A Fiat Idea Adventure era uma versão aventureira da minivan compacta da Fiat, tendo surgido com essa proposta em 2007 e vendida por aqui até 2017.
Ela se aproveitou de uma tendência do mercado de admitir carros de outras categorias com propostas de fora de estrada, embora a maioria nem cumprisse de fato aquilo que se propunha.
Mesmo assim, os consumidores aceitaram bem carros como hatches, minivans, peruas, picapes, multivans e qualquer outro tipo que poderia abrigar os elementos estéticos e acessórios próprios para clientes que queriam ter esse apelo em seus automóveis. A Idea Adventure é um exemplo clássico de proposta alternativa, nesse caso, em outras segmentos.
Comercialmente, a Idea Adventure ajudou muito nos emplacamentos do monovolume, assumindo uma posição de destaque por algum tempo.
Além disso, a Fiat já vinha de uma história “Adventure” desde o fim dos anos 90 com a Palio Weekend, que compartilhou sua proposta secundária com os demais irmãos.
A minivan teve apenas uma geração e duas atualizações que mexeram bem em seu visual. A Idea Adventure passou pelas duas fases desse produto e apostou bem na mudança de estilo para atrair compradores, sendo esse o principal objetivo de muitos clientes, que é o de ter um carro diferenciado visualmente, mesmo que nunca vá enfrentar barro ou lama na vida.
Idea Adventure
O monovolume compacto da Fiat era essencialmente europeu. Nenhum elemento do estilo era pensando no consumidor brasileiro, mas a Idea Adventure propunha algo mais local, jovial e visualmente atraente, compensando a racionalidade (estranha em um carro italiano) dessa minivan quase sem expressão.
Curta e estranhamente bem alta, a Idea era um carro que deveria ser para pessoas bem altas, mas era apenas a posição elevada de dirigir. Por aproveitar mais o habitáculo, tendo capô curto, ela tinha uma traseira truncada e ampla área envidraçada, oferece também um bom porta-malas: 380 litros.
Idea Adventure – design
Lançada em 2005, a minivan só ganhou a Idea Adventure na linha 2007. Este era um produto bem diferenciado, que oferecia uma estética divertida, mas ainda assim salva de muitos dos exagerados dessa categoria.
A frente contava com grade e parte do para-choque em acabamento cinza escuro, sem cromados, sendo que o conjunto se fundia com o protetor.
Abaixo havia uma moldura em cinza, alusiva ao protetor (geralmente metálico) dos grandes SUVs. O conjunto imitava uma barra de impulsão, que já não era mais usada pela Fiat em seus aventureiros urbanos.
Mas, as molduras laterais elevadas abrigavam dois faróis, sendo um de milha e outro de neblina, característica da linha “Adventure”.
Nas laterais, a Idea Adventure obrigatoriamente portava saias de rodas com proteções plásticas em cinza escuro, presas por parafusos. Estas se uniam às molduras laterais, que cobriam toda a parte inferior das portas.
Ainda havia uma saia inferior com aplique cinza para completar.
Na traseira, o para-choque tinha o mesmo acabamento até a base das lanternas, mas com a parte inferior central em cinza, contendo chanfro para o escape e sensores de estacionamento, além da placa.
Como a Idea Adventure tinha proposta aventureira, o estepe era colocado no exterior de forma bem destacada. Realmente mais para chamar a atenção.
O pneu sobressalente 205/70 R15 de uso misto, o mesmo nas demais rodas, ficava apoiado numa alça articulada presa do lado esquerdo do veículo e emoldurada no para-choque. Uma capa parcial cobria toda a parte inferior do estepe, enquanto uma alça metálica ficava mais acima.
Com a enorme vigia, perdia-se pouco da visibilidade traseira com este estepe. Para abertura do porta-malas, bastava desbloqueá-lo, puxando-o para o lado esquerdo do carro e assim acessar o bagageiro.
