ponteiras do terminal de direção aos 85.000 km, ocorreu na SW4 SRV 3.0 AT 4×4 2008, segundo seu proprietário.
Ainda na parte mecânica, um diz que sua SW4 SRV 3.0 estava com folga leve na direção, amortecedores dianteiros trocados aos 90.000 km, embreagem aos 125.000 km, pivôs da suspensão dianteira aos 150.000 km. O dono ainda considera que os mesmos foram normais para um veículo desse porte.
Outro que apontou defeitos e problemas, mas se conformou foi o dono de uma SW4 SRV 3.0 2013, cujos freios dianteiros estavam com ruído. Ocorreu também a troca de buchas das barras de sustentação para eliminar tendência de instabilidade da traseira em frenagens. O custo mencionado foi de somente R$ 8,00 por peça. Ele disse ainda que o painel fazia barulho.
Turbina fazendo “bico”
Além do caso já mencionado de turbina quebrada, outros donos mencionaram defeitos semelhantes e também acompanhados de avarias nos bicos injetores, que alguns consideram como um problema crônico da SW4 da geração anterior, pois os mesmos não suportariam a má qualidade do diesel nacional.
Um dos relatados falam de uma turbina que estourou e um bico danificado aos 50.000 km e faltando 3 meses para acabar a garantia. Após o conserto na garantia, a mesma venceu e agora outro bico deu problema. Proprietário está indignado.
Numa SW4 3.0 2013, os bicos injetores foram trocados duas vezes no primeiro ano de uso. Outro fala de bicos injetores trocados duas vezes em 45.000 km em sua SW4 3.0 2014.
O proprietário de uma SW4 SRV 3.0 2006, diz que houve perda de potência e limitação a 140 km/h com luz de advertência acesa, mas que foi só desligar, e o motor voltou ao normal. Troca dos anéis de vedação dos injetores devido presença de fumaça branca no escape, foi um problema solucionado. O veículo estava com 240.000 km.
Mas, noutra SW4 3.0, a turbina deu problema e o SUV esperou seis meses por uma nova. Após vencer a garantia, os bicos deram defeito novamente. Depois de dois meses do serviço feito, voltaram a apresentar o mesmo problema. O cliente já pagou R$ 14.000 em custos e despesas com carro alugado.
O mesmo problema de falta de potência com solução ao religar o motor, ocorreu com a SW4 SRV 3.0 AT 4×4 2013 com 83.000 km, que não teve nenhum sinal de defeitos e problemas em análise da concessionária. Na volta para casa, o veículo parou e foi rebocado.
A revenda disse que existia presença de água no óleo e o serviço ficou em R$ 12.300. O cliente questiona que na análise da concessionária, não foi informado que havia água no óleo. O mesmo ainda relatou que o volante estava com vibração, discos de freio com empenamento e bicos injetores problemáticos no carro em questão.
Outro disco empenado apareceu também numa SW4 SRV 3.0 2009. Já um dono falou que troca de cilindro mestre de freio, substituição de embreagem e ar condicionado sem gás foram os únicos defeitos até 165.000 km em sua SW4 3.0.
Falando em custo, um dono deu uma dica: Sua SW4 SRV 3.0 AT 2007 teve que substituir o alternador aos 78.000 km e amortecedores da tampa do bagageiro também tiveram que ser trocados aos 84.000 km, mas com cada um custando R$ 110 na internet contra R$ 450 na rede Toyota.
Sobre consumo alto no motor 2.7 com gasolina, um proprietário de SW4 Flex anterior disse estar fazendo 9,5 km/l na estrada. No diesel, consumo urbano de 7,5 km/l e rodoviário em 11,5 km/l, foi relatado por outro. Há também quem reclamasse da multimídia com CD player travado e com 2 discos dentro na SW4 SRV 3.0 2011.
Como se vê, muitos dos defeitos e problemas já são conhecidos pelos donos de Toyota SW4, que mesmo assim, em sua grande maioria, preferem enfrenta-los do que apostar em outro veículo do segmento. Mesmo com preços de compra irreais, muitos consumidores buscam a fama do produto para evitar mais dor de cabeça.
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