Sua posição também facilitava a troca de um pneu furado, pois não interferia no volume dentro do porta-malas.
As lanternas não tinham lentes escurecidas e eram as mesmas das demais versões, mas o rack no teto era bem estiloso, tendo um formato aerodinâmico mais estético do que prático. Assim, a Idea Adventure chamava a atenção do consumidor, tendo ainda uma suspensão altas em relação ao solo e rodas de liga leve aro 15 polegadas com desenho exclusivo.
Além dos faróis duplos com lentes claras, a Idea Adventure tinha ainda retrovisores próprios com repetidores de direção. As maçanetas eram pretas, assim como as colunas das portas.
Por dentro, a Idea Adventure chama atenção pelo acabamento em dois tons de cinza dos assentos em couro opcionais, que vinham com apoios de cabeça com revestimento perfurado. Ela também já tinha terceiro apoio de cabeça no banco traseiro, bipartido, mas com cinto subabdominal. O assento do condutor tinha apoio de braço retrátil.
O painel tinha aspecto bem funcional e simples, mas a instrumentação de fundo branco e visual personalizado, assim como os mostradores auxiliares sobre o topo do conjunto, trazendo bússola, inclinômetro lateral e frontal.
O console tinha tonalidade mais clara e podia ter sistema de áudio embutido com CD/MP3/Bluetooth, entre outros.
Os difusores de ar ficavam abaixo, enquanto os comandos do mesmo eram manuais e perto da fonte 12V. A coluna de direção tinha regulagem de altura, mas o volante era bem simples e sem comandos remotos para mídia e telefonia.
A Idea Adventure ainda tinha porta-objetos e console no teto.
A Idea Adventure tinha um pacote de equipamentos que podia incluir no total ar condicionado, direção hidráulica, vidros elétricos nas quatro portas, travas elétricas, sistema de áudio, antena e conjunto de alto-falantes, bancos em couro, banco do motorista com ajuste de altura, apoio de braço para o condutor, rodas de liga leve, faróis de milha e neblina, sensor de estacionamento, pneus de uso misto, rack personalizado no teto, entre outros.
Com as mudanças na estética, a Idea Adventure era maior que as demais versões, muito em parte pelo estepe externo e pneus de uso misto, sem contar o rack elevado.
Eram 4,142 m de comprimento, 1,713 m de largura, 1,814 m de altura e 2,510 m de entre eixos.
Idea Adventure – atualização visual na linha 2011
Uma mudança mais radical no visual da Idea, fez com que a Idea Adventure surgisse na linha 2011 com um visual mais agressivo.
Desta vez, a ideia era que a minivan aventureira se parecesse mais com um SUV e isso significa molduras mais pronunciadas, bem como rodas com aspecto maior (embora fossem do mesmo tamanho) e estepe com capa ainda mais vistosa.
Assim, a Idea Adventure 2011 fundiu as mudanças na minivan com ampliação de seu próprio estilo.
A frente tinha os novos faróis com máscara negra e projetores duplos bem destacados. A grade agora era pequena e brilhante, tendo o nome Adventure em baixo relevo.
Ela era apoiada em um para-choque bem volumoso, que formava um “H” como barra de impulsão falsa, tendo molduras laterais exageradas com os dois faróis em cada lado, assim como acabamento interno metalizado. A grade inferior central era nova e vinha um protetor cinza na base.
Mais largo, o para-choque dianteiro exigiu saias de rodas mais largas e estas ganharam um formato mais quadradão e robusto, tanto que os protetores das portas, igualmente ressaltados, não podiam dar continuidade nos encaixes.
Agora, a parte inferior das portas aparecia na Idea Adventure.
Os retrovisores eram novos, ganhando um aspecto mais aerodinâmico, embora os antigos parecessem mais adequados em termos de estética. Na traseira, o Idea Adventure tinha um novo desenho, com moldura inferior em cinza e refletores.
Agora a capa do estepe tinha forma de “Y” invertido e na cor tungstênio, com duas alças de mão metálicas.
As novas lanternas da Idea Adventure tinham feixes de LED e acabamento escurecido, havia também um defletor de ar no teto, que continha uma luz auxiliar de freio em LED. As rodas de liga leve aro 15 tinha um desenho mais elaborado.
No interior, o painel sofrera mudanças no acabamento, ganhando cores mais sóbrias, como o tungstênio.
Console, volante (que era novo e ainda sem comandos remotos), base da alavanca (na versão Dualogic), puxadores das portas, entre outros. O cluster passou a ter fundo preto com novo grafismo e nome Adventure destacado.
Os bancos em couro com tons de tungstênio e cinza, davam à Idea Adventure um bom aspecto em termos de impressão de qualidade. As portas também compartilhavam do mesmo visual.
As alterações na Idea Adventure 2011 resultaram em um carro ainda maior, medindo 4,207 m de comprimento, 1,753 m de largura, 2,511 m de entre eixos e 1,814 m de altura. Ou seja, ficou mais larga e comprida. As mudanças não alteraram bagageiro ou tamanho do tanque, que continuou em 48 litros.
Idea Adventure Extreme
Na linha 2016, foi feita a última tentativa de manter a Idea Adventure no mercado com a adição da série Extreme. O diferencial era o visual, que geralmente era associado com um tom de verde escuro, tendo ainda todo o conjunto de para-choques e molduras em cinza fosco.
As colunas das portas e os retrovisores acompanhavam com a mesma tonalidade. A Idea Adventure Extreme tinha opção de rodas de liga leve aro 16 polegadas em cinza fosco, que conferia mais estilo ao produto.
O para-choque traseiro, na parte inferior, assim como o defletor de ar no teto e a moldura em “Y” invertido no estepe tinha um tom diferente de cinza.
Por dentro, o monovolume aventureiro chamava atenção pelo volante multifuncional em couro, algo recebido anos antes. A multimídia com navegador GPS e câmera de ré também era outro destaque da Idea Adventure Extreme.
Os bancos em dois tons de cinza com pequenos retângulos costuras nos assentos e encostos, chamavam atenção dos clientes.
Idea Adventure – motores
A Idea Adventure começou sua carreira com um motor que não era da Fiat, o GM Família II 1.8, feito pela General Motors no Brasil. O vetusto 8V já entrou flex no pequeno cofre do monovolume, entregando 112 cavalos a gasolina e 114 cavalos no etanol, ambos a 5.500 rpm.
Os torques eram de 17,8/18,5 kgfm a 2.800 rpm, tendo câmbio manual de cinco marchas.
Com isso, a Idea Adventure fazia somente 5,6 km/l na cidade e 7,4 km/l na estrada, com etanol. Na gasolina, o consumo era de 7,8/10,4 km/l, respectivamente. Ia de 0 a 100 km/h em 12,2 segundos e com máxima de 171 km/h.
Na linha 2011, sai o GM e entra o ex-Chrysler-BMW E.torQ, antigo Tritec, com 16V e comando único, entregando 130/132 cavalos a 5.250 rpm e 18,4/18,9 kgfm a 4.500 rpm. O câmbio agora podia ser manual ou Dualogic, este último um automatizado com mudanças manuais e tendo ainda modo Sport.
No manual, a Idea Adventure E.torQ ia de 0 a 100 km/h em 10,8 segundos e com máxima de 180 km/h, fazendo 5,9/6,7 km/l no etanol e 8,8/9,9 km/l na gasolina, respectivamente cidade e estrada.
A Dualogic tinha respostas mais lentas, mas o consumo era um pouco melhor em estrada. O modelo ainda recebeu o sistema Locker, que bloqueava o diferencial para transferência de tração de uma roda para outra. E assim, a minivan aventureira da Fiat chegou ao seu fim em 2017.
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